Essa é a graça... Ler o que você escreveu aí em cima.Postado originalmente por Fire Devil
De qualquer jeito é melhor eu demorar 5 dias agora enquanto eu escrevo os outros do que demorar 2 semanas pra escrever depois.
Então, pelos pedidos, aí vai:
Capítulo 5 – Pensamentos.
O dia seguinte amanheceu conforme Fafnar e seu irmão Suon surgiam no ar, o movimento pelas ruas de Rookgaard crescia. O alvoroço dos aventureiros que se levantavam para mais um dia de caça pelas terras da ilha já era ouvido no andar de cima da biblioteca, pelos ouvidos do jovem Argos.
- Bom dia rapaz! – uma voz ecoou pelo interior do garoto, uma pontada rachou sua cabeça. A dor era intensa.
- Olá... – a sensação era que sua voz só havia saído da sua boca alguns segundos depois que ele tinha pronunciado. Seus olhos se mantinham cerrados, não tinha força para abri-los.
- Se recuperou muito bem, algumas pessoas acharam que seu caso estava perdido e precisaram de minha ajuda. Eu não esperava que você fosse acordar em tão pouco tempo, Argos. Fora submetido a muitas mágicas fortes, eu estive aqui desde o dia do acidente rapaz. – as palavras vinham de algum lugar, de muito longe. Tentando associar as palavras o garoto sentia outra pontada que tentava rachar seu crânio, sem sucesso. – Creio que hoje será o ultimo dia que eu irei cuidar de você, meu navio chegará amanhã e eu voltarei para o continente. É provável que Cipfried cuide de você quando eu for, acho que em cinco dias você estará pronto para se enfiar por aquelas cavernas novamente.
Como um flash, o minotauro tornou a surgir na sua visão. A maça em seu punho o ameaçava enquanto seu corpo tremia, sua clava havia escapado de sua mão. Uma luz forte vinha de uma fogueira enquanto um homem gritava, batendo com sua maça contra um grupo de orcs que o cercava. O homem sangrava muito, e abateu um orc que estava a sua frente. O medo de Argos era tanto que suas pernas não se mexiam, queria poder ajudar aquele homem que fora tão importante para ele nesses dias que haviam passado.
Então o homem começou a andar na sua direção e o minotauro o acertou sem dó, a maça bateu contra a sua cabeça enquanto seu elmo se perdia pela caverna e o homem tombou. Donovan Skyhole não demonstrava mais nenhum sinal de vida, o rapaz gritava seu nome mas seu mestre não respondia, o minotauro tinha matado o homem que ensinara quase tudo que o jovem Argos sabia sobre a batalha. O minotauro ergueu a maça e o garoto fechou os olhos, um calafrio percorreu toda sua coluna quando o barulho da maça cortando o ar chegou ao seu corpo em uma dor que ele nunca sentira: a maça havia acertado seu braço, a dor era tanta que Argos agora escorregara pela parede e gemia de dor, enquanto seu membro sangrava. Lágrimas escorriam pelo rosto do garoto quando ele tornou a abrir os olhos, com a mão sobre o ombro esquerdo pelo qual era possível sentir a rigidez do seu osso.
Foi então que o minotauro rugiu. Três orcs acertavam com suas armas o corpo de todo o minotauro que então virou contra os orcs acertando a costela direita de um deles, que tombou. Argos então começou a rastejar na direção da mesa improvisada, onde havia um Troll morto, sua cabeça destruída com marcas de uma ferradura, o ódio era superior à dor que seu braço provocava a ele, era sua luta pela vida. Os orcs continuaram a enfrentar o minotauro que rugia a cada movimento enquanto Argos se aproximava do Troll, em busca de uma arma. Foi então que o minotauro acertou contra o peito do outro orc, que caiu sobre a mesa. O orc restante então cravou a espada contra o ombro do minotauro que rugiu e quebrou a cabeça da criatura que havia o ferido, batendo com a maça. Desequilibrado o minotauro deu alguns passos para trás e foi parado pela lâmina afiada de uma lança que Argos havia apoiado contra a parede, segurando firme com o braço direito.
O minotauro rugiu novamente, e sem forças cambaleou até cair contra a parede da caverna. O garoto então via o minotauro ali, sem ter como enfrentar com sua fúria e seus músculos a morte que acabara de chegar. A maça escorregou da sua mão e seus olhos se fecharam com um ultimo suspiro. O garoto então fechou os olhos ao sentir a dor do seu braço se espalhar por todo o seu corpo, e deixou seu corpo cair.
Sentiu sua cabeça partir novamente quando duas mãos tocaram seu peito.
- Donovan... – o rapaz precisava saber se era verdade.
- Sim meu jovem. Sinto muito. – tornou a ecoar a voz por toda a cabeça do rapaz – Mas não se culpe, você é apenas um garoto. Têm muito a aprender e tem um grande potencial, poderá se vingar rapaz.
A voz do homem tornara a ecoar pela sua cabeça quando o rapaz se sentiu seguro, as mãos saíram do seu peito e ele se sentiu melhor, a dor agora não era tão intensa. Lágrimas desceram pelo rosto do rapaz enquanto ele abria os olhos, imagens embaçadas e fora de foco começaram a surgir.
- Depois de nove dias você tornou a abrir seus olhos, Argos Fall. – a voz vinha de uma imagem embaçada a sua frente, que estava começando a tomar tonalidade. – Bem vindo de volta.
- Antes de tudo, senhor... – os olhos espremidos ao sentir a dor rachar seu crânio outra vez – Obrigado por me curar.
- É uma honra para um jovem Druida de Crunor.
O garoto então pode ver o druida. As longas vestes brancas se estendiam até onde a cama permitia que o garoto visse, próximo ao seu joelho. Carregava o brasão de Crunor costurado ao peito, um ar de respeito pairava sobre aquele homem. Tinha os cabelos muito bem aparados e um rosto amigável, um pouco velho.
- Bem, tenho que ir porque tenho alguns assuntos a resolver com o velho e bom Seymor. Foi um prazer cuidar de você, Argos. – comentou, com um sorriso no rosto.
Argos tentou retribuir o sorriso mas não soube se seu sorriso havia sido realizado com sucesso, cada músculo que ele tentava mover era um pedaço a menos do seu crânio.
- Obrigado por salvar minha vida senhor.
- Como eu disse, foi uma honra. – então o homem se virou e caminhou até a porta. O bastão em sua mão começou a ser circulado por correntes elétricas no exato momento que o druida tocou a maçaneta da porta – Ainda iremos nos ver rapaz, que seja no continente então. Talvez eu tenha a chance de salvá-lo da morte pela terceira vez. – e sorrindo, saiu batendo a porta.
Perdidos em pensamentos e pensando no que o druida acabara de dizer, totalmente confuso, Argos foi perturbado com imagens de um homem que saltava sobre um rapaz de cabelos negros e olhos verdes assim como ele, uma armadura da guarda real de Thais e uma espada brilhante em punho. O rapaz bloqueava os golpes que vinha de um homem com vestes longas, atacando com um bastão. Na extremidade do bastão havia um crânio encantado magicamente que desferia golpes poderosos. A batalha se seguia quando um tiro negro acertou o peito do cavaleiro de Thais que caiu no chão, e em seqüência recebeu um golpe com o Bastão da Caveira no peito. Fraco, tentando se levantar, o homem de vestes longas gargalhou e murmurou algumas palavras:
- Exevo Gran Mas...
Os olhos pesados de Argos lutavam para se manter acordados, porém o jovem adormeceu. E com ele foram todos seus pensamentos, vontades e imagens. E com isso, a única lembrança que tinha de Edgar Fall, seu pai.
Sem mais;
Asha Thrazi!![]()
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