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Tópico: O Sangue de Crunor

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    Feliz dia das crianças atrasado para todos!


    Capítulo 11 – Northport, tentativa de Thais.




    Era inverno. Um frio vento matutino soprava no mar, trazendo um cheiro amargo de sal e uma chuva que inevitavelmente solaparia o poder das cordas dos arcos se não passasse.

    - Isso – disse Daniel – nada mais é do que uma perda danada de tempo.
    Ninguém prestou atenção nele.

    - Eu podia ter ficado em Thais – resmungou Daniel –, sentado junto a uma lareira. Bebendo cerveja.

    Uma vez mais, ele foi ignorado.

    - Hm... – resmungou Sam depois de um longo tempo e olhou para os arqueiros. – Será que veremos Blackarch novamente? – indagou.

    - Talvez ela fure a sua língua com uma seta – rosnou Vince Farz – e faça um favor a todos nós.

    Blackarch era uma mulher que lutava nos muros da cidade toda vez que o exército fazia um ataque. Era jovem, tinha cabelos pretos, usava uma capa preta e disparava uma besta. No primeiro assalto, quando os arqueiros de Vince Farz ficaram na vanguarda do ataque e perderam quatro homens, tinham chegado perto o bastante para ver Blackarch com nitidez e todos a acharam bonita, embora depois de uma campanha de inverno de fracasso, frio, lama e fome, quase qualquer mulher pareceria bonita. Ainda assim, havia algo de especial em Blackarch.

    - Não é ela que carrega a besta que ela usa – disse Sam, inabalável diante do mau humor de Farz.

    - É claro que não – disse Daniel. – Ainda está por nascer uma mulher que possa armar uma besta.

    - As guardas de Carlin podiam – disse outro homem. – Elas têm músculos de um touro castrado.

    - E fecha os olhos quando atira – disse Sam, ainda falando de Blackarch. – Eu percebi.

    - Isso é porque você não estava fazendo o que devia – disse Vince Farz com rispidez –, por isso, cale a boca, Sam.

    Sam era o mais jovem dos homens de Farz. Alegava ter 18 anos, apesar de não ter certeza disso, porque perdera a conta. Era filho de um vendedor de tecidos e roupas, tinha um rosto angelical, cabelos castanhos cacheados e um coração sombrio. Mas era um bom arqueiro, ninguém serviria a Vince Farz se não fosse bom.

    - Está bem, rapazes – disse Farz –, preparem-se.

    Tinha visto a agitação no acampamento atrás deles. O inimigo iria percebê-lo em breve, os sinos da igreja tocariam o alarme e os muros da cidade se encheriam de defensores armados de bestas. As bestas lançariam setas nos atacantes e o trabalho de Farz naquele dia era tentar tirar os besteiros de cima do muro com suas flechas. Grande chance, pensou ele com amargor. Os defensores iriam se agachar por trás das ameias e, com isso, negar aos homens dele uma oportunidade de mirar, e sem dúvida aquele assalto acabaria como os cinco outros, em fracasso.

    Toda campanha fora feita de fracassos. Havoc Bohun, um mago influente em Edron, que chefiava aquele pequeno exército thaisense, lançara a campanha de inverno na esperança de derrubar cidades aliadas a Carlin. Pequenas, mas influentes. Porém, o assalto contra Vega e as ilhas geladas fora um fracasso humilhante, os defensores de Folda riram dos thaisenses com sua nova arma: arcos. Agora, no amargo fim de ano, sem nada melhor a fazer, o exercito do mago chegara do lado de fora daquela pequena cidade, que mal era mais do que uma vila murada, mas até aquele lugar miserável desafiara o exército. O mago lançara um ataque atrás do outro, e todos tinham sido rechaçados. Os thaisenses foram recebidos por uma tempestade de setas de besta, as escadas empurradas para longe das defesas e os defensores exultaram a cada fracasso.

    - Como é que chama essa porcaria de lugar? – perguntou Farz.

    - Northport. – respondeu um arqueiro alto.

    - Tinha que ser você, Argos – disse Farz –, porque você sabe tudo.

    - É verdade, Vince – disse Argos, sério –, literalmente verdade. – Os outros arqueiros riram.

    - Então, se você sabe tanto assim – disse Farz –, me diga outra vez como é que se chama essa maldita cidade.

    - Northport. Se preferir, La Roche-Ogre.

    - Que nome mais maluco – disse Farz.

    Ele tinha cabelos grisalhos, o rosto fino e vivera quase trinta anos de combates. Era de Venore e começara sua carreira de arqueiro lutando contra os orcs em uma fortaleza ao norte de Venore. Sua sorte acompanhou sua capacidade, e por isso tirara espólios, sobrevivera a combates e ascendera até ficar rico o bastante para criar seu próprio bando de soldados. Agora chefiava setenta soldados e outros tantos arqueiros, que contratara para servir Havoc Bohun, motivo pelo qual estava agachado atrás de uma cerva viva molhada a 150 metros dos muros de uma cidade cujo nome não conseguia memorizar. Seus soldados estavam no acampamento, por terem recebido um dia de descanso depois de chefiarem o último assalto fracassado. Vince Farz tinha horror ao fracasso.

    - La Roche o quê? – perguntou ele a Argos.

    - Ogre.

    - O que é que isso quer dizer?

    - Deve ser por causa das rochas gigantescas dentro do mar, próxima a cidade. Não tenho certeza... Isso, eu confesso que não sei.

    - Oh grande Uman – disse Farz com ar de zombaria –, ele não sabe tudo.

    - Mas é próximo de Ogro, que também é gigantesco. – acrescentou Argos. – O rochedo do ogro é a melhor adaptação que posso fazer.

    Farz abriu a boca pra dizer alguma coisa, mas naquele momento o primeiro badalar dos sinos de igreja de Northport soou. Era o sino rachado, com um som muito áspero, e em questão de segundos as outras igrejas acrescentaram o seu dobrar, de modo que o vento úmido encheu-se de seu repique. O som foi saudado por um abafado ovacionar thaisense enquanto as tropas de assalto vinham do acampamento e subiam pela estrada em direção à porta sul da cidade. Os homens que iam à frente levavam escadas, os demais portavam espadas e machados. O mago de Edron chefiou o assalto, como fizera em todos os outros, notável em sua armadura de ouro meio coberta por uma capa azul mostrando sua insígnia de leões e estrelas.

    - Vocês sabem o que fazer – gritou Farz.

    Os arqueiros se ergueram, puxaram a corda dos arcos e soltaram. Não havia alvos no muro, porque os defensores estavam abaixados, mas o chocalhar das flechas com ponta de aço nas pedras os manteria agachados. As flechas de penas brancas chiavam ao voar. Dois outros bandos de arqueiros acrescentavam suas flechas, muitos deles disparando para o céu, para que seus mísseis caíssem na vertical no interior do muro, e para Farz parecia impossível que alguém pudesse viver sob aquela chuva de aço e penas, e no entanto, assim que a coluna de ataque do mago chegou a menos de cem metros, as setas das bestas começaram a ser cuspidas dos muros.

    Havia uma fenda perto da porta. Fora produzida por uma catapulta, a única máquina de cerco em estado razoavelmente bem conservado, e era uma fenda sofrível, porque apenas o terço superior do muro tinha sido desmantelado pelas pedras grandes e os habitantes da cidade introduziram madeira e trouxas de tecido no buraco, que ainda representava uma fraqueza no muro e os homens que levavam as escadas correram em sua direção, gritando, enquanto as setas das bestas caíam em cheio sobre eles. Homens tropeçavam, caíam, rastejavam e morriam, mas um número suficiente viveu para lançar duas escadas contra a fenda e os primeiros soldados começaram a subir. Os arqueiros disparavam com a rapidez que podiam, cobrindo o alto da brecha com flechas, mas surgiu um escudo lá, um escudo que foi imediatamente atingido por umas vinte flechas, e de trás do escudo um besteiro disparou direto contra uma das escadas, matando o homem que ia na frente. Outro escudo apareceu, outra besta foi disparada. Um caldeirão foi empurrado para o alto da brecha e depois virado, e uma cascata de líquido fumegante foi derramada, fazendo um homem gritar de agonia. Defensores atiravam pedras por cima da brecha e suas bestas estalavam ao serem disparadas.

    - Mais perto! – gritou Farz, e seus arqueiros investiram pela cerca viva e correram para uma distância de menos de cem metros do fosso da cidade, onde tornaram a retesar os longos arcos de guerra e dispararam suas flechas dentro das seteiras. Alguns defensores morriam, agora, porque tinham de se exibir para disparar as bestas contra o grande grupo de homens que se acotovelavam ao pé das quatro escadas encostadas na brecha ou nos muros. Soldados subiam, uma vara com ponta em forquilha empurrou uma das escadas para trás. Argos torceu a mão esquerda para alterar a mira e soltou os dedos, disparando uma flecha contra o peito de um homem que empurrava a vara. O homem usava um escudo seguro por um companheiro, mas o escudo deslocou-se por um instante e a flecha de Argos foi a primeira que passou pela pequena fresta, embora duas outras se seguissem antes que terminasse a última batida do coração moribundo. Outros homens conseguiram derrubar a escada.

    - Grande Banor! Avante Thais! – gritaram os thaisenses, mas o deus devia estar dormindo, porque não deu ajuda alguma aos atacantes.

    Mais pedras foram atiradas dos baluartes, e em seguida uma grande massa de palha em chamas foi lançada contra o grupo compacto de atacantes. Um homem conseguiu chegar ao topo da brecha, mas foi imediatamente morto por um machado que rachou em dois o capacete e o crânio. Ele desabou nos degraus, bloqueando a subida, e o mago tentou empurra-lo para fora do caminho, mas foi atingido na cabeça por uma das pedras e caiu aos pés da escada. Dois dos soldados carregaram o mago atordoado de volta ao acampamento, e sua partida tirou o ânimo dos atacantes. Já não gritavam mais. As flechas ainda voavam, e homens ainda tentavam escalar o muro, mas os defensores sentiram ter repelido aquele sexto ataque e as setas de suas bestas partiam implacáveis. Foi então que Argos viu Blackarch no alto da torre que ficava sobre a porta. Ele apontou a extremidade de aço da flecha para o peito dela, ergueu o arco e o agitou com a mão, fazendo com que a flecha errasse o alvo. Bonita demais para matá-la, disse a si mesmo e sabia que era louco por pensar assim. Ela disparou sua seta e desapareceu. Meia dúzia de flechas tilintaram contra a torre sobre a qual ela estivera, mas Argos concluiu que todos os seis arqueiros tinham deixado que ela atirasse antes de soltarem.

    - Maldição! – gritou Farz. O ataque fracassara e os soldados estavam correndo, fugindo das setas disparadas pelas bestas. Uma escada ainda se apoiava contra a brecha com um homem morto preso aos degraus superiores. – Recuem! – gritou Farz. – Recuem.

    Os arqueiros correram, perseguidos por setas de ponta quadrada disparadas pelas bestas, até conseguirem passar pela cerca viva, de onde Vince Farz lançou uma rajada de grandes bolas de fogo de uma runa arcana e se jogaram no fosso. Os defensores ovacionavam e os dois homens, na torre da porta, desnudaram os traseiros, exibindo por um instante a bunda em direção aos thaisenses derrotados.

    - Filhos da puta – disse Farz. Ele não estava acostumado a fracassos. – Tem que haver uma porcaria de jeito de entrar – resmungou ele.

    Argos tirou a corda de seu arco e colocou-a sob o elmo.

    - Eu lhe disse como entrar – disse ele a Farz. – Ao amanhecer.

    Vince Farz olhou para Argos por um longo tempo.

    - Nós tentamos, rapaz.

    - Eu cheguei às estacas, Vince. Juro que cheguei. Passei por elas.

    - Pois me conte de novo – disse Farz, e Argos contou. Ele se agachou no fosso sob a zombaria dos defensores de La Roche-Ogre e disse a Vince Farz como abrir a cidade, e Farz ouviu, porque o homem de Venore aprendera a confiar em Argos Fall.

    Argos já estava nas terras de Carlin há três anos, servindo à Vince Farz. Argos descobrira que tinha habilidade para matar. Não era apenas o fato de ser um bom arqueiro – o exército estava cheio de homens que eram tão bons quanto ele e havia alguns que eram melhores – mas ele descobrira que podia pressentir o que o inimigo estava fazendo. Ele os observava, observava os olhos deles, via para onde estava olhando, e na maioria das vezes previa o movimento de um inimigo e estava pronto para saudá-lo com uma flecha. Era como um jogo, mas um jogo cujas regras ele conhecia, e eles não. Ele se apegou ao velho Vince, que era como um mentor. Já sabia usar runas, porém a mais poderosa runa de Morte Súbita, uma espécie de magia negra de destruição, não se rendia aos poderes inferiores de Argos. O rapaz era um bom paladino.

    O fato de Vince Farz confiar nele ajudava. Farz relutara em recrutar Argos quando da primeira vez em que se encontraram ao lado da prisão em Thais, onde Farz testava vinte ladrões e assassinos para ver até onde ia a habilidade deles no disparo de uma flecha. Precisava de recrutas e o rei Tibianus de arqueiros, e por isso homens que teriam enfrentado a forca estavam sendo perdoados se servissem no exterior, e exatamente metade dos homens de Farz eram desse tipo de criminosos. Argos, pelo que Vince imaginara, jamais se entrosaria com bandidos daquela espécie. Ele havia segurado a mão direita de Argos, vira os calos nos dois dedos que puxavam o arco, que diziam que ele era um arqueiro, mas depois dera uma batidinha na palma da mão do rapaz, de pele fina.

    - O que é que você tem feito? – perguntara Farz.

    - Meu tio queria que eu fosse clérigo.

    - Clérigo, é? – zombara Farz. – Ora, eu acho que você pode rezar por nós.

    - Eu posso matar por vocês, também.

    Farz acabara deixando que Argos se juntasse ao bando, pelo menos porque o rapaz levava seu próprio cavalo, devia ser de família nobre ou um bom ladrão. A princípio, Farz pensara que Argos Fall era um pouco mais do que mais um louco bárbaro em busca de aventura – um louco inteligente, sem dúvida –, mas Argos aderira à vida de arqueiro em Carlin com entusiasmo. A verdadeira atividade da guerra era saquear e, dia após dia, os homens de Farz invadiam terras leias aos partidários da Rainha Eloise e queimavam as fazendas, roubavam as safras e levavam os animais. Um senhor cujos camponeses não podem pagar renda é um senhor que não tem como contratar soldados, de modo que os soldados e os arqueiros montados de Farz eram soltos na terra do inimigo como uma praga, e Argos adorava aquela vida. Ele era jovem e sua tarefa não era só combater o inimigo, mas arruiná-lo. Ele queimava fazendas, envenenava poços, roubava grãos, quebrava arados e vivia a custa de seu saque. Os homens de Farz eram os senhores de Carlin, um flagelo do inferno, e os aldeões a leste do ducado chamavam-nos de cavaleiros do demônio. De vez em quando, um bando guerreiro inimigo tentava emboscá-los e Argos havia aprendido que o arqueiro thaisense, com o seu longo arco criado na cidade para ser tão ou mais poderoso que uma besta, era o rei daquelas áreas. O inimigo odiava os arqueiros, os paladinos de Thais. Se capturavam um arqueiro thaisense, eles o matavam. Um soldado podia ser feito prisioneiro, um senhor teria um resgate pedido por ele, mas um arqueiro era sempre assassinado. Torturado primeiro, depois assassinado.

    Argos vicejava naquela vida e Farz aprendera que o rapaz era inteligente, sem dúvida o suficiente para saber que não devia pegar no sono quando estivesse de sentinela e, por essa ofensa, Farz o agredira até ele perder os sentidos. “Você estava bêbado!”, acusara ele, e depois dera uma surra em Argos, usando os punhos como se fossem martelos de ferro, a clava de guerra. Quebrara o nariz de Argos, rachara uma costela e o xingara de bosta fedorenta de Zathroth, mas no fim de tudo Vince Farz vira que o rapaz ainda estava sorrindo, e seis meses depois o nomeara de vintenar, o que significava que ele chefiaria vinte outros arqueiros.

    Quase todos eram mais velhos do que Argos, mas nenhum parecia se importar com a promoção dele, porque reconheciam que ele era diferente. A maioria dos arqueiros usava os cabelos curtos, mas os cabelos de Argos eram extravagantemente longos e enrolados com cordas de arco, caindo numa longa trança preta até a cintura. Ele tinha o rosto barbeado, olhos verdes e só se vestia de preto. Aquelas afetações poderiam torná-lo impopular, mas ele trabalhava arduamente, tinha um raciocínio rápido e era generoso. Mas ainda era estranho. Todos os arqueiros usavam talismãs, talvez um símbolo de Uman ou de Fardos de metal barato, mas Argos usava uma pata dissecada de lobo pendurada no pescoço que ele alegava ser do animal de Crunor, e ninguém ousava duvidar dele, porque ele era o homem mais instruído do bando de Farz. Falava tão cultamente quanto um nobre e sabia elfico, e os arqueiros de Farz sentiam-se perversamente orgulhosos dele por causa daquelas habilidades. Agora, três anos depois de entrar para o bando de Vince Farz, Argos era um de seus principais arqueiros. Às vezes, Farz até pedia conselhos a ele, raramente os adotava, mas pedia, e Argos ainda tinha a pata de lobo, um nariz torto e um sorriso sem-vergonha.

    E agora tinha uma idéia de como entrar em La Roche-Ogre.



    Arqueiros de Vince Farz, na tentativa frustrada de invadir Northport.


    Os próximos são inéditos.
    Não percam, previsão próxima sexta.

    Sem mais;
    Asha Thrazi!

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    Última edição por Kaoh; 23-12-2006 às 15:12.
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  2. #2

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    Muito booooooooom! Mas eu fiquei curioso, pocha, porque não falou logo a estratégia de entrar em La Roche-Ogre? Isso deixa os outros curiosos cara. \o/

    Muito bom o capítulo cara, muito bom mesmo.

    E veja bem heim, não vá demorar muito pra postar!


    Bl~

  3. #3
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    Citação Postado originalmente por Kaoh
    Ele tinha o rosto barbeado e só se vestia de preto.
    Argos é GRUNGEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE \o/
    hahah


    bah, falando sério agora,

    muito bom mas só uma coisa...

    pelo que você disse, aquele era o sexto ataque naquela cidade, se em cada ataque morreu tanta gente quanto morreu nesse...puta merda esse exército é bem grandinho eim?!

  4. #4
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    Citação Postado originalmente por Rattlehead
    Argos é GRUNGEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE \o/
    hahah


    bah, falando sério agora,

    muito bom mas só uma coisa...

    pelo que você disse, aquele era o sexto ataque naquela cidade, se em cada ataque morreu tanta gente quanto morreu nesse...puta merda esse exército é bem grandinho eim?!
    Simples amigo... era uma parte do Exército Real de Thais. Se caia 50 pessoas por ataque, 6x50 = 300. 300 mortes, e aí? Um exército desse porte tinha algo perto de 1000 homens.

    Bom, sobre o "grunge": Argos se veste de preto e barbeia o rosto, por isso era notado facilmente (além de ser um homem alto). Os outros se vestiam de qualquer modo, mas o arqueiro era vaidoso.

    Comentários, agradeço.

    Sem mais;
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  5. #5
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    Bom capitulo, espero os inéditos pq no momento são ótimos fillers xD

    Continue assim em suas narrativas




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    Eu gritarei:
    És a nobre Infantaria!..."
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  6. #6
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    Bom. Isso é raro.
    Porém, é o primeiro capítulo que escrevi depois que parei então tá caprichado.
    Postei dois capítulos em um final de semana, para todas as crianças do brasil!!!!! ASHUeASHE
    Divirtam-se ae.
    Próximo capítulo só virá com MUITOS comentários. E dessa vez é sério.



    Capítulo 12 – Sir Simon e o último assalto.




    Na tarde daquele dia, quando o soldado morto com o crânio rachado ainda estava preso à escada abandonada, Sir Simon Skeat cavalgou em direção à cidade e lá trotou o cavalo de um lado a outro junto às pequenas setas de besta com penas pretas que marcavam o limite do alcance das armas dos defensores. Seu escudeiro, um rapaz magrelo, desbocado, com olhos que refletiam dúvidas, observava a uma certa distância. O escudeiro segurava a lança de Sir Simon, e se qualquer guerreiro da cidade aceitasse o desafio implícito da zombeteira presença de Sir Simon, o escudeiro deveria dar ao seu senhor a lança e os dois cavaleiros lutariam na relva até que um ou o outro desistisse. E não seria Sir Simon, porque ele era um cavaleiro cuja competência não tinha par no exército do mago de Edron, Havoc Bohun.

    E era também o mais pobre.

    Seu cavalo estava com dez anos, da época de ouro de seu pai, era duro de boca e enselado. A sela pertencera ao pai dele, enquanto sua cota, uma túnica de malha que o cobria do pescoço aos joelhos, pertencera a seu avô. A espada tinha mais de cem anos, era pesada e não conservava o gume. A lança empenara na chuvosa estação do inverno, enquanto o elmo, era um velho pote com um forro de couro desgastado pelo uso. O escudo, com o seu brasão de um punho em malha agarrando uma clava de guerra, estava gasto e desbotado. As manoplas de malha, como o resto da armadura, estavam enferrujando, motivo pelo qual o escudeiro tinha uma orelha grossa e avermelhada e trazia uma fisionomia que retratava medo, embora o verdadeiro motivo para a ferrugem não fosse que o escudeiro não tentasse limpar a malha, mas que Sir Simon não tinha recursos para comprar o vinagre e a areia fina usados para polir o aço. Ele era pobre.

    Pobre, amargurado e ambicioso.

    E bom.

    Ninguém negava que ele era bom. Vencera o torneio de Fíbula e recebera um prêmio de 40 mil moedas de ouro. Em Thais, sua vitória fora premiada com uma bela armadura vermelha, usada pelos cavaleiros da coroa do Rei Tibianus. Em uma vila ao sul de Thais, fundada alguns meses antes do início da guerra contra as amazonas de Carlin, 15 mil moedas de ouro, e no torneio realizado próximo à montanha dos Cyclops ele quase matara um carliniano de tanto golpeá-lo antes de receber uma taça folheada em ouro cheia de moedas de platina, e onde estavam todos aqueles troféus, agora? Nas mãos dos senhores de Guilda e mercadores que tinham o direito de penhor sobre a propriedade em Venore que Sir Simon herdara dois anos antes, embora na verdade a herança não representasse nada, a não ser dívidas, e no instante em que seu pai fora enterrado os credores cercassem Sir Simon como lobos sitiando um veado ferido.

    - Casa-se com a herdeira de uma fortuna – aconselhara sua mãe, e ela fizera desfilar uma dúzia de mulheres para serem inspecionadas pelo filho, mas Sir Simon estava decidido que a sua mulher fosse tão bonita quanto ele. E ele era bonito. Ele sabia disso. Olhava no espelho de sua mãe e admirava sua imagem refletida. Tinha espessos cabelos pretos, um rosto largo e uma barba curta. Na montanha dos Cyclops, onde havia derrubado do cavalo três cavaleiros em três minutos, alguns homens o confundiram com o rei, que tinha a fama de lutar anonimamente em torneios, e Sir Simon não iria desperdiçar sua bela aparência real com uma mulher velha e enrugada só porque ela tinha dinheiro. Iria se casar com uma mulher que fosse digna dele, mas essa ambição não pagaria as dívidas do espólio e por isso Sir Simon, para se defender dos credores, procurara obter uma carta de proteção assinada pelo rei Tibianus de Thais. A carta protegia Sir Simon de todos os processos legais enquanto ele servisse ao rei numa guerra no exterior, e quando Sir Simon atravessara a Ponte dos Anões, levando seis soldados, 12 arqueiros e um escudeiro desbocado de sua propriedade comprometida, deixara os credores impotentes em Thais. Sir Simon também levara consigo a certeza de que em breve iria capturar algum nobre de Carlin ou das ilhas geladas cujo resgate seria suficiente para pagar tudo o que ele devia, mas até ali a campanha do inverno não tinha produzido um único prisioneiro de classe, e o espólio fora tão minguado, que o exército, agora, era obrigado a consumir a metade da ração. E quantos prisioneiros bem nascidos poderia ele esperar conseguir numa cidade miserável, apenas uma colônia de Carlin, com o nome de La Roche-Ogre? Aquilo era uma fossa de merda.

    Apesar disso, ele cavalgou de um lado para o outro abaixo dos muros da cidade, na esperança de que algum cavaleiro aceitasse o desafio e saísse pela porta sul, que até ali resistira aos ataques thaisenses, mas em vez disso os defensores zombaram dele e o chamavam de covarde por ficar fora do raio de alcance de suas bestas, e os insultos espicaçaram tanto o orgulho de Sir Simon que ele cavalgou para mais perto dos muros, as patas de seu cavalo às vezes batendo em uma das setas de besta caídas. Homens atiraram nele, mas as setas caíam muito longe, e foi a vez de Sir Simon zombar.

    - Ele não passa de um louco – disse Daniel, observando do acampamento thaisense. Daniel era um dos criminosos de Vince Farz, um assassino que tinha sido salvo da forca. Era vesgo, mas apesar disso conseguia atirar com mais precisão do que a maioria. – O que é que ele está fazendo agora?

    Sir Simon fizera o cavalo parar e estava de frente para a porta, de modo que os homens que estavam olhando pensaram que talvez um cavaleiro de Northport estivesse desafiando o cavaleiro de Thais que escarnecera deles. Em vez disso, viram que um único besteiro estava em pé na torre da porta e fazia gestos para que Sir Simon avançasse, desafiando-o a chegar ao raio de alcance.

    Só um louco aceitaria um desafio daqueles, e Sir Simon, obediente, aceitou. Ele estava com 25 anos de idade, era amargurado e valente, e sabia que uma demonstração de arrogância descuidada desanimaria a guarnição sitiada e estimularia os desanimados soldados de Thais e, por isso, esporeou o cavalo bem para dentro do campo de morte, onde as setas tinham aplacado o ânimo dos ataques thaisenses. Nenhum besteiro disparou agora; havia apenas a figura solitária em pé na torre da porta, e Sir Simon, chegando a menos de cem metros, viu que se tratava de Blackarch.

    Aquela era a primeira vez em que Sir Simon tinha visto a mulher que todos os arqueiros chamavam de Blackarch, e ele ficou perto bastante para perceber que ela era, mesmo, uma beleza de mulher. Ela estava ereta, era esguia e alta, protegida do vento do inverno por uma capa, mas com os longos cabelos pretos soltos como os de uma jovem. Ela dirigiu a ele uma reverência zombeteira e Sir Simon respondeu, curvando-se desajeitado na sela justa, e então a viu apanhar a besta e levá-la ao ombro.

    E quando nós estivermos dentro da cidade, pensou Sir Simon, eu a farei pagar por isso. Você estará deitada de costas, Blackarch, e eu estarei por cima. Ele manteve seu cavalo bem quieto, um cavaleiro solitário no campo de morte de Northport, desafiando-a a mirar direto e sabendo que ela não iria fazê-lo. E depois que ela errasse, ele faria saudação zombeteira e os carlinianos de La Roche-Ogre considerariam aquilo um mau presságio.

    Mas e se ela acertasse a mira?

    Sir Simon ficou tentado a erguer o elmo desajeitado, mas resistiu ao impulso. Desafiara a Blackarch a fazer um papelão e não podia mostrar nervosismo diante de uma mulher e, por isso, esperou enquanto ela nivelava a besta. Os defensores da cidade a observavam, e sem dúvida estavam rezando. Ou talvez fazendo apostas.Vamos, sua puta, disse ele de dentes cerrados. Fazia frio, mas o suor brotava de sua testa.

    Ela fez uma pausa, afastou os cabelos pretos do rosto, apoiou a besta numa ameia e tornou a mirar. Sir Simon manteve a cabeça erguida e o olhar firme. É só uma mulher, disse ele a si mesmo. Talvez não pudesse acertar numa carroça a cinco metros. O cavalo tremeu e ele estendeu a mão para dar-lhe umas batidinhas no pescoço.

    - Nós vamos embora daqui a pouco, menino – disse ele ao cavalo.

    Blackarch, observada por uns vinte defensores, fechou os olhos e atirou.

    Sir Simon viu a seta como uma pequena mancha preta contra o céu cinza e as pedras cinzentas das torres da igreja aparecendo acima dos muros de La Roche-Ogre.

    Ele sabia que a seta não atingiria o alvo. Tinha certeza absoluta disso. Ela era uma mulher, ora bolas! E foi por isso que ele não se mexeu enquanto via a mancha vindo diretamente em sua direção. Não podia acreditar. Estava esperando que a seta se desviasse para a esquerda ou a direita, ou caísse no terreno endurecido pela geada, mas em vez disso vinha com precisão em direção ao peito dele e, no último instante, ele ergueu rápido o pesado escudo e abaixou a cabeça, sentindo um grande golpe surdo no braço esquerdo quando a seta atingiu o alvo e atirou com força contra a partilha da sela. A seta atingiu o escudo com tanta força que penetrou nas placas do Escudo do Guardião e a ponta fez um corte profundo na manga de malha e no antebraço dele. Os carlinianos gritavam de alegria e Sir Simon, sabendo que os outros besteiros poderiam tentar, agora, acabar o que Blackarch começara, apertou o joelho contra o flanco do cabalo e o animal, obediente, fez meia volta e respondeu às esporas.

    - Eu estou vivo – disse ele em voz alta, como se aquilo fosse calar o júbilo de La Roche-Ogre. Maldita puta, pensou ele. Revidaria direitinho, até que ela gritasse, e conteve seu cavalo, sem querer dar a impressão de estar fugindo.

    Uma hora mais tarde, depois que o escudeiro lhe enfaixara o antebraço cortado, Sir Simon convencera-se de que tinha obtido uma vitória. Fora ousado, tinha sobrevivido. Aquela foi uma demonstração de coragem, e ele escapara com vida, e por isso imaginava ser um herói e esperava ser recebido como tal enquanto caminhava em direção à tenda que abrigava o comandante do exército, o mago Havoc Bohun. A tenda era feita de duas velas de navio, o pano amarelo, remendado e puído depois de anos de serviço no mar. Proporcionavam um abrigo terrível, mas era típico de Havoc Bohun, mago de Edron, que, embora fosse primo do rei e não houvesse muitos homens mais ricos do que ele em Edron, desprezava a ostentação.

    O mago, na verdade, parecia tão remendado e puído quanto as velas que formavam sua tenda. Era um homem baixo e atarracado, com uma cara, diziam os homens, que parecia o traseiro de um touro, mas o rosto refletia a alma do mago, franca, valente e direta. O exército gostava do mago, porque ele era tão duro quanto os soldados. Agora, quando Sir Simon curvou-se para entrar na tenda, os encaracolados e longos cabelos castanhos do mago estavam cobertos pela metade com um curativo, no ponto em que a pedra atirada do muro de La Roche-Ogre havia rachado seu elmo e enfiado uma borda de aço dentada em seu couro cabeludo. Ele saudou Sir Simon com amargor.

    - Cansado da vida?

    - A puta maluca fechou os olhos quando apertou o gatilho! – disse Sir Simon, ignorando o tom de voz do mago.

    - Mas ainda assim ela mirou bem – disse o mago, irado –, e isso vai dar ânimo aos bastardos. Deus sabe que eles não precisam de estímulo.

    - Eu estou vivo, senhor – disse Sir Simon, satisfeito. – Ela quis me matar. Não conseguiu. O urso vive e os cães continuam com fome.

    Ele esperou que os companheiros do mago o congratulassem, mas eles evitaram seus olhares e ele interpretou o obstinado silêncio deles como ciúme.

    Sir Simon era um maluco, pensou o mago, e estremeceu. O mago poderia não ter se importado tanto com o frio se o exército estivesse desfrutando um sucesso, mas fazia dois meses que os thaisenses e seus aliados de Fíbula vinham tropeçando de fracasso em fracasso, e os seis assaltos contra La Roche-Ogre deram dimensão da profundidade da miséria. Por isso, agora o mago convocara um conselho de guerra para sugerir um último ataque, a ser desfechado na noite daquele mesmo dia. Todos os outros ataques foram realizados pela manhã, mas talvez uma escalada inesperada ao cair a luz invernal pegasse os defensores de surpresa. O problema era que, fossem quais fossem as pequenas vantagens que a surpresa podia trazer, tinham sido estragadas, porque o ato impensado de Sir Simon devia ter dado aos habitantes da cidade uma nova confiança era pouca a confiança entre os capitães de guerra do mago que se reuniram sob as velas amareladas.

    Quatro daqueles capitães eram cavaleiros que, como Sir Simon, lideravam seus homens na guerra, mas os outros eram soldados mercenários que tinham contratado seus homens para trabalharem para o mago. Três eram de Fíbula que usavam o emblema branco com asas de dragões do senhor de Fíbula e chefiavam homens leais, enquanto os outros capitães eram thaisenses, todos homens do povo que ascenderam a duras penas na guerra. Vince Farz estava lá, e ao lado dele Richard Totesham, que começara a servir como soldado e agora chefiava 140 cavaleiros, sendo que dentre eles uma pequena parte eram cavaleiros de elite nomeados pelo rei de Thais, e noventa paladinos a serviço do mago. Nenhum dos dois lutara um torneio sequer, e jamais seriam convidados para isso, e no entanto eram mais ricos do que Sir Simon, e isso era de doer o coração. Meu cães de guerra, era como o mago de Edron chamava os capitães independentes, e o mago gostava deles, mas o mago tinha uma curiosa preferência para companhias vulgares. Ele podia ser primo do rei Tibianus de Thais, mas Havoc Bohun bebia com prazer com homens como Farz e Totesham, comia com eles, mentia sobre dragões e demônios com eles, matava orcs com eles e Sir Simon sentia-se excluído daquela amizade. Se algum homem daquele exército devia ter sido íntimo do mago, esse homem era Sir Simon, notável campeão de torneios, mas Bohun preferia rolar na sarjeta com homens como Farz.

    - Como está a chuva? – perguntou o mago.

    - Recomeçou – responder Sir Simon, sacudindo a cabeça em direção ao teto da tenda, contra o qual a chuva tamborilava.

    - Vai passar – disse Farz, inflexível. Ele raramente tratava o mago de “senhor”, dirigindo-se a ele como um igual e, para perplexidade de Sir Simon, Bohun parecia gostar.

    - E está apenas cuspindo – disse o mago, dando uma espiada para fora da tenda e deixando entrar um redemoinho de ar úmido, frio. – As cordas dos arcos vão tanger com este tempo, a visibilidade também é um ponto negativo. O acervo de runas está acabando, principalmente de magias arcanas de cura.

    - Runas, eu acho, que ainda não são problemas. Sobre as cordas, as das bestas também irão – interpôs Richard Totesham. – Sacanas – acrescentou ele. O que tornava o fracasso tão irritante era que os defensores de La Roche-Ogre não eram soldados, mas moradores da cidade: pescadores liderados por um rapaz influente na cidade, Bruno, e construtores de barcos, carpinteiros e pedreiros, e até mesmo Blackarch, uma mulher! – E a chuva pode parar – prosseguiu Totesham, mas o terreno vai ficar escorregadio. Vai ser ruim para apoiar os pés debaixo dos muros.

    - Não vá esta noite – aconselhou Vince Farz. – Deixe meus rapazes irem pelo rio amanhã de manhã.

    Havoc Bohun esfregou o ferimento em seu couro cabeludo. Já fazia uma semana que ele atacara o muro sul de La Roche-Ogre, e ainda acreditava que seus homens poderiam capturar aqueles defesas, mas no entanto também sentia o pessimismo entre seus cães de guerra. Mais um rechaço com outros vinte ou trinta mortos deixaria seu exército desanimado e com a perspectiva de voltar para Kabaz, o acampamento thaisense montado próximo à Ponte dos Anões, sem ter conseguido coisa alguma.

    - Repita – disse ele.

    Farz enxugou o nariz na manga de couro.

    - Na maré baixa – disse ele – há uma maneira de contornar o muro norte. Um de meus rapazes esteve lá ontem à noite.

    - Nós tentamos isso há três dias – objetou um dos cavaleiros.

    - Vocês tentaram o lado a jusante – disse Farz. – Eu quero ir rio acima.

    - Aquele lado tem estacas, tal como o outro – disse o mago.

    - Soltas – respondeu Farz. Um dos capitães de Fíbula se inclinou ao ouvir. – O meu rapaz arrancou uma estaca por inteiro – continuou Vince Farz – e acha que umas seis outras irão se soltar ao quebrar. Diz ele que são velhos troncos de carvalho, em vez de olmo, e estão todos podres.

    - Qual é a profundidade da lama? – perguntou o mago.

    - Vai até o joelho.

    O muro de La Roche-Ogre envolvia o oeste, o sul e o leste da cidade, enquanto o lado norte era defendido pelo rio de Sula, e onde o muro semicircular se encontrava com o rio os moradores da cidade tinham fincado grandes estacas na lama para bloquear o acesso quando o nível do rio ficava baixo. Farz estava, agora, indicando que havia um caminho através daquelas estacas podres, mas, quando tentaram fazer a mesma coisa no lado leste da cidade, os homens do mago ficaram atolados na lama e os habitantes da cidade os tinham abatidos com setas. Fora uma matança pior do que os rechaços em frente à porta sul.

    - Mas ainda há um muro na margem do rio – assinalou o mago.

    - É – admitiu Farz –, mas os idiotas bastardos o dividiram em pedaços. Construíram vários molhes lá, e existe um bem perto das estacas soltas.

    - Então seus homens terão de retirar as estacas e subir nos molhes, tudo isso sob os olhares de homens que estão em cima do muro? – perguntou Bohun, cético.

    - Eles podem fazer isso – disse Farz com firmeza.

    O mago ainda achava que sua melhor chance de sucesso era concentrar os arqueiros na porta sul e rezar para que as flechas deles mantivessem os defensores encolhidos enquanto seus soldados assaltavam a brecha, mas no entanto, admitia ele, era esse o plano que tinha fracassado naquele dia e na véspera. E ele sabia que só lhe restava um ou dois dias. Estava com menos de três mil homens, um terço estava doente, e se não conseguisse achar um abrigo, teria de marchar de volta para o sudeste com o rabo entre as pernas. Ele precisava uma cidade, qualquer cidade, até Northport.

    Vince Farz viu as preocupações no rosto largo do mago.

    - O meu rapaz esteve a menos de 15 metros do molhe ontem à noite – assegurou ele. – Ele poderia ter entrado na cidade e aberto a porta.

    - E porque não entrou? – Sir Simon não conseguiu resistir e perguntou. – Pela espada de Banor! – continuou ele. – Quem dera eu tivesse entrado!

    - O senhor não é um paladino – disse Farz, aborrecido, e depois fez um sinal de respeito à Elane, a deusa dos paladinos. Um dos arqueiros de Farz fora capturado pelos defensores, em um ataque cego à um acampamento de Carlin. Despiram o odiado paladino, deixando-o nu, e depois o cortaram em pedaços na defesa, onde os sitiadores puderam ver sua lenta morte. Os dois dedos usados no arco tinham sido cortados primeiro, depois a masculinidade, e o homem berrara como um porco sendo castrado enquanto sangrava até morrer nas ameias.

    O mago fez um gesto para que um criado tornasse a encher as taças de vinho quente.

    - Bem, Vince, não estou tão caduco a ponto de atacar na situação que eu me encontro – disse, ressaltando o ferimento. – A Academia Arcana de Magia em Edron ainda precisa de mim, creio eu.

    Os cães de guerra se entreolharam.

    - Você chefiaria esse ataque, Vince? – perguntou ele.

    - Eu, não – disse Farz. – Eu estou muito velho para vadear por lama pantanosa. Vou deixar que o rapaz que passou pelas estacas ontem à noite os chefie na entrada. Ele é um bom rapaz, mesmo. É um safado inteligente, mas estranho. Ia ser druida, só que me conheceu e tomou juízo.

    O mago estava visivelmente tentado pela idéia. Deixou seu cajado flamejante preso na parede e depois fez um gesto afirmativo com a cabeça.

    - Eu acho que nós devíamos conhecer o seu safado inteligente. Ele está perto?

    - Eu o deixei do lado de fora – disse Farz, e girou sobre o banco em que estava sentado. – Argos, seu selvagem! Venha cá!

    Argos curvou-se para entrar na tenda do mago, onde os capitães reunidos viram um jovem alto, de pernas compridas, vestido totalmente de preto, com a exceção da armadura e da espada vermelha costurada em sua túnica. Todos os soldados de Thais usavam aquela espada de Banor, para que numa luta corpo-a-corpo soubessem quem era amigo e quem era inimigo. O rapaz curvou-se para o mago, que percebeu ter visto aquele arqueiro antes, o que nada tinha de surpreendente, porque Argos era um homem que chamava atenção. Usava os cabelos pretos presos num rabo-de-cavalo, amarrados com corda de arco, tinham um longo nariz ossudo arqueado, um queixo bem barbeado e olhos vigilantes, espertos, embora talvez o detalhe mais perceptível a seu respeito fosse que ele era asseado. Isso e, no ombro dele, o grande arco, um dos mais longos que o mago já vira, e na apenas longo, mas pintado de preto, enquanto montada na barriga externa do arco havia uma curiosa placa de pra que parecia trazer gravado um brasão. Ali havia vaidade, pensou o mago, vaidade e orgulho, e ele aprovava as duas coisas.

    - Para um homem que esteve até os joelhos na lama do rio ontem à noite – disse Havoc Bohun, com um sorriso – você está com uma limpeza de chamar atenção.

    - Eu me lavei, senhor.

    - Vai pegar um resfriado – preveniu-o o mago. – Como se chama?

    - Argos Fall, senhor.

    - Pois me diga o que descobriu ontem à noite, Argos Fall.

    Argos contou a mesma história que Vince Farz contara. Que, depois do anoitece, e quando o nível das águas do rio baixou, ele vadeara pela lama. Encontrara a grade de estacas em mau estado de conservação, apodrecendo e solta, e levantara uma delas, tirando-a do suporte, esgueirara-se pela abertura e avançara alguns passos em direção ao molhe mais próximo.

    - Eu cheguei perto o bastante, senhor, para ouvir uma mulher cantando – disse ele. A mulher estava cantando uma canção que a mãe dele cantara para ele quando ele era pequeno, e ele ficara impressionado com a singularidade daquele fato.

    O mago franziu o cenho quando Argos acabou, não porque não concordasse com alguma coisa que o paladino tinha dito, mas porque o ferimento na cabeça que o deixara inconsciente durante uma hora estava latejando.

    O que você estava fazendo no rio ontem à noite? – perguntou ele, mais para dar a si mesmo mais tempo para pensar na idéia.

    Argos nada disse.

    - A mulher de outro homem – Farz acabou respondendo por Argos –, era isso que ele estava fazendo, senhor, a mulher de outro homem.

    Os homens ali riram, todos, exceto Sir Simon Skeat, que olhou contrariado para o ruborizado Argos. O safado era um simples arqueiro, e no entanto usava uma armadura melhor do que a que Sir Simon podia pagar! E tinha uma confiança que cheirava a descaramento. Sir Simon teve um estremecimento. Havia uma injustiça na vida que ele não compreendia. Arqueiros dos condados estavam capturando cavalos e armas e armaduras, enquanto ele, um campeão de torneios, não conseguira nada mais valioso do que um par de malditas botas. Ele teve um irresistível ímpeto de humilhar aquele alto e tranqüilo arqueiro.

    - Um único sentinela atento, senhor – Sir Simon falou com a linguagem usada em Carlin com o mago, para que somente os poucos bem nascidos que se encontravam na tenda fossem entendê-lo –, e esse rapaz estará morto e nosso ataque se atolará na lama fluvial.

    Argos dirigiu à Sir Simon um olhar firme, insolente em sua falta de expressão, e respondeu em carliniano fluente.

    - Nós deveríamos atacar no escuro – disse ele, e depois voltou-se de novo para Havoc Bohun. – O nível das águas estará baixo pouco antes do amanhecer amanhã, senhor.

    O mago olhou para ele, surpreso.

    - Como foi que você aprendeu carliniano?

    - Com meu tio, senhor.

    - Nós o conhecemos?

    - Eu duvido, senhor.

    O mago não levou o assunto adiante. Mordeu o lábio e esfregou o botão do punho de sua espada, um gesto que indicava estar raciocinando.

    - Tudo bem que você entre – disse a Argos, com um tom de resmungo, Richard Totesham, sentado num banco de ordenhar vaca ao lado de Vince Farz.
    Totesham chefiava o maior bando de independentes e tinha, por isso mesmo, uma autoridade maior que a dos demais capitães. – Mas o que é que você vai fazer quando estiver lá dentro?

    Argos fez um gesto afirmativo com a cabeça, como se estivesse esperado a pergunta.

    - Duvido que possamos chegar até uma porta – disse ele –, mas se eu colocar uns vinte arqueiros dentro do muro ao lado do rio, eles poderão protegê-lo enquanto as escadas são colocadas.

    - E eu tenho duas escadas – disse Farz. – Elas vão servir.

    O mago ainda esfregava o botão do punho da espada.

    - Quando tentamos atacar pelo rio antes – disse ele – ficamos presos na lama. Ela vai ter a mesma profundidade no ponto em que vocês querem chegar.

    - Sebes, senhor – disse Argos. – Eu encontrei algumas numa fazenda. – Sebes eram seções de cerca feitas de salgueiro entrelaçado que podiam servir para um rápido cercado para ovelhas ou ser colocadas por cima da lama para permitir que se ande sobre ela.

    - Eu disse aos senhores que ele era inteligente? – disse Vince Farz, orgulhoso. – Você estudou em Turcthan, não, Argos?

    - Quando eu era jovem demais para saber o que queria – disse Argos secamente.

    O mago soltou uma gargalhada. Ele gostava daquele rapaz e estava vendo por que Farz tinha tanta fé nele.

    - Amanhã de manhã, Argos? – perguntou ele.

    - É melhor do que ao crepúsculo de hoje, senhor. Eles ainda estarão animados ao anoitecer. – Argos dirigiu um olhar inexpressível a Sir Simon, dando a entender que a exibição da bravata estúpida por parte do cavaleiro deveria ter animado o espírito dos defensores.

    - Pois então será amanhã de manhã – disse o mago. Ele se voltou para Totesham. – Mas mantenha seus rapazes concentrados na porta sul hoje. Eu quero que ele pensem que vamos tornar a atacar por ali. – Tornou a olhar para Argos. – O que significa a insígnia no seu arco rapaz?

    - Só um objeto que eu achei, senhor – mentiu Argos, entregando o arco ao mago, que havia estendido a mão. Na verdade, Argos havia cortado do emblema do cálice esmagado que ele encontrara por baixo da batina de seu tio Rob e depois prendera o metal na parte da frente do arco, onde sua mão esquerda havia gasto a prata, deixando-a quase lisa.

    O mago olhou para a placa.

    - Ferumbras?

    - Eu acho que é assim que o animal é chamado, senhor – disse Argos, fingindo ignorância.

    - Não é a insígnia de ninguém que eu conheça – disse o mago, e então tentou curvar o arco e ergueu o cenho, surpreso com a força do arco. Devolveu o arco preto a Argos e dispensou-o. – Eu lhe desejo felicidades amanhã de manhã, Argos Fall.

    - Meu senhor – disse Argos, e fez uma reverência.

    - Eu irei com ele, com a sua permissão – disse Farz, e o mago sacudiu a cabeça e ficou olhando os dois se retirarem.

    - Se nós realmente entrarmos lá – disse ele aos demais capitães –, por Banor, não deixem que seus homens clamem por violência. Mantenha curta as rédeas deles. Eu pretendo ficar com essa cidade e não quero seus habitantes nos odiando. Matem quando tiverem que matar, mas eu não quero uma orgia de sangue. – Ele olhou para os rosto deles, que tinha uma expressão de ceticismo. – Vou colocar um dos senhores como chefe da guarnição aqui, e por isso façam com que a tarefa seja fácil. Mantenham os homens sob controle.

    Os capitães resmungaram, sabendo como seria difícil evitar que seus homens fizessem um saque completo da cidade, mas antes que qualquer um deles pudesse reagir aos esperançosos desejos do mago, Sir Simon se levantou.

    - Senhor? Um pedido?

    O mago deu de ombros.

    - Pode fazer.

    - O senhor deixaria que eu e meus homens liderássemos o grupo que levará as escadas?

    O mago pareceu surpreso diante do pedido.

    - O senhor acha que Farz não vai conseguir sozinho?

    - Estou certo que vai, senhor – disse Sir Simon, com humildade –, mas ainda assim eu solicito a honra.

    É melhor Sir Simon Skeat morto do que Vince Farz, pensou o mago. Fez um gesto afirmativo com a cabeça.

    - Claro, claro.

    Os capitães nada disseram. Que honra haveria em ser o primeiro a entrar num muro que outro homem tinha capturado? Não, o bastardo não queria honra, queria estar bem colocado para localizar o mais rico espólio da cidade, mas nenhum deles traduziu em palavras o seu pensamento. Eles eram capitães, mas Sir Simon era um cavaleiro, embora sem um tostão.

    O exército de mago ameaçou um ataque pelo resto daquele curto dia de inverno, mas o ataque não aconteceu e os cidadãos de La Roche-Ogre tiveram a coragem de esperar o pior de sua provação acabara, mas fizeram preparativos para caso de os thaisenses tentarem de novo no dia seguinte. Contaram as setas de bestas de que dispunham, empilharam mais pedras nas defesas e alimentaram as fogueiras que ferviam os caldeirões de água que eram despejados sobre os thaisenses. Enquanto os patifes, tinham dito os padres da cidade, e os cidadãos gostaram da piada. Eles estavam ganhando, isso eles sabiam, e imaginavam que seu sofrimento deveria acabar em breve, porque não havia dúvida de que os thaisenses ficariam sem comida. Tudo o que La Roche-Ogre tinha de fazer era resistir e depois receber os elogios e os agradecimentos da Rainha Eloise.

    A chuva fraca parou ao cair a noite. Os habitantes da cidade foram para a cama, mas deixaram as armas prontas. As sentinelas acenderam fogueiras vigília por trás dos muros e olhavam para o escuro.

    Era noite, era inverno, fazia frio e os sitiantes tinham uma última chance.

    Sem mais;
    Asha Thrazi!
    Última edição por Kaoh; 06-12-2006 às 21:18.
    Langobardis
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    "Posso não concordar com o que dizes, mas lutarei até a morte pelo direito de dizê-lo" Mestre Voltaire

    Asha Thrazi!

  7. #7

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    Muito booooooooooom! Só quero ver o próximo capítulo! XD

    E pessoal, vamos colaborar, comenteeeeeeeeeeeeeeem!

    PS:

    No msn...

    Agora eu pago pau pro mestre Dalborga! \,,\ diz:
    previsão para o´próximo capítulo? XD
    ' ·#·$1 Bruno / KaOH ·$4,1[OFF]
    fds q vem ow se eu receber mto amis comentarios q o normal
    ' ·#·$1 Bruno / KaOH ·$4,1[OFF]
    xD


    Por isso pessoal, vamos colaborar!

  8. #8

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    Olha cara, eu num sei como que anda essa história... quer dizer, eu num sei se já a terminou ou se ainda vai terminar, porque eu só li até o capítulo 10, quando a vila de Filars Poll é atacada pelos Carlinianos e Foldianos.
    Nossa, eu li 10 capítulos de uma vês, sem parar, começando enquanto runava a noite e virando a manhã, e continuando depois de sair de Tíbia. A história realmente me pegou pra valer.
    Bom, mas voltando ao meu raciocínio, eu li até o capítulo 10 e gostei muito, vc realmente escreve muito bem e a história realmente prende, vc está de parabens. Como dizemos e Solera: GRATZ
    Infelizmente o sono hoje venceu a batalha, então eu continuarei a partir do Capítulo 11 depois, mas se a história ainda não terminou (eu num sei pq eu num quiz ir adiante pra ver), a continue. Se vc já terminou, que bom, assim evita o suspense:riso:.
    Flw cara, agora eu vou nessa, mas estou ansioso pra saber como continuar

    PS.: Maneiro, extreei uma página
    Última edição por Edomon Dominatrus; 22-01-2007 às 09:59.

  9. #9
    Avatar de Guilherme Bastos
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    Volta em grande estilo do melhor RP deste forum...e claro com as FAMOSAS partes mais picantes xD
    Capitulo muito bem detalhado,principalmente na parte em q a Jeanette entra na sala do duque (qnta vela!!!).
    Fora os poucos erros de digitação e a tal palavra q poca gente deve ter entendido (existe "escreventes" mesmo?) mais uma vez parabens pra voce Kaoh


    Sem mais,
    Bastos

  10. #10
    Avatar de tio porkz
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    eu consegui fazer a proeza de ficar de p@u duro nesse capitulo,credo.
    Se eu fosse a jeanette eu mordia o pau do velho e rancava ele...haushauhsUHuhauashUAHSUahsAUSHAshaUSHAushaUH SA
    Outro otimo capitulo escreva mais

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