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Tópico: O Arauto do Expurgo

  1. #31
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    Fiquei impressionado. Vou continuar lendo para ver se entendo mais da história.

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    Última edição por Undead Dragon; 10-11-2007 às 14:15.

  2. #32
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    O Arauto do Expurgo

    Capítulo IV
    Desconhecidos

    Sobre um pequeno monte de areia, um homem moreno, alto e corpulento observava a vastidão do deserto com um binóculo. Ao seu lado, encontrava-se uma garota muito branca, vestida com chapéu e sobretudo de mesma cor.

    – Já estamos chegando? – perguntou a garota, com esperança no olhar.

    – Myra, eu estou cansado de ouvir essa pergunta – respondeu o homem, rispidamente.

    Ficaram parados por muito tempo. Apenas Myra demonstrava incomodo com a exposição ao torturante calor do sol, alem de profundo aborrecimento e cansaço. O laço rosa do seu suntuoso chapéu balançava ao vento, com frenética fulgência.

    O homem, que não tirava os olhos do binóculo, estava sem camisa, deixando seu corpo forte e suado a mostra. Mantinha uma expressão séria e compenetrada, como a de um caçador que se prepara para o tiro fatal e o abatimento da presa.

    A dupla não se assemelhava em nada. O robusto adulto e a jovem garota pareciam criaturas de mundos diferentes, com destinos entrelaçados. Qualquer ser humano que vagasse por aquelas terras, acreditaria que a permanência dos dois, parados naquele lugar inóspito, era praticamente irreal.

    – Temos um imprevisto – falou ele, finalmente guardando o utensílio. – Siga– me.

    ***

    Vincent tinha andado a esmo pelo deserto de Jafigz, durante poucos e longos dias. O humilhado fugitivo enfrentou sede, fome e fortes tempestades de areia. Seu braço esquerdo latejava de dor e suas pernas não suportavam mais a longa e triste caminhada, em direção ao acaso. Duas luas após o encontro com o agricultor, um dos grandes heróis de Doria encontrava-se mais uma vez jogado ao chão, como um mendigo maltrapilho.

    A areia parecia carvão fervente. Deitado de lado, sem forças para se mover, esperava a noite chegar. Na escuridão o frio era intenso, entretanto, ele se sentia mais confortável para continuar a caminhada. Lutava para não perder a consciência, lembrando-se constantemente que era a sua ultima chance de sobreviver.

    Quando menos esperava encontrar algum sinal de vida, enxergou duas pessoas que corriam em sua direção. Uma garota, que mais parecia ser feita de porcelana, gritava em seu auxilio, com sua voz aguda e assustada:

    – Consegue andar? Você está bem?

    Ela estava acompanhada por um homem estranho. Roupas e adereços diferentes dos que eram produzidos naquela região, tom de pele escuro e longos cabelos eriçados deixavam claro que ele tinha vindo de muito longe. Carregava diversos objetos ignotos acoplados ao seu enorme cinto. A calça que vestia, descolorida e rasgada na altura dos joelhos, parecia ter sido usada durante muitos anos.

    Vincent achou que aquelas pessoas eram as encarnações da sutiliza e da ferocidade. Piscou diversas vezes, acreditando estar tendo uma miragem, algum delírio de sua mente conturbada.

    – Claro que não, Myra! Não seja idiota! – falou o homem alto e forte, interrompendo os devaneios de Vincent. – O que te faz pensar que uma pessoa capaz de andar estaria jogada no deserto?

    A jovem ficou extremamente magoada. Segurando o choro, desviou seu olhar para a areia escaldante e nada mais disse.

    – Vamos logo – continuou o homem, com voz urgente e berrante.

    Vincent sentiu seu corpo ser erguido no ar, e finalmente ficou convencido de que tudo aquilo era real. Estava temeroso, mas não era capaz de dizer ou fazer nada. Tinha receio de que fosse assaltado, ou até mesmo assassinado, pois já tinha ouvido histórias sobre a existência de canibais naquelas terras.

    ***

    O homem, que o carregava nos ombros, já tinha dado pelo menos uma dúzia de passos, quando parou subitamente e botou Vincent no chão com muito cuidado.

    – Desculpe– me, Myra – falou ele, poucos segundos depois, com sinceridade estampada no rosto. Tinha ido ao encontro de sua companheira, que se deixou ficar para trás. – Olhe para mim, sim? Eu não falei por mal...

    A garota chorava, tampando o rosto com suas mãos pequenas e alvas. Os cabelos loiros e ondulados, na altura dos ombros, balançavam com seu soluçar convulso.

    Vincent observava a cena com curiosidade, de uma curta distância. Esforçava-se para permanecer sentado e consciente, ao mesmo tempo em que tentava entender o que estava acontecendo.

    – Jean... Nós vamos sair dessa, não é? – perguntou a garota, com os olhos marejados de lágrimas.

    – Ora, mas é claro – respondeu prontamente o homem, entre o riso e o choro.

    Jean se ajoelhou e acolheu a garota com carinho em seus braços. O gigantesco homem ainda era consideravelmente maior que ela, mesmo naquela posição. Seus músculos bem definidos pareciam querer quebrar Myra ao meio.

    O sol despencava no céu, e mais uma vez Vincent se arrependia por estar perdendo tempo.

    ***

    Escureceu. Myra tinha se acalmado e, acomodando-se em um fino cobertor, pegou no sono. Jean percebeu que Vincent ainda estava acordado, sentado e impaciente. Provavelmente, esperava por algum esclarecimento sobre aquela situação.

    – Jean Palladino. Prazer.

    – Vincent – respondeu, retribuindo o aperto de mão.

    – Vincent? Apenas isso? – retrucou Jean, desconfiado.

    – Sim. Na minha terra, os guerreiros só possuem um nome.

    Depois das rápidas apresentações, Jean deu as costas à Vincent e iniciou algo que, a primeira vista, parecia algum tipo de ritual. O homem impetuoso e feroz, pela primeira vez, transpareceu tranqüilidade e lucidez. Retirou alguns pequenos gravetos de sua bolsa e arrumou os objetos no chão, em circulo. Levou a mão direita ao bolso e pegou algo pequeno, vermelho e em formato retangular. Vincent não reconheceu o objeto.

    – Você veio de Doria, não é? – perguntou Jean, com um sorriso discreto no rosto. – Suas roupas não são de lá, mas algo em você me faz lembrar aquele povo. Por favor, não se assuste com a tecnologia de minha nação.

    Pressionando um pequeno botão, Jean fez surgir fogo na ponta do objeto. Uma chama mínima e irregular, porém real o suficiente para assustar Vincent.

    – Magia? Isso é... Magia negra? – perguntou Vincent, com a voz tremida e sussurrante, enquanto sentia um calafrio perpassar por todo seu corpo.

    Jean ateou fogo nos gravetos, criando uma humilde fogueira. Aproveitou para trazer a garota, que ainda dormia, para mais próximo do calor aconchegante. Depois, fitando Vincent com um ar divertido, respondeu:

    – Eu sabia que você iria se assustar. O nome disso é isqueiro – falou, estendendo o objeto na direção de Vincent. – De onde eu venho, é um utensílio bastante comum.

    – De onde eu venho, é bruxaria – respondeu o guerreiro de Doria, ficando cada vez mais nervoso e assustado. – Afaste isso de mim!

    – A magia está em todo lugar, Vincent. Acalme-se.

    Vincent se levantou em impetuosa velocidade. Fez menção de que iria embora, mas seu braço latejou de dor mais uma vez, e logo desistiu. Ele sabia que não sobreviveria muito tempo se continuasse a caminhar sozinho. Quem quer que fossem aquelas pessoas, elas tinham provisões para viagem, além do confortável calor do fogo.

    – Vamos, sente-se ao meu lado. Só não faça barulho, pois a menina está muito cansada – disse Jean, serenamente, enquanto acariciava a nuca da garota. – Eu tenho água. Também devo ter algo para comer, em algum lugar por aqui...

    Jean permanecia com um leve sorriso convidativo, enquanto procurava algo em sua bolsa e esperava a reação de Vincent.

    O guerreiro não conseguiu resistir. Aceitou o convite, deixando o orgulho e o temor de lado.
    Última edição por Emanoel; 21-03-2008 às 23:02.

  3. #33
    Banido Avatar de Hovelst
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    Então..

    Desculpe a demora, mas eu tenho meus motivos e você sabe quais são.

    Vou repetir o que eu te disse...

    Esse capítulo teve muitos erros de acentuação. Cabe a você e revisar. Os mais chatos são os de crases, que te atrapalharão em um possível vestibular.
    Mas é só revisar detalhadamente que esses saem. Quanto a outros tipos, não os vi...

    Achei o capítulo interessante, ainda mais a parte de que há tecnologias diferentes em outros lugares. Isso foi muito bom. E a reação de Vicent foi convincente.

    Um suspense rolou, e minha curiosidade aguçou. Estou esperando o próximo capítulo, para saber mais sobre os desconhecidos, que já são mais conhecidos.

    Será que o destino dessas pessoas estarão entrelaçadas. Só o tempo e o próximo capítulo nos dirão

    ~Hovelst

  4. #34

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    Ao meu ver, o melhor capíulo que você escreveu até agora nesse tópico foi esse.

    Porém, não consegui imaginar bem a aparência dos personagens, mesmo com o teu esforço para descrever. Tente usar metáforas e comparações com alguma coisa que seja parecida com a imagem que tu tentou passar para dar mais clareza às descrições.
    (O sobretudo branco deu pra imaginar, mas a aparência do Jean não.fechou, está muito fragmentada. Não entendi principalmente a parte dos "longos cabelos eriçados", me lembrou dragon ball, o cabelo do goku ssj 3 ou algo do tipo.)

    Bem, estou cansado e não tenho muito mais o que comentar, então dessa vez é só isso.


    Próximo Capítulo?



    A.E. Melgraon I

  5. #35
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    Citação Postado originalmente por Hovelst Ver Post
    Esse capítulo teve muitos erros de acentuação. Cabe a você e revisar.
    Depois eu vou dar uma revisada minuciosa. Acentuação não é meu forte. Se alguém estiver disposto a destacar cada erro, eu agradeço.

    Citação Postado originalmente por Melgraon I Ver Post
    Porém, não consegui imaginar bem a aparência dos personagens, mesmo com o teu esforço para descrever.
    Eu fui inserindo as características físicas dos personagens de pouco em pouco, para não cansar o leitor. Tentarei descrever melhor com o decorrer dos próximos capítulos.




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  6. #36

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    Olha, descrever aos poucos é bom, mas tu precisa manter um nexo. Faça as descrições acompanharem as ações dos personagens, e não se concentre tanto só na aparência deles.

    Agora pensando, acho que a impressão foi como se o personagem "parrudo" que tu descreve antes e o de depois são personagens diferentes...


    A.E. Melgraon I

  7. #37
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    Citação Postado originalmente por Melgraon I Ver Post
    Agora pensando, acho que a impressão foi como se o personagem "parrudo" que tu descreve antes e o de depois são personagens diferentes...
    Eu temia que os leitores tivessem essa sensação. A "primeira impressão" do personagem foi em um momento de tensão, e logo depois ele se acalmou. Acredito que não fiz essa transição tão bem quanto poderia.

    Estou me esforçando ao máximo para esclarecer tudo nos próximos capítulos e detalhar as situações com mais cuidado, sem precisar escrever algo muito denso e/ou chato.

    Por sinal, eu até resolvi alongar essa parte da história, tanto que as informações referentes a um capítulo acabaram sendo fragmentadas e trabalhadas em aproximadamente três capítulos.

    ----------

    Acho que vou aderir a minha idéia original e concluir esse roleplay no décimo segundo capítulo. Já escrevi um esboço de todo o enredo e agora só falta trabalhar em cima disso. Só vai ficar maior se eu perceber que não consigo transcrever tudo que quero em tão poucas páginas. Mas, eu prometo que terá fim!

    Gostaria de ter mais comentários valorosos em meu tópico, mas parece que pequei no tamanho dos capítulos. No próximo roleplay, tentarei escrever algo mais acessível aos leitores do fórum. :o

  8. #38

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    Bah... Olha que os capítulos que a gente coloca aqui no fórum (e isso inclui os teus) são curtíssimos perto dos capítulos reais de um livro. O problema dos poucos comentários não é tão simples assim.

    E não vale a pena reduzir o tamanho... Se o que tu quer passar no teu texto precisa de um volume maior de páginas, não hesite em escrever algo longo, desde que mantenha a qualidade.

  9. #39
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    Padrão Hmmm...

    Citação Postado originalmente por Emanoel Ver Post
    Gostaria de ter mais comentários valorosos em meu tópico, mas parece que pequei no tamanho dos capítulos. No próximo roleplay, tentarei escrever algo mais acessível aos leitores do fórum. :o
    Lol...

    Quer um conselho de um leitor, não mude em nada a estrutura da história.

    Alguns, como eu, acompanham a história mais nem sempre comentam, mas se precisas estamos aqui! :thumb:

    []'s

    Jotinha

    19:31 GM Ryrik Danubia [2]: Good bye everyone, thanks for all of the great memories :-)

  10. #40
    Avatar de Drasty
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    Citação Postado originalmente por Jotinha Ver Post
    Lol...

    Quer um conselho de um leitor, não mude em nada a estrutura da história.

    Alguns, como eu, acompanham a história mais nem sempre comentam, mas se precisas estamos aqui! :thumb:

    []'s

    Jotinha
    Idem.

    Nem sempre tenho tempo pra comentar em tudo nessa seção, como antes eu fazia, mas sempre tenho lido as histórias, inclusive essa. Continue na mesma linha que a você não vai se arrepender do produto final.

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