E aí galera, como vão?
Este é meu texto da disputa de mim contra o Gabriellk~, que infelizmente arregou. MINTIRA
Este é um texto longo, contendo 10 páginas e meia do Word. Então, antes de decidir ler, veja se tem tempo. Mas talvez o texto passe rápido, tá meio corrido memo
Bom, boa leitura a vocês
Aviso: Diversas cenas fortes, se tiver comendo, guarde o lanche/jantar/almoço e deixe pra comer depois, se você for sensível rçrç
Ps: Leia a noite
Morte na Areia
Séculos atrás, no período próspero da ordem dos Cavaleiros do Pesadelo, três dos mais fortes foram designados a eliminar um bando de cultos denominado “Semeadores da Desgraça”. Eles estavam organizando um ritual para juntar parte dos poderes de dois arqui-demônios pertencentes à cabala Ruthless Seven, Ashfalor e Verminor. Eles queriam juntar todo este poder num objeto muito poderoso que mais tarde ficou conhecido como Esmagador de Crânios.
Esta missão ficou bem conhecida por causa da falha de um dos membros desse culto, que acabou revelando à alguns espiões – disfarçados de cultos – da ordem a localização atual do grupo. Os cavaleiros invadiram e destruíram tudo, e roubaram e esconderam a arma que encantariam com o poder dos dois demônios. Mas não encontraram os materiais do ritual.
Muitos anos depois, a Irmandade dos Ossos estava praticando o mesmo ritual. Eles receberam dos Cultistas todo o material que haviam coletado à quase um século atrás. Os Cavaleiros, abençoados por uma imortalidade que os auxiliou na missão, procuraram por membros da irmandade para saber mais informações de como encontrar os responsáveis pelo ritual. Só após um tempo conseguiram sucesso, mas ao chegar lá, haviam descoberto que eles já tinham completado o processo. Graças à irmandade, nasceu a Cenoura da Desgraça.
Eles desapareceram um tempo depois com a cenoura, e a guilda declarou guerra aos inimigos. Com uma guerra de distração, alguns dos cavaleiros procuraram mais indícios do legume e acharam o local onde estava escondido. Houve batalha, mas esta valeu a pena no final, já que conseguiram pegar a cenoura.
De início, ela era bem normal. Não parecia ter sido encantada por algo malévolo como aparentava. Mas, quando um dos cavaleiros pegou ela, achando que era falsa, sua mão desapareceu e ficou apenas aos ossos. Ele a soltou e confirmou-se a origem do objeto, assim como onde estava.
Dreamasters aliados dos Cavaleiros usaram seus poderes para transportar a cenoura para um local onde jamais seria pega de novo: A Torre Serpentina. Numa sala secreta, sem indícios de como pegar os itens que estão junto a ela, o legume foi deixado por lá por séculos até os dias atuais, onde continua no mesmo lugar. Como pegá-la não se sabe, mas agora ela irá poder ter sua liberdade daquele local após tanto tempo.
~~**~~
Ankrahmun, dias atuais.
O segundo melhor cavaleiro – Um antigo recruta da ordem, na verdade – da quase extinta guilda dos Cavaleiros do Pesadelo fora convocado para uma missão um tanto perigosa. Teria que invadir e investigar uma região onde se concentra alguns cultistas, ao nordeste de Ankrahmun.
Ele é um cavaleiro forte, medindo 1,82 de altura. Possuía cabelos castanho-escuro e olhos esverdeados. Carregava algumas marcas de pancadas no rosto, cicatrizes, incluindo uma que começava de cima da sobrancelha esquerda e ia até a bochecha direita. Ali, ele portava apenas sua lança, não levava mochila ou algo do tipo, pois possuía os poderes do Dreamwalking para pegar coisas necessárias, apenas em momentos muito difíceis. Para fazer surgir seu capacete e seu escudo, fazia uma magia. Portava a mesma roupa dos Cavaleiros do Pesadelo, com tons pretos, brancos e azulados. Possuía algo entre 30 ou 40 anos.
O homem sentou-se num dos assentos da sala de espera da pirâmide do Faraó, e logo foi chamado. Caminhou sem pressa até a porta aberta para a sala onde o senhor da cidade se encontrava.
O faraó é uma múmia enorme, medindo dois metros, cheio de jóias no pulso, pescoço e uma coroa circular na cabeça com uma águia em sua frente, junto de uma longa túnica cobrindo seu corpo, e uma aparência estranhamente assustadora, parecendo mais ter sido possuído por um fantasma. Mas o cavaleiro sabia que não havia perigo, a múmia precisava dele.
Junto dela estava Ishebad, grão-vizir de Ankrahmun, e o guardião e residente da Torre Serpentina, Tothdral. Ambos são múmias quase iguais, a única diferença são seus olhos; enquanto o de Ishebad mostra um estranho brilho esmeralda, o de Tothdral é dourado. A sala estava com um cheiro meio difícil de se distinguir, um cheiro doce misturado de um cheiro velho. Talvez seja das ataduras podres que parecem que não são trocadas dessas múmias... Pensou o Cavaleiro.
O Faraó começou a falar, enquanto o homem se aproximava.
— Bem vindo, jovem cavaleiro. Espero que esteja saudável e forte como sempre mostrou em suas missões. Já que necessitamos de você. Sente-se. — Disse a múmia com uma estranha voz espectral, estendendo sua mão a um dos assentos a frente da mesa onde o faraó estava sentado.
— Estou bem, Arkhotep. Já não presto serviços a ninguém, mas já que foi citado um objeto de suma importância de guarnecimento dos Cavaleiros do Pesadelo, tive que vir.
— Fico feliz com isso. — Arkhotep mostrou certo incomodo por ser chamado pelo seu nome. — Estamos com alguns problemas em volta da cidade. Viajantes e aventureiros morrem constantemente tentando atravessar as montanhas que seguem a Darashia. Frequentemente vemos corpos próximos daqui, pregados a arvores com estacas enormes ou carcaças no deserto e restos mortais. Acreditamos que seja uma manifestação do culto, que há semanas se aliou aos necromantes de Drefia. Agora, a Irmandade dos Ossos entrou nos assassinatos recentemente, vemos ossos com restos humanos, órgãos e várias coisas presentes no corpo de um humano nas areias do deserto, junto de muito sangue. A areia já se tinta de laranja-escuro a tempos. Temos que agir.
O Cavaleiro, dessa vez, mostrou surpresa no olhar. Apertou a lança que carregava consigo. Só de ouvir que a irmandade estava agindo também, mostrou um enorme interesse pela missão. Decidido, indagou ao sultão:
— O que quer que eu faça, partirei rapidamente para ser feito. O que devo fazer?
— Muito bom. Antes de inventarmos missões malucas e suicidas, quero que entre num refúgio cultista a nordeste daqui. Investigue o que está ocorrendo por lá. Você pode se disfarçar de cultista, correto?
— É claro. Posso matar um e fazer de conta que era um aventureiro qualquer. A Irmandade desfigura os rostos das suas vitimas, eu posso fazer isso também.
— Ótimo, Kroyfiv. — Era a primeira vez que Arkhotep falava o nome do Cavaleiro – Apesar do faraó nunca ter sido informado do nome do homem –, que ficou surpreso e mais em dúvida ainda sobre os poderes daquele faraó. — Pode partir de imediato.
Kroyfiv levantou-se, fez uma reverência ao Faraó e a Tothdral e Ishebad, que permaneceram calados, mas retribuíram o cumprimento, e partiu.
Seu trajeto a caminho da saída norte não fora muito tranqüilo. Ele via vários jovens, aventureiros, viajantes e comerciantes próximos a áreas securas ou dos templos, onde podiam ficar seguros. Também podiam ficar na maior construção do local, refugiados de algum ataque. Kroyfiv estava perplexo e muito pensativo, mas mantinha o foco em sua missão.
Passando pela muralha e descendo a rampa, ele encontrou dois guardas do Faraó com um cavalo. Ambos caminharam até ele.
— Olá, Cavaleiro. O Faraó encomendou esta montaria para você ir mais rápido a resistência, e também por que cavaleiros que empunham lanças tem mais vantagem encima de um destes.
Kroyfiv suspeitou aquela situação. Arkhotep não mencionou nada sobre uma montaria ou algo do tipo e, além disso, os guardas mostravam um sorriso cínico.
— Dispenso, não preciso de cavalos.
— Ora senhor, é uma gentileza do grande Faraó. Irá dispensá-la?
— Sim, pois não presto total lealdade àquele monstro cheio de panos velhos.
Os guardas olharam para si, e depois fitaram o Cavaleiro, segurando firmemente sua lança. Inesperadamente, ele fez algo que não devia ter feito: Ofender o Faraó. E os guardas pareciam ser de verdade.
— Ora ora.... O senhor está preso por desacato ao Faraó!
— Há. Venham me prender.
Os guardas partiram para cima do cavaleiro, que apenas estava com sua lança, sem escudo ou capacete. Quando o primeiro chegou perto, ele fez movimentos ágeis com a lança e bateu sua parte do cabo bem em cheio no rosto do guarda. Saltou para o lado quando o segundo guarda veio atacá-lo com sua espada. Kroyfiv faz os mesmos movimentos anteriores, batendo na cintura do homem, e em seguida golpeando com a lâmina da lança seu pescoço numa área vital, que o lançou para o chão de imediato.
O primeiro guarda levantou-se e fez um golpe rápido no braço esquerdo do Cavaleiro, que não demonstrou dor. Com sua mão livre, preparou um golpe:
— Exori Ico!
Uma força duplicada surge em sua mão e ele soca em cheio o rosto do guarda com tanta força que quebra seu pescoço. Com um guarda nocauteado, e outro morto, ele teve que buscar alguma opção para não se tornar suspeito.
Ele fez o mesmo golpe no guarda nocauteado, e como de esperado, ele quebrou o pescoço do pobre soldado. Depois, ele colocou sua lança em amarras nas suas costas, pegou os dois guardas com as duas mãos e levou a uma região um pouco distante da cidade.
Ele jogou bastante areia em um deles, e deixou o outro exposto, porém sem seu uniforme e armadura, parecendo mais um aventureiro morto. Quando terminou, fitou o distante deserto em volta dele. Percebeu que a vários passos havia faixas de areia manchada, e dois corpos. Ele corre até lá, retirando sua lança em um movimento rápido, e vê que os dois corpos também eram de viajantes. Suas mochilas todas no bagaço, destruídas e cheias de areia, e os corpos cheios de sangue e com vários buracos. Seus rostos estavam horrorizados, demonstrando a forte dor que sentiam antes de morrerem.
Observou a areia novamente, e viu que, entre algumas árvores, havia órgãos pendurados em seus galhos e outros caídos. Viu uma medula espinal pendurada numa palmeira, perto de suas longas folhas, braços e ossos destes jogados no chão junto de muito sangue. Era uma cena brutal. E ainda por cima, ouvia gemidos e lamentações próximas dali. Kroyfiv tratou de procurar donde vinha aquilo.
O que encontrou a alguns metros a frente era de se esperar: Dois cultistas e um membro da Irmandade. Para começar a ação, Kroyfiv lança sua arma pelo impulso de uma magia até o homem de capa negra, que recebe a lança em cheio, atravessando suas costas e surgindo com a lâmina banhada de sangue e um pulmão arrancado de seu local em sua barriga. O membro da Irmandade cai no chão de lado, e os cultistas tiram sua atenção frente a dois aventureiros para o Cavaleiro.
— Por que não enfrentam alguém bom o bastante para vocês?
Os cultistas correm até o cavaleiro lançando bolas de morte. Kroyfiv corre com fúria até os dois.
— Utamo Tempo! — Seu escudo dos Cavaleiros do Pesadelo surge em sua mão esquerda, e seu capacete em sua cabeça. Sua lança desaparece do corpo do inimigo de sua guilda e surge em sua mão direita, porém ainda banhado de sangue da metade da arma até sua lâmina. Mas não atrapalharia.
Quando o primeiro cultista desfere sua investida, Kroyfiv o lança para o lado com seu escudo, e rapidamente ele gira e desfere um golpe de sua lança rapidamente nas costas do outro cultista que passa do seu lado com um golpe de morte em sua mão. Jogando areia para o lado, ele crava fortemente a arma no cultista que estava no chão e ia se levantar, retira, e corre com muita velocidade até o outro, que decide correr. Ele bate seu pé no chão levantando um pouco de areia, que chega aos olhos do guerreiro, que para de correr, solta sua lança e tenta retirar os grãos incomodantes de seu olho. Ao fazer isso e retornar a olhar, percebeu que cometeu um erro.
Aproximadamente vinte membros da Irmandade cercavam o guerreiro. Todos possuíam vestes negras e sapatos brancos. Kroyfiv não pode fazer muita coisa, já que em seguida recebeu um golpe múltiplo de morte no seu corpo, desmaiando no mesmo momento que vira as coisas negras cruzando o ar.
~~**~~
Kroyfiv acorda agora em um outro lugar, com muita areia no chão e um forte cheiro podre. Estava bem machucado, se ele fosse um cavaleiro comum, já estaria transformado num esqueleto.
Tentou levantar-se, mas apenas conseguiu se sentar. Seus pés estavam presos a correntes, pregadas à parede negra do local. Estava tudo escuro, ele não podia ver nada a sua frente. Ouvia apenas chiados perto dele, e as vezes lamentações vindas de longe donde ele estava.
— Exori Ico.
Usando uma habilidade treinada, desenvolvida para não usar armas, mirou no local onde acreditava estar a corrente e mandou o golpe. As correntes se quebraram, então ele tentou se levantar novamente, ainda fraco.
Tentou várias vezes, até que conseguiu se manter em pé, todavia, com dificuldade. Kroyfiv avança até uma fresta a sua frente que acreditava ser uma porta, e dali, saia iluminação. Preferiu não fazer uma magia de iluminação, pois já sabia o que ia encontrar no lugar onde ele estava, e não seria muito bom. Por incrível que pareça, o que ele acreditava ser uma porta acabou se abrindo. O que encontrou a sua frente era um estreito corredor iluminado por tochas, e outro caminho a direita do cavaleiro. Ele preferiu seguir o caminho da direita, por instinto. Possuía a mesma forma do outro corredor, iluminado por tochas, algumas apagadas.
O que ouvia eram chiados, diversas vezes, e chegava a acreditar que aquele lugar estava embaixo do oceano. Mas não era, pareciam sons de ratos ou de magia. Sons estranhos ficavam contínuos enquanto caminhava por aquele caminho, até que ouviu o som de ossos se batendo.
Reconhecendo o som, usou a magia atualizada dele para surgir seu capacete e seu escudo. Mas a única coisa que faltava ali era sua lança. Preferiu lutar com sua mão, já não via escapatória por aquele caminho, pois ele ouve o mesmo som por trás dele.
Os sons ficavam mais altos, e o de trás, mais próximo. Com um movimento em reflexo, girou com a perna levantada desferindo um forte chute no que ele já imaginava que estava por trás dele: Um esqueleto demoníaco.
Porém, o bicho amaldiçoado não se rendeu nem se desfez. Kroyfiv pega o monstro pela cabeça, mas recebe um golpe de morte levando-o a soltar o esqueleto e dar alguns passos para trás. Havia outro esqueleto idêntico atrás, que aproveita para fazer algum golpe mortal no cavaleiro. Ele se equilibra, gira e manda um golpe com o escudo levando a criatura para a parede. Em seguida, desfere uma Pancada Brutal no rosto do bicho, transformando em vários pedaços. O esqueleto restante lança golpes de morte que são repelidos pelo cavaleiro pelo escudo, e ele continua avançando devagar contra o bicho, que desiste dos ataques e parte para cima de Kroyfiv. O homem manda o escudo para trás e desfere outra Pancada Brutal no monstro, que cede ao golpe e é lançado a vários metros.
Kroyfiv ajoelha-se, se já estava machucado e cansado, após a batalha — que foi rápida e sem muitas complicações — já estava bem pior. Tentou manter-se no chão por alguns minutos, mas o barulho de chiados o incomodava, dava a impressão de algo ruim. Muito ruim.
Depois de alguns minutos descansando no chão, ele usa uma magia de cura:
— Exura Ico!
Em seguida, ele usa mais duas vezes e está um pouco revigorado para continuar caminhando. Ele pensa em usar o Dreamwalking, mas agora não era a hora. Ele não estava em batalha, nem relaxado, ou extremamente necessitado. Portanto, levantou-se e seguiu caminho.
Logo a frente, após vários minutos andando, ele acha uma porta banhada de sangue — Seco, por sinal — com uma caveira vermelha pendurada com uma faca. O desafio ia começar, mas ele estava sem sua lança. Por sorte, ele viu que havia ali alguns soldados mortos, todos como esqueletos, mas ainda com seus elmos e armaduras despedaças no corpo. As lanças deles estavam ali também, então ele optou por pegar uma.
— Utito Tempo! — Suplicou. Em seguida, seus olhos ficam vermelhos por alguns instantes, sua força aumenta e sua lança é transformada numa das lanças pertencentes aos Cavaleiros do Pesadelo; porém, com menos força que o normal.
Kroyfiv abriu devagar a porta com o escudo, e percebeu que ali havia grande iluminação de tochas, mas parte delas estava levitando em volta de pelo menos sete lichs, que faziam levitar corpos de dois magos, um azul e um vermelho, que estavam aparentemente mortos, em volta de um orbe vermelho que apenas crescia e era a fonte dos chiados fortes que Kroyfiv escutara no corredor e no quarto onde fora preso.
Ali havia bestas esqueléticas, esqueletos demoníacos, dois brightwalkers e pelo menos cinco membros do culto junto de dois membros da Irmandade dos Ossos. Um deles sentiu a energia de Kroyfiv e suplicou altas palavras esquisitas. Era um comando para mandar as criaturas da sala atacarem o cavaleiro.
Percebendo isso, Kroyfiv disparou até o orbe com toda a velocidade que tinha com o escudo levantado. Lançou várias criaturas para os lados e bolas de fogo ou de morte não conseguiam acertar o cavaleiro que estava absurdamente rápido. Para aumentar a velocidade, ele grita:
— Utani Tempo Hur!
Sua força ganha impulso com a velocidade, e ele passa pelas tochas e manda dois lichs para os lados. Em seguida ele para e perfura os mortos-vivos com sua lança os matando seguidamente. As criaturas continuam avançando até Kroyfiv, e então, ele grita:
— Não atravessem essas tochas! Se passarem por elas, eu quebrarei o orbe!
As criaturas imediatamente pararam. Por incrível que pareça, os corpos dos magos ainda estavam levitando. Então, ele corre até um lich ainda vivo que estava no chão e começa a falar:
— Como paro esse ritual?
— Que... Quebrando o... O orbe! — Disse a criatura, quase sem forças.
— Não é isso! Há outra maneira, se o orbe for quebrado, a Torre Serpentina irá se destruir!
— Sacrifique-se então, jovem!... — Suspirou e morreu. Kroyfiv fitou o orbe crescendo, e mandou sua lança até um dos magos. O corpo do homem voou até a parede. A lança retornou a mão do cavaleiro e ele mandou para o mago de fogo. Ela para no meio do caminho e é puxada pelo orbe. Em seguida, Kroyfiv é puxado.
O cavaleiro reaparece dentro da Torre Serpentina, na sala onde fica a proteção contra os itens amaldiçoados pelos Ruthless Seven. Ali, há uma Varinha do Inferno, um Capacete Demoníaco, Frozen Starlight, Botas do Andarilho da Água, Botas da Velocidade e, é claro, a Cenoura da Desgraça. Havia mais outros itens ali que Kroyfiv não sabia quais eram. Surpreso, ele corre até uma janela que havia a alguns metros a frente, quando ele dá de cara com um Djinn verde. Este o paralisa e dá um soco que o lança para o teto com força. Ele manda o cavaleiro para baixo novamente sobre um campo energizado que poderia desfigurar o rosto do homem, se ele não estivesse de capacete.
O Djinn agora tenta incinerar o cavaleiro, que consegue defender o golpe com o escudo. Ele tenta falar:
— Preciso de sua ajuda, não sou inimigo!
— É um aliado dos Marid, merece a morte! — Berrou, preparando outra incineração.
— Eu sei disso, mas querem roubar a Cenoura da Desgraça! Ajude-me!
Por sorte, o gênio era inteligente. Ele para de atacá-lo, e começa a falar:
— Quem ameaça os itens amaldiçoados?
— A Irmandade dos Ossos, junto dos Cultistas e dos Necromantes de Drefia. Venha comigo. — Disse, caminhando até a janela próxima dos dois. Ao chegar ao parapeito com a cabeça, vê uma situação que jamais acharia que ia enfrentar.
Um exercito de morto-vivos atacava as muralhas de Ankrahmun. Muitos conseguiam passar, pular pelos muros e matar soldados e aventureiros. Vários aventureiros experientes posicionaram-se a frente das tropas para derrotar as criaturas que vinham ali, mas eram parados por vários membros da Irmandade dos Ossos, que surgia do nada em várias regiões de Ankrahmun, enchendo locais ao redor deles de morto-vivos.
Com a distração do Cavaleiro e do Djinn, um membro da Irmandade surge por trás deles, mais precisamente, perto das recompensas. Sua forte energia destrói as grades que protegem os itens amaldiçoados, e faz com que eles soltem uma estranha essência escura, que se mantém no mesmo lugar, erguida sobre os itens como espectros. Em sinal de ironia, surge vários espectros perto dos itens e alguns esqueletos demoníacos. Kroyfiv vira-se e se enche de fúria, talvez pelo fato de já ter visto o homem.
Ele carregava consigo uma foice enorme, com sua lâmina tinta de sangue. Possuía radiantes olhos dourados vistos por trás de seu capuz. Trajava uma roupa da Irmandade com vários tons vermelhos e brancos, mostrando que aquele era um membro diferente.
— Você aqui... — Indagou Kroyfiv, surpreso, despertando a atenção do Djinn que se vira com um olhar de terror. O homem solta uma rápida gargalhada maléfica e diz:
— Surpreso, Kroyfiv? Tive que fazer alguma surpresa, depois de tanto tempo.
— Cedo ou tarde eu te encontraria, mas não aqui, Mankry.
Mankry é o segundo melhor membro da irmandade. Forte, pode invocar morto-vivos como formigas. Sua força é esmagadora e sua energia muito longa, sendo então, um feiticeiro mestre. Kroyfiv não podia perder tempo, logo iniciou a batalha, sem algum discurso longo, algo que Mankry queria fazer.
O cavaleiro iniciou seu ataque dando um chute rápido e baixo na barriga do homem. Em seguida ele bate a parte de baixo de sua lança na cabeça dele e lança um poderoso golpe físico no rosto do mesmo, lançando-o até um espectro, que é pego pela energia de Mankry e é lançado à lava. O Djinn paralisa os esqueletos demoníacos tempo o bastante para Kroyfiv destruir cada um com um golpe. Mas aos poucos, o cavaleiro sentia que sua energia mágica estava acabando.
Mankry se levanta furioso e lança todos os espectros até o Djinn. O gênio se desmaterializa e todos os espíritos se chocam contra as paredes, alguns, se desmaterializam também e saem da torre.
O feiticeiro aparece na frente do Djinn e com muita agilidade corta a cabeça do protetor daquele andar. Não, quase. Ele consegue se desmaterializar a tempo e o que cai no lugar do que seria a cabeça era apenas um pedaço da parede. O gênio soca o feiticeiro para longe, mas ele para sua queda e levita, e parte para um ataque pesado.
Na sua mão, surge fogo. Este fogo cresce cada vez mais, assumindo uma forma explosiva e mortal. Mankry lança a magia contra o gênio, mas ela não vai a criatura. Era um truque.
O ataque sumiu da mão de Mankry, não estava em lugar nenhum; não havia a luz do golpe, nem fogo correndo por baixo do mesmo.
— Bu. — sussurrou Mankry, solene.
Uma poderosa e mortal explosão de fogo enche a sala, espalhando fogo até a janela sinalizando a derrota de alguém. Abaixo da torre, estava Tothdral, oito Djinns verdes e um Efreet, junto de Ishebad e uma enorme quantidade de cavaleiros de elite, druidas anciões e paladinos reais, acompanhados de arqueiros, lanceiros e homens montados em camelos armados com cimitarras. Eles tentavam rebater os ataques dos morto-vivos, cultistas e necromantes, evitando que entrassem na Torre Serpentina e roubassem os itens amaldiçoados. Tentavam ganhar terreno, mas era complicado.
Alguns presentes ali ouviram o poderoso som de uma explosão, imaginando quem estava lá. Mas não podiam ir lá agora, o objetivo atual é defender a entrada da torre.
De volta a sala, quando a explosão e a areia do ar cessaram-se para os olhos poderem ser abertos novamente, Kroyfiv percebeu que na sala havia muito sangue e fogo. Mankry estava no mesmo lugar, intacto, sem um grão de areia acima dele. Kroyfiv estava cheio de queimaduras e muito ferido.
— Poxa... Parece que o gênio bateu suas lâmpadas.
Kroyfiv curou-se um pouco e tentou levantar. Viu que o Djinn foi convertido a vários pedaços negros, com vários órgãos queimados espalhados pela sala. Parte dos pedaços estava em carcaças – Queimadas e com os ossos com restos a vista.
O cavaleiro encheu-se de fúria. Avançou contra Mankry com sua lança carregada de energia, usando um golpe que aprendeu na Knightwatch Tower e usaria agora. O feiticeiro girou sua lança seguidamente criando uma defesa ao golpe dele, mas os mínimos golpes davam muito incomodo a mão do homem, que via algumas lascas da madeira da foice voando pelos ares.
O lorde do medo abre sua defesa para um golpe de morte. Péssima ideia. Kroyfiv percebeu que ele ia atacar e sua lança vai direto a mão do qual o inimigo ia usar a magia, causando uma pequena explosão que desfaz a mão do homem e jorra muito sangue. Em seguida, o cavaleiro tenta um golpe de decapitação, mas Mankry se abaixa, Kroyfiv salta e tenta chutar o inimigo, mas ele abaixa-se novamente. Ainda no ar, ele recebe um golpe da foice lançando a parede, e depois é levantado e recebe um golpe de morte nas costas.
Kroyfiv cai no chão, cansado e ferido. Mankry aproxima-se do cavaleiro ferido, que ainda conseguiu virar-se para ver um dos seus mais antigos inimigos derrotá-lo. O feiticeiro abaixou-se, e começou a falar.
— Veja pelo lado bom, Kroy... Você pode ir dessa para uma melhor! Estou fazendo-lhe um favor, para você esquecer das coisas ruins que você presenciou e te atormentam. Os Cavaleiros do Pesadelo já foram muito úteis... Agora é hora de todos eles partirem.
Mas o cavaleiro não se entregava. Agora, ele tenta chutar Mankry, que salta para cima e volta para baixo como um raio com sua foice. Kroyfiv virou-se e a foice acertou apenas a ombreira dele, mas o dano se aprofundou e atingiu o ombro do homem. O lorde do medo retirou a foice, e socou o rosto do cavaleiro.
— Você quer ação, né? Bom, já passou da hora de dormir. Tchauzinho! — Mankry ia degolá-lo quando uma vinha se enrolou em seu pescoço, e outras se enrolaram por várias partes do corpo dele. Em seguida, ele é puxado para trás e um brilho azulado misturado de vermelho o paralisa e tira metade de suas forças. Logo depois ele cai no chão. Era Tothdral e Rahkem que tinham feito aquilo.
Kroyfiv tentou se levantar, ainda bem fraco. Rahkem o ajuda, e ele cambaleia até os itens amaldiçoados, com a fumaça negra ainda sobrevoando eles.
— É isso que está movendo todos os morto-vivos dentro da cidade. Tenho que pará-los.
— O que está pensando em fazer? — Perguntou Tothdral, fitando-o perplexo.
— Minha energia... Será o que vai parar essas criaturas. Rahkem... Pegue minha lança...
O líder dos druidas cumpriu o pedido de Kroyfiv, pegando a lança do homem no chão. Depois, ele entregou para o cavaleiro, que andou até a frente do altar dos itens e parou, fraco. Em seguida, ele suplicou algumas frases pertencentes a algo relacionado a rituais e quando parou, quase caiu, e foi pego por Rahkem. Ele o posicionou de pé novamente e afastou-se, e quando ele terminou de dizer a estranha frase, a fumaça negra voltou aos itens e um forte brilho azulado surgiu do peito de Kroyfiv. Este avançou até a plataforma e depois acima do balcão onde ficam os itens. O brilho criou uma explosão que cegou os presentes ali por alguns segundos, e quando Rahkem e Tothdral abriram os olhos novamente, perceberam que a grade mágica que antes protegia os objetos foi refeita e estava ali novamente.
No entanto, Rahkem olhou para o lado e Kroyfiv havia desaparecido. Ali estava apenas seu escudo acima de sua roupa, o elmo acima do escudo e a lança ao lado. Perceberam também que Mankry desapareceu, e nada dele sobrou.
Rahkem correu até a janela e viu que os morto-vivos da cidade desapareceram. Apenas os corpos das criaturas ficaram ali. Ankrahmun estava salva, assim como a Cenoura da Desgraça e os outros objetos com a mesma essência que ela possuía.
Tothdral caminhou lentamente até Rahkem e viu a cidade salva. Surpreso, apenas disse:
— Kroyfiv doou sua alma aos deuses para destruir Mankry e refazer a grade mágica...
— Obrigado, Kroyfiv. — Disse Rahkem, que já havia conhecido o cavaleiro há muito tempo atrás, e acabou cedendo à emoção, deixando seus olhos cheios de lágrimas. A população de Ankrahmun comemora a vitória, deixando um tempo negro apenas nas lembranças.
Passado uma semana do ocorrido na cidade, pessoas de todo o Tibia — incluindo elfos e anões — vieram a torre Serpentina prestar uma homenagem a Kroyfiv, e também ao Djinn que lutou ao seu lado. No mesmo andar dos itens amaldiçoados — do qual fora liberado para visitantes — ficou a esquerda da entrada a sala dos itens amaldiçoados, os objetos de Kroyfiv, acima de um trono de ouro, e ao lado, um trono de prata, onde fica uma lâmpada que o Djinn que o ajudou levava junto. Todos prestaram seu obrigado ao cavaleiro, que salvou não só Ankrahmun da conquista dos morto-vivos, mas também o Tibia, pois se os itens ficassem sob posse de mãos erradas, seria um perigo para o mundo. Assim fica marcado na história da cidade desértica um episódio da Cenoura da Desgraça e seu salvador.
~Carlos
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