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Agora temos que ler SAGA é o jeito![]()
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:wub: Eu AMO Panetone!!!:wub:
Exército Brasileiro!!! SELVA!!!"...És a eterna majestade
Das linhas combatentes,
És a entidade,
Dos mais valentes
Quando o fogo da vitória
Marca nossa alegria
Eu cantarei,
Eu gritarei:
És a nobre Infantaria!..."
- Canção da Infantaria do Exército Brasileiro
Não...Não...
O melhor Roleplay daqui deste fórum não pode parar de novo...
Mas tipo,a decisão é sua,mas cara por favor para não plz :triste:
Grandes mentes discutem idéias, mentes medianas comentam fatos, mentes pequenas falam de pessoas.
Capítulo 16 – Mudança de ventos.
Sir Simon Skeat estava contrariado. Estava preparado para subir pelas escadas se os arqueiros de Farz conquistassem os muros, o que ele duvidava, mas se as defesas fossem capturadas, ele pretendia ser o primeiro a entrar na cidade. Ele previa matar alguns defensores em pânico e depois encontrar uma grande casa para saquear.
Mas nada aconteceu como ele imaginara. A cidade estava acordada, o muro controlado, e as escadas nunca avançaram, mas ainda assim os homens de Farz tinham chegado lá dentro, simplesmente vadeando pela lama à margem de Sula. Depois, uma ovação no lado sul da cidade indicava que a porta estava aberta, o que significava que todo o maldito exército estava entrando em La Roche-Ogre antes de Sir Simon. Ele soltou palavrões. Não iria sobrar nada.
- Senhor?
Um dos soldados alertou Sir Simon, querendo uma decisão sobre como iriam chegar às mulheres e aos bens valiosos do outro lado dos muros, que estavam se esvaziando de defensores à medida que os homens corriam para proteger seus lares e suas famílias. Teria sido mais rápido, muito mais rápido, ter vadeado pela lama, mas Sir Simon não quis sujar suas botas novas, e por isso mandara que as escadas avançassem.
As escadas eram feitas de madeira verde e os degraus curvaram-se num grau alarmante enquanto Sir Simon subia, mas não havia defensores para enfrentá-lo e a escada agüentou. Com dificuldade, ele entrou numa seteira e sacou a espada. Meia dúzia de defensores jaziam espetados por flechas sobre a defesa. Dois ainda estavam vivos, e Sir Simon trespassou o que estava mais perto dele. O homem tinha sido tirado da cama e não usava cota de malha, nem mesmo um casaco de couro, e no entanto a velha espada teve dificuldade com o golpe mortal. Não fora projetada para perfurar, mas para cortar. As espadas novas, feitas com o melhor aço das florestas elficas, eram famosas pela capacidade de perfurar malha e couro, ou até rachar armaduras, mas aquela lâmina antiga exigiu toda a força bruta de Sir Simon para penetrar uma caixa torácica. E que chance, imaginou ele com amargor, haveria de encontrar uma arma melhor naquela triste pretensão de cidade?
Havia uma escadaria de pedra que dava para uma rua repleta de arqueiros e soldados thaisenses sujos de lama até as coxas. Eles estavam entrando à força nas casas. Um homem levava uma galinha morta, outro levava uma peça de tecido. O saque começara e Sir Simon ainda estava nas defesas. Ele gritou com seus homens para que se apressassem, e quando um número suficiente deles se reuniu no topo do muro, liderou-os para a rua embaixo. Um arqueiro rolava um tonel, saído de uma porta de porão, outro arrastava uma moça pelo braço. Para onde ir? Esse era o problema de Sir Simon. Todas as casas mais próximas estavam sendo saqueadas, e os gritos de regozijo vindos do sul indicavam que o exército principal de Havoc Bohun caía sobre aquela parte da cidade. Alguns cidadãos, percebendo que tudo estava perdido, corriam diante dos arqueiros para atravessar a ponte e fugir para o interior.
Sir Simon decidiu atacar o leste. Os homens do mago estavam ao sul, os de Farz estavam se mantendo perto do muro oeste, de modo que o setor leste oferecia a melhor esperança de saque. Ele forçou a passagem pelos arqueiros de Vince Farz, sujos de lama, e liderou seus homens em direção à ponte. Pessoas amedrontadas passavam por ele correndo, ignorando-o e esperando que ele os ignorasse. Ele atravessou a rua principal, que levava para a ponte, e viu uma estrada que corria ao longo das grandes casas que davam para o mar de Sula. Mercadores, pensou Sir Simon, mercadores gordos com gordos lucros, e então, à luz que aumentava, viu um arco que tinha ao alto um brasão. Uma casa de nobre.
- Quem tem um machado? – perguntou ele a seus homens.
Um dos soldados adiantou-se e Sir Simon indicou a pesada porta. A casa tinha janelas no andar térreo, mas elas estavam cobertas com pesadas barras de ferro, o que parecia um bom sinal. Sir Simon recuou para deixar seu comandado começar a trabalhar na porta.
O homem que usava o machado sabia o que fazer. Abriu um buraco onde supunha estar a barra usada como tranca, e depois de completar a abertura, enfiou a mão e suspendeu a barra, tirando-a do suportes, para que Sir Simon e seus soldados pudessem empurrar as lâminas da porta e abri-las. Sir Simon deixou dois homens para vigiar a porta, ordenando-lhes que impedissem a entrada de qualquer outro saqueador na propriedade, e liderou os demais até o pátio. As primeiras coisas que viu foram dois barcos amarrados no molhe do rio. Não eram embarcações grandes, mas todos os cascos eram valiosos e ele mandou que quatro de seus arqueiros subissem a bordo.
- Digam a quem aparecer que eles são meus, entenderam? Meus!
Ele agora tinha uma opção: despensas, ou a casa? E um estábulo? Mandou que dois soldados procurassem o estábulo e montassem guarda junto aos raríssimos cavalos que poderiam existir em uma pequena cidadela como aquela, e depois abriu a porta da casa a pontapés e liderou seus seis homens que restavam para a cozinha. Duas mulheres gritaram. Ele as ignorou; elas eram criadas velhas, feias, e ele estava atrás de bens mais preciosos. Uma porta ficava ao fundo da cozinha e ele a apontou para um dos arqueiros e, então, mantendo a espada à frente, passou por um pequeno saguão escuro e entrou num cômodo da frente. Uma tapeçaria mostrando o belo Deus Suon, um dos sóis de Tibia, fruto de Fardos e Fogo, estava pendurada em uma das paredes e Sir Simon lembrou-se de que às vezes objetos de valor eram escondidos atrás de forros de parede como aquele, de modo que golpeou-a com a espada e depois retirou-a dos ganchos, mas só havia uma parede de reboco por trás. Chutou as cadeiras e viu um baú que tinha um enorme cadeado escuro.
- Abram – ordenou ele a dois de seus arqueiros – e o que houver dentro dele é meu.
Depois, ignorando dois livros que de nada serviam a homem ou animal, ele voltou para o saguão e subiu correndo um lance de escada de madeira escura.
Sir Simon achou uma porta que dava para um quarto na frente da casa. Estava trancada e uma mulher gritou do outro lado quando ele tentou abrir a porta à força. Ele recuou e usou o salto da bota, esmagando a tranca do outro lado e fazendo com que a porta girasse sobre os gonzos. Então entrou no aposento, a velha espada brilhando à luz fraca do amanhecer, e viu uma mulher de cabelos pretos.
Sir Simon se achava um homem prático. O pai, muito sensatamente, não quisera que o filho perdesse tempo com educação, embora Sir Simon tivesse aprendido a ler e pudesse, em caso de emergência, escrever uma carta. Ele gostava de coisas úteis – espadas, cavalos e armaduras – e desprezava o culto das boas maneiras, que estava em moda. Sua mãe gostava muito dos cavaleiros bardos, e estava sempre ouvindo canções sobre cavaleiros tão delicados que Sir Simon achava que eles não teriam durado dois minutos num corpo-a-corpo de um torneio. As canções e os poemas celebravam o amor como se tratasse de uma coisa rara que dava encanto a uma vida, mas Sir Simon não precisava de poetas para definir o amor, que para ele era derrubar uma jovem camponesa num restolhal ou atacar uma prostituta cheirando a cerveja numa taberna, mas quando viu a mulher de cabelos pretos ele compreendeu, de repente, o que os trovadores andavam celebrando.
Não importava que a mulher estivesse tremendo de medo, que os cabelos estivessem loucamente despenteados ou que o rosto estivesse marcado pelas lágrimas que escorriam. Sir Simon reconheceu a beleza e ela o atingiu como uma flecha. Tirou-lhe o fôlego. Com que então aquilo era amor! Era a percepção de que ele nunca poderia ser feliz enquanto aquela mulher não fosse dele – e isso era conveniente, porque ela era inimiga, a cidade estava sendo saqueada e Sir Simon, vestindo cota de malha e casaco de pele, achara-a primeiro.
- Fora daqui! – vociferou ele para as criadas que estavam no quarto – Fora daqui!
As criadas fugiram em lágrimas e Sir Simon fechou a porta quebrada com um golpe da bota, e depois avançou para a mulher, que se agachara ao lado da cama do filho, com o menino nos braços.
- Quem é você? – perguntou Sir Simon em carliniano.
A mulher tentou parecer valente.
- Sou a condessa de Batalha e filha do mercador que aqui morava – disse ela. – E o senhor?
Sir Simon ficou tentado a si mesmo um título para impressionar Jeanette, mas ele tinha um raciocínio muito lento e por isso ouviu si mesmo dizer seu nome verdadeiro. Aos poucos, ele ficava cônscio de que o quarto revelava riqueza. Os reposteiros da cama eram grossos de tanto brocado, os castiçais eram de prata pesada, e as paredes de ambos os lados da lareira de pedra eram forradas de dispendiosos painéis de madeira belamente entalhada. Ele empurrou a cama menor contra a porta, imaginando que aquilo assegurasse uma certa privacidade, e depois foi aquecer-se junto ao fogo. Despejou mais carvão nas pequenas chamas e manteve suas geladas luvas junto ao calor.
- Esta casa é sua, madame?
- É.
- Não é do seu marido?
- Eu sou viúva – disse Jeanette.
Uma viúva rica! Sir Simon quase se benzeu de tanta gratidão. As viúvas que ele conhecera em Thais eram bruxas cobertas de ruge, mas essa...! Essa era diferente. Essa era uma mulher digna de um campeão de torneios e parecia rica o bastante para salvá-lo da desgraça de perder sua propriedade e sua condição de cavaleiro. Ela poderia, até, ter dinheiro suficiente para comprar um baronato. Talvez um condado?
Ele se afastou do fogo e sorriu para ela.
- São seus aqueles barcos no molhe?
- São, senhor.
- Pelas regras de guerra, madame, eles agora são meus. Tudo aqui é meu.
Jeanette franziu o cenho ao ouvir aquilo.
- Que regras?
- A lei da espada, madame, mas eu acho que a senhora tem sorte. Eu lhe oferecerei minha proteção.
Jeanette sentou-se na beira da cama acortinada, agarrando Charles.
- As regras de cavalaria, meu senhor – disse ela -, garantem a minha proteção.
Ela se sobressaltou quando uma mulher gritou numa casa perto dali.
- Cavalaria? – perguntou Sir Simon. – Cavalaria? Eu a ouvi sendo mencionada em canções, madame, mas isso aqui é uma guerra. Nossa tarefa é punir os seguidores de Charles de Batalha por se rebelarem contra o seu senhor legítimo. Castigo e cavalaria não combinam. – Ele a olhou de cenho franzido. – A senhora é Blackarch! – disse ele, reconhecendo de repente à luz do fogo revivido.
- Blackarch? – Jeanette não entendeu.
- A senhora lutou contra nós de cima dos muros! A senhora arranhou meu braço!
Pelo tom de voz, Sir Simon não parecia zangado, mas perplexo. Acreditava que ficaria furioso quando encontrasse Blackarch, mas a realidade dela era predominantemente demais para provocar raiva.
- A senhora fechou os olhos quando disparou a besta, e foi por isso que erro.
- Eu não errei! – disse Jeanette, indignada.
- Um arranhão – disse Sir Simon, mostrando-lhe o rasgo na manga de sua cota de malha. – Mas por que, madame, a senhora luta pelo falso duque?
- Meu marido – disse ela, inflexível – era sobrinho do duque Charles.
Meu bom Deus, pensou Sir Simon, meu bom Deus. Um prêmio sem dúvida. Ele se curvou para ela.
- Então seu filho – disse ele, fazendo um gesto com a cabeça em direção a Charles, que olhava, aflito, dos braços da mãe – é o conde atual.
- É – confirmou Jeanette.
- Um belo menino.
Sir Simon esforçou-se para fazer o elogio. Na verdade, achava que Charles era um chato com cara de lua cheia cuja presença o impedia de dar vazão a uma ânsia natural de fazer Blackarch deitar-se de costas e, assim, mostrar a ela as realidades da guerra, mas ele estava intensamente cônscio de que aquela viúva era uma aristocrata, uma beldade, e parente de Charles de Batalha, que era sobrinho da Rainha Eloise de Carlin. Aquela mulher significava riqueza, e a necessidade de Sir Simon naquele momento era fazer com que ela entendesse que o que melhor atendia aos interesses dela era compartilhar das ambições dele.
- Um belo menino – continuou ele – que precisa de um pai.
Jeanette limitou-se a olhar fixo para ele. Sir Simon tinha um rosto inexpressivo. O rosto tinha um nariz bulboso, queixo firme, e não mostrava o menor sinal de inteligência ou espírito. Mas Sir Simon tinha confiança, o suficiente para ter-se persuadido de que ela iria casar-se com ele. Será que ele falava sério? Ela ficou boquiaberta, e então deu um grito assustado quando uma gritaria irritada estourou embaixo de sua janela. Alguns arqueiros tentavam passar pelos homens que vigiavam a porta. Sir Simon empurrou o postigo, abrindo a porta.
- Esta propriedade é minha – vociferou ele em thaisense. – Vão procurar garotas para vocês.
Ele se voltou para Jeanette.
- Está vendo, madame, como eu a protejo?
- Então existe cavalheirismo na guerra?
- Existe oportunidade na guerra, madame. A senhora é rica, a senhora está viúva, a senhora precisa de um homem.
Ela o fitou com olhos perturbadoramente grandes, mal ousando acreditar na temeridade dele.
- Por quê?
- Por quê? – Sir Simon ficou perplexo com a pergunta. Fez gesto para a janela. – Ouça os gritos, mulher! O que é que a senhora pensa que acontece com as mulheres quando uma cidade cai?
- Mas o senhor disse que iria me proteger – assinalou ela.
- E vou.
Ele estava ficando perdido naquela conversa. A mulher, pensou ele, apesar de bonita, era de uma estupidez impressionante.
- Eu a protegerei – disse ele – e a senhora tomará conta de mim.
- Como?
Sir Simon suspirou.
- A senhora tem dinheiro?
Jeanette deu de ombros.
- Há um pouco lá embaixo, senhor, escondido na cozinha.
Sir Simon franziu o cenho, irritado. Será que ela achava que ele era tolo? Que ele morderia a isca e iria para o andar térreo, deixando-a para pular a janela?
- Eu sei de uma coisa a respeito do dinheiro, madame – disse ele – e é que nunca se deve escondê-lo num lugar em que os criados possam achá-lo. A gente o esconde nos aposentos privados. Num quarto de dormir.
Ele abriu um armário e despejou no chão as peças de linho, mas nada havia escondido ali, e depois, seguindo uma inspiração, começou a bater nos painéis de madeira. Ele ouvira dizer que era freqüente painéis daquele tipo disfarçarem um esconderijo, e foi recompensado quase instantaneamente por um som satisfatoriamente oco.
- Não, senhor! – disse Jeanette.
Sir Simon ignorou-a, sacando a espada e atacando os painéis que se despedaçaram e foram arrancados da haste. Ele embainhou a espada e puxou com força, com as mão enluvadas, a madeira estraçalhada.
- Não! – Jeanette soltou um grito de dor.
Sir Simon olhou fixamente. Havia dinheiro escondido atrás do gorro, um barril cheio de moedas, mas a grande recompensa não era aquilo. A grande recompensa era uma armadura e um conjunto de armas com as quais Sir Simon apenas sonhara na vida. Uma armadura que brilhava ouro, cada peça entalhada com sutis figuras e com incrustações também em ouro, como aquelas usadas pelos nobres paladinos de Edron. Devia ter vindo de Edron. E a espada! Quando Sir Simon a tirou da bainha, foi como empunhar a própria Excalibug. A lâmina tinha um brilho azulado, que não era nem mesmo tão pesada quanto a dele, mas dava a sensação de um milagroso equilíbrio. Uma lâmina dos famosos fabricantes de espadas de Darama, talvez, ou, ainda melhor, Edron?
- Elas pertenciam ao meu marido – apelou Jeanette a ele – e isso é tudo que eu tenho dele. Elas têm de passar para Charles.
Sir Simon ignorou-a. Correu o dedo enluvado pela incrustação de ouro no peito da armadura. Só aquela peça valia uma propriedade!
- Isso é tudo que ele tem do pai – suplicou Jeanette.
Sir Simon desafivelou o cinto de sua espada e deixou a velha arma cair ao chão, e depois prendeu a espada do conde de Batalha na cintura. Voltou-se e olhou fixo para Jeanette, maravilhando-se com o rosto liso, sem cicatrizes. Aqueles eram os espólios de guerra com que ele sonhara e começara a temer que nunca fosse encontrar: um barril de dinheiro, uma armadura digna de um rei, uma lâmina feita para um campeão e uma mulher que seria invejada por toda Thais.
- A armadura é minha – disse ele –, como a espada, também.
- Não, senhor, por favor.
- O que é que a senhora vai fazer? Comprá-las de mim?
- Se for preciso – disse Jeanette, fazendo um gesto com a cabeça ao barril.
- Aquilo também é meu, madame – disse Sir Simon e, para provar caminhou até a porta, desobstruiu-a e gritou para que dois de seus arqueiros subissem até aquele andar. Fez um gesto para o barril e para a armadura. – Levem-nos para baixo – disse ele – e mantenham-nos em segurança. E não pensem que eu não contei o dinheiro, porque contei. Andem!
Jeanette ficou olhando o roubo. Queria pedir clemência chorando, mas esforçou-se para ficar calma.
- Se o senhor roubar tudo o que eu tenho – disse ela para Sir Simon – como irei recomprar a armadura?
Sir Simon tornou a empurrar a cama do menino para junto da porta e depois brindou-a com um sorriso.
- Há uma coisa que você pode usar para comprar a armadura, minha cara – disse ele, sedutor. – Você tem o que todas as mulheres têm. Pode usá-lo.
Jeanette fechou os olhos durante algumas batidas do coração.
- Todos os cavalheiros de Thais são como o senhor? – perguntou ela.
- Poucos são tão hábeis com as armas – disse Sir Simon, com orgulho.
Ele estava para contar a ela seus triunfos em torneios, certo de que ela ficaria impressionada, mas ela o interrompeu.
- O que eu queria saber – disse ela, com frieza – era se os cavaleiros de Thais são todos ladrões, poltrões e brigões.
Sir Simon ficou realmente intrigado com aquele insulto. A mulher simplesmente não parecia dar valor à boa sorte, uma falha que ele só podia atribuir a uma estupidez inata.
- A senhora se esquece, madame – explicou ele –, de que os vencedores da guerra ficam com os prêmios.
- Eu sou o seu prêmio?
Ela era pior do que estúpida, refletiu Sir Simon, mas quem queria inteligência numa mulher?
- Madame – disse ele –, eu sou seu protetor. Se eu a deixar, se eu retirar a minha proteção, vai haver uma fila de homem na escadaria esperando para possuí-la. Entendeu agora?
- Eu acho – disse ela, com frieza – que o mago de Edron vai me oferecer uma proteção melhor.
Santo Banor, pensou Sir Simon, como a safada era obtusa! Não adiantava tentar argumentar com ela, porque ela era tapada demais para compreender, e por isso ele tinha de forçar o ataque. Atravessou o quarto depressa, arrancou Charles dos braços dela e jogou o menino na cama menor. Jeanette deu um grito e tentou agredi-lo, mas Sir Simon agarrou-lhe o braço e esbofeteou-a com a mão enluvada e, quando ela ficou imóvel de dor e perplexidade, rasgou as cordas da capa d Jeanette e depois, com suas mãos grandes, rasgou a frente do vestido. Ela gritou e tentou cobrir a nudez com as mãos, mas Sir Simon abriu-lhe os braços à força e olhou, impressionado. Perfeita!
- Não! – Jeanette chorou.
Sir Simon empurrou-a com força de volta para a cama.
- Quer que seu filho herde a armadura de seu marido traiçoeiro? – perguntou ele. – Ou a espada dele? Então, madame, é melhor ser boa para com o novo dono delas.
Ele desafivelou a espada, deixou-a cair ao chão, e depois ergueu a cota de malha e mexeu, desajeitado, nos cadarços de seu calção.
- Não! – gritou Jeanette e tentou levantar-se da cama, mas Sir Simon agarrou-lhe o vestido e arrancou o linho, fazendo-o baixar até a cintura dela. O menino gritava e Sir Simon atrapalhava-se com as manoplas enferrujadas e Jeanette achou que Zathroth havia entrado em sua casa. Tentou cobrir a sua nudez, mas o thaisense tornou a esbofeteá-la, e depois ergueu uma vez mais a cota de malha. Do lado de fora da janela, o sino rachado da igreja finalmente se calou, porque Thais tinha chegado, Jeanette ganhara um pretendente, e a cidade chorava.
Sem mais;
Asha Thrazi!![]()
Última edição por Kaoh; 06-12-2006 às 21:43.
LangobardisComunidade de Roleplay em Neptera. Venha conhecer!PALMEIRAS - Campeão Paulista 2008
"Posso não concordar com o que dizes, mas lutarei até a morte pelo direito de dizê-lo" Mestre Voltaire
Asha Thrazi!




Muito bom cara. Continue escrevendo!
PS: Saga eu vou ler amanhã, aí comento. Ok?
pelo menos você não parou, já é um começo...mas ainda acho que Saga não se compara com essa história, com todo respeito mais acho que você viajo um poco em Saga, e tá monotono demais
Mas, quem sou eu para criticar?
@Ayakumus :vc é um ser humano como todo mundo e tem o direito de criticar como o usuario mais velho do forum
@Kaoh:vamos lá...ñ para ñ,já percebi uns post atras q vc falo se agente posta no Saga vc ia dar de presente + um cap?
então eu vou ler e postar lá
qnt ao cap,foi um capitulo de muita descrição e detalhe,que foi seu maior triunfo esse do rp inteiro em descrição e detalhes mas axo q a criatividade desceu um puco...foi qse igual ao q aconteceu na cidade de Argos,entraram,mataram,sauqearam...e tem uma coisa q mi encomoda,o Prologo ñ se revelou nada ainda,só que eu supeito que tenha a ver com o primo de Argos
o gente,se é pa fika falanuh " ñ para",ñ posta pó ele já percebeu q a gente prefere 1000x + esse rp + ele vai continuar com a Saga,eu só aproveitei pa pa pidi pa ele continuar enquanto eu estava comentanduh sobre esse capitulo
previsão para o proximo capitulo?
Última edição por Sir Curioso; 28-10-2006 às 00:49.
PI, PI PI.
MP nova, dê uma olhada.
Continue (sim, no imperativo X.X).
··Hail the prince of Saiyans··
Capítulo 17 – Cinzas de promessas.
O primeiro pensamento de Argos, depois de abrir a porta, não foi saquear, mas lavar, em algum lugar, as pernas para tirar a lama do rio, o que fez com um barril de cerveja na primeira taberna que encontrou. O dono da taberna era um homem grande e careca que estupidamente atacou os arqueiros com um porrete, e Daniel o derrubou com o seu arco e depois cortou-lhe a barriga.
- Filho da puta idiota – disse Daniel. – Eu não ia machucá-lo. Não muito.
As botas do morto couberam em Argos, o que foi uma grata surpresa, porque muito poucas serviam, e tão logo eles acharam as moedas que o homem tinha escondido, saíram em busca de outras diversões. O mago de Edron esporeava seu cavalo para cima e para baixo da rua principal com um belo cajado em que dançavam chamas mágicas, gritando para homens que tinham os olhos arregalados para que não pusessem fogo na cidade. Ele queria manter La Roche-Ogre como uma fortaleza, e como um monte de cinzas ela era de menor valia para ele.
Nem todos saquearam. Alguns dos homens mais velhos, até mesmo uns poucos dos mais jovens, ficaram contrariados com tudo aquilo e tentavam conter os excessos mais alucinados, mas estavam em imoderada inferioridade numérica diante de homens que não viam nada, a não ser oportunidade, na cidade caída. O druida Hobbe, um sacerdote de Thais que gostava dos homens de Vince Farz, tentou persuadir Argos e seu grupo a proteger a igreja, mas eles tinham outros prazeres em mente.
- Não estrague sua alma, Argos – disse o druida Hobbe a título de lembrete de que Argos, como todos os homens, tinha assistido à missa na véspera, mas Argos achava que, de qualquer forma, sua alma seria estragada, então o melhor era isso acontecer mais cedo do que mais tarde.
Ele estava à procura de uma garota, na verdade qualquer garota, porque a maioria dos homens de Vince tinha uma mulher no acampamento. Argos estivera vivendo com uma doce e pequena thaisense, mas ela pegara a febre logo antes do início da campanha de inverno, e o druida Hobbe rezara uma missa de corpo presente para ela. Argos ficara olhando o corpo sem mortalha da jovem ser jogado numa cova rasa e pensara nos túmulos de Filars Porl e da promessa que fizera ao tio moribundo, mas depois pusera a promessa de lado. Ele era jovem e não tinha vontade alguma de carregar pesos na consciência.
Northport, agora, rendia-se sob a fúria de Thais. Homens arrancavam o sapé e a mobília despedaçada, na busca por dinheiro. Qualquer morador da cidade que tentasse proteger suas mulheres era morto, enquanto qualquer mulher que tentasse se proteger era agredida até se submeter. Algumas pessoas tinham fugido do saque atravessando a ponte, mas a guarnição fugiu do ataque inevitável e agora os soldados do mago dominavam a pequena torre, e isso significava que La Roche-Ogre estava com o seu destino selado. Algumas mulheres se refugiaram nas igrejas, e as felizardas acharam protetores ali, mas a maioria não teve tanta sorte.
Finalmente, Argos, Daniel e Sam encontraram uma casa que não fora saqueada e pertencia a um curtidor, um sujeito fedorento com uma mulher feia e três filhos crianças. Sam, cuja cara de inocente fazia com que estranhos confiassem nele logo à primeira vista, manteve sua faca encostada na garganta do filho mais moço, e de repente o curtidor lembrou-se de onde tinha escondido o dinheiro. Argos tinha observado Sam, temendo que ele fosse realmente cortar a garganta do menino, porque Sam, apesar das bochechas vermelhas e dos olhos alegres, era tão sádico quanto qualquer outro membro do bando de Vince Farz. Daniel não era muito melhor, embora Argos considerasse os dois seus amigos.
- O homem é tão pobre quanto nós – disse Daniel, impressionado, enquanto revirava as medas do curtidor. Ele empurrou uma terceira pilha em direção a Argos. – Você quer a mulher dele? – ofereceu, generoso.
- Que os Deuses me livrem, não! Ela é vesga como você.
- É mesmo?
Argos deixou Daniel e Sam com suas brincadeiras e foi procurar uma taberna onde houvesse comida, bebida e calor. Ele reconheceu que qualquer garota que valesse a pena ser perseguida já tinha sido apanhada, e por isso tirou a corda do arco, passou decidido por um grupo de homens que arrancavam o conteúdo de uma carroça e encontrou uma estalagem onde uma viúva maternal protegera sensatamente sua propriedade e suas filhas ao receber bem os primeiros soldados, cobrindo-os de comida e bebida de graça, e depois ralhando com eles por sujarem o chão com os pés enlameados. Ela estava gritando com eles naquele momento, embora poucos compreendessem o que ela dizia, e um dos homens resmungou para Argos que ela e as filhas deveriam ser deixadas em paz.
Argos ergue as mãos para mostrar que não queria fazer mal a ninguém, e depois apanhou um prato de pão, ovos e queijo.
- Agora, pague a ela – grunhiu um dos soldados e Argos, obediente, colocou as poucas moedas do curtidor sobre o balcão.
- Ele é bonito – disse a viúva para as filhas, que soltaram risadinhas abafadas.
Argos voltou-se e fingiu inspecionar as filhas.
- Elas são as garotas mais bonitas de todo os arredores de Batalha – disse ele à viúva, em carliniano –, porque saíram à senhora, madame.
Aquele cumprimento, embora comprovadamente insincero, provocou gargalhadas estridentes. Para além da taberna havia gritos e lágrimas, mas ali dentro estava quente e o ambiente era cordial. Argos comeu com sofreguidão, porque estava faminto, e depois tentou esconder-se numa janela projetada para fora quando o druida Hobbe entrou, vindo da rua, apressado. Mas mesmo assim, o padre o viu.
- Eu ainda estou procurando homens para proteger as igrejas, Argos.
- Eu vou me embebedar, padre – disse Argos, feliz. – Vou ficar tão bêbado, que uma daquelas duas garotas vai parecer atraente. – Ele fez um gesto com a cabeça em direção às filhas da viúva.
O druida Hobbe inspecionou-as com ar crítico, e depois suspirou.
- Você vai se matar se beber tanto assim, Argos.
Ele se sentou à mesa, fez um sinal para as garotas e apontou para o caneco de Argos.
- Vou tomar uma dose com você – disse o druida.
- E as igrejas?
- Todo mundo vai estar bêbado em breve – disse o druida Hobbe – e o horror vai terminar. Sempre termina. Cerveja e vinho, Banor sabe, são grandes causas de pecado, mas fazem com que ele tenha vida curta. Pelos ossos de Banor, lá fora está frio. – Ele sorriu para Argos. – Então? Como vai a sua alma negra, Argos?
Argos ficou olhando para o druida. Ele gostava do druida Hobbe, que era pequeno e magro, com uma massa de cabelos pretos revoltos em torno de um rosto alegre que levava as cicatrizes provocadas por uma catapora contraída na infância. Era de berço pobre, filho de um homem de Thais que fabricava e consertava rodas e, como todo menino que ajudava para alimentar a casa, sabia manejar um arco como os melhores arqueiros. Às vezes, acompanhava os homens de Farz em suas incursões no território do duque Charles e da Rainha Eloise, e juntava-se de bom grado aos arqueiros quando eles desmontavam para formar uma linha de batalha. As leis da Igreja proibiam que um padre manejasse uma arma da corte, mas o druida Hobbe sempre alegava que usava flechas rombudas, embora elas parecessem furar as malhas inimigas com a mesma eficiência de quaisquer outras. O druida Hobbe, em suma, era um homem bom cujo único defeito era um excessivo interesse pela alma de Argos.
- Minha alma – disse Argos – é solúvel em cerveja.
- Ora, aí está um bom termo – disse o druida. – Solúvel, é? – Ele pegou o grande arco preto e cutucou a insígnia de prata com um dedo sujo. – Descobriu alguma coisa sobre isto?
- Não.
- Ou quem roubou o sangue?
- Não.
- Você já não se importa mais?
Argos recostou-se na cadeira e esticou as longas pernas.
- Eu estou fazendo um bom trabalho, padre. Nós estamos ganhando esta guerra, e nesta época, no ano que vem, quem sabe? Poderemos estar com a cabeça da rainha de Carlin em um suporte, lá em Thais.
O druida Hobbe fez com a cabeça um gesto de concordância, mas sua fisionomia indicava que as palavras de Argos eram irrelevantes. Passou o dedo por uma poça de cerveja em cima da mesa.
- Você fez uma promessa ao seu tio, Argos, e fez isso numa igreja. Não foi isso o que você me contou? Uma promessa solene, Argos? De que você iria recuperar o frasco de sangue? Os Deuses escutam esses juramentos.
Argos sorriu.
- Fora desta taberna, padre, há tanto estupro, assassinato e roubo acontecendo, que nem todas as penas do céu podem manter atualizada a lista de pecados. E o senhor se preocupa comigo?
- Me preocupo, sim, Argos. Algumas almas são melhores do que outras. Eu tenho que cuidar de todas elas, mas se você tem um carneiro de raça no seu rebanho, fará bem em protegê-lo.
Argos suspirou.
- Um dia, padre, eu vou encontrar o homem que roubou aquele maldito frasco, e vou enfiá-lo em seu traseiro até o líquido fazer cócegas no crânio dele. Um dia. Isso basta?
O druida Hobbe sorriu.
- Basta, Argos, mas no momento há uma pequena igreja que bem poderia ter mais um homem à porta. Ela está cheia de mulheres! Algumas são tão bonitas, que você ficará de coração partido só de olha para elas. Depois, você pode se embebedar.
- As mulheres são bonitas, mesmo?
- O que é que você acha, Argos? A maioria parece morcego e cheia a bode, mas ainda assim elas precisam de proteção.
E assim Argos ajudou a proteger uma igreja e, depois, quando o exército estava tão bêbado que já não podia causar mais danos, ele voltou para a taberna da viúva, onde bebeu até perder os sentidos. Ele havia tomado uma cidade, servira bem ao seu senhor e estava contente.
Sem mais;
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Última edição por Kaoh; 06-12-2006 às 21:48.
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"Posso não concordar com o que dizes, mas lutarei até a morte pelo direito de dizê-lo" Mestre Voltaire
Asha Thrazi!
Um esse capitulo só foi final que todos os ultimos ultimos estava focalizada: tomada de northport,hum...acho que faltou um puco mais de detalhês e descrição no meio da rua,do tipo "Argos andou na rua principal e achou uma casa que não tinha sido saqueda",parece que você está com presa pra ir no banheiro...podia ser "Argos e seu bando andou pela rua principal,ques estava um caos,com soldados estrupando garotas e violentando-as,eles viram alguma casas acabando de ser saqueadas,algumas com pessoas entrando,Daniel chamou Argos dizendo que avistou uma casa que parecia não ter sido saqueada..." acho que descrição e melhoramento do texto nunca é demais.
Descrição é uma coisa, excesso dela é outra. Pouca descrição deixa o texto sem graça, descrição em demasia deixa o texto enjoativo e faz as pessoas simplesmente "olharem" as palavras, sem lê-las. Para que repetir algo que eu já disse tantas vezes anteriores? O que você acabou de fazer acima foi tentar por mais descrição onde não necessitava, "enxer lingüiça", sabe? Descrição demais cansa, isso é fato. E também depende muito do personagem no momento, talvez se fosse uma garota que nunca tivesse visto nada igual é obvio que eu descreveria com todos os detalhes e com grande precisão, mas não era. Era Argos e seus dois amigos assassinos. O fato é que Argos estava cansado e pessoas sendo violentadas não era novidade para ele, tanto que ele fala sobre isso normalmente.Postado originalmente por Sir Curioso
Obrigado pela crítica, de qualquer modo.
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