Interrogatório
*¹ - Se pronuncia "Güan-gór-nio"“Thorson golpeou a grade toda a fúria de seu machado, e logo Ulrich e Glóin se juntaram a ele. Araell também começou a golpear, mas no momento em que sua espada tocou o cristal, Ulrich desceu com sua maça na lâmina, fazendo com que Houter se quebrasse em vários pedaços.
- NÃÃÃÃO! – gritou de dor Araell – Minha querida espada! Minha querida Houter!”
Araell ficou jogado no chão, com o punho da espada e algumas partes da lâmina na mão, chorando. Aquela espada era tudo para ele. Ela foi passada de seu pai, Araell I, para ele, Araell II. O nome Araell era incrustado na lâmina da espada, e o número dos filhos ia sendo escritos embaixo. Ele fazia parte da segunda geração, e nem poderia passar para a terceira.
- Ah meu Deus...! – exclamou Ulrich quando viu seu colega de viagem estirado no chão por culpa sua – Araell...
- Sa... saia... – suspirava ele soluçando pelo choro - ... dês...culpe-me Ulrich. A culpa não é su...sua... eu n-não deveria ter aberto aquele maldito baú...
- Espere...! – disse Thorson – Então essa grade desceu por causa daquele baú?
Araell fez sinal positivo com a cabeça.
Thorson saiu a passos firmes de perto do irmão e o colega, e se dirigiu a grande tenda. Entrando lá, viu a placa de diamante ainda radiando com os dizeres em “humanês”:
Thorson leu o texto duas vezes, fixando os olhos na assinatura: Uther... Clã dos Hammer...
Será que aquele maldito dwarf está nos levando à uma armadilha? – pensou Thorson
Desviou os pensamentos para o baú. O tampo dele estava quebrado, com pedaços de pedra caídos no chão. Junto à algum desses pedaços, tinha alguns pedaços de diamante.
Diamante...! – pensou – Deve ser daqui o estoque deles de diamante, mas... onde arrumam tantos para fabricar tantas espadas?
Thorson teve uma idéia. Pegou a placa e tentou tira-la da parede. Para sua surpresa a placa saiu do lugar como um quadro. Achava que ele não sairia como o tampo do baú. Virou a placa ao contrário e viu:
Então o Clã dos Hammer e a Tribo dos Goblins Autos tinham um acordo? Thorson ia tirar satisfação com o dwarf...
Saiu da tenda carregando a placa de diamantes, testando antes se ela quebrava. Viu o dwarf de joelhos perto de Ulrich e Araell que ainda chorava inconsolavelmente.
- Não fique assim... – dizia Glóin – Vê este martelo? Pertencia ao meu avô: Hamphger. Passou para meu pai Uther e agora é meu. – deu um sorriso e mostrou a corrente que era presa ao martelo – Eu quebrei uma parte do martelo, e rapidamente adaptei-o para esse... esse... “martelo-chicote”!
Thorson levantou a placa de diamante acima da cabeça e bateu com ela no capacete do dwarf com força (não com toda sua força, ou Glóin teria morrido). Antes de desmaiar, Glóin cambaleou e viu Araell arregalando os olhos vermelhos para cima, Ulrich gritando: “Mas aonde você está com a cabeça?!?”. Thorson respondeu o que havia descoberto com a placa de diamantes, mas Glóin não chegou a ouvir isso. Naquela hora.
***
Glóin acordou com uma grande dor de cabeça. Seus olhos piscaram, e ia vendo as imagens a sua volta: Thorson sentado em cima do baú do seu clã, com algo piscando as suas costas. Ulrich apoiado na parede, com um Fardons fraco apoiado em seu ombro.
- Então você acordou, ahn... – disse Thorson
- O que... – começou a dizer Glóin, mas sua cabeça latejou fortemente. Ele ia pôr a mão nela, mas suas mãos estavam atadas as costas por uma corda.
O dwarf arregalou os olhos e berrou:
- Isso é traição?
- Eu é que pergunto isso. – disse Thorson ainda sentado no baú – “Isso é traição?”
- O que quer dizer?
Thorson virou de costas e tirou a placa de diamantes de trás dele. No meio dela havia um pouco de sangue de Glóin.
- Leia. – disse jogando a placa perto do dwarf
Ele leu tudo e arregalou os olhos quando leu a assinatura.
- Não pode ser...! – murmurou
- Pode! – disse Thorson se levantando – E ainda tem mais – e virou a placa ao contrário.
Glóin leu tudo e berrou:
- MENTIRA!
- Não vamos gritar! – disse Thorson aumentando um pouco o timbre de voz – Quem deveria gritar somos nós.
- Vocês estão achando que eu sei disso? – indagou Glóin – Estão tão surpreso quanto vocês! Se não mais!
- É mesmo?
- E além do mais, isso pode ser uma armadilha dos goblins para desvirtuar a atenção de alguém!
- Isso é assinado por seu pai, Glóin, filho de Uther, do clã dos Hammer!
- Não pode ser!
- Irmão... – disse Ulrich
- O QUE? – gritou Thorson se descontrolando
- Acho que o que Glóin diz é verdade. Acho que ele realmente não sabe disso!
- Posso tentar descobrir. – disse Fardons
- Usando magia? – disse Ulrich – Não. Você está fraco demais.
- Já me recuperei Ulrich.
Fardons se desapoiou de Ulrich e andou até Glóin.
- Peço permissão para entra em sua mente. – disse Fardons
- Vá em frente. – disse olhando firme para Fardons
Fardons ficou parado um instante e então se levantou.
- Ele fala a verdade. – disse por fim
- Já usou a magia? – perguntou Thorson
- Não. Ele não recusou eu entrar na mente dele. Se ele realmente estivesse mentindo, ele se recusaria. Como aquele bárbaro que nós viajamos no passado, lembra-se Thorson?
Thorson concordou.
Fardons olhou para Glóin. Apontou a mão para ele, e então a corda que atava as mãos do dwarf se desamarraram.
- Glóin. – disse Fardons
- Você... – disse Glóin – Você usou meu nome! Não disse dwarf...
- Sei disso Glóin. Sei que tivemos muitas brigas desde que nos conhecemos, mas agora, você ganhou minha confiança.
- Obrigado human... Fardons.
- Pode sempre contar comigo.
Quem estava ali presente disse que Fardons sorriu. Se aquilo era realmente um sorriso. Glóin se adiantou e esticou a pequena mão para Fardons. Este relutante, apertou selando um pacto de amizade entre dwarfs e humanos.
Thorson que havia voltado a se sentar no baú, percebeu que havia um pedaço de papel embaixo do baú. Puxou ele, e leu o título do que estava escrito:
Propriedades do Diamante:
Apenas diamante, é capaz de cortar diamante;
Thorson sorriu e saiu da tenda. Tinha um trabalho a fazer.
Espero que gostem!
Abraços do
Lord of Fowls
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