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Tópico: Dan da Cidade de Carlin

  1. #1081
    Avatar de Arckyus
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    Muito bom!

    Só um pequeno errinho:

    – Eu conheço muito bem o Barba Sangrenta – disse fitando a sua perna de madeira. – Ele é o motivo pelo qual eu me torneio um pirata...
    Esperando o próximo capítulo (Amanhã?!)

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  2. #1082
    Avatar de thomzi
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    ótimos capítulos!!!

    que que aconteceu dan?comprou um livro de ditados populares?ta usando 1 em cada capitulo.qual será que vai ser usado no próximo capitulo?

    vamo ver dan 2 semanas, quero ver essa "risca" que você vai seguir

    "o navio começou a pegar fogo! e agora, quem poderá nos salvar?""eeeoooooo o chapolim pirata!!!"

  3. #1083
    Avatar de Danboy
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    Padrão [Livro III] Capítulo 4 - Raymond Striker

    Como sempre, cumprindo as promessas!

    thomzi: Coloquei logo mais dois nesse cap! hehehehe

    Arckyus: Capítulo saiu hoje, como prometido! Já corrigi o errinho!

    Derp: Valeu pelo incentivo! E continue comentando!

    Cicero Kwey: Que bom que gostou! Espero que também ache este legal!

    Ps: Daqui a duas semanas, mais um cap!




    Capítulo 4 - Raymond Striker


    – O Pirata Ray Striker! – exclamou Dan lembrando-se do que o Oráculo havia lhes contado. – Meu irmão cresceu neste navio! Não acredito que quase deixei isso passar!

    O jovem praticamente saltou da cadeira e correu até o velho pirata. Seus dois amigos o seguiram rapidamente.

    – Senhor Ray, posso lhe fazer uma pergunta? – questionou Dan.

    – Até duas, garoto. – respondeu Raymond enquanto terminava de sinalizar para os demais piratas.

    – Você conheceu um Cavaleiro chamado Konan? – Dan não perdeu tempo.

    Aquele nome roubou toda a atenção do marinheiro, que se virou para o jovem e começou a falar mais seriamente.

    – Eu não o vejo desde quando ele era apenas um adolescente, animado para começar a sua jornada em Rookgaard – a voz de Raymond deixava claro que ele estava triste. – Ele passou quase toda a sua infância neste navio, era como um filho pra mim... Mas ele não quis seguir a vida de pirata para a qual eu o preparei e desde que ele se tornou um cavaleiro, eu nunca mais o vi...

    – E você sabe onde ele está agora? – Dan estava mais interessado em encontrá-lo do que em saber o que ele fez quando era criança.

    – Até onde eu sei, ele está naquela gelada cidade de Svargrond... Mas por que você está me perguntando sobre essas coisas? – perguntou desconfiado.

    – É... – saber que seu irmão estava em Svargrond roubou toda a atenção do jovem, por isso ele nem conseguiu refletir sobre se podia falar a verdade. – Eu sou irmão dele...

    – Irmão dele? – assustado, o pirata pegou o rosto do jovem e começou a virá-lo de um lado para o outro. – Gabrielle teve mais um filho! Quem diria!? – Raymond exclamava em um misto de surpresa e felicidade. – Quantos anos você tem? Doze, treze?

    – Catorze, senhor. Minha mãe, Gabrielle. – disse Dan como se sempre soubesse o nome – Você sabe onde ela está agora?

    – Da última vez que a vi, você ainda não era nascido garoto – Raymond falou de forma ríspida, deixando um olhar triste no rosto do jovem. – Você pode perguntar ao seu irmão, ou talvez aos Druidas de Carlin, eles devem saber...

    – Sim... Os Druidas... É exatamente por isso que estamos indo para lá... – Dan não sabia se sorria por tudo que acabara de descobrir ou se ficava triste por não ter tido grandes avanços na missão de ajudar a sua mãe.

    – Então anime-se, garoto! Carlin está logo ali! – o pirata sorriu apontando para a costa. – Vá lá para a amurada ver! É uma ótima vista!

    Dan seguiu até a mureta do navio, seguido pelos os seus amigos. Os três ficaram ali parados por alguns minutos, apenas admirando a grande cidade que se aproximava.

    – Nessa cidade vamos começar a busca pela minha mãe... – disse Dan com os olhos vidrados na paisagem. – Se aquele cavaleiro do meu sonho estiver certo, ela pode estar correndo sérios perigos... – terminou com um tom apreensivo.

    – Não há motivos para desconfiar dele, Dan – respondeu Lignuns virando-se para o seu amigo. – Ele nos avisou sobre o Rei Tibianus e no fim das contas ele estava certo – ele voltou a admirar a cidade, antes de continuar a falar: – Eu acredito que os druidas de Carlin poderão nos ajudar... Mas de toda forma, já sabemos que podemos encontrar o seu irmão em Svargrond, se for necessário...

    – É verdade... Essa cidade pode ser só o começo... – disse Dan – Ela pode estar em qualquer lugar do continente...

    Calmamente, Dan se afastou da mureta, caminhou até o outro lado do navio, se apoiou e começou novamente a observar a paisagem.

    Uma grande floresta estava podia ser vista, assim como diversas montanhas, sendo as duas maiores: a Grande Anciã e Femor Hills.

    O navio já estava perdendo velocidade quando certo alvoroço começou a ser ouvido e os jovens viraram-se novamente para Carlin.

    A guarda da cidade estava chegando ao porto. Eram todas mulheres, berravam avisando a todos sobre os piratas e se preparavam para a possível batalha. Alguns aventureiros que estavam passando por ali também decidiram se juntar às protetoras da cidade. Curiosamente, o navio do capitão Greyhound não estava no porto.

    – Espero que elas nos deixem atracar... – disse o velho marinheiro que se aproximava calmamente dos jovens.

    Os piratas estavam mais agitados do que antes. Luna passou por entre eles, seguindo novamente até o outro lado do barco, apoiou-se na mureta e começou a observar a movimentação no porto. Lignuns e Dan se aproximaram e também começaram a olhar para a cidade.

    – E então, o que você vê? – Lignuns perguntou para Luna.

    Dan não entendeu aquela pergunta, pois a Paladina parecia estar vendo exatamente a mesma coisa que eles.

    – Vão nos atacar... – disse vidrada na movimentação das guardas e dos aventureiros. – As mulheres estão em uma posição básica de combate, esperando a ordem da líder, aquela – apontou para uma Cavaleira cuja armadura tinha contornos dourados. – Ela está com a mão levantada, quando abaixar, flechas virão em nossa direção.

    Naquele momento, Dan lembrou-se de como sua amiga havia elaborado estratégias quando eles tiveram que invadir a fortaleza do Kraknaknork. Ela parecia saber muito sobre assunto. Não demorou ao jovem perceber que também podia contribuir com alguma coisa, afinal, ele cresceu naquela cidade e conhecia os seus habitantes.

    – Pela armadura, aquela deve ser Bunny, a líder do clã Bonecrusher... Ela vive no Castelo da Rainha... – o garoto ficou com um olhar pensativo antes de completar. – Ela deve estar muito preocupada, se não, ela não teria vindo até aqui pessoalmente...

    – Ela parece nervosa... – Luna foi falando apreensiva – Pode baixar a mão a qualquer momento...

    – Precisamos fazer alguma coisa logo! – exclamou Lignuns.

    O jovem druida virou-se para procurar Ray Striker ou mesmo o marinheiro Kurt, mas um som de madeira batendo em madeira lhe poupou o trabalho.

    O pirata da perna de pau passou apressadamente por entre os outros marinheiros e se posicionou no mesmo lugar onde ele estava quando resgatou os jovens do navio em chamas. A embarcação já estava praticamente parada, a poucos metros do porto, quando Raymond começou a falar.

    – Fiquem calmas, minhas senhoras – gritou gesticulando de forma cortês. – Não estamos aqui para saquear a sua cidade, viemos apenas fazer um entrega! – concluiu abaixando a cabeça em sinal de submissão.

    A guarda de armadura com contornos dourados deu um passo à frente, ainda com a mão levantada e retrucou.

    – Diga logo o que quer entregar, não me venha de gracinhas, pirata, ou eu irei ordenar o ataque agora mesmo! – gritou a Bonecrusher, sem esconder a tensão.

    – Glynch! Traga-os aqui! – gritou o Raymond, mas não foi necessário que o pequeno goblin os chamasse, os jovens rapidamente correram para o lado do pirata. – São apenas três garotos que eu encontrei enquanto o navio do capitão Kurt afundava... – completou gritando com certo desdém.

    – Como vamos saber que não é um truque, pirata? – Perguntou Bunny, fitando os jovens. – Eles poderiam ir para qualquer outra cidade!

    Ray Striker olhou seriamente para os três aventureiros, esperando que eles dissessem alguma coisa.

    – Eu moro nessa cidade! – Dan gritou um pouco mais alto que o necessário. – Com o druida Alexsander, na viela dos magos.

    Bunny Bonecrusher consultou rapidamente suas guardas e um burburinho se formou no porto.

    – Tempo é dinheiro, minha senhora! – recorreu ao velho lema dos marinheiros. – Se não for recebê-los, me avise logo, que eu lhes deixarei no próximo porto que encontrar...

    – Você deve ser o Dan? – gritou Bunny, interrompendo as conversas paralelas e ignorando Raymond.

    – Isso, eu sou o Dan! E esses são meus amigos! – estendeu o braço apontando para os dois ao seu lado. – O pirata fala a verdade – concluiu.

    O burburinho no porto recomeçou e após consultar suas guardas novamente, Bunny voltou a falar:

    – Tudo bem, você pode atracar, apenas para eles descerem. Mas aviso que qualquer movimento errado, eu ordeno o ataque imediatamente! – disse em um tom firme.

    Cordas foram arremessadas do porto para o navio, e puxadas pelos piratas até que a embarcação estivesse finalmente seguramente atracada. Os três jovens se despediram rapidamente de Kurt, Ray e até o do goblin, e pularam para foram do navio.

    – Muito bem, marujos! Levantar velas! Vamos para a Baía da Liberdade! – Ray gritou para os piratas que comemoraram e começaram a trabalhar. – Foi muito bom fazer negócios com a senhora – replicou novamente um lema dos marinheiros dirigido à Bunny, quando a embarcação começou a andar.

    Os jovens estavam perdidos no meio daquela confusão, com guardas e aventureiros indo embora do porto e levaram um susto quando a chefe da guarda real se dirigiu a eles.

    – Cerdras nos avisou que vocês estavam para chegar – disse calmamente. – Alexena venha cá! – gritou para uma paladina que se aproximou sorridente. – A guia da cidade vai levá-los até a casa do druida Alexsander.

    – Isto não é necessário, senhora – disse Dan calmamente. – Eu sei o caminho!

    – Cedras foi bem claro quanto a isso! Vocês precisam chegar na casa em segurança! E a cidade está um caos... – esclareceu Bunny.

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    Próximo: [Capítulo 5 - Beco dos Magos, Número 4]
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    Última edição por Danboy; 26-03-2014 às 21:39.
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    Então pegue uma xicará de chá, sente-se e leia a história de Dan da Cidade de Carlin.

    (Última Atualização: Livro V: Capítulo 5 - A Guera de Reconquista (Parte 2/2), postado no dia 06.03.2017)

  4. #1084
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    Gostei, tá cumprindo o prazo! hahahaha

    Muito bom capítulo, esperando as longas 2 semanas...

    Acho que temos mais um errinho:

    Uma grande floresta estava podia ser vista, assim como diversas montanhas, sendo as duas maiores: a Grande Anciã e Femor Hills.
    OI

  5. #1085
    Avatar de thomzi
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    uau, essa foi por pouco.

    um pouco de tensão nesse capitulo,sempre bom não é?

    gostei de ver dan, 2 semanas! agora é ver se vai durar :-P

    quase perdi esse capitulo, começou a época de provas e trabalhos de novo, e quase não da tempo de nada!




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  6. #1086
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    Duas semanas, cadê capítulo? Agora que comecei a confiar em vc Dan, pô ;/
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  7. #1087
    Avatar de Sombra de Izan
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    Bom de retorno das trevas de um tempo sem net, sem tempo por causa das complicações da vida, retornei, mas por enquanto só de visitante, bom sobre o capítulo achei bem bacana, pena que perdi o fio da meada, acho que só irei acompanhar as publicações mais recentes, ta tudo meio diferente vou explorar novamente o fórum.
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  8. #1088
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    Padrão Capítulo 5 - Beco dos Magos, Número 4

    Perdi o prazo por 3 dias dessa vez

    Mas pode deixar que eu compenso isso no próximo capítulo!

    thomzi: Espero que não perca esse capítulo!

    Arckyus: Não perca a confiança, por favor!

    Sombra de Izan: Que bom que tá volta! Vê se fica dessa vez!

    Ps: Daqui a uma semana e quatro dias, mais um cap!




    Capítulo 5 - Beco dos Magos, Número 4


    A cidade realmente não era mais a mesma. Aventureiros de todos os tipos andavam por ela, paladinos, cavaleiros, feiticeiros e druidas, com diversos elmos e armaduras, muitos montavam animais como ursos, búfalos, asnos e cavalos.

    Tendas e barracas estavam espalhadas pelas ruas, algumas ainda estavam sendo armadas, parecia que a cidade havia mais que dobrado o número de habitantes.

    Os jovens já haviam saído da Rua do Porto e entrado no Beco dos Magos, quando Dan resolveu falar.

    – Tem muito mais gente aqui do que no ano passado... – comentou com os seus amigos.

    – Refugiados... – disse Alexena, entrando na conversa. – A maioria vem de Thais, mas outros vieram das cidades próximas, ou colônias de Thais... – ela não encarava os jovens enquanto falava.

    – Todos temem uma guerra... – completou Lignuns.

    Dan mal teve tempo para refletir naquilo, pois logo avistou sua antiga casa, no Beco dos Magos, número 4.

    – Ali está! Venham! – disse o feiticeiro apressando o passo.

    Coube a Lignuns e Luna agradecerem à guia Alexena, que se despediu e seguiu de volta ao porto.

    Com pouca paciência para seguir à direita pela rua e entrar pelo caminho de pedras, Dan seguiu em linha reta, pisando na grama antes de chegar à casa.

    Seus amigos ainda não tinham lhe alcançado quando ele segurou a maçaneta, girou-a e bem devagar abriu a porta.

    – Alexsander? – perguntou ao encontrar o local vazio.

    Sem perder tempo, ele correu para subir as escadas, mas também não encontrou nada lá em cima.

    – Dan, aqui em baixo, acho que é uma carta... – Lignuns ainda estava na soleira, mas notou um papel sobre um baú ao lado da porta.

    Aquela arca pertencia ao druida Alexsander, estava sempre trancada e Dan nunca havia sido autorizado a abri-la, mas naquele momento, o cadeado não estava ali. O jovem feiticeiro não perdeu tempo, desceu as escadas correndo e pegou a carta, Lignuns já estava ao lado do baú, e Luna a ultima a entrar, estava fechando a porta.

    – “Para que você sempre consiga fugir do perigo” – Dan foi lendo. – Só diz isso! – exclamou incomodado.

    Lignuns não esperou pelo seu amigo, abriu o baú e pegou o que havia dentro. Para surpresa de todos, era apenas um par botas, que pareciam ser mais frágeis que as suas atuais, contudo nas partes de trás de cada calçado havia um par de asas brancas.

    – Botas de Velocidade! – exclamou Luna enquanto se aproximava, antes de toma-las das mãos do druida. – Aventureiros iniciantes normalmente compram um par dessas... Ao menos os ricos... – concluiu pensativa.

    – Eu já li sobre elas... – acrescentou Lignuns. – Acho que irão dobrar a sua velocidade! – rapidamente ele lembrou da carta e sorriu. – Você vai sempre conseguir fugir do perigo!

    Dan poderia ter ficado triste com o fato de Alexsander desejar apenas que ele possa fugir e não confiar nas suas capacidades, mas naquele momento, a alegria do presente dominou suas emoções. Ele tirou rapidamente suas botas antigas, calçou as novas e começou a andar pela sala. A cada movimento, as asas batiam e aceleravam o passo.

    O jovem feiticeiro estava radiante, sendo observado pelos seus amigos, quando a porta da casa abriu-se novamente, era Cerdras entrando apressadamente. Ele vestia a tradicional cabeça de urso como elmo, mas suas vestes verdes pareciam mais sujas assim como sua bota marrom.

    – Que bom que estão aqui! – disse sorrindo. – Eu vim assim que recebi a notícia de que estavam na cidade! Olá Dan! Feiticeiro hein... – disse torcendo o nariz, antes de se virar para o pequeno druida. – Você deve ser o Lignuns, estou certo? – o jovem confirmou com a cabeça, apesar de desconfiado, e Cerdras sorriu. – E você? Quem é? – perguntou para a garota.

    – Sou Luna, de Thais. – respondeu confiante.

    – Ela nos ajudou em Rookgaard... – Dan interveio inseguro quanto à reação do velho druida.

    – Muito bem... Seja bem vinda, Luna... Você vai encontrar muitos thaianos por aqui esses dias... – disse à garota antes de completar: – Vamos nos sentar, precisamos conversar, eu tenho alguns biscoitos... – foi falando rapidamente.

    Todos se sentaram na pequena mesa, de apenas quatro lugares, a mesma em que se sentavam os aventureiros convidados por Alexsander a se hospedarem na casa.

    Após colocar uma sacola com biscoitos sobre a mesa e pegar um deles, Cerdras externou rapidamente a sua maior preocupação.

    – A maçã, Dan! Aonde ela está? – perguntou com os olhos sérios sobre o jovem.

    – Está aqui, comigo... – o jovem abriu a mochila que estava ao lado da sua cadeira, pegou a fruta e estendeu para o experiente druida. – Eu só dei duas mordidas...

    – Acho que ela ainda suporta mais uma... – refletiu observado a maçã. – Utevo Ina... – sussurrou passando a outra mão sobre a fruta e fazendo-a sumir.

    – Que magia é essa? – perguntou curioso, sem sucesso, pois o velho druida apenas balançou a cabeça e pegou mais um biscoito, já se preparando para mudar de assunto.

    – Ute... Evo... Ina... – Lignuns foi repetindo pausadamente as sílabas ditas por Cerdras, enquanto pensava. – Parece que ele criou uma ilusão... Tornando a maçã invisível...

    Cedras sorriu satisfeito, sem conseguir esconder um pouco de surpresa.

    – Você descobriu isso pelas palavras mágicas? – perguntou Dan desconfiado.

    – Não é tão difícil, né? – comentou Lignuns – O livro que eu te dei no navio explica isso – terminou sorrindo.

    “Círculos da Magia”, lembrou Dan. Ele apenas tinha conseguido ler o título daquele livro antes de pegar no sono, e quando acordou eles estavam sob ataque, assim, o jovem não conseguia se lembrar de onde havia deixado o objeto, que provavelmente foi queimado ou naufragado, ou os dois.

    – Esta maçã é única, Dan... – retomou Cerdras – A última mordida é mais poderosa que as duas anteriores juntas... O problema é que essa fruta possui uma irmã... – ele encostou-se à cadeira novamente, se preparando para contar uma história. – Na época em que os magos eram apenas druidas, ou seja, as magias eram apenas derivadas da empatia com a natureza, um deles começou a descobrir como manipulá-la... Seu nome era Noodles...

    – Como o cachorro do Rei Tibianus? – Perguntou Dan, ao lembrar-se da história de um aventureiro que se gabava por ter encontrado o cão real após o animal ter se perdido na floresta.

    – Exatamente... Mas existe um motivo para isso... Muitos cães em todo o Tibia já foram homenageados com o nome do antigo mago... – Cerdras apoiou-se novamente na mesa, para ficar mais perto dos jovens – Pelo que se conta, o Mago Noodles utilizando-se da sua empatia com a natureza, podia fazer surgir novas criaturas ou alterar as existentes do modo como quisesse... Seus poderes não tinham limites, após descobrir como fazer os mortos voltarem a andar, ele passou a se considerar imortal, como um deus... Mas dizem que os deuses de verdade não gostaram nada disso e o puniram, tiraram a sua magia e o transformaram em um cachorro, o obrigando a viver para sempre em quatro patas, dependendo de outros humanos. Mas a arte do mago não foi esquecida e seguindo os seus ensinamentos, uma nova classe surgiu: os feiticeiros. Contudo, para que o equilíbrio fosse mantido, estes não teriam mais a empatia com a natureza, que ficou restrita aos druidas.

    – Dizem que o cachorro real é o verdadeiro Noodles transformado em cão... – interveio Luna, confiante.

    – A cada ano que passa, dezenas de pessoas dizem ter encontrado o verdadeiro Noodles... – respondeu Cerdras, calmamente.

    Luna pensou em retrucar, mas decidiu não fazer e se encostou novamente. Após alguns instantes de silêncio, Dan enfim abriu a boca novamente.

    – Mas onde entra a maçã nessa história?

    – Ela foi uma das primeiras criações de Noodles... – respondeu Cerdras rapidamente – Ele tentou juntar o máximo do poder da natureza em um único fruto... E criou a maçã... Mas quando ele apresentou-a ao conselho dos magos, ele foi severamente repreendido por afetar o equilíbrio da natureza... A fruta foi confiscada e ele foi afastado do conselho... Só que naquele momento, os druidas cometeram um erro... Eles não consideraram o fato de que a natureza sempre tenderá ao equilíbrio... Assim, um fruto da morte também foi criado, com um enorme poder das trevas. Ninguém sabe aonde está a maçã das trevas, mas o que se sabe é que a maçã que estava com você pode ser a chave para contrabalancear a sua irmã negra... Por isso eu vou mantê-la escondida... Até que ela seja novamente necessária! – Ele esperou um aceno positivo do jovem antes de continuar falando para todos. – Ouvi falar das suas aventuras... Tiveram que enfrentar um Orc Shaman e um Goblin Assassino... Notaram alguma semelhança neles? – perguntou calmamente.

    Os três poderiam responder àquela pergunta, mas a paladina e o feiticeiro decidiram deixar a tarefa para o jovem druida.

    – Pelo que descobrimos, eles foram ajudados por humanos com capa preta...

    – Exatamente – Cerdras sorriu disfarçadamente. – Estes são os homens do Revolucionário... Seu trabalho começou há muito tempo, mas só agora ele deu as caras... Todos sabiam que o Oráculo não aceitaria um assassino como Rei, por isso ele procurava uma raça que pudesse derrubar os humanos e manter Rookgaard sob o seu controle, quando ele enfim se anunciasse... Felizmente, vocês estragaram os seus planos – completou com um largo sorriso.

    – Parece que nós ajudamos, não é? – Dan perguntou rapidamente, esperando um aceno positivo de Cerdras para continuar: – Então agora nós precisamos da sua ajuda...

    – Vocês sempre poderão contar com a minha ajuda, no que eu puder ajudar...

    – Eu tenho sido visitando durante a noite, por um viajante dos sonhos... – Dan foi contando calmamente. – Ele diz que a minha mãe está precisando da minha ajuda... Mas eu não sei quem é ela... E muito menos onde ela está...

    – Alexsander lhe privou de toda a história de sua família, Dan... – respondeu Cerdras, pesaroso. – Mas eu não irei cometer o mesmo erro! Se sua mãe precisa da sua ajuda, você deve ir até ela imediatamente! Eu mesmo iria, mas a Rainha precisa de mim e não permitirá que eu saia da cidade...

    – E onde minha mãe está? – Dan perguntou antes que o druida terminasse de falar.

    – Eu não sei onde ela está agora, mas sei de um lugar onde nós podemos descobrir!

    – Ótimo! Vamos para lá agora! – disse Dan.

    – O local só abre ao entardecer... Comam um pouco, descansem e mais tarde nós partimos!

    – Combinado! – concordou o feiticeiro.

    – Luna... – Cerdras dirigiu-se à garota um pouco sem jeito. – Infelizmente, você não poderá ir nesse lugar com a gente... Mulheres não são permitidas... – completou encabulado.


    -----------------------------
    Próximo: [Capítulo 6 - As Missões e Seus Mistérios]
    Última edição por Danboy; 13-04-2014 às 11:22.
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    (Última Atualização: Livro V: Capítulo 5 - A Guera de Reconquista (Parte 2/2), postado no dia 06.03.2017)

  9. #1089
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    1 semana e 4 dias... anotado! hahaha

    Muito bom, mais uma vez o clima de mistério aparece na história... Esperando atualização

    Obs: Um pequeno errinho pra ser corrigido:
    – Eu tenho sido visitando durante a noite, por um viajante dos sonhos... – Dan foi contando calmamente. – Ele diz que a minha mãe está precisa da minha ajuda... Mas eu não sei quem é ela... E muito menos onde ela está...
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  10. #1090
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    Que maçãzinha misteriosa não?como que tem coragem de entregar um objeto tão poderoso para um rooker?e o dan já deu duas das três mordidas nela!NÃO DESPERDICE DAN!!!!!!!!!
    Um lugar em CARLIN que não permite mulheres? O que tramam por lá?Já não basta uma revolução em thais, agora em carlin também.

    Ótima leitura como sempre dan"Daqui a uma semana e quatro dias, mais um cap" otímo!

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