Mais uma rodada sem concorrentes...Pessoal,
Apenas o concorrente Sombra de Izan entregou seu texto da rodada de repescagem. Como não haverá disputa, não criarei um tópico exclusivamente para a rodada. Os comentários sobre o texto podem ser feitos aqui mesmo.
Ele está classificado para a próxima fase.Spoiler: TextoSangue de Anão
Continuo a cavar com minhas mãos ensanguentadas, sei do risco que é fazer isso, pode provocar ainda mais a atenção daqueles que fujo, mas não tenho outra opção, não posso parar de cavar, sei que em breve me alcançarão, antes não era ruim, antes era . . .
Naquele tempo eu era muito feliz, recém tinha casado e minha mulher estava grávida, sim ela estava grávida quando tudo aconteceu, sabe eu era carpinteiro, engraçado não é mesmo, um anão sendo carpinteiro, pois é? A vida é assim mesmo, no grupo de mineradores havia vários ferreiros, mas num dado momento eles precisaram com mais urgência as encomendas de madeira, eu que era novo me voluntariei a vaga, era como cortar metal, mas muito mais fácil, a madeira era como bronze, leve e mole, fácil de ser moldada para nossos utensílios, era só preciso afinar a madeira e fazer uma ponta para encaixar nelas.
Eu e minha esposa fazíamos muitos planos para o futuro, a caverna que estávamos explorando era magnífica, havia muitos minérios e em abundância, os chefes já estavam planejando um ponto fixo para montar uma comunidade, já pensou poderia ter paz e um local tranquilo para criar meu filho, seria ótimo mesmo, mas foi ai que aconteceu . . .
Engraçado que nas cavernas não sabemos quando é dia ou quanto é noite, eu costumo me basear pelo clima, dizem que de dia o ar da caverna é um pouquinho mais quente que o de costume, mas nunca tive essa certeza, me recordo que um grupo de mineradores estava explorando uma parte da mina que estava cheia de minério de ferro, essa é preferido por nós para forjar armas e armaduras, mas eles seriam usados para fazer mais ferramentas, bom eu havia ido buscar mais um pacote de madeira para fazer cabos de picaretas, então um vento uivante passou por mim, definitivamente não era um vento comum, foi como fosse atingido por um sopro vindo da região gelada de Svargrond, isso sim me deu calafrios, mas sempre aconteciam eventos estranhos nas cavernas.
Era difícil caminhar com essa carga de madeira em minhas costas, foi então que um grupo de morcegos passou voando por minha cabeça, de imediato soltei toda aquela madeira e me protegi ao lado dela, ouvi gritos vindo dos túneis, não dava para saber de onde vinha, mas corri em direção da minha casa, corri feito um louco, desejava por um momento não ser um anão para ter pernas maiores e correr mais rápido.
A visão que tive foi traumatizante, nossa eles eram iguais a humanos, mas eram pálidos e vestiam roupas escuras, estavam atacando nossa gente, alguns com armas e outros usavam magia para sugar energia, vi que estavam invadindo as residências e atacando as famílias dos mineradores, corri para minha casa e encontrei minha esposa viva, ah foi um alívio para minha alma, agradeci a Durin por ter me concedido essa graça, abracei ela e falei que teríamos que fugir de lá, não era mais seguro com aquelas criaturas atacando nossa comunidade.
Segurei firme na mão dela e olhei para fora da casa, era um massacre, eles atacavam todos que viam pela frente, muitos eram feridos e deixados no chão outros estavam no chão com seus corpos estranhamente emagrecidos, sai correndo com ela em direção a minha oficina, lá poderia esconder ela e com as ferramentas nos proteger deles.
Naquela confusão que estava, era anão correndo pra tudo que é lado, a gente correu que aquelas criaturas nem notavam quantos que corriam, alguns pegavam ferramentas e armas para enfrentar eles, mas era pouco útil, eram muito mais forte que nós, a esperança era se esconder e se proteger até que os soldados e guardas viessem nos resgatar.
Não demoramos muito para chegar, a minha oficina era como uma segunda casa, um local seguro e tranquilo para trabalhar, havia deixado muito serviço para fazer naquele dia, talvez devesse terminar se sobrevivesse, não gostava de faltar com os compromissos, deixei minha esposa protegida atrás das cargas de madeira que havia carregado, percebi que os gritos estavam diminuindo e isso me preocupava.
Era uma pena que eu não tinha armas fortes, só tinha algumas machadinhas e um martelo, claro que tinha os cabos das ferramentas, muitos cabos para fazer a verdade, também tinha a navalha de modelar, mas não serviria de arma, pelo menos podia afiar uns cabos para usar de barricada contra eles, sim era uma ótima ideia.
Foi muito fácil formar a barricada com os pregos que tinha, isso sim seguraria aquelas bestas, o o meus pensamentos se esvaiam estava ouvindo passos, se arrastando para mais perto da oficina, olhei por entre as frestas da parede e vi uma criatura vindo, podia ver que tinha feições de humanos, pele clara e com, err dentes afiados? Dentes sim como não havia percebido, sempre achei que era lendas mais estou vendo um vampiro.
Por Durin, era um vampiro em carne e osso, bem era mais pele que carne, pelo menos agora sei o que estou enfrentando, para matar um vampiro devo levar ele para o sol e depois decapitar, será que era isso mesmo?
Maldito, sentiu minha presença, está raspando as unhas nas paredes da oficina, isso me dá nos nervos, mas preciso ser forte, pela minha esposa e meu filho, sei que em breve ele vai encontrar a entrada e ai o negócio vai ficar violento por aqui, fiz sinal para minha esposa ficar escondida na forja e não espiar, esse é meu espaço e um anão com martelo mostrará seu valor.
De perto o vampiro é ainda mais assustador, essa roupa escura é muito sinistra, mas preciso me concentrar, ele abriu a porta e de imediato ataco com um golpe de martelo em sua cabeça, ele se esquiva para o lado e bate na estante, ela desequilibra para o lado dele e ele se afasta com dois passos para trás, ah era essa a minha oportunidade, seguro o martelo com as duas mão e golpeio a barricada que cai em cima do vampiro.
Teria pena se não fosse à raiva crescente que sinto dessas criaturas repulsivas, ele estava desesperado segurando as estacas de madeira para não lhe perfurarem seu corpo, eu pulo em cima da barricada e fico que nem louco pulando em cima para fazer pressão, mas o desgraçado é muito forte e segura feito touro as madeiras, resolvo por um fim nisso tudo, pego outro pacote de madeira que carreguei e largo em cima da barricada, que aos poucos empurra as estacas que atravessam o corpo do vampiro, fiquei muito feliz em ter matado um vampiro, mas sabia que outros viriam.
Não poderia ficar ali para sempre, precisava de outro plano, mas qual? Bem lembro que vampiros assim como outras criaturas não podiam entrar em solo sagrado, mas não tínhamos nenhum desde por aqui, “era” desnecessário até o momento, meu coração está apavorado com isso, não suporto a ideia de perder minha esposa e morrer para esses desgraçados, mas preciso de uma ideia, como poderia fugir daqui?
Sim! Sim é claro, posso usar o cavalo do entregador, se é claro ele já não tenha feito isso, pelo menos pode tirar a minha esposa desse inferno enquanto eu arrumo uma distração para ela fugir, bem pensado, mas agora vou ver como farei isso.
Me equipo com um martelo, duas machadinhas e uma estada de madeira, nossa essas estacas fizeram um bom estrago naquele vampiro, até parece que está morto, hehe. Tranquei a porta com uma tora de madeira grande e sai por uma janelinha, disse que amava minha esposa e tão logo voltaria com o cavalo, ela me beijou, foi um beijo especial, nossas barbas quase se entrelaçaram.
Não era preciso caminhar muito para chegar ao carteiro, era apenas três oficinas depois da minha, mas parecia uma lonjura interminável, caminhei com cuidado observando os movimentos da rua, de certeza mais vampiros estavam por ai, precisava ter cautela.
Uma luta estava acontecendo mais à frente, fui olhar o que era, um vampiro estava enfrentando dois anões, o vampiro empurra o anão que estava com o machado e investe contra outro que estava com uma besta, eu corri para ajudar eles, o vampiro crava a espada na cabeça do anão e este cai fulminado, o outro grita e corre para atacar o vampiro com seu machado, o vampiro segura o machado com as duas mãos e ri, eu cheguei pelas costas do vampiro e cravo a estaca na reta de seu coração, este num giro joga nós dois para o chão e fica tentando retirar a estaca de suas costas, o outro anão dá uma machadada no peito do vampiro que grita de dor, eu pego meu martelo e com um só golpe faço transpassar a estaca do peito do vampiro, com uma rizada demoníaca ele segura o outro anão e num abraço mortal morre junto com ele.
Esses anões tiveram uma morte honrada, não teria tempo para luto, era preciso continuar a lutar, segurando uma machadinha abro a porta do correio e para minha felicidade encontro o cavalo vivo e preparado, coloco no cavalo as armas que estavam com os anões e uma espada que estava com o vampiro, nunca se sabe quando se precisa de algo, mas a estaca deixei por segurança.
Tenho um pouco de receio de carregar um cavalo, mas minha esposa já foi treinada com cavalos antes, poderia galopar tranquilamente, esse cavalo é meio estranho, ora fica agitado e ora fica tranquilo, acho que percebe a presença dos vampiros.
Deixei o cavalo na porta da oficina e entrei pela janelinha, empurrei a estante e abri a porta trazendo o cavalo para dentro, vi que o vampiro ainda estava embaixo das estacas, retirei os pacotes de madeira e minha esposa estava viva, vi que com o nervosismo da situação mais sua gravidez seu estado estava delicado, retirei umas correspondências do cavalo e coloquei alguns cogumelos para a viagem, com cuidado ajudei minha esposa a montar o cavalo e ele se agitou, vampiros estavam cercando a oficina, não um, mas vários, a cada relincho do cavalo parecia que muitos estavam vindo, minha esposa ficou com medo e eu também, parecia o fim.
Nesse desespero muita coisa passa por nossa cabeça, pensei tanta coisa e tive uma ideia tão brilhante quanto perigosa, peguei uma lamparina e taquei numa parede lateral da oficina, minha esposa se espantou e falei que quando a madeira estivesse fraca poderia passar com o cavalo por ela, seu rosto apreensivo derramou uma lágrima.
Os vampiros entraram um por um e viram seu “amigo” morto, começaram a mostrar seus dentes para mim de forma ameaçadora, não tive outra opção a não ser fica tacando as estacas que fiz contra eles, não era eficaz, mas estava ganhando tempo, vi que a parede que ateei fogo estava quase tão fraca que o teto estava desabando e cometi uma loucura.
Peguei outra lamparina e joguei na entrada, o fogo se alastrou em alguns vampiros que estava na porta, sua chama incandescente pegou na serragem do chão, logo toda a oficina estaria em chamas, alguns vampiros saíram dela correndo em chamas e gritei para minha esposa disparar com o cavalo para fugir, era o único jeito.
Meu coração se apertou ao ver o telhado desmoronar sobre ela, mas fiquei aliviado ao ver que conseguia galopar no cavalo em direção à saída daquele desastre, vi que um vampiro foi correr atrás dela, mas taquei uma machadinha nele, este se virou enraivecido e veio em direção da oficina.
Este seria meu fim com certeza, mas meu propósito foi comprido, a porta da oficina já estava despencando e havia dois vampiros intactos querendo meu sangue, me armei com a espada do vampiro e a machadinha do anão caído, se era pra morrer, que morresse lutando. Uhaa!
Girei a espada contra o primeiro vampiro que se esquivou, com o machado acertei e ele recuou, o segundo vampiro era mais ágil e me atacou, fui jogado para trás com uma força imensa, mal me recuperei e vi que estava se aproximando então chutei um balde contra ele, ele chutou de volta e falou que chuparia o néctar do meu sangue.
O calor estava infernal dentro da oficina, peguei uma tora em chamas e investi contra este vampiro, ele se esquivava com muita facilidade, então joguei a tora nele e ele se abaixou, foi minha oportunidade, peguei a espada e enfiei em seu peito ele me segurou e me jogou contra as chamas, o oficio de ferreiro me deu uma experiência contra o fogo e essa foi minha vantagem, o segundo vampiro estava de pé e me joguei em sua direção empurrando contra o fogo, ele não me atacou, mas resistiu muito para ficar longe do fogo, eles tinham medo do fogo, essa era uma de suas fraquezas, peguei a navalha que estava em meu bolso e fui apunhalando no vampiro até ele vacilar e encostar no fogo, ele ficou desesperado correndo de um lado para outro, eu cai no chão estava ferido e fraco, mas os vampiros estavam se acabando também, precisava sair da oficina antes que morresse queimado.
Me arrastei até a janelinha da oficina e com dificuldade consegui pular ela, o que via era aterrador, havia muitos vampiros e não tinha com sair sem ser percebido, olhei ao redor procurando alguma forma de escapar, não tinha forças para lutar novamente e estava ferido, só me restava fugir.
Ouvi algumas explosões, de certo eram os mineradores travando as passagens para que os vampiros não fosse em direção das nossas cidades, isso me deixava isolado e restavam poucas opções viáveis.
Lembrei que há pouco tempo encontraram um córrego de água, talvez por lá conseguiria fugir, a ideia não era má, fui rastejando por entre as casas até o pátio onde estava o córrego, droga um vampiro me viu, não tive escolha me levantei e sai correndo até a fonte, me joguei com tudo e comecei a cavar por onde a água vinha, por sorte que de onde a água vinha a terra era mais mole e se desprendia com facilidade, olhei para trás e vi que os vampiros também estavam subindo, mas com muita dificuldade por que eram maiores do que eu e não tinha a prática de escalada.
Minhas mãos estão ensanguentadas e o sangue se mistura com a água deixando os vampiros ainda mais loucos para me pegar, ah tenho certeza que vou chegar em algum lugar, esse lugar é o que mais anseio, todos nós sabemos que se cavar em direção a água cedo ou tarde chegaremos a uma fonte, essa prática não era muito “aceita” por que fazia um caminho direto para um local desconhecido sem a devida proteção poderia trazer perigos, mas não estava no luxo de ter outras opções.
Estava sentindo um calor vindo de cima, talvez estive chegando num local com lava ou a superfície, droga um vampiro me segurou um de meus pés, estou chutando ele tentando me desvencilhar, estou tão perto, vamos, por Durin algo me ajude, estou chutando a cabeça do vampiro enquanto puxo a terra acima de mim, então algo acontece . . .
Uma quantidade razoável de água e terra cai sobre mim e sobre os vampiros que me perseguiam, acompanhado dela vem algo que não sou acostumado a ver todo dia, mas neste em especial me faria repensar em ficar abaixo da terra, o sol, era tão belo e ofuscante, entrou pelo buraco e se refletia em cada gota de água atingindo a todos os vampiros.
Caminhei durante algum tempo até encontrar um grupo de inquisidores que estavam caçando vampiros e me juntei a eles, eles cuidaram de mim, assim pude aprender como caçar esses malditos que massacraram muitos de meu povo, depois de me recuperar posso ir atrás de minha esposa, que nessas horas já deve estar com nosso filho no colo, ah mal posso esperar para chegar este dia.
Em breve traremos os temas das próximas disputas. Enquanto isso, confiram as chaves do torneio, que já estão atualizadas!
Pena que os competidores não puderam - ou não quiseram - participar. Quanto mais textos, mais interessante o torneio fica.
Parabéns, Sombra!
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Ficou tão "wth" Elis Regina vs. Sauron nos avatares. hahahahaha.![]()
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