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Medo e Fe [REMAKE]
Ola galerinha!
Ok, voces devem estar se perguntando (ou nao) algumas coisas. Primeiro, quem sou eu? Que historia e essa? E por que um remake? E por que nao tem acentos?
Pois bem, eu sou Riuberius, um antigo usuario desse forum. Cheguei a escrever algumas historias, mas nenhum delas foi pra frente (basicamente porque sou um Togashi da vida e paro meus projetos na metade). Por fim, comecei a historia "Darizus e o Mago", minha mais duradoura, mas que tambem parou. Como evolui como escritor, decidi fazer um remake chamado "Medo e Fe", mas o mesmo nao passou do prologo (que mais parecia um capitulo hue). Por fim, decidi começar do zero novamente, trazendo aqui nao um prologo, mas o primeiro capitulo da historia que sera baseado naquele prefacio antigo so que melhor (ao menos eu acho). Nao sei se o forum esta ativo ou nao, e honestamente o feedback e a atividade aqui irao me influenciar a continuar ou nao. Entao se voce se interessou ou quer fazer alguma critica (construtiva please) ficarei grato se comentar!
E por ultimo mas nao menos importante: os acentos. estou colocando essa mensagem posteriormente, pois ocorreu um bug estranho e aparentemente todos os acentos que coloquei foram substituidos por simbolos. Ficou bem dificil de ler, entao eu estou editando o cap aos poucos para tirar todos ate saber como resolver esse bug. Prefiro "assassinar" o portuges do que fazer voces lerem a linguagem deepling q
Mas enfim, sem mais enrolaçoes... O capitulo!
Medo e Fe
Capitulo I
Era uma noite fria na cidade de Thais. O céu estava limpo, permitindo que a lua cheia clareasse cada ponto da cidade, ainda que muitas lâmpadas quebradas falhassem em fazê-lo. Nem mesmo os poucos bares que ficavam abertos até tarde estavam funcionando. Afinal, todos estavam se preparando para o grande Dia do Rei.
Decorações já estavam sendo espalhadas pela cidade. Alguns balões, luzes coloridas, confetes, qualquer item lúdico que exercitasse a imaginação dos habitantes de Thais já enfeitavam a mesma, mas os preparativos estavam longe de serem acabados.
Já perto da madrugada, o grande mago da corte Trimegis acordava em um piscar de olhos, como se acabasse de ter um pesadelo. Seu quarto estava escuro, já que as janelas estavam fechadas e as velas apagadas. A pouca luz que podia ver vinha da sala, pois a mesma era iluminada pelo luar e a porta que levava até o cômodo estava aberta e podia ser vista da cama. Trimegis sentava-se, suspirando.
Tratava-se de um homem de estatura mediana. Sua barba e cabelo eram da cor cinza e os pelos eram crespos. Também tinha um corpo bem peludo, que qualquer um podia ver naquele momento, já que estava sem camisa, vestindo apenas ceroulas brancas. Tinha uma barriga flácida, o que era de se esperar já que não era um atleta, muito pelo contrário na verdade. Os olhos verdes mas com pouca luz do homem olhavam para o lado e viam um dos maiores segredos do mago: Clair, uma de suas alunas. A jovem tinha cabelos loiros e cacheados e corpo magro, e estava deitada nua (porém coberta) ao lado do homem. Trimegis não queria que ninguém soubesse do caso deles. Sua reputação como mago da corte era muito nobre, mas ele não a julgava tão grande a ponto de deixar de aproveitar seus desejos. O homem se levantava e suspirava, como se lá no fundo se sentisse culpado de seu estado. Mas ele logo removia qualquer pensamento depreciativo da cabeça da mesma forma que alguém soprava um punhado de poeira de uma mesa suja.
O homem por fim se esticava e se aproximava da sala, mantendo a porta de seu quarto aberta. Estava muito cansado com todo o trabalho de preparação da Festa do Rei. Afinal de contas, era ele quem iria invocar as criaturas que iriam entreter o povo nas arenas. O festival estava se aproximando.
Ao aproximar-se da sala de estar, ele logo se deparava com uma outra velha companheira: uma garrafa de vinho thaiano, pronto para ser bebido. O recipiente já na metade, mais que suficiente para fazer Trimegis esquecer das preocupações. Assim ele pegava a garrafa já aberta e a bebia direto do bico, quando por fim ouvia uma voz vinda da direção da janela.
— Vejo que o velho Trimegis não é mais o mesmo... — Dizia a voz em um tom sarcástico.
Ao se virar, Trimegis via uma figura encapuzada de pé na janela. Sua capa era marrom escura, e apenas sua barba branca grande (que chegava até abaixo da cintura) podia ser vista claramente. O mago da corte imediatamente largava a garrafa de vinho, e por algum motivo não ouviu o som dela quebrando. Ele abria a mão direita e apontava a mesma para o homem, e colocava a outra em seu ombro, lançando uma magia de fogo que saÃ*a da palma de sua mão, indo em direção Ã* figura. As chamas iluminavam o local, parecendo vir da boca de um dragão. Porém, as chamas logo paravam de se mover e ficavam suspensas no ar no momento em que ficavam de frente para a figura misteriosa, dividindo-se em várias pequenas bolas de fogo que se espalhavam pelo quarto e iluminavam os candelabros que ali se encontravam.
Trimegis ficava espantado com aquilo, e logo percebia que a garrafa de vinho estava levitando, logo retomando o seu lugar na mesa da sala. Ele olhava perplexo para a cena, percebendo que aquele homem não só era um mago, mas um bem poderoso. Decidia interrogá-lo, ao invés de lançar outro feitiço. No entanto, ele ainda mantinha-se preparado para lançar outro ataque se assim fosse necessário.
— Quem é você? E o que faz aqui?
O mago falava de forma ansiosa , quase gaguejando.
— Ora, será que pode não reconhecer um velho amigo seu? Não seja rude, Trimegis.
Ao que Trimegis respondia:
— Amigo? — Ele indagava, indignado. — Não tenho amigos, só colaboradores. Agora me diga quem você é!
— Você deveria ser mais agradecido, Trimegis... Afinal, foi por conta da morte de seu antecessor que você está aqui agora. — A figura falava, parecendo olhar para cada canto do quarto luxuoso do homem.
Trimegis arregalava os olhos. Não parecia acreditar no que estava ouvindo e pensando. Suas pernas estremeciam um pouco, mas ele fazia um bom trabalho em esconder aquilo.
— Não pode ser... Você!
A figura encapuzada sorria, e dessa vez sua expressão podia ser muito bem vista.
— Finalmente, estava começando a achar que sua memória havia sido afetada pela idade.
— Mas como? Você deveria estar preso naquela ilha agora mesmo!
— Digamos que eu tenha meus segredos, mas não vim falar disso agora.
O mago da corte se irava, sem saber o que fazer. Sabia que se fosse quem ele realmente estava pensando quem era (algo que a figura não parecia negar) ele não teria chances de contê-lo assim.
— Guardas! — Trimegis gritava, furioso. Mas a figura encapuzada negava com a cabeça.
— Tsc tsc tsc. Não vai adiantar, velho Trimegis. Eu coloquei um feitiço silenciador aqui. A maioria dos guardas está dormindo ou com alguma mulher de qualquer forma. E não vejo como eles te ajudariam a me expulsar daqui. Você, mais do que ninguém deveria saber disso.
Trimegis permanecia no limiar entre o medo e a fúria. Não podia deixar de pensar que aquilo era apenas um terrÃ*vel pesadelo. No fundo, temia pela sua vida, acreditando que poderia sofrer o mesmo destino que seu antecessor. No entanto, a figura encapuzada prosseguia, como se pudesse ler os pensamentos de Trimegis.
— Não se preocupe, eu não irei matar você.
Ao que Trimegis respondia imediatamente, não contendo sua voz:
— Então o que quer?
O mago encapuzado então se sentava na janela, como se aquela fosse a sua casa e ele tivesse que explicar algo longo. Ficava de pernas cruzadas, e por fim iniciava sua explicação.
— Eu vim destruir aquilo que deve ser destruÃ*do e preservar o que deve ser preservado.
Ao arquear a sobrancelhas, Trimegis imediatamente respondia.
— Sabe, não tenho interesse em falar de enigmas agora. Seja direto!
— Eu não posso lhe explicar tudo agora, mas logo você entenderá. Se cooperar, é claro... Sabe, eu não vim aqui para te eliminar. Meus métodos mudaram. Quero que você se una a mim. Você tem a confiança do rei, seria um ótimo espião.
O mago da corte parecia indignado com o que a figura falava, tanto que mal havia percebido que nem estava mais em posição de ataque.
— O que? — Ele ria de forma cÃ*nica. — Acha mesmo que eu me uniria a você? Eu teria te matado quando tive a chance! Mas aqueles malditos edronianos queriam te usar como rato de laboratório!
A figura encapuzada dava uma risada abafada.
— Ora, não seja tão cruel. Vamos, todos nós temos um preço. E vejo que você é bem pago...
Aquela citação parecia ter pego Trimegis de surpresa, fazendo-o cerrar os punhos. Não demorou muito até o homem sentado na janela prosseguir.
— O que o Rei te ofereceu, velho Trimegis? Dinheiro? Poder? Vinho? — A figura falava a última palavra olhando para a garrafa de vinho thaiano, e então continuava. — Ou...
Neste momento, a porta do quarto se abria ainda mais. Vestindo um robe branco, a jovem Clair estava saindo do cômodo, chamando a atenção dos dois homens.
— Professor? — Ela indagava, coçando os olhos e bocejando, até perceber a figura ali e se assustar, dando um grito e tapando a boca.
Então, a figura sorria de canto e prosseguia o que ia falar.
— Mulheres? — Sua fala expressava cinismo, como se estivesse se divertindo com tudo aquilo.
Trimegis não parecia tão preocupado de imediato, como se estivesse em um transe. Era difÃ*cil dizer se estava sendo convencido pelo que o homem falava, ou se estava considerando aquilo. Mas por fim ele se virava para ela e apontava.
— Volte para o quarto! Eu cuido disso! — Ele ordenava. Era difÃ*cil saber se estava preocupado com a garota ou se não queria ser visto assim, ou um pouco de cada coisa. De todo modo, no momento em que a garota obedecia e fechava a porta, Trimegis lançava um feitiço na direção da mesma, que parecia criar um escudo azulado (mas quase transparente) protegendo a mesma. O mago tornava a olhar seu visitante, ainda deixando-o falar.
— Mas acredite... Eu posso ser muito generoso com meus subordinados fiéis. Já nem o chamo de servo, Trimegis, você pode ser meu colaborador. Acabe com as amarras nas quais você foi sujeitado. Você se vendeu para uma linhagem que diz ser descendente direta de Banor... Tolice! Apenas uma desculpa para a dominância. O que o rei te ofereceu? Se você quer ouro, eu te darei todas as minas de Kazordoon. Se quer vinho, te darei toda a safra de Ab'dendriel. Se quer mulheres, Carlin inteira será sua... Tudo isso se aceitar se juntar a mim.
— A figura falava estendendo a mão. Seu discurso e sua forma de falar eram sedutores, a ponto de aparentemente deixarem o mago sem respostas. Ele no entanto olhava para a mão aberta do homem e não correspondia, ainda que não negasse. Talvez seja porque no fundo acreditasse que aquilo tudo era um sonho. A figura encapuzada sorria, recuando a mão e ficando de pé. — Muito bem, entendo sua reação. Sei que é muita coisa para pensar... Façamos o seguinte, o Dia do Rei está próximo não é? Será uma boa data para nos reunirmos, quando todos estiverem ébrios e distraÃ*dos... Você tem até lá para pensar. Você saberá onde me encontrar.
Por fim, Trimegis finalmente decidia tornar a falar. Seu tom era incrivelmente calmo, quase desprovido de emoção.
— Como saberei se está falando a verdade?
Ao que a figura respondia, após mais uma risada.
— Você não sabe... Assim como não sabe o que acontecerá se estiver deste lado do tabuleiro quando as peças começarem a se mover. A peça que se mover primeiro, vence.
Assim, o vinho que estava na mesa começava a levitar novamente, aproximando-se do homem. Algumas jóias que estavam no quarto também faziam o mesmo.
— Levarei isso como prêmio de consolação por todo esse trabalho . Nos vemos logo, Trimegis... — O homem falava com uma certeza sórdida, e o mesmo logo era envolto de chamas brilhantes, e em segundos tanto ele quanto o fogaréu iniciado sumiam de vista.
O mago suspirava, virando na direção do quarto como se fosse um zumbi, seguindo até a porta e cancelando o feitiço de proteção. Abria a mesma e se aproximava da jovem estudante, que estava acordada. Ele então dizia:
— Não conte a ninguém o que viu, entendeu?
Ela assentia, ainda um pouco chocada, enquanto Trimegis fechava os olhos e caia duro na cama, esperando que tudo aquilo fosse só um terrÃ*vel sonho.
— Se não... Vou fazer com você aquilo que te ensinei hoje. — Ele completava de forma assustadora, já deitado. E por fim, dormia.
- - - Atualizado - - -
Gente, eu realmente peço desculpas pelos erros bizarros no texto. Não estou conseguindo editar isso. Será que tem a ver com eu copiar e colar direto do word?
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