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Tópico: Tibia - A terra das mudanças

  1. #11
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    Capítulo II

    Dramáticas Desventuras



    Parte 2

    A princípio, como já foi argumentado sobre RookGaard, deixe-me contar uma experiência própria que tive ao consumir uma bebida, mais precisamente meu primeiro copo fermentado.

    Egon, como todos já devem conhecer, havia me apresentado um vestido muito peculiar que guardo até hoje em virtude da memória, não pela amizade. Como eu disse, os interesses são utilizados na nossa vida de uma forma tão comum que o próprio ato de comunicar chega a ser persuasivo quando você tenta executar um pensamento, seja qual for o meio de comunicação.

    Parecia que não era o suficiente para me agradar. Confesso que fiquei confusa após a minha primeira experiência com a política que rege nosso mundo, e mais, fiquei excitada com a primeira descoberta de caráter que eu pude observar e que não durou muito tempo.

    O fato é que as aventuras começaram a fluir pelo recinto e Egon começou a me mostrar certas novidades que o mesmo já sabia através da taverna de Norma – exatamente, através de Norma que não parece se encantar com aquelas pessoas que não contribuem com o reino, fazendo-o encher-se de moedas, e a ela também. No bar daquela senhora, Egon ouviu falar da aventura que uma pessoa, que aos poucos se tornou lenda naquela pacata ilha, por seus feitos desbravadores como a famosa aventura pelo escudo do corpo de dragão, e outras histórias de pescador. Interessei-me, após ganhar o vestido, sobre a taverna que Egon havia me contado no caminho ao Tom – Um famoso comprador de pele, utilizada para confeccionar as roupas que usamos, ou para sua própria coleção, ou quem sabe a carne das refeições... E assim, dirigi-me aquele nobre bar acima das dependências do centro acadêmico de RookGaard.

    Chegando ao bar, observei que as mesas estavam ocupadas por vários homens e mulheres que não pareciam nada amistosos, mas todos queriam portar-se como elegante, ou de alto nível – Não sei onde Egon, mal vestido retirou a ideia de irmos àquele local. De fato, nem sentamos e a Norma já pediu uma base orçamentária, incrível! Ou seja, quanto poderia gastar naquela noite e se iríamos utilizar as dependências de cópula. Pode-se imaginar o que eu disse, pobre ingênua, visualizando a realidade abstrata da infância, ou ao menos daquela de alguém que acabou de se descobrir... Apenas falei, tenho essas moedas, e fomos expurgados do meio.

    Uma trágica situação pareceu não afetar Egon, que apenas retrucou que aquele lugar não era adequado para a situação. E que situação se passara na mente daquele homem? Mal tinha sido parida ao nosso mundo, e pensando ainda na coexistência de diferentes visões de mundo, nunca haveria de pensar o que uma mente tão fértil como a deste indivíduo estava elaborando para comigo. Ele apenas solicitou que nós fossemos as dependências da academia, uma espécie de hotel, e lá fomos a uma taverna de guerreiros, próximo ao suposto banco que guarda economias de muitos de RookGaard.

    Conversamos, e simplesmente, os guerreiros não paravam de olhar para abaixo do meu queixo, não entendia a razão. Que donzela linda! – cochichavam aqueles homens – EGON! Seu grande descobridor de verdades... Você já viu minha verdade donzela? – Que perguntas, mas estranhas... Donzela, aceita meu castiçal? – Gota d’água. Levantei-me para me retirar... No entanto, Egon segurou minha mão e pediu para que eu bebesse uma taça de uma bebida púrpura, naquele balcão “isolado” que nós estávamos. Senti-me em compromisso, e então tornei a sentar ignorando os decursos machistas que estava ouvindo. Mas, à medida que ia passando, cada gole me deixava com um nível de consciência contestável, quase nulo. E assim, alguns toques iam ficando desconfortáveis. Achei melhorar parar, mas ele incentiva. Eu soluçava, enquanto Egon me agarrava nos braços e os sons machistas iam atormentando cada vez mais meu ouvido, todavia minhas ações já eram aleatórias, até que finalmente cai no chão. E adivinhem onde estava no outro dia?

    Agora, nós vemos as pessoas com olhares divergentes, mas todos convergem para um mesmo sentido. O que existe é o interesse, e a partir dele, sujem os atos que gerem a nossa humanidade.

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    Última edição por Bright Sound; 19-07-2011 às 10:25.
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  2. #12
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    Padrão Copo fermentado

    Sabe agora que estava lendo reparei que a forma com que descreve principalmente no segundo parágrafo se da conta que as memorias de quem escreve são de uma mulher, acabei de reparar

    As descrições para quem conhece são bem precisas sobre quests e outras aventuras de rook, aguardo o próximo capítulo

  3. #13
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    Citação Postado originalmente por Sombra de Izan Ver Post
    Sabe agora que estava lendo reparei que a forma com que descreve principalmente no segundo parágrafo se da conta que as memorias de quem escreve são de uma mulher, acabei de reparar

    As descrições para quem conhece são bem precisas sobre quests e outras aventuras de rook, aguardo o próximo capítulo
    Bem amigo...

    Rose, é a personagem principal da minha história. No entanto, esta história não é narrada por um único narrador e sim por vários, há uma construção das vertentes históricas a partir de vários pontos de vista e assim, diferentes tipos de linguagem e comunicação, como você já percebeu.

    Mas, continuo a dar ênfase no mistério do narrador mais crítico, aquele que parece nutrir uma paixão platônica por Rose e no final, não sabemos quem ele é não é verdade?
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  4. #14
    Avatar de Gripho
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    Comecei ler agora, mas logo pela organização e escrita do primeiro capitulo, parece ser simplesmente a melhor história ja feita no forum, não digo "uma das melhores" e sim "A melhor delas" pois a muuuitos meses (poe meses nisso) rondo esta seção em busca de uma boa história...

    favoritei aki, quanto terminar de ler eu comento mais...

    ______Edit_______

    Pronto, terminei de ler... E direi oq achei.

    A Escrita está ótima, perfeita, impossivel o portugues ser utilidado de uma forma melhor, muito bem organizado o topico.

    Porém, como nada é perfeito, terei q falar algo sobre o conteúdo (comancin?) vou explicar...

    A história é perfeita pra quem conhece o mundo tibiano, os locais são resumidos, dando o foco a nostalgia do conto... Quem ñ tem costume com o Tibia poderá ter ficado confuso em onde fica o bar de Norma por exemplo...

    Creio que a nostalgia é o q vc quer passar, das lembranças tibianas, e isso vc fez muito bem, fazendo eu meditar nisto...

    Confesso que isto me fez parar pra pensar em rook, sinceramente foi a melhor cidade que estive, me lembrou a primeira ves que joguei tibia, pra mim era um mundo perfeito, fiquei uns 10 dias nela até pegar nivel 8 (sim, eu demorei muito) mas em compensação eu descobri muita coisa lá e fiz amigos... Quando saí de lá me lembro de meu RL chamar eu pra ir na "quest do 10k" pra mim isto era ser milhonario...

    Lendo sua história, estas lembranças veio tudo a tona, e confesso que "vomitei arco-iris" rsrsrsrs

    Continue a história, ela tem futuro, mas eu gosto de quando o cenario é mais bem descrito, isto faz a gente tipo "Entrar na cena juntamente" dando uma visão melhor do local do qual vc está narrando... Sakou? Caso vc tenha lido algumas historia aki vc verá como isso ocorre...
    Última edição por Gripho; 17-06-2011 às 16:57.
    .
    ======>>>>>>>Conheça as Aventuras de Boldo Mallin!<<<<<<<======

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    Deus é muito mais foda que Nietzsche, HAHAHA, OTÁRIO! Burn in Hell Now!

    Clique na imagem e dá um zoiada no Owned nos Ateus ^^

  5. #15
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    A história é perfeita pra quem conhece o mundo tibiano, os locais são resumidos, dando o foco a nostalgia do conto... Quem ñ tem costume com o Tibia poderá ter ficado confuso em onde fica o bar de Norma por exemplo...

    Creio que a nostalgia é o q vc quer passar, das lembranças tibianas, e isso vc fez muito bem, fazendo eu meditar nisto...
    Certo. Eu vejo sua crítica como um ponto positivo, mas essa era realmente a minha intenção. Caso eu possa editar os detalhes do local, que poderei fazer sem dúvida, poderá tornar o texto cansativo diante dos adjetivos que existem em thais locais - é verdade que não me prendi a isso pela razão de que a maioria dos leitores são jogadores de Tibia e conhecem esses locais. Assim, deixei que as características se tornassem subjetivas e não descritas ela minha narrativa. Mas, pelo que vejo, faz-se necessária essa descrição não é mesmo?

    Excelente, poderei em breve me deter em outros pontos, mas checarei sempre essas questões de detalhes - pretendo descrever melhor alguns âmbitos, dependendo do ponto de vista da personagem que narra é claro.

    Obrigado pela crítica - assim poderei desenvolver melhor meu texto.




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  6. #16
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    Capítulo II

    Dramáticas Desventuras



    Parte 3

    Penso que as pessoas, especialmente os homens, são totalmente personificadas no seu individualismo. Não tem outra resposta àquela atitude de Egon. Mas, não tenho comentários a descrever o sentimento que me tomou pós-percepção racional.

    A crítica que faço a mim mesma é que não havia sentido de estar ali presente. Mas, algum instinto primitivo me forçou a um sentimento de raiva, tão forte a ponto de me fazer cometer um possível ato cruel. E assim, baseada no meu conceito de violência, do vermelho, fui forçada a pensar em tomar alguma atitude drástica. Todavia, o espelho da minha alma tomou a frente.

    - Pobre Rose, pobre moça, envenenada pelo sentimento único. O sentimento que nasce do apogeu de uma grande maleficência– Retrucou a minha consciência.

    Pode parecer besteira, ou modéstia. Mas, apesar do ser humano tornar-se individualista, pois não é seu nascimento que o concretiza como ser de mal pleno, sua alma é concebida pura. Dependendo de sua missão, o espírito permanece intacto perante as atitudes do corpo. Fui fadada, desde minha criação, a servir uma força maior, benigna. Fui fadada a servir a luz, e minha alma pareceu controlar os meus devaneios mentais.

    De repente, ao entrar no fundo da minha mente, desconhecida pelos mistérios da minha origem. Conectei os meus pensamentos ao meu espírito e os purifiquei. Levantei-me, então, rapidamente daquela cama, e me vesti com as roupas jogadas nos arredores do quarto. Egon se banhando percebeu meu movimento. Não o respondi, mas olhei sua face quando ele rapidamente saiu do banheiro para perguntar a minha ausência. Fui embora, para além do planejamento de minha aventura. Fui atrás de respostas, de conceitos, para elaborar uma resposta as minhas indagações e a vinculação delas com meu espírito.

    Então, retirei-me do centro acadêmico, mesmo pensando na possibilidade de visita a biblioteca que lá existia comandada por Seymour, um grande sábio que adorava ganhar presentes. Não pensei duas vezes quando a possibilidade de reencontro com aquele indivíduo traidor da minha inocência veio à tona. Mas, estava perdida com meus conceitos, com minhas faculdades mentais esgotadas. E assim, quase a correr louca pelas ruas de RookGaard, estava fugindo da minha própria ilusão sentimental e psicológica.

    No coração das ruas de RookGaard, fui observada por olhos impiedosos, olhos que gritavam perante a minha atitude, e que só faziam eu acelerar meus passos. Com medo, voltei a minha cabeça para trás, tentando esquivar dos olhares no que resultou em um encontro brusco. Eu, então, caí, e naquele chão sujo, próximo ao esgoto do centro da cidade, e permaneci alguns segundos até que o homem que eu havia esbarrado ergueu sua mão para me ajudar a levantar. Era um senhor com o rosto coberto por um capuz com uma tonalidade de marrom. Suas vestes eram longas, com um cinturão com forma de corda em sua cintura. Assim que ele me ajudou a levantar, retirou o capuz do rosto e percebi que não havia cabelos, e seu rosto soava um tom angelical, um tom de calmaria, mas apesar disso, havia um mistério escondido em seus olhos negros.

    - Deixe-me ajudá-la senhorita, eu sou Cipfried, seu nobre monge. Defendo as artes de Uman e Fardos, criadores benignos desse mundo. – Balbuciando com um breve grave em seu timbre, tendo uma lentidão pacificadora.

    - Eu me chamo Gauntier, Rose Gauntier. Prazer em conhecê-lo.
    Última edição por Bright Sound; 19-07-2011 às 10:24.
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  7. #17
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    Nossa lendo o último capítulo persebi que tens um potencial bom, poderia direcionar para a poesia ou algo do genero, tenho certeza que se tentar vai ver que os resultados serão incríveis

  8. #18
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    Citação Postado originalmente por Sombra de Izan Ver Post
    Nossa lendo o último capítulo persebi que tens um potencial bom, poderia direcionar para a poesia ou algo do genero, tenho certeza que se tentar vai ver que os resultados serão incríveis
    Poesias? Seria interessante criá-las. Não vejo um movimento semelhante aqui, e a escrita não se limita a contos. Quem sabe futuramente isso não será um projeto?

    Obrigado pelo comentário
    Última edição por Bright Sound; 25-06-2011 às 07:27.
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  9. #19
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    Capítulo II

    Dramáticas Desventuras



    Parte 4

    Uma boa razão para meu encontro com Cipfried foi o chamado do destino. E assim, estava motivada a ouvir aquele homem, ou melhor, aquele monge. Em detalhes, ele parecia me interpretar e logo, convidou-me para visitar seu templo, uma morada religiosa. Eu, certamente tomada pelas régias, contive-me, mas, não resisti muito, aquele pacífico tom de voz misturado com a sua bondade resplandecente fez com que eu entrasse em uma espécie de transe.

    O templo nada mais era do que uma edificação no centro de RookGaard. Apenas seu inicio já parecia um lugar misterioso, mas certamente um local onde você poderia parar e refletir um pouco. Entretanto, seu teto alimentava algo de curioso e as imagens nas paredes não eram facilmente interpretadas.

    Existiam quatro pilastras bases que sustentavam a estrutura nas laterais do salão, e mais uma encima de cada para dar uma firme consistência. Além disso, as janelas, se é que podem assim serem chamadas, eram nada menos que aquedutos que convergiam o foco de luz para o altar. E este, bem simples, não questionava as condições do templo. Em síntese, um excelente lugar para ter paz.

    Ao entrar no edifício, Cipfried logo me orientou sobre o lugar, e pediu para que eu o esperasse no altar, e desse modo obedeci. Aguardei-o, mas não inquieta, observava constantemente as imagens que naquele momento eram intraduzíveis, algo que aumentava minha sede por curiosidade, e me faziam esquecer aquela terrível noite que havia tido. Ousei a me aproximar mais e mais do altar, até que pude tocar a grande mesa coberta por um lençol vermelho vivo, com traços amarelos nas laterais.

    Mas, a minha curiosidade foi rapidamente interrompida pela entrada de Cipfried novamente, agora acompanhado por um grande livro, uma pena e um tinteiro. Rapidamente se pôs atrás do altar, e puxou uma das cadeiras mais afastadas para que eu pudesse sentar. Logo, sentei-me na cadeira e ele começou a pronunciar certas palavras, que pareciam ser de uma língua estranha, mas que naquela hora me acalmaram ainda mais. Para completar, pegou o jarro que havia no altar e encheu um copo com seu conteúdo, e me ofereceu para que eu tomasse, e assim fiz. O líquido era mais um calmante, bem aromatizado com cheiro de rosas do campo, com uvas e um gosto mais forte. Enfim, senti-me completamente relaxada, e renovada.

    Após aquela “terapia”, ele mudou completamente seu tom calmo, para um mais misterioso, o que atraiu novamente a minha curiosidade. Pegou o livro e se pôs a apontar as pinturas nas paredes. E assim tentou explicar misteriosamente as curiosidades que eu tinha.

    - Cara senhorita, você ainda não me disse muita coisa, no entanto sei mais do que preciso saber, pois quem aqui deve aprender é você. Assim, você conhecerá a sua origem, a nossa origem. Não mais serás ingênua nesse mundo complexo e impiedoso, governado pela chama da fúria de Zathroth.

    - Nós temos textos de vidas, que vários autores escreveram com as suas mesmas curiosidades, guiado pelas palavras dos deuses criadores, e assim pretendo esclarecer sua mente, abrir – lá para as possibilidades, libertando-a.

    Quando ele pronunciou aquelas palavras, enchi-me mais de curiosidade e assim as minhas dúvidas esperaram pelas respostas, parecia que eu finalmente haveria certas respostas para os meus mistérios e ainda me libertaria da ingenuidade me posta pela minha jovem idade, e foi o que estaria para acontecer...

    - Nós temos a vida porque esta nos foi oferecida, nos foi instituída. Não escolhemos nascer, apenas nascemos e nos tornamos imortais, pois nossas almas retornam aos templos que nos originaram e você certamente terá um templo que você determinará como o seu de origem. E tudo isso, baseado em quatro deuses anciões: Fardos, o Criador, Uman e Zathroth, dois deuses e duas metades – a Sabedoria e a Destruição - Também Tibiasula, a Mãe. Foi do amor e do ódio desses deuses que tudo surgiu, do vazio pleno que existia.

    - Mas você tem que entender os princípios, e não a gênesis que poderás encontrar em qualquer livro de qualquer monastério. Perceba, existem quatro faces da criação e uma delas é extremamente má, impiedosa, e é essa que gera o mal em Tibia; a outra entidade é a mãe que morreu para que de seu ventre saíssem o que realmente foi contemplado como criação, assassinada pelo ódio das trevas – a sabedoria que é incentivada pelo mistério e fadada a ser unida com a destruição, enroladas pelo laço do destino, e disfarçadamente separadas e a luz, a criação, que realmente parece a principal mentora de tudo, todavia que vem acompanhada pelo gosto próprio, pela ideia própria. E assim, essas quatro entidades que lhe apresento giram o nosso mundo.

    - E assim perceba o laço da sabedoria e da destruição, aprenda sobre o toque do destino e não se guie por nenhuma das duas. A sabedoria anda de mãos dadas com a curiosidade também, e assim não se pode entrar tanto em seu conteúdo, não se pode ter o domínio completo desta, se não você também terá a destruição e sua aniquilação, movida pelo ódio.

    - Aprenda que você tem mãe, e não foi criada do vento, e não serás jogada a ele. O ventre mais purificado que fez surgir nosso mundo evidencia a maior prova de amor. Aprenda que este é o verdadeiro sentido dos elementos, todos vieram de um único destino.

    - Por fim, utilize a imagem do Criador. Aprenda a usar o divino para criar, para defender todos. Aprenda que o maior amor é de seu Criador por sua Criatura. Saiba que Fardos desafiou pela Criação o poder de outro deus, e para segui-lo basta obter a divindade completa.

    Ao terminar de falar isto, eu não havia compreendido a mensagem que ele tinha me proposto, mas parecia que Cipfried já havia terminado seu pronunciamento. Fiquei e fico curiosa para entender o sentido de sua mensagem, mas em breve eu entenderia o foco que ela queria me levar, e finalmente influenciaria na escolha do meu destino.

    <Fim da página, rodapé> Escrevo essas páginas e as guardo, longe daquele que tenta escrever sobre minhas aventuras. Algumas coisas prefiro entregar ao mundo eu mesma.
    Última edição por Bright Sound; 19-07-2011 às 10:23.
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  10. #20
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    Capítulo III

    Timidez e Ousadia


    Parte 1


    "<satisfação> Ah! Vejo que encontrei os papeis que ela tinha me dado, na tentativa de se livrar do amigo. Contou-me sobre suas primeiras impressões de um modo peculiar, e da sua ingenuidade de um modo mais específico ainda, de seu comprometimento com a religião, seu primeiro contato... Interessantes relatos que já havia esquecido me pouparam tempo para explicar detalhes a vocês... E creio que é muito melhor ela própria contar sobre seus primeiros atos. Enfim, ainda há mais algumas páginas aqui, devemos ler."

    As propostas de Cipfried, o monge do templo, tornaram-se claras na minha mente, e como já tinha falado, influenciaram no meu modo de vida. Naquela época, entretanto, não havia compreendido o verdadeiro significado das mensagens e fiquei reflexiva, e para pensar eu deveria procurar outro local, pois aquele cada vez mais enchia a minha mente de curiosidades relacionadas aos mistérios das pinturas do templo, e assim pedi licença aquele religioso e me retirei do prédio.

    Mas, que local eu poderia tirar algumas conclusões? Eu, simplesmente fui tomada pela ignorância ao me retirar dali. Eu não tinha para onde ir, e nem tinha o puro amarelo que aquela sociedade cobiçava, e ainda, estava faminta. Eu havia caído nas profundezas dos mistérios da vida e tinha esquecido de vivê-la em sua simplicidade. E agora, apenas com um vestido que Egon havia me entregado, e uma clava inicial, não tinha muitas coisas a fazer e resolvi voltar para a academia, mesmo com as possibilidades de encontrar aquele indivíduo.

    Na academia, eu me dirigi ao andar que as pessoas faziam comércio, o mesmo de onde eu havia tido aquela noite com Egon, bebendo aquele líquido vermelho escuro. Caminhei em direção aos retiros, onde os guerreiros dormiam, e onde eu havia dormido. Havia uma mulher naquele local, que cuidava do espaço, seu nome era Amber, e logo descobri que era uma linda jovem guerreira.

    Amber tinha características particulares, e um peculiar orgulho próprio. Logo, ela pediu para que eu me apresentasse, e assim o fiz. Ela me recolheu e ofereceu alguma comida e água, mobilizada pelas condições que eu me encontrava. Nada a um preço pequeno, pois ela queria que eu fizesse o favor de escutá-la sobre suas incríveis aventuras por além do oceano, coisa que ela contava a todos, pelo que sei atualmente. Contudo, claro que iria ouvir curiosa, uma vez amparada por aquela mulher. E isso levou algumas horas, principalmente depois que ela resolveu contar mais histórias, dessa vez sobre suas façanhas em RookGaard, e porque ela tinha escolhido aquele lugar para viver, tudo isso em um tom soberbo e heróico, na tentativa de impressionar.
    Após horas falando de si mesma, disse algumas particularidades sobre suas aventuras. Contou-me sobre uma pequena espada que carregava consigo, e que pretendia doar a alguém que provasse sua coragem, e de certa quantia em ouro na troca de alguns favores. Fiquei curiosa, pois precisava de certa quantia. Ao ver minha reação, ela logo perguntou se eu poderia ajudar, e me prontifiquei.

    O único problema com aquela situação é que ela havia dito que poderia ser um pouco perigoso e exigiria de mim alguns equipamentos. Assim, ela resolveu me dar algumas roupas a mais e um elmo para fugir do sol. Além disso, uma velha bota veio bem a calhar quando foi oferecida. E parecia que estava pronta para seguir viagem em direção a algum lugar que ela ainda não havia me dito. Assim que percebi isso, ela me deu algumas anotações dizendo que não deveria ser tão fácil à busca pelo seu diário, já revelando o que era o objeto. Desse modo, o relatório dava algumas pistas sobre o que fazer. Finalmente, agradeci a hospitalidade e me retirei da academia.
    Estava curiosa para saber qual seria meu destino. Fui então procurar algum lugar mais tranqüilo para observar aquele conteúdo. Andei pela estrada de barro em busca de um campo para me sentar, porém, ao tentar sair do centro social, avistei um indivíduo que já conhecemos, e que parecia estar procurando alguém. Era Egon, falando com as pessoas, procurando-me. Ignorei-o e segui em frente, mas ele me avistou e seguiu em direção a mim. Esperei, e ele seguiu, na minha frente se posicionou desajeitado e pronunciou algumas palavras:

    - Ro... Ro... Rose! La... la... – falou na visível tentativa de se desculpar.

    - Três palavras – cortei sua fala – Não me procure.

    - Mas... – com um tom curioso em seu rosto.

    Eu simplesmente continuei meu caminho, e tentei o evitar, ele recuou pois sabia do meu desprezo por aquele ser estúpido. Mas, estava triste, ao menos aparentava. Sabia que ele não iria me deixar em paz, mas continuei meu caminho em busca de um pacífico campo onde poderia investigar o conteúdo que Amber havia me dado. Ao chegar próximo da loja de poções, eu sabia que não poderia prosseguir mais, e então resolvi para ali mesmo.

    Encostei em uma árvore, e abri minha pequena sacola, onde eu guardava algumas coisas importante em minha cintura. Lá eu havia deixado as cartas e com muita apreciação, peguei-as curiosa, e tentei observar o que ali havia. Inúmeras pequenas letras. Eu mal sabia a razão de conhecer meu próprio idioma, pois havia nascido de um sopro, imagino, ou de acordo com Cipfried, dos deuses. Ah Cipfried...! Lembrei que ele havia interpretado o conteúdo daquele livro, então certamente ele poderia me ajudar. Sim, ele poderia.

    Decididamente me levantei do local que eu estava, e parti em direção ao templo novamente, e ao chegar naquele local, Cipfried parecia aguardar alguém. Mas, ele me recepcionou bem, com cautela é claro, estava escondendo alguma coisa, alguma visita recente provavelmente. Pedi para que ele me acompanhasse até o altar e lá mostrei o conteúdo de minha sacola. Rapidamente, ele pegou o conteúdo e começou a observar. Nos sentamos, e ele ao ler a primeira página já sabia a origem desse conteúdo.

    - Estas são as cartas de Amber – respondeu Cipfried – Eu não posso ajudá-la senhorita Gauntier, Amber é uma amiga minha e conheço seu ponto de vista a respeito de aventuras, e essa certamente é uma. Além disso, você não está preparada para saber esse conteúdo, mas uma coisa é certa, você deve aprender a decifrá-lo.

    - E como você acha que posso fazer isso, onde poderei... – fui interrompida por um pequeno barulho no hall principal, que parecia vir de algumas cadeiras, continuei – poderei obter ajuda? Não tenho nenhuma moeda de ouro, e muito menos habilidades!

    - Pequena Rose, existe em nosso reino muito mais conteúdo do que o dinheiro pode comprar. E a academia é uma deles, com certeza algumas pessoas que lá se encontram poderiam lhe ensinar algumas coisas, é função delas, e principalmente a decifrar o enigma de Amber.

    - Ah sim – retruquei – a única pessoa que encontrei naquele prédio disposta a me ajudar foi Amber. E ela já fez isso me dando algumas missões!

    - Procure por Seymour, acredito que você já deve conhecê-lo, ele poderá lhe dar mais pistas a respeito disso, agora, preciso me retirar.

    O monge me deixou curiosa pela sua pressa, pois ao finalizar essas palavras, retirou-se rapidamente. Entretanto, ele havia me dado algumas dicas, e eu com certeza já sabia aonde ir.

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