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Tópico: O Sangue de Crunor

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  1. #1
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    Citação Postado originalmente por Sir Curioso
    isso é uma zução com o Virgo Shaka ou vc gosto:riso:huahuhauhahua ...

    qnt a sua resposta com o meu coment...axo q vc errou,todos as pessoas importantes q conhecem Argos,fala de um jeito direto ou indireto q ele era diferente(ñ pela pelo modo estranho dele,mas o jeito de pensar),e é claro,como vc mesmo disse,ele tinha uma certa especialidade de matar,acho que são poucas essas pessoas,acho q só duentes ou loucos e + algumas pessoas poderia fazer isso...eu poderia treinar com uma arma 5 anos mas matar no cano frio acho que demoraria + 5 anos...a ñ ser algumas vezes q tenho uma vontade de esganar meu irmaum
    qnt á população de northport,eu q errei,apenas interpretei como no tibia q ñ é maior nem q greenshore,perdão...acho que algumas vezes eu iterpreto o cenario no tibia e ñ na minha cabeça...='(

    @Kronos Kal'deras:como é esse livro Kronos Kal'deras,pelo q parece é do tipw rpg medieval e é o q eu mais gosto =]

    Fim de semana? já dei meu coment agora pod ser hoje?:rolleyes:
    Argos mata a sangue frio aliados de carlinianos porque foram eles que acabaram com a vida do jovem.
    Sobre o livro, é sobre a guerra dos 100 anos. Muito bom.

    Já que estou aqui...




    Capítulo 13 – A sofrida Blackarch.






    Blackarch fora batizada com o nome de Jeanette Marie Halevy, e aos 15 anos os pais a tinham levado para Vega, para o torneio anual das maçãs. O pai não era um aristocrata ou alguém que merecesse um título assim, e por isso a família não pôde sentar-se no recinto cercado sob a torre da igreja da ilha de Vega, mas encontrou um recinto perto dali, e Luis Halevy providenciou para que a filha ficasse visível, ao colocar as cadeiras na carroça da fazenda que os tinha levado de La Roche-Ogre. O pai de Jeanette era um próspero capitão de navio e mercador de vinho, proibido pela rainha Eloise na cidade de Carlin, embora sua fortuna nos negócios não se refletisse na vida. Um dos filhos morrera quando um dedo cortado infeccionara, e o segundo morreu afogado numa viagem para Senja. Jeanette, agora, era sua única filha.

    Havia um interesse na visita a Vega. A nobreza das ilhas geladas, pelo menos aqueles que eram favoráveis a uma aliança com Carlin, reunia-se no torneio no qual, durante quatro dias, diante de uma multidão que comparecia tanto pela feira quanto pelos combates, ela exibia seu talento com espada e lança. Jeanette achava enfadonha grande parte de tudo aquilo, porque os preâmbulos de cada luta eram longos e muitas vezes nem se podia ouvi-los. Cavaleiros desfilavam sem parar, as extravagantes plumas balançando, armaduras reluzentes, armas raras e títulos de elite, mas depois de algum tempo havia um curto som de gongo, um choque de metal, uma ovação, e um cavaleiro era morto ou clamava por sua vida. Era costume todo cavaleiro vitorioso espetar uma maçã com sua espada e dá-la de presente para a mulher da multidão que o tivesse atraído, e foi por isso que o pai dela levara a carroça da fazenda para Vega. Depois de quatro dias, Jeanette estava com 18 maçãs e a inimizade de umas vinte jovens mais bem nascidas do que ela.

    Os pais a levaram de volta para Northport e esperaram. Tinham exposto sua mercadoria e agora os compradores podiam dirigir-se à luxuosa casa à margem das águas de Sula. Pela frente, a casa parecia pequena, mas bastava atravessar o arco de entrada e o visitante se via num pátio amplo, que ia até um molhe de pedra onde os barcos menores de Luis Halevy podiam atracar quando o nível das águas chegava a seu ponto máximo. O pátio dividia um muro com a igreja da Deusa Bastesh e, por ter doado a torre à igreja, Luis Halevy tinha recebido permissão para fazer uma passagem em arco no muro, para que sua família não precisasse sair para a rua quando fosse à missa. A casa dizia a qualquer pretendente que aquela era uma família rica, e a presença do clérigo da paróquia à mesa de jantar dizia-lhe que se tratava de uma família devota. Jeanette não seria um brinquedo na mão de um aristocrata, seria uma esposa.

    Uma dúzia de homens dignou-se a visitar a casa dos Halevy, mas foi Bardo Henri, um jovem, habilidoso e belo rapaz, que ganhou a maçã. Ele foi uma presa de primeira, porque era sobrinho de Charles de Batalha, que por sua vez era sobrinho da rainha Eloise, e era Charles que os carlinianos reconheciam como duque e soberano de Batalha, uma nova cidade que crescia rapidamente pelas proximidades de Kazordoon. O tio de Bardo permitiu que ele apresentasse a noiva, mas depois aconselhou o sobrinho a livrar-se dela. A moça era filha de um mercador, pouco mais do que um camponês, embora até mesmo Charles admitisse que ela era uma beldade. Os cabelos eram de um preto brilhante, o rosto de traços firmes e delicados, de pele macia e branca, e ela possuía todos os dentes. Era graciosa, a ponto de um alto druida da corte da rainha bater palmas e exclamar que Jeanette era a imagem viva de Tibiasula ou tão bela quanto à magnífica Deusa. Charles concordava que ela era bonita, mas e daí? Muitas mulheres eram bonitas. Qualquer taberna de Vega, disse ele, podia exibir uma prostituta que custava duas moedas de platina e faria a maioria das mulheres casadas parecerem porcas. A tarefa de uma esposa não era ser bonita, mas rica. “Faça da garota sua amante”, aconselhou ela ao sobrinho, e praticamente mandou que Bardo se casasse com uma herdeira de uma fortuna de um grande, porém perto da morte, cavaleiro de Venore. Porém a herdeira era uma mulher relapsa, com o rosto cheio de marcas, e o jovem Bardo ficara entorpecido com a beleza de Jeanette e, por isso, desafiou o tio.

    Casou-se com a filha do comerciante na capela de seu castelo, na pequena cidade construída próxima à Kazordoon, Batalha. O duque admitiu que o sobrinho tinha ouvido um número exagerado de trovadores, mas Bardo e sua nova esposa estavam felizes e um ano depois do casamento, quando Jeanette estava com 16 anos, nasceu o filho deles. Eles lhe deram o nome Charles, em homenagem ao duque, mas se o duque de Carlin se sentiu homenageado, não disse nada. Recusou-se a tornar a receber Jeanette e tratava o sobrinho com frieza.

    Mais tarde, naquele ano, os thaisenses chegaram com toda força para apoiar Jean Monteforte, a quem eles reconheciam como duque de Batalha, e a rainha de Carlin enviou reforços para seu sobrinho Charles, a quem reconhecia como o verdadeiro duque, e assim a guerra civil começou de verdade. Bardo insistiu para que sua mulher e seu filho voltassem para a casa do pai dela em La Roche-Ogre, porque o castelo em Batalha era pequeno, estava mal conservado e ficava muito perto das forças invasoras.

    Naquele verão, o castelo caiu em mão dos thaisenses, tal como temia o marido de Jeanette, e no ano seguinte o rei de Thais passou a estação de campanha em Batalha, e seu exército fez recuar as forças de Charles, o tio de Bardo. Não houve uma grande batalha, mas uma série de sangrentas escaramuças, e numa dela, um embate desigual travado entre as fileiras de cerca viva de um vale íngreme, o marido de Jeanette foi ferido. Ele havia erguido o protetor do rosto de seu elmo para gritar palavras de estímulo a seus homens e uma flecha lhe atravessara a boca, entrando por um lado e saindo pelo outro. Os criados levaram Bardo até a casa à margem de Sula, onde ele levou cinco dias para morrer; cinco dias de dor constante, durante os quais não conseguia comer e al podia respirar, já que o ferimento inflamara e o sangue coagulara no esôfago. Dos poucos clérigos que haviam em Batalha nenhum sobrara, o exército de Tibianus matara todos e os que conseguiam fugir provavelmente eram mortos por cavaleiros selvagens que rondavam a ponte dos goblins, o caminho mais simples e mais usado para o comércio de Carlin com Batalha. Thais atacara com quatro magos e mais de vinte druidas, com seu enorme exército, para dominar Batalha e expulsar as forças de Carlin. Bardo tinha 28 anos, era um campeão em torneios, e no final chorava como uma criança. Morreu sufocado e Jeanette gritou de raiva e pela dor da frustração.

    E então começou a fase de sofrimento de Jeanette. Estava viúva, e mal se passaram seis meses da morte do marido e ela ficou órfã, quando o pai e a mãe foram assassinados por uma gigantesca aranha em uma viagem para Venore. Tinha apenas 18 anos e seu filho, Charles, dois, mas Jeanette herdara a riqueza do pai e decidiu usá-la para revidar o ataque aos odiados thaisenses que mataram seu marido, e por isso começou a equipar dois navios que pudessem atacar embarcações de Thais.

    Mon Belas, que era uma espécie de confidente e tinha sido o advogado do pai dela, manifestou-se contrário a gastar dinheiro com os navios. A fortuna de Jeanette não duraria para sempre, disse o advogado, e nada sugava dinheiro como equipar navios de guerra que raramente ganhavam dinheiro, a menos que por um golpe de sorte. Era melhor, disse ele, usar os navios para o comércio.

    - Os mercadores de Venore estão tendo um belo lucro com o vinho – sugeriu ele. Ele estava resfriado, porque era inverno, e espirrou. – Um lucro muito bom – disse ele, ansioso. Ele falava em batalhês, embora ele e Jeanette soubessem falar o carliniano, se fosse necessário.

    - Eu não quero vinho – disse Jeanette friamente -, mas almas thaisenses.

    - Nelas, não há lucro, senhora – disse Belas.

    Ele achou estranho chamar Jeanette de “senhora”. Ele a conhecia desde quando ela era criança, e ela sempre fora a pequena Jeanette para ele, mas ela se casara e se tornara uma viúva aristocrata e, além do mais, uma viúva geniosa.

    - Não se pode vender almas thaisenses – salientou Belas, delicado.

    - Exceto para Urgith – disse Jeanette benzendo-se. – Mas eu não preciso de vinho, Belas. Nós temos as rendas.

    - As rendas! – disse Belas, em tom zombeteiro.

    Ele era alto, magro, cabelos ralos e inteligente. Servira bem, e por muito tempo, ao pai de Jeanette e estava ressentido com o fato de o mercador não ter deixado nada para ele no testamento. Tudo tinha ido para Jeanette, exceto uma pequena doação para os clérigos de Vega, para que rezassem missas pela ala do falecido. Belas escondeu o ressentimento.

    - Não vem coisa alguma de Batalha – disse ele a Jeanette. – Os thaisenses estão lá, e por quanto tempo a senhora acha que as rendas virão das fazendas de seu pai? Os homens de Thais irão tomá-las dentro em pouco.

    Um exército thaisense tinha ocupado os arredores de Femur Hills, e ficava à apenas uma hora a pé ao norte. Mataram besteiros de Carlin, clérigos e tudo com o emblema da cidade pelos arredores de Femur Hills. Belas tinha a esperança de que os thaisenses se retirassem em breve, porque era pleno inverno e os suprimentos deles deviam estar acabando, mas temia que devastassem o interior em torno de La Roche-Ogre antes de partir. E se devastassem, as fazendas de Jeanette perderia o valor.

    - Que renda se pode obter de uma fazenda incendiada? – perguntou ele.

    - Não me importo! – vociferou ela. – Eu venderei tudo, se precisar, tudo! – Exceto a armadura e as armas do marido. Elas eram valiosas e um dia passariam para seu filho.

    Belas suspirou diante da tolice dela, depois enrolou-se em sua capa preta e recostou-se perto do fogo baixo que estalava na lareira. Um vento frio vinha do mar perto dali, fazendo com que a chaminé soprasse fumaça.

    - Madame, a senhora permite que eu lhe dê um conselho? Primeiro, a empresa. – Belas fez uma pausa para enxugar o nariz na comprida manga preta. – Ela vai mal, mas eu posso arranjar-lhe um bom homem para dirigi-la tal como seu pai fazia, e eu redigiria um contrato que garantisse que o homem lhe pagaria bem com parte dos lucros. Segundo, madame, a senhora deve pensar em casamento.

    Ele fez uma pausa, como que esperando um protesto, mas Jeanette não disse nada. Belas suspirou. Ela era tão bonita! Havia uma meia dúzia de homens na cidade que se casariam com ela, mas o casamento com um aristocrata virara a cabeça dela e ela não iria aceitar nada, a não ser outro homem com um título.

    - A senhor, madame – continuou o advogado, cauteloso -, é uma viúva que possuiu, no momento, uma fortuna considerável, mas eu tenho visto fortunas assim derreterem como neve quando Suon brilha em busca de Fafnar. Procure um homem que possa cuidar da senhora, de suas posses e de seu filho.

    Jeanette voltou-se e o encarou.

    - Eu me casei com o melhor homem de todos – disse ela -, e onde é que o senhor acha que vou encontrar outro igual a ele?

    Homens como Bardo Henri, pensou o advogado, eram encontrados em toda parte, o que era lamentável, porque o que eram eles a não ser uns brutos idiotas de armadura que acreditavam que a guerra era esporte? Jeanette, pensou ele, deveria casar-se com um mercador prudente, talvez um viúvo que tivesse fortuna, mas Belas desconfiava que um conselho daqueles seria desperdiçado.

    - Lembre-se do velho ditado, senhora – disse ele, irônico. – Coloque um gato para vigiar um rebanho de ovelhas, e os lobos comerão bem.

    Jeanette teve um estremecimento de raiva ao ouvir aquelas palavras.

    - O senhor está passando de seus limites, Senhor Belas.

    Ela falou com frieza, e depois dispensou-o, e no dia seguinte os thaisenses chegaram a La Roche-Ogre e Jeanette tirou do local onde guardava seus bens valiosos a besta que pertencera a seu falecido marido e juntou-se aos defensores nos muros. Que vá para o inferno o conselho de Belas! Ela iria lutar como um homem e o duque Charles, que a desprezava, aprenderia a admirá-la, a apoiá-la e devolveria as propriedades do falecido a seu filho.

    E assim Jeanette se tornara Blackarch, os thaisenses tinham morrido diante do muro e o conselho de Belas fora esquecido, e agora, reconhecia Jeanette, os defensores tinham confundido tanto os thaisenses, que não havia dúvida de que o certo seria levantado. Tudo ficaria bem, crença com a qual, pela primeira vez em uma semana, Blackarch dormiu bem.


    "Blackarch fora batizada com o nome de Jeanette Marie Halevy...".


    Sem mais;
    Asha Thrazi!

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  2. #2
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    aew...que bom..vc está postando capitulo mais rapido...quanto ao livro...quero compra-lo...e quanto aquela resposta sobre matar a sangue frio está certa...o cara perdeu sua familia e tudo pelos carlinianos só não vou lá e tiro toda minha resposta que não gosto de fazer isso...
    acho que esse capitulo foi mais uma biografia xD...e acho que essa foi sua ideia porque Blackarch deve ter um papel + importante...talvez se apaixonará pelo Argos,talvez...com Sir Simon?Talvez...acho que não tem nada a falar desse rp,resumindo,é uma biografia de uma personagem chamada Jeanette Marie Halevy que será importante no futuro...se não vc ñ faria um capitulo INTEIRO de uma personagem terciaria
    Foi só eu ou tem + alguem que adimirou a ideia de cada cidade ter seu idioma,embora estranho e diferente,foi criativo...em rookgaard eles falam Thaiense(ou Thaisano)?se ñ for eu queria saber,fiquei curioso...


    previsão para o proximo capitulo?



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