Capítulo II
Dramáticas Desventuras
Parte 3
Penso que as pessoas, especialmente os homens, são totalmente personificadas no seu individualismo. Não tem outra resposta àquela atitude de Egon. Mas, não tenho comentários a descrever o sentimento que me tomou pós-percepção racional.
A crítica que faço a mim mesma é que não havia sentido de estar ali presente. Mas, algum instinto primitivo me forçou a um sentimento de raiva, tão forte a ponto de me fazer cometer um possível ato cruel. E assim, baseada no meu conceito de violência, do vermelho, fui forçada a pensar em tomar alguma atitude drástica. Todavia, o espelho da minha alma tomou a frente.
- Pobre Rose, pobre moça, envenenada pelo sentimento único. O sentimento que nasce do apogeu de uma grande maleficência– Retrucou a minha consciência.
Pode parecer besteira, ou modéstia. Mas, apesar do ser humano tornar-se individualista, pois não é seu nascimento que o concretiza como ser de mal pleno, sua alma é concebida pura. Dependendo de sua missão, o espírito permanece intacto perante as atitudes do corpo. Fui fadada, desde minha criação, a servir uma força maior, benigna. Fui fadada a servir a luz, e minha alma pareceu controlar os meus devaneios mentais.
De repente, ao entrar no fundo da minha mente, desconhecida pelos mistérios da minha origem. Conectei os meus pensamentos ao meu espírito e os purifiquei. Levantei-me, então, rapidamente daquela cama, e me vesti com as roupas jogadas nos arredores do quarto. Egon se banhando percebeu meu movimento. Não o respondi, mas olhei sua face quando ele rapidamente saiu do banheiro para perguntar a minha ausência. Fui embora, para além do planejamento de minha aventura. Fui atrás de respostas, de conceitos, para elaborar uma resposta as minhas indagações e a vinculação delas com meu espírito.
Então, retirei-me do centro acadêmico, mesmo pensando na possibilidade de visita a biblioteca que lá existia comandada por Seymour, um grande sábio que adorava ganhar presentes. Não pensei duas vezes quando a possibilidade de reencontro com aquele indivíduo traidor da minha inocência veio à tona. Mas, estava perdida com meus conceitos, com minhas faculdades mentais esgotadas. E assim, quase a correr louca pelas ruas de RookGaard, estava fugindo da minha própria ilusão sentimental e psicológica.
No coração das ruas de RookGaard, fui observada por olhos impiedosos, olhos que gritavam perante a minha atitude, e que só faziam eu acelerar meus passos. Com medo, voltei a minha cabeça para trás, tentando esquivar dos olhares no que resultou em um encontro brusco. Eu, então, caí, e naquele chão sujo, próximo ao esgoto do centro da cidade, e permaneci alguns segundos até que o homem que eu havia esbarrado ergueu sua mão para me ajudar a levantar. Era um senhor com o rosto coberto por um capuz com uma tonalidade de marrom. Suas vestes eram longas, com um cinturão com forma de corda em sua cintura. Assim que ele me ajudou a levantar, retirou o capuz do rosto e percebi que não havia cabelos, e seu rosto soava um tom angelical, um tom de calmaria, mas apesar disso, havia um mistério escondido em seus olhos negros.
- Deixe-me ajudá-la senhorita, eu sou Cipfried, seu nobre monge. Defendo as artes de Uman e Fardos, criadores benignos desse mundo. – Balbuciando com um breve grave em seu timbre, tendo uma lentidão pacificadora.
- Eu me chamo Gauntier, Rose Gauntier. Prazer em conhecê-lo.
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