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Tópico: Bloodoath

Visão do Encadeamento

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    Padrão Capítulo 3 - Akumonogatari V

    Citação Postado originalmente por Neal Caffrey Ver Post
    Salve, quebrada. Carlos, desculpe pela demora, irmão. O que você tá sabendo, já tá sabendo, então não vou chover no molhado.

    Por vezes, fico curioso. Existem os momentos em que encaro o detetive como um paciente do sanatório. Em outros tantos, entendo que ele está ali pra trabalhar. Ele sai da cena da sanidade e retorna pra cena da sanidade em transições muito sutis. Esses são os pontos altos desses últimos capítulos: não sabemos se Redeater está ali ou não, se ele está sóbrio ou não, se ele sofre as influências do local ou não, se ele está morto ou não. Como disse pra ti em inúmeras outras oportunidades, são circunstâncias interessantes que tornam os seus capítulos sempre muito únicos, apesar de a temática, sempre rica, manter a mesma linha. Parabéns por isso.

    Gostaria de realçar a questão da narrativa no presente. Já disse antes, mas vou repetir: não consigo fazer isso, e tu fazes muito bem.

    Aguardo pelo próximo, irmão. Desculpe pela ausência, mais uma vez.
    Grande Neal. Devo salientar que essa sensação de você não saber se o Redeater está são ou não deve durar mais do que você imagina. Ademais, essas impressões são causadas simplesmente por causa do cenário que é esse manicômio. Mesmo ficar lá por pouco tempo o faz questionar a própria sanidade, e eu diria que também tive a intenção de passar isso pro leitor.

    Obrigado por todos os elogios e espero que goste desse final de arco!









    Vamos seguindo. Estamos chegando perto de revelações importantes, mesmo pro começo da história. Sei que estava tudo muito oculto até agora, mas os horizontes logo vão se abrir. Adicionar o arco do manicômio agora no começo, quando não sabemos direito como é o cenário da história, foi uma jogada minha pra tornar esses primeiros capítulos mais imersivos. Espero que tenha dado certo!


    Espero que gostem do capítulo!





    No capítulo anterior:
    Redeater encontra Uldin morto em sua sala e o mesmo homem velho de antes, falando coisas confusas para o detetive. Mais tarde, ele busca respostas a respeito de Lana e encontra uma pequena biblioteca com um livro estranho com declarações a respeito do Credo, e tenta levá-lo consigo para investigá-lo, mas é nocauteado no processo. E ao perguntar no dia seguinte para Lana o que ela é, ele é jogado a um outro lugar, onde se encontra com um Sangrento.






    Capítulo 3 – Akumonogatari
    Parte 5




    O manicômio de St. Olias era uma armadilha.

    Redeater está de frente para um dos sangrentos mais poderosos que já foi obrigado a enfrentar. Embora não sentisse nervoso, medo ou apreensão, seu próprio corpo dizia inconscientemente que uma luta é inevitável, e que essa luta o deixaria em sério risco de morte. Está no território inimigo e qualquer movimento em falso será o fim de tudo.

    A sua frente, está algo que muito provavelmente não pode ser chamado de homem. É alto, tem o mesmo capacete peculiar que cobre seus olhos e nariz, e os poucos resquícios de pele ao redor da sua boca são pálidos e sem cor. Embora esteja vestido como o gerente estava antes, com o terno e calças amarelas com listras finas e escuras, seu físico é muito mais trabalhado que o de Uldin. A marreta intimidadora em suas mãos, que estão juntas nas suas costas, confirma ainda mais que aquilo não é humano.

    As respostas chegam pouco a pouco para Redeater. O quebra-cabeça começa a se resolver.

    — Masgaratt. Dispenso as boas vindas.
    — Não estou surpreso que tenha resolvido isso daqui. Bem, tem anos que eu conheço você, detetive. Somos quase como irmãos separados, conhecendo tão bem um ao outro. Então eu estava esperando que conseguisse.
    — Deixa eu ver se entendi... — Disse Redeater, cruzando os braços, e pondo uma das mãos no queixo logo em seguida — Isso tudo é uma ilusão criada para capturar alvos, pessoas deixadas aqui. Elas seriam usadas para alimentar o Órgão e deixá-lo ativo por mais tempo. Estou certo?
    — Totalmente. Como esperado.
    — E Lana foi basicamente a isca para que eu descobrisse isso. Se não fosse por ela, eu jamais iria reparar nessas sutilezas.

    Masgaratt balança seu corpo de um lado a outro, enquanto mantém-se pensativo.

    — Essa... “Ilusão” foi criada com um esforço significativo. Nós não somos mais tão fortes quanto antes, mas somos melhores em muitos pontos. E menos agressivos.
    — E eu fui o único que percebeu esses detalhes.
    — Graças a mim. Olha só! Pareço até um agente infiltrado, trabalhando pro meu irmão mais novo. Você descobre tantas coisas através de mim que eu fico até encabulado. O que meus irmãos diriam? Que sou um traidor? Que trai o viajante?

    Redeater fica atento com a última palavra, e mais em dúvida.

    — Quem é o viajante?
    — Uau! Nós nos conhecemos há quase dez anos e eu não te contei ainda? Bem, regozije-se. Contarei agora mesmo a respeito dele.

    O detetive está mais atento ainda, mas se esforça em não colocar toda a sua atenção em Masgaratt. Não pode cair em outra armadilha de novo.

    — Assim que você me contar quem é Lana.

    Finalmente o mascarado se vê surpreso, depois de tudo que já viu.

    — Maldita cria sem dono, você e todos os outros. Não há como vocês terem sido criados por Zathroth, e pra ser sincero, eu já estou de saco cheio de vocês. — Disse Redeater, puxando sua pistola de dentro de seu casaco, e realizando ao mesmo tempo que não possuía mais das runas que permitia que ele assumisse a forma de outra pessoa. Belo timing, pensa ele, por um instante.
    — Finalmente te deixei nervoso?
    — Quem sabe. — Disse, apontando sua pistola para Masgaratt — Agora, vá pro vazio.
    — Isso não existe para nós. — Responde o outro, finalmente tomando posição de ataque.
    — É o que veremos.

    Redeater atira mais de uma vez contra Masgaratt, que desvia da maior parte dos disparos de chumbo, sendo um deles defendido por sua marreta. Quando ele finalmente consegue chegar perto do detetive, o próprio realiza que não vai conseguir desviar do golpe que irá levar na lateral esquerda do seu corpo.

    Entretanto, o golpe atravessa seu corpo, indo parar na parede, sem uma gota de sangue sequer.

    Surpreso, ele se afasta devagar, apenas pra reparar que Masgaratt está ignorando-o. Quando olha para os lados e para trás, vê o mesmo cenário das paredes de carne, veias e articulações, mas também vendo ele mesmo lutando, desviando dos golpes da marreta de Masgaratt, enquanto recarrega sua pistola e atira precisamente, errando por pouco. Ao olhar pra frente de novo, o corredor está exatamente do jeito que estava antes de perceber a armadilha onde caiu.

    Ele olha pra trás mais uma vez e não vê mais os corredores de carne, tampouco ele mesmo lutando contra o Sangrento. Está de volta no que parece ser a ilusão de antes. Mas não sabe se é uma ilusão, o mundo real, ou se o lugar onde viu Masgaratt que era a verdadeira ilusão.

    Confuso, ele olha para a própria mão e vê a sua pistola de design pouco moderno, e pelo cano e câmara quentes, ele realiza que realmente atirou antes, mas não consegue ver os buracos das balas que disparou nas paredes.

    — Deixe-me explicar, detetive.

    Redeater vira-se para trás em menos de um segundo, apontando sua arma na direção da voz. Ele vê o homem negro de antes, com sua barba grisalha e mal feita e sua quase ausência de cabelos, totalmente estragados pela calvície, bem como as suas vestimentas surradas, compostas de uma calça marrom com suspensórios vermelhos e uma camisa branca e velha.

    — Aquilo era uma ilusão. Estamos em Tibia agora. Posso explicar mais coisas, mas seria melhor se você abaixasse sua arma e se acalmasse.
    — Pra quê? Não vai te matar mesmo. — Responde o detetive, de forma atravessada e agressiva. O camponês velho respira fundo.
    — Dessa vez, irá. E pra você entender o porquê, precisa se acalmar e me escutar.

    O detetive, obviamente, está em dúvida. Não sabe em quem acreditar, e mal acredita que está tão preso e afundado até o pescoço como está agora. Desde o começo, nada daquilo passou pela sua cabeça, e nem nos seus maiores devaneios ele pensaria naquela situação. De fato, tudo aquilo desafia seu intelecto e capacidades investigativas, principalmente sua capacidade de se manter concentrado no que está acontecendo.

    — Explique, então. — Disse o detetive, na tentativa de não se perder.
    — Não aqui. Peço que me acompanhe, mas, por favor, abaixe essa arma antes. Não gosto desses dispositivos modernos e tenho medo que possam acabar gerando um acidente.
    — Não vai. Ela foi reconstruída por mim. E sou bem competente no que eu faço.

    Mesmo preocupado e desconfiado, o homem concorda e levanta as mãos enquanto passa pelo detetive, buscando não ser atingido. Ele anda pelo corredor com os braços ainda levantados, buscando mostrar sua falta de intenções ruins.

    Ambos descem as escadas para o terceiro andar. Eles pegam outro corredor, um tanto familiar para Redeater. O detetive parece saber pra onde está sendo levado, e não se surpreende.

    Só se surpreende quando o velho abre as portas de correr e percebe quem está lá dentro: Lana. De pé, ao lado do sofá onde o detetive a viu passar pela primeira vez. Ela está aflita, mas luta para esconder isso. Afinal, ela provavelmente não sabe quem é Redeater, nem porque ele ameaça o velho. Ele manda o outro sentar-se no sofá, mantendo ambos sobre seu olhar.

    — Comece. Não estou com muita paciência, então seja rápido.
    — Certo. — Murmura o velho, um pouco decepcionado e triste. Ele mexe no suspensório de sua calça e ajeita sua camisa, tudo buscando conseguir tempo pra saber como começar a falar.

    Redeater trava e destrava sua arma, buscando mostrar sua impaciência e ao mesmo tempo apressar o homem.

    — Você sabe quem é São Olias, não é? Ele se tornou um santo, canonizado pela mesma igreja que costumava apenas casar tibianos, mas que ganhou uma influência assustadora nos últimos anos nas regiões centrais dos impérios que aceitaram o estilo de casamento que chamam de “cristão”, e que eu particularmente desconheço a origem. Eles se referem a um homem que foi crucificado injustamente no passado, e que todas as pessoas, mesmo que não devotas a crença de sua santidade, mas que tiveram fins injustos como o dele, acabam tendo a chance de serem canonizadas também, desde que entrem com um pedido por isso.
    — Tenho alguma ciência a respeito.
    — Quem pediu pela canonização dele foi o pai de Olias. Ou seja, eu.

    Redeater engole em seco.

    — Veja... Posso ter parecido uma criatura estranha ou algo do tipo antes, mas isso é culpa de algo que levou meu filho a se afastar de mim... Meu transtorno de personalidades. Eu possuo três. Você viu uma. Está vendo outra agora, e provavelmente não verá a terceira, pois ela morreu comigo, e não veria de qualquer maneira, pois ela desperta em certas condições. Enfim, de forma resumida... Sou um espírito.

    Redeater faz uma careta. Ouviu falar muito de pessoas com condições assim, mas nunca viu uma de perto.

    — Entendo. Uma anormalidade, assim como Lana.
    — Lana é um caso a parte.
    — Velho... Não me enrole.

    Lana aperta cada vez mais o vestido oliva-claro que utiliza com as mãos.

    — Lana... É o próprio manicômio. O desejo de Olias, quando morto na guerra.
    — Uma filha?
    — Exatamente.

    O silêncio cobre a sala por algum tempo.

    — A criatura que surgia pra matá-la sempre que você ia atrás dela é um contra-ataque do falso manicômio de São Olias, ou seja, criado por aquelas criaturas vermelhas, o tal Credo de Sangue. Ele responde apenas a eles e não pode ser morto a menos que estejamos no mesmo mundo que o deles.
    — Então ele quebrava a barreira entre as ilusões apenas para matá-la sempre que o sol estava se pondo? Isso pouco faz sentido. Se Lana não morria independente das tentativas, ele deveria ter parado em algum momento.
    — O que não aconteceu, pois ele já foi esquecido por seus donos. — Responde Lana, a contragosto.

    O homem pega algo de seu bolso esquerdo e mostra para Redeater. É um cilindro roxo que possui algo parecido com um relógio no meio dele, nos dois lados.

    — Este item é chamado de Iludio. É uma arma roubada por alguém do Credo que permite criar uma ilusão e invertê-la de forma imperceptível. A pessoa pode ser até mesmo o mais poderoso dos magos que jamais irá perceber que entrou numa ilusão e que pode cair dentro da armadilha a qualquer momento. Ela não é tibiana, e sabe-se lá como eles conseguiram algo assim.

    Redeater está se esforçando para acompanhar o ritmo das revelações, mas está se mostrando cada vez mais difícil.

    — Mas quando você entrou dentro da ilusão por conta própria, descobrindo a verdade sozinho, você inverteu a ilusão que eles criaram sem que eles percebessem. Agora, o manicômio é exatamente como era antes: Abandonado, mas inteiro.
    — Espera aí. E os funcionários? As enfermeiras? Os druidas? E Uldin?
    — Ilusões criadas pelo Credo.
    — Eu conheço Uldin há muitos anos. Como ele pode ser uma ilusão?
    — O verdadeiro Clark Uldin morreu há dois anos atrás. O manicômio foi construído durante a guerra, mas ele só recebeu o nome de Olias como santo quando foi finalizado. Em 504, pra ser mais exato, que é o ano em que a Grande Guerra Tibiana chegou ao fim e quando Olias foi canonizado. Um amigo dele assumiu o comando antes do Credo chegar aqui, matar a todos e os transformar em objetos do Iludio. Você ainda pode encontrar as manchas de sangue deixadas pelos seus corpos pelo manicômio inteiro, mas não vai encontrar ninguém senão nós dois.

    A conduta de Redeater é forte, e resistente mesmo em frente de uma situação em que ele jamais se meteu antes. De certa forma, Clark Uldin era seu amigo, e contribuía com ele de diversas maneiras. Pensar que esteve conversando com uma ilusão tão viva durante todo esse tempo o aborrece bastante, embora isso não seja visível por fora.

    Redeater abaixa a cabeça, mas não a arma. Levanta-a pouco depois para olhar pro objeto nas mãos do homem.

    — Então você se chama Lando Piethary.
    — É... Exatamente. Eu morri em 498, em Northport, que é onde meu filho, Olias Piethary, também vivia.

    Redeater finalmente abaixa a arma, só para pegar o Iludio das mãos de Zack.

    — Como uso isso?
    — Por quê?... Por Uman, não me diga que você quer entrar na ilusão sozinho.
    — Não se preocupe. Matarei o dono da ilusão e farei com que vocês encontrem paz.
    — Isso não é necessário. Eles jamais conseguirão entrar aqui de novo! Você reverteu eles para o mundo próprio deles, agora eles nunca mais irão sair! — Disse o velho, quase gritando.
    — Homem, eu os conheço há muitos anos. Isso definitivamente não irá os parar, principalmente quando perceberem o que aconteceu.
    — Você vai morrer lá!
    — E por que você se importa?

    A aflição de Lana também alcançou Lando e ele nem mesmo percebeu isso.

    — Eu...
    — Detetive. — Disse Lana, finalmente conseguindo dizer algo. Sua voz tem um tom que o homem nunca viu antes. — Você é só um humano comum, e tudo que eu queria fazer era libertá-lo daquilo. Agora você está livre. Por que não vai embora?
    — Porque eles são o meu trabalho.
    — Bobagem! Você é só um detetive!
    — Um detetive independente. — Disse Redeater, guardando sua pistola dentro do seu sobretudo e observando o objeto mágico em suas mãos.

    Lana ainda parece aflita, mas também um pouco irritada.

    — Por favor, trate de voltar vivo. Joseph, ou seja lá qual o seu nome, saiba que não descansarei em paz se você morrer lá.

    Redeater fita-a indiferente, mas entende sua preocupação. É um espírito bondoso, que surpreende por não ser instável como as pessoas de um manicômio normalmente são. Se conseguisse, ele sorriria, mas tirar sua máscara está fora de questão. Expressar sentimentos assim também está.

    — Eu aposto que você sorriria para mim, se pudesse. — Disse Lana, sorrindo mais uma vez como antes, quase obrigando Redeater a desviar o olhar. Uau. Que espírito honesto, pensa ele.

    Ele coloca sua atenção agora em Lando.

    — Certo, velho. Como uso isso?
    — É só girar os dois lados até o ponteiro nesse vidro no centro ir pra baixo.
    — Obrigado, Lando. O que farei lá será pelo seu filho.
    — E pelo mundo, creio eu. Se esses devoradores conseguirem o que querem, será o fim de Tibia.

    Redeater faz o que aquele homem lhe pediu, e antes que notasse, não está mais na sala de antes. Está no que mais parece um estômago, mas sem o ácido em seus pés para desfazê-lo.

    Redeater sai da sala puxando uma porta escura e pegajosa, dando graças a deus por estar de luvas. Ao entrar no corredor, nota figuras estranhas, com clavas derramando sangue no chão em suas mãos, logo a frente. São três delas e não parecem amigáveis. O detetive puxa sua pistola, e na mão esquerda, que não segura a arma, surge uma pequena cruz, de cor alaranjada, semelhante ao poder santo que os paladinos usam.

    — Vamos começar.






    Próximo: Capítulo 3 – Akumonogatari VI

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    Última edição por CarlosLendario; 29-05-2018 às 15:39.



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