Eita, casos de família. Agora que fica interessante.
Ótimo capítulo, Edge. Eu gostei dessa personalidade dura, porém, admirável de Palkar. Ele realmente passou o espírito de um líder. Eu até que esperava que eles aceitariam uma ajuda do trio, já que foram injustiçados por Markwin e seus minotauros, além de seus próprios seguidores serem bem diferentes do usual. No futuro, espero melhor trabalho em cima dos minotauros, incluindo até os Mooh'tah de Rathleon talvez, pois eu adoro essa raça e suas histórias no Tibia.
E só faltou o Palkar chamar um dos seguidores dele de camarada pra eu crer que ele tem um triplex no sul de Mintwallin e um sítio em Greenshore.
Aguardo o próximo capítulo.
Publicidade:
Jogue Tibia sem mensalidades!
Taleon Online - Otserv apoiado pelo TibiaBR. https://taleon.online
O capítulo foi ótimo, e foi um alívio meio descontente saber que Al Dee ainda estava vivo AHUEHEUAHUHUHE
Esse Palkar me ganha cada dia mais <3
E eu quero MUITO saber mais do Legítimo agora. Especialmente por saber que ele é um membro da família Dee. Seria ele filho do Gree Dee ou do outro Dee que tem no jogo? Bastardo da família? Só nos próximos capítulos para saber! Sua escrita está evoluindo bastante e estou gostando muito da narrativa. Leon ganhando cada vez mais protagonismo (não necessariamente coragem, rs). Isso é bem legal. Continue assim, você está no caminho certo!
Que situação, hein? Mas a Jasmine teve presença de espírito ali e acalmou o Palkar.
Eu prevejo um futuro brilhante para ela na história kkk.
O All Dee tem um passado obscuro. Acho que no jogo mesmo tem uma referência a isso. Mas o sobrinho ali criou um liame com a invasão dos minos em Rook. Por que tanto trabalho para capturar o All Dee?
Situação se complicando, protagonistas envolvidos nas tretas dos minos.
Bom capítulo. O final nos trouxe mais informações, e mais dúvidas. Tio? Hmmm, então a treta é familiar!
O trio Jasmine (seria em referência a Deltora Quest?) / Marlon e Leon parecem estar numa situação delicadíssima. Palkar é um sujeito bastante intimidante. Aqui vem uma sugestão: trabalhe mais com os minotauros. O Tibia traz uma lore diversa, que incluem quests e raças bem trabalhadas. As histórias sobre a cultura minotaurea são interessantíssimas. Se você der uma bizoiada, dá para enriquecer bastante sua história. Olha o que o Caboom conseguiu fazer com eles a partir das ideias fornecidas pelo jogo.
Aguardando o próximo capítulo,
Abraços e respeito
Olá, Thomaz! Agradeço novamente sua presença aqui! (aproveito pra dizer que não esqueci do texto da biblioteca, tentarei te entregar até sexta, então peça pro Pedran segurar o processo mais um pouco :s)
Já fazia parte dos meus planos abordar um pouco o passado e a cultura dos minotauros aqui, apesar de não pretender me aprofundar muito. Inclusive já conhecia essa história do Caboom, encontrei ela por acaso aqui; certamente me ajudou bastante.
E sim, a Jasmine daqui foi inspirada, tanto no nome quanto na personalidade, na Jasmine de Deltora, bem observado!
Fico contente com seus comentários aqui, espero que continue te agradando!
Abraço!
Postado originalmente por CarlosLendario
Eita, casos de família. Agora que fica interessante.
Ótimo capítulo, Edge. Eu gostei dessa personalidade dura, porém, admirável de Palkar. Ele realmente passou o espírito de um líder. Eu até que esperava que eles aceitariam uma ajuda do trio, já que foram injustiçados por Markwin e seus minotauros, além de seus próprios seguidores serem bem diferentes do usual. No futuro, espero melhor trabalho em cima dos minotauros, incluindo até os Mooh'tah de Rathleon talvez, pois eu adoro essa raça e suas histórias no Tibia.
E só faltou o Palkar chamar um dos seguidores dele de camarada pra eu crer que ele tem um triplex no sul de Mintwallin e um sítio em Greenshore.
Aguardo o próximo capítulo.
Fala, Carlos!
Fico satisfeito de ter passado essa impressão do Palkar, era essa mesmo a minha intenção. Eu imagino o exército dele no jogo mais próximo dos minotauros "originais" do que os do exército do Markwin, apesar de não retratado bem isso na história; são adaptações que a gente precisa fazer as vezes.
Como disse pro Thomaz, espere sim ver uma abordagem do Mooh'Tah por aqui, apesar de não ser muito aprofundada. Espero que te agrade!
Ah, e o Palkar não engana ninguém mais. Ele foi visto usando um boné do MST (Minotauros Sem-Terra) durante seu discurso, agora não restam mais dúvidas de sua real identidade.
Abraço!
Postado originalmente por Iridium
Saudações!
Eeeeeeita, casos de família!
O capítulo foi ótimo, e foi um alívio meio descontente saber que Al Dee ainda estava vivo AHUEHEUAHUHUHE
Esse Palkar me ganha cada dia mais <3
E eu quero MUITO saber mais do Legítimo agora. Especialmente por saber que ele é um membro da família Dee. Seria ele filho do Gree Dee ou do outro Dee que tem no jogo? Bastardo da família? Só nos próximos capítulos para saber! Sua escrita está evoluindo bastante e estou gostando muito da narrativa. Leon ganhando cada vez mais protagonismo (não necessariamente coragem, rs). Isso é bem legal. Continue assim, você está no caminho certo!
Aguardo o próximo capítulo!
Olá, Iridium!
Pois é, agora virou briga de família; quem nunca teve vontade de se vingar daquele tiozão do pavê da ceia de natal? O Legítimo só realizou isso (ok, desculpa, tio, era brincadeira :x)
O Legítimo ainda vai aparecer bastante, e garanto que surpreenderá a todos na mesma proporção, só que agora estamos no meio da treta das vacas, daqui alguns capítulos ele volta com tudo xD
Agradeço bastante os elogios, também sinto que estou bem melhor do que quando comecei. Impressionante o quanto a gente aprende por aqui em tão pouco tempo!
Espero que continue gostando, tanto da história quanto da escrita; o capítulo demorou muito, mas saiu
Abraço!
Postado originalmente por Shirion
Não tinha lido o último capítulo.
Que situação, hein? Mas a Jasmine teve presença de espírito ali e acalmou o Palkar.
Eu prevejo um futuro brilhante para ela na história kkk.
O All Dee tem um passado obscuro. Acho que no jogo mesmo tem uma referência a isso. Mas o sobrinho ali criou um liame com a invasão dos minos em Rook. Por que tanto trabalho para capturar o All Dee?
Situação se complicando, protagonistas envolvidos nas tretas dos minos.
Ta ficando bão kkkkk.
E aí, Shirion xD
A Jasmine foi bem mesmo ali naquela situação, imagina se deixassem tudo nas mãos do Marlon?
Quanto ao Al Dee, existe uma razão para que tenham feito essa bagunça toda pra capturá-lo; não foi só uma brincadeira sádica do sobrinho, te garanto.
Valeu pelo comentário, como sempre, e espero que goste desse também!
Abraço!
Boa noite!
Quase um mês depois do último capítulo, finalmente saiu esse aqui. Dessa vez não tem justificativa, foi relaxo meu mesmo :s
Espero que gostem desse, até que deu um bom trabalho pra escrever.
Boa leitura!
Capítulo XVI – Lágrimas do Dragão*
LEON
Após marcharmos por alguns minutos em direção à Mintwallin, os minotauros, com certa relutância, decidiram fazer uma breve parada para repor as energias. Palkar estava claramente incomodado com aquilo; o comandante certamente estava ansioso para conquistar sua cidadela. Foram precisos muitos touros um pouco mais prudentes para convencê-lo de que não poderiam atacar Mintwallin de frente enquanto grande parte do exército estava exausta de tanto caminhar. Eu, Marlon e Jasmine estávamos o tempo inteiro ao lado do líder, por ordens do próprio Palkar, talvez ainda desconfiado de nossas intenções. Pelo menos não haviam mais correntes nos prendendo, e nossos pertences também se encontravam conosco; com certeza aquilo era uma forma dos rebeldes demonstrarem confiança, ainda que cautelosamente.
— Que droga! Não vou conseguir esperar muito tempo mais... — Disse Palkar, impacientemente. O comandante se recusou a retirar seu equipamento de guerra, percorrendo todo o caminho utilizando uma pesada armadura prateada e um longo machado; não conseguia imaginar o quão resistente era aquela criatura. Ele sentou-se ao lado de Jasmine, de frente para mim e Marlon, enquanto os outros minotauros descansavam alguns metros à frente dali.
— S-Senhor... — Comecei dizendo, me esforçando para vencer a timidez.
— Me chame de Palkar, apenas. Detesto qualquer tipo de título, deixo isso para tolos como o Markwin.
— Tu... Tudo bem, Palkar — Respondi, um pouco surpreendido pela reação do líder. — O que mais você sabe sobre esse “Legítimo”?
Desde o momento em que ouvi o minotauro dizer sobre esse homem, não consegui pensar em mais nada. Enquanto o ataque à Rookgaard parecia ter sido arquitetado pelos touros, eu já estava me conformando com a situação; porém, sabendo que um humano poderia ter relação com uma atrocidade daquelas... Simplesmente não conseguia aceitar.
— Temo não ter mais nenhuma informação, garoto. Esse homem... Está em um nível acima do que podemos investigar — Disse Palkar, com a voz expressando frustração. — Sabemos que ele é muito influente na sociedade humana, bem como aquele asno do Markwin é uma de suas marionetes... Infelizmente só conseguimos descobrir até aí.
Fiquei um pouco decepcionado com a resposta do comandante, mas não insisti; de alguma forma eu tinha certeza que o minotauro não estava escondendo nada. Após alguns instantes de silêncio, Marlon também resolveu falar.
— Você citou que está preocupado com algumas... Pesquisas que o Markwin está fazendo, certo? Pode explicar melhor o que está havendo?
— Bom... Vamos ter que esperar por algum tempo aqui mesmo... Acho que está tudo bem se eu contá-los...
Ao dizer isso, o minotauro ficou brevemente em silêncio, enquanto observava cada um de nós atentamente. Ele parecia ainda ter certa desconfiança de nós, porém, acabou cedendo.
— Ah, que se dane! Escutem, humanos, o que ouvirão aqui agora é altamente secreto e não deve sair do subterrâneo de maneira alguma! Juro que caçarei cada um de vocês caso descubra que abriram o bico por aí! Entendido? — Palkar disse, com uma expressão séria no rosto.
— S-Sim — Jasmine e Marlon responderam, enquanto eu apenas acenei com a cabeça, um pouco intimidado.
— Pois bem... Por onde eu começo? — Disse o líder, enquanto dava leves socos em sua própria cabeça, como que tentando lembrar-se de algo. — Ah, sim! Vamos lá. Vocês, garotos, sabem algo sobre o passado da raça minotáurea?
— Não muito... — Respondeu Marlon. O garoto não costumava ler livros sobre os próprios humanos, quanto mais de outras espécies...
Jasmine e eu balançamos a cabeça negativamente. Tudo que eu sabia dos minotauros era o que presenciei com meus próprios olhos, desde o ataque à Rookgaard. Seu passado era uma incógnita para mim.
— Imaginei que não saberiam. Escutem, a história da nossa raça é muito antiga... Mais ainda que os próprios humanos. Como toda história desse tipo, muitas informações se perderam durante o tempo, e tantas outras foram contadas de infinitas formas diferentes; porém, uma coisa é certa: os primeiros minotauros eram a encarnação literal da fúria de Brog enquanto estavam em batalhas. Quando as guerras eram muito frequentes no mundo, nossa raça foi uma das que mais sofreram... Em sua fúria, minotauros atacavam amigos e familiares com a mesma cólera que investiam contra os inimigos... Isso quase causou uma extinção precoce dos minotauros...
A essa altura, Palkar já estava com a cabeça baixa, nitidamente abalado ao pensar no passado de sua raça. Não ousamos interrompê-lo e, após alguns segundos, ele ergueu seu corpo novamente e continuou.
— Porém, um dia, um minotauro conseguiu negligenciar a fúria herdada pela nossa raça; seu nome era Tha’kull. Ele, com a ajuda de um minotauro cego, Akkor, controlou seu ódio e fúria, desenvolvendo tranquilidade e sabedoria, coisas que antes eram desconhecidas pela nossa raça. Ele via o mundo sem raiva, e isso era inaceitável para os outros minotauros da época. Muitos o desafiaram, mas Tha’kull venceu todos; a prudência e calma do guerreiro eram largamente superiores à fúria descontrolada dos outros, fazendo com que ele rapidamente conseguisse ganhar seguidores. Aos poucos, os minotauros aprenderam, ainda que não a compreendessem muito, a filosofia de Tha’kull, e conseguiram sobreviver ao se refugiarem no subterrâneo. A partir daí, os guerreiros-filósofos se disseminaram, e a filosofia que pregava o controle da fúria e a perfeição em todas as coisas, o Mooh’Tah, foi fundado.
O comandante havia recuperado sua expressão confiante por alguns segundos, mas voltou a parecer incomodado ao recomeçar a falar.
— Se entenderam isso, podem imaginar o quão poderoso e importante para nós foi obter o controle de nossa fúria inata. Mas Markwin... Aquele desgraçado conseguiu enxergar além disso. — O minotauro deu um soco no chão, porém, não parecia nervoso; talvez frustração definisse melhor o que ele sentia. — De alguma forma, ele descobriu como materializar a fúria que aprisionamos no fundo de nossas almas. Vocês presenciaram como o servo de Markwin usou disso para fortalecer um portal dimensional, não é?
— Sim, todos nós vimos isso acontecer... — Jasmine respondeu, sem olhar nos olhos do líder, enquanto eu e Marlon confirmávamos com um aceno.
— Pois bem... Aquela é só uma das... Utilidades de nossa “fúria”. Markwin deseja criar um exército de minotauros não pensantes, guiados apenas pelo ódio; assim como no passado, essas criaturas lutariam cegamente, sem distinguir inimigos de aliados, porém... Se as informações que coletamos estiverem corretas, a infusão da “fúria” nos corpos dos minotauros, da forma que Markwin realiza, deixa-os muito mais fortes que o normal; é como se dez minotauros que ele manipula lutassem com a força de cem daqueles que batalhavam antes da chegada de Tha’kull!
— Mas... Mas ele não pode estar sério! — Marlon disse, levantando-se. — Ele não percebe que não conseguirá controlá-los? Isso trará apenas o caos para todos vocês!
— S-Sim, rapaz, é exatamente isso que não entendemos... E queremos evitar — Respondeu Palkar, um pouco surpreso pela reação de Marlon. — Também precisamos descobrir como ele conseguiu entender a técnica para fazer esse processo... Para isso, precisamos chegar ao laboratório de Mintwallin. Revolução foi a única maneira que encontramos de fazê-lo...
— Palkar! — O líder foi interrompido por um de seus companheiros — Todos já estão descansados, podemos ir a qualquer momento!
— Ótimo! — Palkar mudou de expressão imediatamente, parecendo bem animado — Já está na hora de derrubarmos aquele desgraçado do Markwin, não é mesmo? — Ele completou, olhando para nós ao dizer a última frase, enquanto sorria.
— Certamente — Disse Marlon, devolvendo-lhe o sorriso.
...
MARKWIN
— Os rebeldes aproximam-se, Majestade! Aguardamos suas ordens.
A voz de um dos meus irmãos soava distante, apesar de que ele estava logo a minha frente. Minha saúde piorou muito nas últimas horas, e todos os meus sentidos pareciam estar falhando; não restava muito tempo para mim. Logo agora que estava tão próximo de completar o “renascimento”... Os Deuses foram muito injustos comigo.
— Majestade... — O minotauro disse, ainda esperando minha resposta.
— Seja sincero comigo, irmão... Quais são as nossas chances?
O guarda, como eu esperava, não ficou confortável com a pergunta. Apesar de tentar transparecer otimismo, todos nós sabíamos que estávamos em inferioridade numérica, já que grande parte da população era formada por idosos e crianças. Até mesmo as mulheres que alistamos no exército não acrescentaram muito, e nossos números ainda estavam longe do ideal. Por outro lado, os rebeldes não eram apenas mais numerosos: eles tinham toda a confiança possível... Eles nos venceram nas últimas batalhas. Se eu apenas tivesse tido tempo de criar meu exército... Tenho certeza que tudo daria certo.
— Majestade... Eu...
— Tudo bem, irmão, não precisa responder. Vou me refugiar no laboratório; preparem-se para soltar a criatura...
— O... O Senhor está falando sério? É muito arriscado...
— Não adianta mais pensarmos nisso. Se apressem.
— Sim, Vossa Majestade!
Após isso, só me restava aguardar. Se aquela coisa não resolvesse a situação, todas as esperanças se findariam; que os Deuses tenham piedade de nós, pelo menos mais uma vez.
...
LEON
Não demorou muito para que nos aproximássemos da entrada de Mintwallin. Atrás das muralhas e torres da cidadela, como era esperado, muitos arqueiros estavam posicionados, apenas aguardando que a tropa de Palkar estivesse ao alcance de seus projéteis. Ao lado do grande portão que guardava a única entrada para a cidade estavam apenas alguns minotauros; se passassem pela ponte logo à frente, os rebeldes estariam muito perto de invadir a cidade... Sem encontrar muita resistência.
— Palkar... Não acha isso suspeito? — Perguntou um dos minotauros mais próximos ao comandante. Todos se prepararam para encontrar a força principal do exército de Markwin logo a frente do portão, como os espiões dos rebeldes haviam informado.
— Claro... Será que o Markwin enlouqueceu? Muito estranho...
Palkar ainda parecia animado, apesar da situação inesperada. Desde que voltamos a marchar, o líder voltou a demonstrar confiança total na vitória, e seus comandados refletiam o ânimo do rebelde.
— Não importa! Vamos apenas passar por cima desse portão! — Gritou um dos rebeldes, inflamando a multidão que formava o exército de Palkar.
— Ele tem razão! Vamos! — O líder completou, dando o impulso que os minotauros precisavam para correr a toda velocidade para o portão.
Enquanto o exército rebelde avançava, entretanto, algo inesperado aconteceu. Lentamente, porém causando muito barulho — tanto que sobrepôs os gritos de guerra dos minotauros —, o portão de Mintwallin ia se abrindo; todos pararam imediatamente, surpresos com ação do exército real. À medida que a área escondida atrás do portão ia se revelando, os gritos entusiasmados dos rebeldes se transformavam rapidamente em expressões de incredulidade.
— Pelos Deuses, não é possível! — Palkar foi o único a dizer algo, recuando alguns passos.
A criatura que nos aguardava do outro lado da ponte era enorme, com o formato de um lagarto esverdeado, porém, possuía asas. O rosto de formato achatado exibia dentes terrivelmente afiados, e o calor do vapor que saía se suas narinas podia ser sentido a muitos metros de distância. O que mais me impressionou foram os olhos avermelhados daquele monstro, que paralisaram todos por alguns segundos. Dezenas de minotauros seguravam correntes presas às gigantescas pernas da criatura, e ainda assim tinham muita dificuldade em controlá-la. Apesar de nunca ter visto um antes, tinha certeza que se tratava de um dragão.
— N... Não se intimidem, a-amigos! Juntos poderemos passar por ele! — Palkar tentou animar seus comandados, apesar de ele mesmo não demonstrar confiança em suas palavras.
Após o choque inicial passar, notei que Marlon ainda observava fixamente o dragão. Tentei chamar a atenção do rapaz, mas ele apenas apontou para um dos guerreiros que seguravam a criatura. Apesar da distância, pude notar que não se tratava de um minotauro; bem mais baixo que o restante das criaturas, ele carregava uma maça na cintura, enquanto fazia uma força descomunal para conter o dragão. A cabeça calva e a expressão daquele homem... Poderia ser...?
— Kyos! — Gritou Marlon, correndo em direção à ponte, enquanto o restante dos rebeldes também recomeçava a investida.
____
* O nome do capítulo é uma referência à música Tears Of The Dragon, do Bruce Dickinson.
Última edição por Edge Fencer; 11-01-2017 às 00:40.
Razão: Revisão.
Xiii e agora? Os minos do Palkar vão conseguir encarar um dragão?
Isso aí vai dar uma treta fenomenal.
Quem sabe nesse momento o Leon se descobre um cara mais corajoso do que ele mesmo pensa? Porque isso aí vai ser literalmente um batismo de fogo. Fogo de dragão kkkkk.
Publicidade:
Jogue Tibia sem mensalidades!
Taleon Online - Otserv apoiado pelo TibiaBR. https://taleon.online
Então, é a minha primeira vez que eu comento aqui e gostaria de dizer que eu estou acompanhado a sua história.
Mesmo que eu não tenha tal experiência, eu acho que posso opinar sobre ela. Ela é realmente muito boa, você consegue dar o seu "jeito" que diferencia cada narrativa e além disso, você consegue trazer a imaginação daquela cena, sabe?
Enfim, Parabéns!
Em relação ao próximo capítulo, espero que a treta comece!!!!!!!
Ótimo capítulo, Edge. Não faço ideia se os rebeldes conseguirão vencer esse dragão, mas com um bom comandante, quem sabe. Marlon poderia tentar, inclusive, já que ele meteu o louco e começou a correr pra cima do dragão pra ir atrás do Kyos.
E quanto a essas experiências... Será que veremos um Mooh'tant aí? Essa filosofia de controle da fúria dos minotauros é muito legal, mostra que é uma raça realmente interessante da lore tibiana, mas que o pessoal parece não ligar muito. Mas agora eu adoraria saber o que acontece quando um minotauro abraça essa fúria de forma multiplicada ao ponto de valer 10 minotauros furiosos de antigamente.
Xiii e agora? Os minos do Palkar vão conseguir encarar um dragão?
Isso aí vai dar uma treta fenomenal.
Quem sabe nesse momento o Leon se descobre um cara mais corajoso do que ele mesmo pensa? Porque isso aí vai ser literalmente um batismo de fogo. Fogo de dragão kkkkk.
E aí, Shirion!
Valeu pelo comentário, novamente. Bom, tentei me basear um pouco no que o jogo fornece, já que tem um livro dizendo sobre o encontro do Palkar com um dragão em Mintwallin. Claro que adaptei um pouco, mas ficou similar. Espero que a treta esteja do seu agrado kkkk.
Ah, e gostei muito dessa expressão "batismo de fogo". Até usei como nome desse capítulo; veja isso como uma homenagem a seus comentários constantes por aqui xD.
Abraço!
Postado originalmente por Karsa
Oyyyyyy!
E aí cara, tudo bem?
Então, é a minha primeira vez que eu comento aqui e gostaria de dizer que eu estou acompanhado a sua história.
Mesmo que eu não tenha tal experiência, eu acho que posso opinar sobre ela. Ela é realmente muito boa, você consegue dar o seu "jeito" que diferencia cada narrativa e além disso, você consegue trazer a imaginação daquela cena, sabe?
Enfim, Parabéns!
Em relação ao próximo capítulo, espero que a treta comece!!!!!!!
E aí, Karsa!
Seja bem-vindo à saga do Leon. Fico feliz que tenha se animado a ler a história, visto que ela já está um pouquinho extensa.
Agradeço os elogios, e espero que continue gostando e acompanhando a sequência. E não se preocupe em dizer sua opinião, assim como eu tento ser sincero analisando sua história, espero o mesmo por aqui; ainda tenho muito o que melhorar .
Abraço!
Postado originalmente por CarlosLendario
Ótimo capítulo, Edge. Não faço ideia se os rebeldes conseguirão vencer esse dragão, mas com um bom comandante, quem sabe. Marlon poderia tentar, inclusive, já que ele meteu o louco e começou a correr pra cima do dragão pra ir atrás do Kyos.
E quanto a essas experiências... Será que veremos um Mooh'tant aí? Essa filosofia de controle da fúria dos minotauros é muito legal, mostra que é uma raça realmente interessante da lore tibiana, mas que o pessoal parece não ligar muito. Mas agora eu adoraria saber o que acontece quando um minotauro abraça essa fúria de forma multiplicada ao ponto de valer 10 minotauros furiosos de antigamente.
Aguardo o próximo capítulo.
Fala, Carlos!
Valeu por estar aqui comentando, como sempre.
Pois é, não é uma tarefa fácil pros rebeldes encararem um dragão de frente. Não pretendo fazer o Palkar ser overpower demais (apesar desse capítulo aqui deixar essa impressão :p), mas com certeza ele tem ótimas capacidades de comando. Isso ficará mais claro na sequência.
Eu também tô gostando de pesquisar mais sobre os minotauros. Não sabia muita coisa antes de introduzi-los na história, mas foi legal entender o passado deles e o contexto pro Mooh'tah ter surgido. Darei um jeito desse assunto deixar uma marca permanente na história, mesmo após o fim dessa batalha.
Obrigado, novamente, e espero que goste desse também!
Abraço!
Olá!
Finalmente acabei esse capítulo, que dá sequência a treta dos minotauros. Só um detalhe: como fiquei muito tempo sem citar o Hoppus na história, imagino que, assim como eu, vocês tenham esquecido do que ele aprontou por último aqui. Se quiserem dar uma conferida, a última aparição dele foi no capítulo XIII, "Sombra".
Boa leitura!
Capítulo XVII – Batismo de Fogo
LEON
A cena que se desenhava logo a minha frente era paralisante. Digna dos maiores relatos que já ouvi de aventureiros que passavam por Rookgaard. O exército de Palkar, recuperado do susto inicial, seguia ferozmente em direção ao dragão que guardava a entrada de Mintwallin, enquanto os minotauros leais a Markwin, ainda que em menor número, posicionavam-se de forma a tirar vantagem da presença da criatura. O dragão debatia-se com uma força monstruosa, lançando os touros que seguravam suas correntes de um lado para o outro, como se fossem bonecos de pano. Apesar de dificultar muito o controle dos minotauros, a fera, por consequência, proporcionava uma ótima posição para eles: suas asas gigantescas serviam como um enorme escudo para as tropas reais, mantendo o exército rebelde afastado, enquanto a fumaça que saía de suas narinas encobria a posição dos arqueiros no alto das torres, tornando-os ameaças invisíveis. Parecia impossível para Palkar e seus companheiros conseguirem atravessar as muralhas da cidadela sem antes derrotarem a terrível criatura. Eu apenas observava tudo, sem reação; foi a voz assustada de Jasmine que me trouxe de volta daquele transe.
— Leon, acorde! Precisamos parar aquele idiota do Marlon! Vai ficar aí parado até quando? Vamos!
As palavras da garota fizeram com que eu olhasse imediatamente para onde o rapaz estava. Marlon avançava logo atrás da primeira fileira de rebeldes que se aproximava do portão de entrada, aparentemente ignorando tudo que acontecia a sua volta; o garoto parecia só enxergar Kyos, que lutava para manter o controle das correntes que prendiam o dragão, e avançava em linha reta para onde seu amigo estava.
— C-Certo, Vamos! — Respondi brevemente, enquanto começávamos a avançar em direção ao epicentro da batalha.
O mesmo vapor que ocultava os arqueiros reais das nossas vistas também produzia um efeito contrário: suas flechas eram atiradas cegamente em direção aos rebeldes. Avançar em meio àquele cenário era literalmente uma loteria. Eu e Jasmine seguíamos tão rapidamente quanto possível, desviando dos projéteis entre as tropas de Palkar, porém, estranhamente, Marlon parecia estar desacelerando um pouco mais a cada passo. Apenas alguns instantes depois, ele parou completamente. Temi que o rapaz tivesse sido atingido por uma das setas, mas notei, com alívio, que não havia sinais de danos no corpo dele quando me aproximei.
— Marlon! O que houve?! — Perguntei, enquanto ofegava.
— Minha perna...
O garoto ajoelhou-se, enquanto observava sua perna esquerda com uma expressão de dor. Naquele momento, entendi o que acontecia: o ferimento que o cavaleiro sofreu em Rookgaard ainda não estava completamente recuperado.
— O que você tem na cabeça, garoto? — Jasmine disse, enquanto esmurrava a cabeça de Marlon. — Só conseguirá ser carbonizado caso se aproxime dessa forma do dragão!
— Mas... Kyos... Não posso ficar aqui parado!
Marlon tentou voltar a correr, mas não avançou muito antes de cair novamente.
— Marlon... Você precisa parar! — Disse, enquanto tentava impedir que ele continuasse suas tentativas desesperadas.
O garoto simplesmente me ignorou, e continuou olhando apenas na direção de Kyos, que ainda não havia notado nossa presença. A essa altura, a vanguarda do exército rebelde já alcançara a ponte, e estava prestes a começar o confronto com o dragão.
Quando Marlon já respirava fundo para tentar correr novamente, um dos generais das tropas de Palkar aproximou-se dele. O minotauro, muito maior que o rapaz, deu um golpe repentino com o cabo de sua espada nas mãos de Marlon, desarmando-o. Antes que o cavaleiro pudesse reagir, o touro já estava amarrando seus braços.
— Mas que diabos...
— Calado, humano. — Disse o minotauro, secamente, interrompendo Marlon. — Acha que pode nos ajudar a lutar nessa situação? Fique apenas observando de longe, e veja o quão poderosos são nossos companheiros! — Após dizer isso, o touro já havia atado os braços do garoto, e o empurrou na minha direção. — Não o permita fazer nenhuma besteira, rapaz. Se não fosse pelo Palkar, eu não me importaria se ele quisesse morrer assim, porém... Ah, esqueça.
Antes que eu pudesse responder, o minotauro deu meia-volta, retornando à formação dos rebeldes.
— Leon, solte-me — Marlon disse, olhando para mim como se eu fosse a forma humana de Zathroth.
— Marlon... — Murmurei, sentindo certa pena do garoto. Tenho certeza que ele preferiria perder sua perna machucada a deixar Kyos sozinho no meio daquela confusão.
— Ninguém vai soltar você, moleque! — Disse Jasmine, enquanto tomava o garoto das minhas mãos. — Admita que está vulnerável, não é tão difícil! — Depois da última, frase, ela voltou a dar uma pancada na cabeça do rapaz.
— Quem você pensa que é, garota???
— Alguém que não irá te soltar. E se o seu amiguinho quiser tomá-lo de mim e ir virar churrasco com você, que ele me derrube antes! — Jasmine disse, olhando para mim, enquanto dava um sorriso ameaçador.
— Não me inclua nessa... — Disse, desviando o olhar da garota.
— Traidor... — Marlon murmurou, enquanto parecia aceitar seu destino, a contragosto.
Enquanto discutíamos, um som diferente veio da direção do portão da cidadela. Os minotauros rebeldes continuavam soltando seus clamores de guerra, porém, outros gritos podiam ser ouvidos ao fundo... Gritos de desespero. Quando voltei o olhar para a fonte do barulho, notei que o dragão havia, finalmente, iniciado o seu batismo de fogo.
...
HOPPUS
— O que está esperando?
A voz fria e sem emoção que o capanga do “Legítimo”, Sombra, possuía, tinha o poder inexplicável de congelar os ossos do meu corpo. Todas as vezes que interagia com o agente, a sensação que eu tinha era como se uma fina e gelada lâmina estivesse pressionada contra meu pescoço. Nesse momento, então, a impressão era milhares de vezes mais forte.
— Nada... Vamos continuar. — Tentei manter a voz inalterada, apesar da minha inquietação.
Quando fui convocado pelo “Legítimo”, após apenas alguns dias do meu último encontro com Sombra, temi pelo pior. Não sabia até que ponto o comerciante tinha conhecimento das minhas mentiras, porém, tinha certeza que ele descobriria tudo, mais cedo ou mais tarde. Só não esperava que fosse tão cedo...
— Você sabe que não temos tempo a perder. O “Legítimo” não admite falhas ou atrasos. — Disse o capanga, com seu tom de voz inabalável. Sombra vestia o mesmo uniforme de sempre: um sobretudo negro que cobria desde parte do seu rosto até as pernas, uma bota e uma cartola, ambas também negras. Apenas os seus olhos eram visíveis, mas eles não transmitiam nenhum tipo de impressão além da frieza que todas as suas ações demonstravam.
— Eu entendo perfeitamente. Não tenho a intenção de causar problemas àquele homem...
Minha expressão de incerteza sintetizava meus sentimentos naquele momento. Enquanto seguia os passos do agente, não parava de me preocupar com o que me aguardaria ao fim da caminhada. Por que o “Legítimo”, em pessoa, me mandaria a uma missão de alto nível, acompanhado de seu melhor capanga, sem oferecer nenhum tipo de informação sobre o que ela se tratava? Tudo aquilo me levava a pensar que não sairia vivo dessa vez.
Assim que atravessamos uma sala escura, chegamos a um cenário diferente. Estávamos nos aproximando de uma passagem em meio às paredes de terra e o piso de pedra, e dois guardas Thaianos vigiavam a estreita entrada do caminho. Assim que ficamos à vista dos homens, eles, imediatamente, liberaram a nossa passagem, enquanto se curvavam na direção de Sombra.
— S-Seja bem-vindo, Senhor! — Disseram ambos, com vozes trêmulas. — Sigam essas galerias e, em breve, estarão em Mintwallin.
...
LEON
A primeira linha ofensiva das tropas rebeldes estava quase totalmente destruída. Bastou que os touros se aproximassem do dragão para que a criatura liberasse uma cruel labareda de fogo por entre seus dentes afiadíssimos. O impacto do ataque torrou alguns dos minotauros até os ossos, enquanto outros ainda viveram o bastante para terem seus corpos retalhados pelas presas do dragão. Aquela cena grotesca e sanguinária fez com que o restante dos rebeldes hesitassem durante alguns segundos.
— Continuem, companheiros! Flanqueiem a criatura! Não deixem que suas chamas os alcancem!
Os gritos de um dos generais pareceram devolver certa confiança aos rebeldes, mesmo que muitos ainda não conseguissem tirar seus olhos dos companheiros mortos. As tropas passaram a se aproximar pelos lados, evitando grande parte das ondas flamejantes que o dragão seguia produzindo.
O exército real, por outro lado, mantinha sua formação inalterável. Os arqueiros, apesar de pouco eficientes, conseguiam derrubar alguns rebeldes, enquanto os soldados próximos ao dragão ficavam estáticos, apenas combatendo os poucos inimigos que se aproximavam demais do portão. A criatura e seus ataques flamejantes não permitiam que os rebeldes lutassem diretamente contra as tropas reais.
— Escutem todos!
Uma voz se destacou no meio dos rebeldes. Apenas os minotauros mais próximos ouviram, primeiramente, mas logo chamaram a atenção dos companheiros mais distantes, com uma organização impressionante. Os soldados mais próximos ao dragão não podiam tirar sua atenção da luta, mas todos os outros olhavam para o mesmo minotauro: Palkar.
— Não adianta lutarmos diretamente contra esse monstro! A única vantagem do Markwin é ter o controle dos movimentos do dragão, se conseguirmos tirar isso deles... A batalha se tornaria imprevisível. Concentrem seus ataques nos soldados que estão segurando as correntes! Vamos deixar que o dragão traga o caos que precisamos!
— Mas... Como vamos nos aproximar deles? O dragão nos queimaria antes que chegássemos perto... — Disse um dos rebeldes, que estava próximo a Palkar.
— Deixem isso comigo. Distrairei a criatura, enquanto vocês avançam.
Ao dizer isso, o minotauro se adiantou ao restante das tropas, aproximando-se lentamente do dragão.
Eu dei uma relida pra pegar a treta toda de novo e, caraca, como estão ótimos esses últimos 3-4 capítulos! A evolução do Leon e da tchurma toda de lá para cá! Esse último cap foi literalmente tiro, porrada, bomba e suspense! Gostei de ler xD
O cerco tá fechando... E eu quero ver o desfecho de tudo isso. Aguardo o próximo capítulo!
Marlon tá fora de combate, mas não que isso faça alguma diferença. Na verdade, será até melhor, assim ele não morre a toa. E eu quero ver o que o Palkar fará para distrair o dragão e fazer os minotauros avançarem.
Quando você falou que ele ia ficar overpower, imaginei que ele iria tentar matar o dragão, mas se bem que faz mais sentido que ele use o bicho ao seu favor. Quero ver como isso vai terminar, se o dragão vai destroçar Mintwallin ou se os rebeldes cairão.
Aguardo o próximo.
Publicidade:
Jogue Tibia sem mensalidades!
Taleon Online - Otserv apoiado pelo TibiaBR. https://taleon.online