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Tópico: 700 anos de Ruhm

  1. #1
    Avatar de Maark
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    Padrão 700 anos de Ruhm

    Olá pessoal, sempre tive um grande interesse por seção, cheguei a escrever um ou dois contos e estou agora focado em fazer algo maior, acontece que meu ânimo foi diminuindo e vim ver como andavam as coisas por aqui e decide também compartilhar um trecho do meu projeto e peço que opinem e critiquem, não é nada demais, sem tramas ou momentos fodas consideraria apenas uma introdução, enfim, espero que apreciem.


    700 Anos de Ruhm


    A chuva tamborilava nos elmos e escudos de aço dos soldados no pátio, da única torre de pedra da fortaleza era possível ver o cenário de destruição abaixo, casas incendiadas, ruas interditadas por carroças quebradas e corpos, e o sangue escorrendo junto da água que caia dos céus. Na fortaleza, as coisas já estavam mais calmas, o portão fora derrubado, alguns dos defensores deste jaziam mortos sobre o pátio, com seus rostos afundados na terra agora lamacenta devido a água, porém havia ainda alguns de pé, desarmados desciam as escadas da muralha, outros saíam de dentro do estabulo e da casa de armas, todos estavam sendo reunidos pelos soldados que lutaram sob o estandarte do corvo, amontoados e cercados por homens armados no meio do pátio eram obrigados a sentarem e observarem uma comitiva aproximar-se do portão de carvalho que levava ao salão do trono de seu senhor.

    Algumas das simples armaduras que a comitiva vestia já mostravam sinais de ferrugem. No solo, poças de água formavam-se perto dos vinte pares de botas divididas em duas fileiras. Em frente da formação encontravam-se três homens montados. O primeiro possuía o cabelos castanhos, uma barba e uma cota de placa de aço, sem nenhum adorno. Seu cavalo preto estava ligeiramente atrás da montaria do segundo cavaleiro. Este, possuía o cabelo em um comprimento médio, porém devido à idade, já encontrava-se grisalho e bem fino, diferentemente de sua aparência velha e desgasta, sua armadura mostrava-se nova, reluzente e imponente, uma cota de placas com o corvo adornado em ouro que olhava com seu olho de rubi para o terceiro cavaleiro, o mais jovem dos três, possuía o cabelo ralo à cabeça e não tinha a barba feita, usava uma cota de malha, mas com um casaco de couro comprimido por cima que terminava abaixo da barriga de sua montaria marrom.

    Os três esperavam a enorme porta dupla de carvalho abrir. Ao fundo ainda ouvia-se gritos, algum crepitar de madeira em chamas ali ou aqui, porém o barulho da chuva quase os cobria. Não demorara muito mais e as portas começaram a ranger e se abrir perante os visitantes.
    Um homem magrelo com capacete em formato de coco era quem puxava as portas até essas escancarassem-se e logo abaixou a cabeça em uma reverencia de submissão ao velho montado e saiu de seu caminho. Ao fundo do salão, encontrava-se um enorme trono de carvalho, almofadado em tons vermelhos, nele, estava sentado uma figura velha, trajando uma cota de placa adornada em ouro, com um cachorro deitado desenhado em prata na altura do peito, por perto encontravam-se um conselheiro, um jovem e um soldado apenas.

    O som dos cascos dos cavalos ecoava salão adentro junto do marchar dos soldados a pé, andando em chão de pedra passaram por diversas colunas que sustentavam tochas e abaixo estava exibido a flâmula dos Hund, atrás destas, nas paredes, via-se diversos quadros representando a glória daquela casa, passaram por fim em frente a uma mesa onde geralmente o rei tinha sua refeição ou então seus conselheiros sentavam-se durante as sessões, subiram um lance de escadas para chegarem em um patamar elevado e pararam antes dos degraus que levavam ao trono. O rosto do mais velho dos três cavaleiros encarava os olhos da figura sentada, durante um bom tempo o silêncio ficou no ar até que o visitante abriu a boca:

    - Fez bem em entregar a cidade e o castelo Groben. Evitou que o banho de sangue fosse ainda maior – examinou a figura e percebeu como a idade atingira aquele homem que um dia fora um dos maiores guerreiros já vistos no reino - conforme prometido, você e sua família, assim como seus fiéis servos e soldados poderão deixar em paz estas terras, mas não poderão levar nenhum pertence, a não ser uma roupa comum e um casaco para enfrentarem o vento. Porém, prometerão não incitarem o povo contra seu novo governante e nem tentarão reclamar o que pertencia-lhes por direito e que agora é meu e de meus descendentes, para garantir que não farão isso, seu primogênito ficará conosco e será tratado assim como seu elevado nascimento requere – viu o rosto do velho rei franzir-se - será um hóspede de honra, caso mostre bom comportamento e será criado entre os meus.

    - Toma minha cidade, meu castelo e ainda meu único filho Oben! O que restará da minha linhagem caso deixe-o aqui?

    - Restará a sua linhagem uma chance de viver, de sentir e quem sabe mostrar seu valor.

    Por um momento a figura hesitou, mas, por fim, levantou-se do trono e retirou a sua coroa. Os três cavaleiros desmontaram, porém, apenas o mai velho deles avançou em direção a Groben. Ao aproximar-se, Oben estendeu a mão em direção a coroa que o rei derrotado com pesar entregou. Dirigiu-se ao trono, virou-se de frente para contemplar sua nova conquista e viu todos os presentes ajoelharem-se. Respirou pela primeira vez o ar de seu novo salão.

    Depois de todos ajoelharem-se, o rei sentou-se em seu trono e apoiou suas mãos nos descansos de braço do assento. O cavaleiro de cabelo castanho gritou - Vida longa ao Rei de Ruhm! Vida longa ao Rei de Ruhm! – e logo foi seguido pelos soldados da comitiva que adentrou ao pátio. Os gritos logos foram transformando-se e terminaram em – Oben! Oben! Oben!

    Da cadeira, o novo rei observava o seu novo salão, as colunas de pedra, o teto adornado com pedras preciosas, o rei derrotado fitando o chão, todos ajoelhados contemplando sua grandeza e poder, seus soldados ajoelhados e enfrente a eles seus dois filhos que herdariam tudo o que acabara de conquistar. Percorreu o olhar pelo chão de pedra até as portas de carvalho abertas ao fundo, viu de relance as muralhas de sua fortaleza, porém reparou mesmo na chuva que chegara para limpar sua nova casa, seu novo lar.




    Valeu, até mais.

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    Ao Pó
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  2. #2
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    E ai Mark, quanto tempo!

    Voltou com um ótimo começo de conto, hein? Gostei dessa introdução, bem descrita e feita, mas cuja algumas partes eu achei meio confusas, talvez pela falta de vírgulas e pontos. Mas eu gostei mesmo assim, um rei perdendo seu reino pode dar uma ótima história, e espero mesmo que saia algo legal dai.

    Só peço pra dar uma revisada no texto por ele possuir a falta de umas vírgulas e pontos que deixaram a narrativa confusa, mas de resto, tá tudo ótimo. Aguardo a continuação



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  3. #3

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    Salve!

    Acabei de ler seus contos e essa introdução e achei muito bacana a escrita, principalmente do Taverna Nossa Casa que tu não colocou ai, esse lance de dialogar com o leitor, que também dá pra sentir no conto Ao Pó, é bem massa, espero a continuação!



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