No Capitulo anterior...
Karter, ex-comandante carliano, agora está em uma longa jornada para Venore. Depois de tantos desafios enfrentados, eis que algo terrível acontece: Lirian e Erklin são sequestrados por Alphelha e suas amazonas. Agora, Karter se encontra frente a frente com algo que não imaginava em seus piores pesadelos: Markwin...


KARTER - O Cavaleiro do Norte


CAPITULO IX - A proposta.


Karter estava sozinho. Com raiva e ódio de ter chegado tão longe e agora teve Lirian e Erklin sequestrados. Agora se via diante do majestoso e tão temido rei dos minotauros, que agora todos sabem que não passa de apenas mais um minotauro velho e arrogante. Karter o olhou com olhos fixos e inclinados para o centro. Seu suor descia frio em seu rosto. Markwin, que perdera seu exercito para seu comandante Palkar, agora vinha com um cinismo aparente, alguém que parecia blefar a qualquer momento.

-... Agora você escolhe: faça o bem ou faça o mal. - Markwin tenta influenciar Karter a algo que está em seus planos.
- Você não me influencia em nada... Markwin. - Responde Karter com uma raiva que não era possível esconder.
- Ah Karter, eu não posso mesmo te influenciar em nada. Agora, como vê, sou apenas um minotauro velho sem seguidores, exercito... Amigos. Eu não tenho o como te influenciar, não é mesmo?

Karter apenas olha o jogo psicológico que Markwin tenta fazer. Markwin continua a falar:

- Mas sei quem te influencia. Eu sei o motivo de você ter vindo tão longe a ponto de deixar para traz aquela vidinha de caçador em Campos da Glória... Sua pequena elfa!

Karter arregalou o olho, "Como ele sabe tanto sobre mim, como ele sabe meu motivo de estar aqui?". Seu suor agora fica morno e Karter começa a contrair sua mão, como se fosse avançar para alguma briga.

- Como você sabe...
- Eu sei de tudo sobre você, humano. - Interfere Markwin, já sabendo o que ele iria perguntar. - Concordo que para aos olhos de um humano, Alphelha é atraente.

Karter ficara mudo. Ele sabia que agora viria alguma chantagem.


Enquanto isso, no Campo das Amazonas, Lirian e Erklin são amarrados de costas, em uma barraca fechada. Erklin estava apavorado. Lirian, quieta como quase sempre, olhava o chão de terra, pensando em tudo o que acontecera com ela: seu pai assassinado, Karter que da-lhe abrigo, uma jornada em que Karter não pedira nada em troca, e agora esse rapto. Como Lirian só tinha o pai, sua mão morrera em seu parto, estava sozinha com a morte dele. Elfos são criaturas serias e andam apenas com outros elfos. Além disso odeiam caçadores. Mas, seu pai era um elfo diferente dos outros, pois a ensinava que todas criaturas tinham seu lado bom, até humanos. Ela sempre lia o Livro de Disciplinas Elficas, onde constava que elfos e elfas são companheiros, amigos ou conhecidos apenas de outros elfos e elfas. Mas ela nunca ligou para isso. Ela amava seu pai tanto, aponto de seguir os conselhos dele ao invés de um livro de milênios. Ali, naquela barraca, Lirian lembrou da noite do assassinato de seu pai:

"Já era noite, e Lirian e seu pai estavam indo a floresta para investigar um barulho muito estranho que vinha do bosque dos eucaliptos, ao centro de Campo da Glória. Estavam longe de sua casa, ao norte dali. Lirian vai agarrada ao braço do pai, enquanto ele estava portando uma besta e uma tocha. Um assovio chama sua atenção. Ele segue o assovio. Como uma sensação de algo ruim, Lirian puxa o braço do pai querendo que ele volte. Tarde demais. Uma flecha acerta em cheio o coração de seu pai. Ela paralisa de medo vendo seu pai se ajoelhar. Quando ele cai ao chão, Lirian começa a chorar. Seu pai usa o ultimo suspiro para dizer algo a sua filha:

- Lirian, quero que prometa algo. Quero que você volte e viva na aldeia elfica. Agora você ira... Ira ficar sozinha... Não fique aqui chorando por mim Lirian... Eu... Eu ti...

Mal completava a frase. A falta do 'amo' fez Lirian parar ali mesmo. Até que Karter a vê ali."


Erklin e Lirian escutam algo entrando na barraca. Abaixando para entrar, Alphelha vem com um sorriso irônico, se ajoelha perante Lirian.

- Como vai garota? Sei que está com medo...
- Você não sabe de nada, você é uma amazona burra e terrível! - Responde com raiva Lirian, com ódio dela.
- Ah, eu sei muita coisa sobre você... E de seu pai.

Lirian olha com ar de espanto. Alphelha continua a falar:

- Eu esqueci de ti contar? Ai como sou burra mesmo. - Alphelha chega mais perto e encosta sua boca na orelha pontuda de Lirian, segurando em seu pescoço. - Foi eu quem matei seu pai naquela noite, Lirian!


Markwin começou a dizer:

- Aquelas amazonas estão sob meu poder. Eu posso pedir a elas para soltar e para matar Erklin e Lirian. Mas, para a segunda opção, preciso de um favor seu Karter.
- E qual é? - Responde Karter.
- Pegar de volta a "Espada da Fúria" para mim.
- Você é louco? É impossível pega-la onde esta.
- Então, sugiro que faça virar possível.


__________________________________________________ _______________
Em breve o Capitulo 10. ;D