Olá, costumava jogar com um personagem em Dolera. Terminei sua história e dei name-change para interpretar outro personagem no lugar.
Aqui está a história dele, que eu costumava guardar no formato de um LT-RPG.
Para quem não conhece e quer uma leitura... Ai esta.
Prólogo
Spoiler: O clã de KhowretFaz-se de extrema importância a menção de um grupo tão peculiar, quando se conta a história de um aprendiz das graduações deste.
Tibia ainda engatinhava e suas terras eram pisadas por guerreiros tanto quanto misteriosos. Um deles era de especial atenção para esta história...
Ninguém sabe sua origem, mas seus feitos foram lembrados por gerações. Livros foram escritos sobre as ações do grupo que, naquela época, ele comandara. Khowret(Lê-se: côu-ret) era seu nome. Aparentava ser um humano de um metro e oitenta. Cabelos pretos, longos e presos em uma única trança. Possuia um corpo forte, causava inveja nos melhores cavaleiros de Thais. Suas vestes eram predominantemente marrom e bege, com aparência usualmente gasta. Pelo menos era assim que ele era descrito pelas pessoas que o viam. O que mais chamava atenção mesmo era seu gigantesco machado, ele o levava nas suas costas, mas este aparentava ser incarregavel por razões do seu peso. "Dono de um grande poder e responsável por muito sangue derramado" como diziam os antigos. Este machado, era chamado pelo seu dono de "Tifrion", mas foi apelidado pelos antigos carinhosamente de "destruidor de legiões".
Khowret levava uma vida nômade. Sua primeira aparição foi na cidade élfica de Ab'Dendriel. Onde ele foi responsável pelo fim de um ataque liderado por minotauros. Khowret lutava com selvageria e acabou por matar muitos elfos e muitos minotauros. Daquele dia em diante, o mundo ficaria sabendo de sua existência e o temeria ou o veneraria.
A verdade é que pouco se sabe sobre a jornada que Khowret fez, pois seus livros foram perdidos com o tempo, mas não há duvida que estes foram escritos e contem muitas informações sobre seu estilo de vida, seus guerreiros e suas conquistas.
O que pode ser contado com clareza é que Khowret não era humano, pois em um dos livros, achado recentemente pela academia mágica de Darashia relata seu aparecimento em um acontecimento 200 anos após sua primeira aparição em Ab'Dendriel.
Um fato tão misterioso quanto sua origem é seu desaparecimento. Khowret deixou seu clã ao devaneio um dia, aparentemente do nada, e desde então nunca mais se ouviu falar do tal guerreiro.
Seu clã era composto por muito de seus filhos e de guerreiros e guerreiras que os acompanhava. Seus filhos tinham características predominantes do pai. Eram fortes, a maioria possuia cabelo preto ou castanho escuro, e uma estatura mediana para alta. Eram mestres no que faziam relacionado ao combate. Fossem fortes lutadores, encantadores ou caçadores, eram peritos na luta.
Acredita-se que tais habilidades fossem passadas geneticamente para os filhos dele.
Este conjunto de pessoas tinha muitos rituais e costumes diferenciados da cultura comum. O grupo constituido por Khowret inclusive falava outra língua. Essa língua futuramente seria adotada pelos bárbaros e lentamente esquecida pelos filhos de Khowret.
Após o desaparecimento do líder do clã, este grupo nômade aos poucos foi se perdendo. Muitos viraram bárbaros, alguns aprenderam o idioma comum e voltaram a popular as cidades de Thais, Carlin e Venore. Alguns outros foram mortos por antigos inimigos.
No fundo, nenhum deles se perdeu totalmente. O sangue e a presença de Khowret havia os marcado para sempre. Suas vidas nunca seriam a mesma, isso era bom. Após a disperção, as cidades agradeceram por lutadores fortes e dispostos na luta contra as diversas invasões de orcs e minotauros, bem comuns em épocas passadas.
Atualmente, os filhos de Khowret estão mortos, pois eram humanos, ou elfos, assim como suas mães. No entanto, eles deixaram filhos mestiços carregando parte do sangue de seu pai. A cultura que Khowret levava consigo existe hoje apenas nos livros, estes perdidos nas areias do tempo por todo o continente de tibia, esperando um resgate, ou um fim severo.
Spoiler: Um aprendiz como qualquer outroRookguard é uma pacífica ilha localizada ao oeste tibiano, perto da baía dos reis. Lá são encontrados os iniciantes que pretendem conhecer o continente tibiano com espadas, cajados e arcos, ou mesmo iniciantes que pretender se tornar lendas da própria rookguard, sendo para sempre um protetor da ilhota.
Foi lá que cresceu um jovem nativo de Ab'Dendriel. Multhakos havia sido criado por elfos até os 4 anos de idade. Seus pais o adotaram pois o acharam ainda bebê em um bosque perto de sua casa. Como os elfos de Ab'Dendriel, embora estejam em harmonia com os humanos, não poderiam mais criar a criança, eles o enviaram para o único lugar o qual poderiam confiar, e este lugar erra Rookguard.
Multhakos foi recebido por Seymour, bibliotecario da academia onde encontra-se o oráculo. Seu próprio depoimento sobre o jovem seria:
"Uma peste!! Este rapaz vem me causando problemas deste que teve força para segurar uma arma. É comum encontrar aventureiros por esta ilha sempre batendo nas criaturas desejando seu primeiro combate com um monstro de verdade. Multhakos poderia ser assim!! Mas não.. Ele tinha que ser uma pagra. Certa vez aos 9 anos de idade ele roubou um machado!! Um Machado!! Você pode imaginar o perigo? Quando eu o encontrei ele estava em um bueiro, tinha matado várias ratazanas, todo feliz, com certeza que seria um ótimo combatente... E não é que ele era.."
Multhakos aventurou-se na ilha até a idade de 19. Quando ele decidiu que iria tentar o combate com seu primeiro Troll. Pedindo conselhos, foi até Seymour.
Multhakos- Seymour!! Vou caçar um Troll hoje, você vive reclamando que eles estão cavando a ilha toda.
Seymour- Rapaz, é bom que você saiba o que está fazendo. Estas criaturas não são que nem os lobos que você mata costumeiramente. Eles pensam, não são espertos, mas pensam. Podem emboscar você.
Multhakos- Não vou falhar. Você me dá permissão para sair da cidade?
Seymour- Divirta-se, tenho certeza que o sucesso voltará contigo.
O jovem rumou em direção oeste, passando pela ponte dos nobres e após isso pela muralha. Saiu correndo em direção a torre em que ele tinha certeza que haveria trolls. Com sua chegada lá ele ouviu um estrondoso berro de um Troll.
A sua frente, dentro de uma caverna em uma formação rochosa em forma de torre, estava um buraco, o cheiro das criaturas era forte, lá embaixo com certeza haveria vários Trolls cavando. Nessa formação ainda havia uma escada, e acima havia mais um buraco, lá de cima um Troll, dono do berro, o olhava.
Multhakos tira seu machado das costas mas é surprendido pelo Troll. Ele pula tentando cair sobre o jovem. Multhakos escapa do pulo por pouco, mas deixa para trás seu machado. Do buraco ele ouve um barulho.. Era como se os trolls estivessem subindo para saber o que estaria acontecendo. Multhakos prevendo esta situação saca uma marreta que carregava.
O troll que havia recem saltado foi na direção de Multhakos carregando um pequeno bastão feito de ossos. Multhakos por sua vez batia em algumas pedras soltas com a marreta no intuito de causar um deslize de pedras e tampar o buraco. Quando o troll estava a apenas alguns passos do rapaz, Multhakos acerta o golpe em um ponto crítico e algumas rochas pesadas caem sobre o buraco, o tampando.
Esta ação teve um custo, o troll o acertou em cheio com seu bastão. Multhakos cai no chão, o golpe havia lhe ferido o braço esquerdo. O troll agora larga o bastão e pega Multhakos pelas pernas, arrastando-o escada a cima.
Ao chegar no andar superior, multhakos é jogado no chão novamente. O troll pega uma pequena espada, que ele provavelmente usava de faca, e vira-se para Multhakos, dá uma risada maligna e parte para cima com a intenção de lhe cortar em pedaços. Multhakos sabia que não carregava mais armas consigo muito menos nada que pudesse usar de imediato, ele sabia que seu fim seria certo se ele não agisse.
Multhakos, no chão, prepara suas pernas para impedir o avanço do troll sob seu corpo. Quando este chega e vai esticando seu braço para perfura-lo com a espada, Multhakos estica seus pés contra o peito do Troll, parcialmente agachado. Com o braço direito, Multhakos empurra o braço do troll para a esquerda, e com seu braço machucado, ele se apoia no chão. Neste movimento Multhakos puxa o braço do troll para si e com as duas mãos pega a espada. Diminuindo a força nas pernas ele deixa que o troll avance em sua direção e o perfura no pescoço com a espada.
Após o troll ter sido aparentemente derrotado, Multhakos pega uma tocha, o último item que carregava consigo, e ateia fogo no troll. Ele sabia que trolls só morriam de fato com fogo, e assim o matou. Jogou fora a espada, desceu, pegou seu machado e voltou para a cidade.
Multhakos continuou se aventurando pela ilha, matou muitos trolls após essa aventura, mais lobos e até alguns orcs. Aos 25 anos, Seymour lhe deu uma notícia que mudaria o rumo de Multhakos.
Seymour, revelou a Multhakos que havia escondido dele já faziam 2 anos que sabia de sua origem. Multhakos ficou irritado com Seymour, mas intrigado ao mesmo tempo, gostaria de saber suas origens.
Multhakos- Por que você escondeu isso de mim por tanto tempo?
Seymou- O oráculo. Ele pediu que eu não contasse até o dia de hoje. Você está um guerreiro feito. A dois anos atras você já teria pego suas coisas e saído a nado dessa ilha se você soubesse.
Multhakos- hum...
Seymour- Você é filho direto de um guerreiro que há muito tempo pensava-se estar desaparecido. Lembra quando eu te contava das histórias dos bárbaros? Você é mais ou menos um deles. Você é filho de Khowret.
Multhakos- Khowret?? Isso já faz pelo menos 800 anos Seymour.
Seymour- Pois é, Multhakos, mas não podemos negar as evidências. Se Khowret está voltando ao tibia, ele irá trazer fortes heróis consigo, você não é o único por ai, eu tenho certeza. Não podes mais perder tempo nesta ilha. Ela está bem cuidada por Cipfried e por mim. Chegou a hora de dizer adeus, e você, de ter objetivos.
Multhakos- Será grande a saudade que você e esta ilha me farão, mas dadas estas circunstâncias, tenho muitas dúvidas que necessitam de respostas. Adeus Seymour, obrigado por tudo, você foi um ótimo padrasto.
Com estes ares, Multhakos rumou às terras tibianas, sabendo que era filho de um guerreiro sumido a mais de 800 anos. Perguntava-se onde seu pai estava, por que sumiu por tanto tempo, e quem é ele afinal.
Capítulo 1
Spoiler: Encontro incomumMulthakos pega o primeiro barco em direção a Ab'Dendriel, local onde ele escolheu fazer o começo de sua busca por respostas. Foi aos poucos vendo a ilha a qual viveu por 20 anos se distânciando, ficando cada vez menor no horizonte azul até sumir. A viagem iria durar 4 dias, era uma viagem direta, iria costeando toda a baía norte do tibia.
Multhakos carregava consigo apenas um machado que foi dado por Seymor momentos após a decisão de sair da ilha, uma corda e seu manto, o qual usará desde os 20 anos de idade após entrar em uma das cavernas para matar orcs ao norte de Rookguard. Possuia também uma vembrassa de ferro no braço esquerdo. Multhakos não gostava de usar escudos, mas dessa forma ele poderia garantir a defesa contra os ataques cortantes sem prejudicar os movimentos ofensivos do machado.
O tempo foi passando, tudo calmo, até o cair da noite. Multhakos não tinha a menor noção de navegação, por ele o caminho correto tinha sido tomado, tranquilamente dormiu na sua cabine esperando o próximo dia. Mal sabia ele que o capitão havia errado o destino. O barco estava indo para o sul, ao invés de seguir para noroeste. A situação estava apenas por piorar, quando a lua se mostrou no céu tudo piorou e o rumo tomado foi fatidicamente traçado. Quando o capitão percebeu, era tarde de mais, ele havia sido pego por uma correnteza muito forte e agora rumava sem controle direção sul.
Deveria ser em torno de 3 e meia da manhã quando Multhakos pulou da sua cama, acordado por um forte barulho e risadas. O guerreiro pegou seu machado, vestiu sua vembrassa e juntou-se a porta para averiguar o que acontecia. Olhou por uma fresta que a porta tinha e notou homens estranhos usando roupas listradas, de média estatura rindo no convés. A tripulação estava sendo ameaçado por estes homens. Eram piratas, logo pensou, de fato ele estava correto e a evidência crítica disso foi a risada do líder do grupo "YAAR-HAR".
Multhakos notou que estavam ancorados, o barco estava preso a um cais. Aparentemente a recepção a esse lugar teria sido um ataque pirata. O jovem logo teve seus pensamentos interrompidos sendo forçado para trás com a abertura da porta a qual ele estava a olhar através.
Um dos piratas abriu a porta e notou Multhakos, logo ele tratou de avisar em alta voz:
"Capitão, achei mais um!! E este está armado!". Virando-se para o jovem, o pirata anuncia:
"Mantenha essa arma onde ela está agora, e você ficará bem."
Multhakos em tom desconfiado- "O que vocês estão tramando, quem são?"
Pirata com um som superior- "Yar, somos piratas imbecil. Não mexa conosco. Agora vire-se vou amarrar você, quase pareces uma ameaça falando dessa forma"
Ao redor piratas vinham se aproximando, mas Multhakos estava tomando pela indecisão. Esta era de longe a pior situação que ele já havia se metido. Pior do que lutar contra qualquer grupo de Orcs. Os humanos possuem inteligência, e sem conhecimento do local, poderiam ser altamente perigosos. No entanto seu instinto de auto-controle não resistiu e Multhakos esmurrou a cara do pirata a sua frente com força.
A força que foi aplicada no golpe foi tanta que foi capaz de nocautear o seu alvo. Ao ver que Multhakos não estava cooperando, os piratas trataram de se aprontar para combate. Sem sacar armas nem nada, apenas cordas. O seu capitão olhada atentamente a ação dos seus subordinados em silêncio. Até aparecer uma figura ao seu lado, que também permaneceu-se em silêncio. Os piratas invadiram o quarto onde Multhakos estava e estavam começando a rodea-lo. Sem usar seu machado, o guerreiro resiste com chutes, socos, empurrões e cotoveladas. Consegue nocautear mais 4 piratas, no entanto foi subjulgado pelos outros 3 que conseguiram o atar, mãos e pés.
Capitão impressionado, para a pessoa que havia chego ao seu lado - "Uau, olhe para ele Thanor. Nocauteou cinco dos meus homens até cair."
Thanor em tom calmo - "Talvez você precise trocar o seu pessoal, desde quando você navega com homens que desmaiam com um soco?"
Capitão - "Yarhahaha olha Thanor, creio que meus homens estão diante de um belo e forte escravo, quanto será que podemos conseguir com ele? Duas mil peças de ouro, será?"
Thanor novamente calmo - "Sabe Boszik, acho que eu lhe pago as duas mil peças de ouro para você libertar esse rapaz."
Capitão Boszik perplexo - "Você está falando sério? Thanor.. Thanor.. Você está velho.. Se precisa de uma mão, tome-o, é de graça. Pelas nossas batalhas no norte!!"
O tal de Thanor se aproxima de Multhakos e faz um feitiço estranho. As cordas se desatam do guerreiro e se retraem em movimentos imitando uma serpente. Multhakos esta mais uma vez livre, ele levanta-se e olha para Thanor, sem entender. Thanor pede para que ele então o siga.
Multhakos instigando - "Por que eu deveria?"
Thanor calmamente - "Você não deve, mas não sabe onde está, posso te mostrar a cidade."
Multhakos confuso - "E os tripulantes do barco?"
Thanor faz um sinal para o capitão, e este anuncia para seus piratas "Certo pessoal, quero ver todo o dinheiro desse barco tomado, convidem todos os tripulantes para tomar um rum na caverna, eles pagarão a rodada hoje. Amanhã, se eles se comportarem, a gente faz eles pagarem o café da manhã e os liberamos"
O convés entra em festa. Multhakos nunca havia visto piratas, mas as histórias que ele ouvira sobre eles tinham fins bem mais trágicos para os barcos pilhados. Thanor nota a confusão passando pelo olhar do jovem e trata de lhe explicar:
"Rapaz, você está em uma cidade chamada Liberty Bay. Aqui a guerra entre piratas é proibida. Você pode nunca ter adivinhado, mas o capitão de seu barco também é um pirata. E hoje, ele perdeu uma disputa amigavel."
Multhakos - "E eu virei, um escravo, é isso?"
Thanor retruca calmamente - "Você aparentemente era mercadoria rapaz, mas esta livre. Boszik é um capitão excelente que segue a conduta pirata, não se preocupe com sua liberdade nem com a de seus amigos e sim com seu bolso."
Multhakos se debate e repara que estava sem sua corda e sua mochila, a qual ele usava para guardar um pouco de dinheiro, suficiente apenas para alguns dias de mantimentos.
Enquanto Boszik retirava o barco o qual Multhakos havia chegado do cais e ia em rumo sul, Thanor andava lado a lado com o guerreiro em direção ao farol. Lá eles conversaram por mais uma meia hora, até que Multhakos finalmente entendeu o que havia ocorrido e se acalmou.
Multhakos desapontado - "Pirata, o capitão do meu barco era um pirata também..."
Thanor calmo - "Multhakos acalme-se. Aproveite a cidade, você é uma figura forte, não pode se meter em problemas."
Multhakos - "Ok, me diga.. Por que eu devo confiar em você.. Porque você está confiando em mim? Eu tenho um machado."
Thanor ainda calmo - "Vamos tomar um rum na taverna. Eu vou te explicar o que procuro."
Multhakos cede ao velho Thanor e aceita ir até a taverna. Sem lugar para ir, sem dinheiro para ir para Ab'Dendriel, e mais importante ainda, sem saber como fazer isto, Multhakos ve-se obrigado a dar ouvidos a esse velho que ao seu ver, era um velho mago louco.
Na taverna, o então velho que se chamava Kal Thanor e o jovem Multhakos beberam, conversaram, e por fim ficaram bêbados.
Multhakos já bêbado - "Então, Kal Thanor, o que é você? No mínimo um fajuto ilusionista de cordas.. Hic!!"
Kal thanor também bêbado - "Estou bêbado rapaz.. Hah.. Mas quer saber, este ilusionista aqui ainda poderia chutar a sua bunda.. Sem mexer o pé.. hahaha"
Multhakos sorrindo - "Nada disso Kal!! Eu sou filho do grande guerreiro Khowret!! Você não é pareo para.. Hic!!.. hahaha"
Kal Thanor para por um momento e analisa Multhakos. Um jovem de estatura média-alta. Carregando um machado, cabelo castanho escuro, dotado de um força física incomum. Kal Thanor de fato viu verdade nas palavras de Multhakos, mas percebendo que ambos estavam falando asneira, ele deu risadas, e ambos voltaram a beber, até o dia nascer.
Multhakos acorda em uma cama, já havia passado da metade do dia, Kal Thanor estava em pé na janela do quarto, pensativo.
Multhakos com voz de quem acabou de acordar - "Argh.. Por que eu estou aqui?"
Kal Thanor responde sem virar-se - "Eu não podia deixar um filho de Khowret dormindo em uma taverna suja..."
Multhakos senta-se na cama e fala em um tom que pede respostas:
"Senhor, sinceramente... Você não me falou quem eis."
Kal Thanor virando-se para Multhakos - "Rapaz, sou Kal Thanor. O que mais queres?"
Multhakos olhando para baixo - "Você é um mago, me desatou sem me tocar, mostrou interesse por mim desde o momento que me viste batendo nos piratas, o que queres? Quem você é?"
Kal Thanor - "Ok rapaz, você me pegou.. Sou um mago. Estudei magia arcana nas geleiras ao norte do tibia. Lar dos bárbaros nórdicos e das águas congeladas. Estudei muito a cultura de Khowret, os bárbaros se originaram dela afinal.. Os guerreiros antes da tribo dele deram inicio a cultura hoje conhecida como barbárica...
Durante todo este meu estudo, descobri que Khowret tinha um propósito. Eu não sei qual.. Mas tenho certeza que irei descobrir. A 26 anos atras eu conheci Khowret pessoalmente, foi uma aparição rápida para mim, e ele só me disse que eu iria encontrar um de seus filhos em Liberty Bay."
Multhakos parecia intrigado com o que o velho mago falava, parecia surreal de mais acreditar que algo aconteceria daquele jeito, mas as palavras de Thanor de certa forma pareciam verídicas, e nesse tom ele continuou...
"Não soube ao certo o que deveria fazer, mas sinais que eu estudo me fizeram acreditar que eu devesse ensina-lo algumas coisas. Você cresceu sem pai nem mãe. Faz sentido quereres ir para Ab'Dendriel visto que teus pais adotivos eram de lá... Mas me escute rapaz, seja lá o que Khowret quer, ele me pediu para que eu o encontrasse aqui."
Multhakos - "Mas eu não sou o único filho de Khowret."
Thanor - "Certo. Mas você foi o primeiro que eu encontrei. Isto é simplesmente muita sorte para parecer acaso. Eu te ajudo a ir para Ab'Dendriel, mas primeiro terá que passar alguns meses treinando aqui na cidade."
Multhakos no fundo acreditava nas palavras de Thanor, simplesmente era muita conhecidencia para simplesmente ignorar os fatos. Seu barco havia mudado de rota completamente, de todos os piratas de Liberty Bay, ele teria sido abordado por Boszik, conhecido desse velho, que teria aparecido na hora em que ele começara a lutar. Multhakos por um instante pensou, e logo após respondeu:
"Se isto for me trazer respostas, aceito o desafio de treinar com você."
Thanor rapidamente foi até seu armário e pegou umas vestimentas. Então vista-se, entregando as vestes a Multhakos.
Multhakos - "O que é isso?"
Kal Thanor - "Roupas nórdicas. Khowret usava parecidas com essas, vista-se logo, vai fazer você se sentir mais próximo de suas origens.. Começamos o treino amanhã. Refira-se a mim como mestre a partir de agora!"
Os meses se passariam, e a rotina seria a mesma. Multhakos acordaria cedo, encontraria com seu agora mestre Kal Thanor a beira da costa pantanosa de liberty bay, e lá iria preparar-se para sua vida como um dos filhos de Khowret. Não era uma tarefa fácil mas ele estava ávido por conhecimento e de certa forma, sedento pelo poder que Kal Thanor poderia lhe dar.
Capítulo 2
Spoiler: Desvio IncondicionalMeses se passaram e o treinamento de Multhakos com Kal Thanor apenas se tornavam mais difíceis.
Por vezes o treino era simplesmente correr no pântano, fazendo com que Multhakos desenvolvesse pernas fortes e tivesse uma agilidade melhor. Outras vezes era de desviar dos ataques de insetos e do próprio mestre Thanor. Talvez o treino que mais tenha surtido efeito fora o de combate. Multhakos passaria horas, até a exausão tentado derrubar Thanor, que por mais que se visse pego em algumas investidas, tinha poder mágico o suficiente para não se abalar e continuar a luta.
Por fim, em um dia, que pareceria ser mais um dia regular, Kal Thanor avisa a Multhakos que por hora, o treinamento seria parado.
Kal Thanor - "Está na hora de você enfrentar um inimigo de verdade, um que queira seu sangue derramado ao chão e sua cabeça de prêmio."
Multhakos - "Entendo mestre. Já enfrentei orcs e trolls, com todo o treino que recebi de você acho que estes seriam apenas bonecos prontos para serem quebrados".
Multhakos sentia-se muito mais confiante, tinha noção de seus limites e estava realmente pronto para um teste de suas novas técnicas. Nesses meses de treino, Kal o ensinou técnicas de combate que ele havia aprendido nas terras nórdicas junto com os bárbaros. De fato, agora Multhakos agia de forma similar a um, com a diferença que era mais educado, pelo fato de ter crescido em terras civilizadas, mas isso poderia ser visto como uma qualidade a mais.
Kal Thanor conduziu Multhakos até o cais de Liberty Bay. No local, estava o capitão Boszik e sua tripulação, preparando um barco. Kal vira-se para o capitão e fala:
"Bom dia capitão, Multhakos encontra-se pronto para partir, você pode dar uma carona para ele até a baía dos reis, certo?"
Boszik - "Certamente seu mago louco, se ele souber remar, posso largar ele lá perto hahaha"
Multhakos sem entender olha para Kal pedindo por respostas. Kal Thanor começa a explicar-se.
"Ouça bárbaro, com atenção pois não pretendo delongar a partida de Boszik. Tenho um amigo, um anão. Ele trabalha nas minas a oeste de Kazordoon. Recentemente ele tem encontrado problemas com minotauros. Até onde a hisória conhece, Khowret lutava muito contra essas bestas. Vamos botar suas habilidades a prova, encontre Budrik, na segunda mina sentido norte-sul. Fale que você esta lá a meu pedido, ele com certeza irá trata-lo como uma mão amiga."
Multhakos parecia interessado e decidiu ir. Se despediu de Thanor e adentrou o barco do capitão Boszik. O barco era organizado, nem parecia uma embarcação pirata, se não fosse pelas bandeiras negras com o semblante da caveira e dos ossos, assumiria estar em um barco mercantil comum. A madeira e a estrutura do barco pareciam bem cuidadas, e claramente cada marujo sabia o que estava fazendo... Estavam empurrando barris de rum para baixo do convés. Seria uma viagem rápida.
Boszik tratou de gritar ordens para seus "cães com escorbuto". Ele berrava, com todo o êxtase que parecia sentir ao navegar sendo um líder pirata. A tripulação obedecia e o navio saiu rápidamente do cais rumo norte. A hierarquia ali era clara e Multhakos logo percebeu que cedo ou tarde iria ser posto para trabalhar. Dirigiu-se então para o andar superior do barco, onde encontrava-se o leme e Boszik.
"Capitão, como posso ajuda-lo?"
Boszik - "Yahaha, você só pode estar brincando Multhakos!! Thanor me falou quem você é. Não quero que seu pai venha aqui quebrar meu barco em pedaços, se as lendas são verdades acho que ele me usaria de palito de dentes hahaha."
Multhakos claramente irritado - "São lendas, Boszik. Não quero ser tratado como uma."
Boszik - "Certo, certo rapaz. Então prepare sua canoa. Em cerca de 15 horas estaremos passando pela baía dos reis, farei uma aproximação, mas não posso parar o navio, você ira a remo. Aproveite e quando você estiver pronto, bote ordem no pessoal que estiver bebendo vinho antes do cair da noite."
Multhakos fez sinal com a cabeça de que sim e foi desatar sua canoa dos nós. Boszik estava navegando a uma alta velocidade, o vento batia nas velas e as bandeiras negras balançavam no alto dos mastros que pareciam tocar o céu azul. O sol raiava forte, e após algumas horas sua força foi lentamente diminuindo até que a lua e o sol tibiano dividiam o céu em uma mistura de luz e sombras. O tom avermelhado tomou conta do céu e o capitão anuncia.
"Marujos!! Hora de honrarmos nosso título, beberemos rum!! As correntes seguras da baía nos levarão rumo norte."
O convés vai aos poucos se esvaziando ao movimento dos piratas entrando para baixo do convés onde estavam estocados os barris de rum. Multhakos manteu-se a observar o céu e a montanha no horizonte.
Boszik chega até ele e lhe fala - "Rapaz, logo você descerá do barco, hoho. Vê aquela montanha? É Femor Hills, a sua direita é Kazordoon. Seu destino é navegar para lá, perto da terra você já verá algumas minas de ferro."
Multhakos não respondeu. Sua vontade era ficar calado e olhar para as magníficas montanhas. Ele pensava como era a vida a um milênio atrás. Imaginava dragões voando sobre as montanhas, atacando os anões, todas as guerras possíveis entre as várias raças, guerras que estavam acabando, mas ainda aconteciam.
"Canoa preparada!! Está na hora!!" - Boszik gritando para Multhakos.
Multhakos sai do seu estado de sonho acordado e vai em direção á Boszik.
"Obrigado capitão, sua hospitalidade é notória."
Boszik lisonjeado - "haha, de nada de nada. Ouça, pegue a correnteza que acharás navegando a noroeste, encontrarás a terra firme em menos de uma hora."
Multhakos e Boszik se despedem informalmente com um balançar de cabeça e o guerreiro joga-se ao mar na sua canoa através de um mecanismo de cordas e alavancas. Chegando na água Multhakos pega um machete que tinha em sua cintura e corta as cordas que prendiam a canoa ao navio, estava agora nas águas razas da baía dos reis.
Navegou tranquilo usando uma tocha para ver os remos e ele chegou em terra firme de fato em uma hora. Juntamente com sua chegada, a lua havia tomado conta dos céus e agora haviam apenas vagalumes e sombras em toda a área. Com sua tocha em mãos Multhakos decidiu seguir rumo oeste onde havia visto as entradas das minas da sua canoa antes do breu tomar conta da sua visão.
Aproximando-se de uma rocha, que seria a entrada da mina, Multhakos ve vultos correndo saindo da caverna e saindo correndo para o norte. Multhakos acelera o passo para a entrada da mina e vê um minotauro. Ele estava ensanguentado, segurando um machado simples. O minotauro tinha aproximadamente 2 metros de altura, era aproximadamente 20 centimetros mais alto de Multhakos, possuia apenas o chifre esquerdo e estava claramente irritado com a aparição de um humano a sua frente.
O minotauro armado do machado, fazia menção de correr para o mesmo lado que os vultos correram, mas como em sua visão encontrava-se Multhakos, a criatura faz uma investida com sua arma na direção do bárbaro.
Multhakos joga sua tocha ao chão, com seu machado na mão direita e a mão esquerda pronta para defletir alguma ataque ele prepara-se em uma instância defensiva.
A aproximação do minotauro fez-se imediata e a criatura balança seu machado tentando acertar o guerreiro, que também faz a mesma movimentação. Os dois machados se batem, faíscas geradas pelo metal conflitante aparecem e quase de imediato o bárbaro usa sua outra mão no machado para vencer a força do minotauro e condizuir os dois machados em direção ao chão.
Os dois combatentes seguram seus machados já tocando o chão. Multhakos faz uma investida contra o minotauro, acertando seu ombro no peito da criatura, que é empurrada para trás sendo forçada a deixar seu machado ao chão. Agora com mais espaço, o guerreiro dá um grito de guerra, pega os dois machado e pula em direção a criatura com ambos os machados acima da cabeça para um golpe final.
Ouve-se um mugido forte, Multhakos estava sobre um corpo agora sem vida de um minotauro. Dois machados encravados no peito, um golpe preciso no coração e outro no pulmão direito. Multhakos vê uma luz dentro da mina, era um anão claramente chamando-o para dentro. O jovem bárbaro pega seu machado e entra na mina, abandonando o minotauro recém morto e sua tocha prestes a apagar.
Dentro da mina o anão já se anuncia:
"Você luta muito bem humano!! Agradeço sua presença aqui! Que Durin o proteja, preciso muito de sua ajuda."
Multhakos lançou um olhar neutro para o anão. Sua presença daria medo a qualquer anão desarmado como o que estava em sua frente. Suas calças ensanguentadas pelo minotauro e seu machado pingando sangue ainda fresco da morte que ele havia causado, juntamente com o olhar que continuava a manter-se neutro.
"Meu nome é Budrik, estes minotauros vieram, roubaram capacetes, ferro e a alma de muitos dos meus mineradores a troco de nada!! Nunca Fizemos nada para eles!"
Multhakos agora mostrando desconfiança - "Não fizeram nada mesmo? Um conflito racial gratuíto?"
Budrik - "Sim sim!! É culpa do minotauro chamado Horned Fox, ele quer meus minérios!!!"
Multhakos mostrando-se mais receptivo - "Certo Budrik. Fui enviado por Kal Thanor para procurar por você, parece que dei sorte e já o encontro com uma calorosa luta. Parece óbvio que você odeia minotauros, mas antes de eu sair cortando cabeças quero que você me explique verídicamente o que está acontecendo"
Budrik, um anão de cabelos vermelhos e estatura mediana para um anão, estava claramente mais calmo após o anuncio do nome de Kal Thanor. Começou a explicar para Multhakos sobre os inumeros conflitos entre os anões e os minotauros, conflitos que haviam cessado fazia tempo, mas estavam por reacontecer.
Budrik ofereceu uma cama para Multhakos ali mesmo na mina, em um pequeno alojamento onde ele mesmo iria passar a noite. Antes dos dois irem dormir na pequena sala, Multhakos concordou ir atrás do Horned Fox, honrando a palavra que tinha dado para Kal Thanor em ajudar o anão.
Capítulo 3
Spoiler: Assalto ao esconderijoNa manhã seguinte, após longas e boas horas de sono sob a mina dos anões, Multhakos acorda e é recebido por alguns relativos de Budrik. A ele é oferecido alguns cogumelos como desjejum e uma bebida não alcólica marrom-escuro com gosto que lembrava cerveja. Após preparar-se, vestir seu novo traje bárbaro composto por uma cota de couro pesado, calças de couro de urso e sua vembrassa de aço, Multhakos estava pronto para começar sua caçada ao Horned Fox.
Antes de sair da mina ele passa pela sala onde Budrik estava, e este o da algumas instruções e direções.
Budrik - "Que bom que acordou disposto meu bom. Hoje o dia vai ser longo para todos nós. Uma patrulha de guardas vieram diretamente de Kazordoon durante seu sono. Eles avisaram que conseguiram achar o esconderijo do Horned Fox. Você irá precisar ir rumo sul, passando por uma ponte, lá você se vera em uma área montanhosa. Procure por um pequeno buraco, escondido ao lado de uma macieira. Este buraco o levará para um complexo sub-terrâneo. Há fortes indícios de que lá você encontrará o esconderijo da Horned fox."
Multhakos em tom de dúvida - "Budrik, não quero duvidar das informações que os guardas lhe deram, mas francamente... Ontem vi vultos indo direção norte, creio que eram os minotauros, dado que antes de entrar na mina a primeira coisa que vi foi uma destas criaturas... Não faz sentido o esconderijo ser ao sul."
Budrik pensativo - "Você tem razão... Mas acho que estamos lidando com uma força maior aqui. Horned Fox é um famoso minotauro, conhecido pela sua inteligência. Rumores dizem que ele pode inclusive escrever na linguagem comum!! Acho que ele é um ótimo guerrilheiro e pode muito bem ter enganado aos seus olhos e ido rumo sul, algo desse tipo. A guarda de Kazordoon raramente falha."
Multhakos ajeitando-se para sair - "Se você diz, acredito anão. Vou-me agora, aguarde meu retorno."
Multhakos sai da caverna. O sol raiava alto, céu azul lípido. Nas redondezas o barulho de anões trabalhando com picaretas era alto notável. As minas não paravam, eram a principal fonte de gemas e minerais do oeste de Tibia, quem sabe de todo o próprio continente. Kazordoon era famosa por três coisas, sua cerveja, amarga cmo nenhuma outra, capaz de deixar até um anão bêbado. Sua população baixinha e facilmente irritável composta pelos mais dedicados e leais anões. Por fim, seus minérios, de longe de melhor qualidade possível, usado para fazer os adornos da Rainha Eloise e até partes da coroa do rei Tibianus.
Pela entrada de tais minas andava agora o nosso guerreiro, passo de marcha, sempre atento as encostas das montanhas. Ele já havia passado pela ponte a qual Budrik havia mencionado, havia lutado contra ursos e lobos, coisa que já tinha se tornado fácil para o guerreiro. Faltava-lhe apenas achar a entrada da caverna.
Apos cerca de uma hora procurando a tal macieira que esconderia a entrada do complexo, Multhakos avista dois minotauros. Eles começam a ir em direção oeste, para a encosta da montanha.
Logo se abaixando atrás de alguns arbustos, Multhakos olha atentamente e começa a segui-los mantendo-se sempre coberto pela vegetação mediana.
Após alguns instantes os minotauros param em frente a uma árvore e somem de sua visão. O buraco havia sido encontrado.
Multhakos logo se apronta e vai em direção a árvore onde havia visto os minotauros por último. Ao chegar no local ele ve o buraco, nada escondido, apenas a macieira tampava toda aquela caverna do resto do mundo, lógicamente os tais guardas anões viram uma cena parecida com a que Multhakos acabara de presenciar e reportaram a Budrik.
"Grande guarda" pensou Multhakos em tom irônico.
Multhakos pula para o nível inferior, chegando ao solo da caverna. Parecia uma mina rudimentar. Claramente aquele complexo havia sido cavado pelos minotauros, mas não possuia nada ilustre, iluminação baixa a base de tochas, teto muitas vezes sem sustentação, e passagens totalmente escavadas, sem portas ou qualquer tipo de portal trabalhado, apenas buracos.
Dificil não notar um humano entre os minotauros, tal clara diferença logo chamou a atenção de um arqueiro minotauro que estava ali perto. Multhakos estava em maus lençois. Não por não conseguir matar um minotauro, mas por estar sozinho em território inimigo, principalmente depois que o tal arqueiro gritou algo na lingua dos minotauros. O guerreiro não sabia o que a criatura tinha falado, mas com certeza não era algo bom.
Multhakos sem pensar arremessa o machado no minotauro, o acertando na cabeça. Seu alvo caia agora no chão, via-se sombras pelos corredores, outros minotauros estavam por vir. O túnel o qual Multhakos estava possuia duas direções, norte e oeste. O arqueiro tinha vindo do túnel do norte. Já que a arma de Multhakos estava no corpo do arqueiro, o guerreiro toma rumo norte, correndo pelo túnel, passando pelo corpo de seu adversário e recolhendo seu machado.
Mais a frente no seu caminho encontravam-se aqueles dois minotauros que Multhakos havia visto. Agora mais de perto ele pode perceber que eles usavam uma cota de malha e estavam armados com espadas, a pior parte para o nosso aventureiro é que eles estavam indo na direção dele.
O minotauro mais a sua esquerda balança a arma em um corte de cima para baixo, o qual Multhakos deflete com sua vembrassa, posta no seu braço esquerdo. Ao mesmo tempo, o minotauro da tenta furar o humano com a espada em direção do peito. A resposta para esse golpe foi uma esquiva para a esquerda do lutador.
Ao mesmo tempo que Multhakos se esquiva para a esquerda ele empurra o braço do minotauro que havia recem ter seu ataque defletido pela vembrassa, deixando o peito da criatura exposto. Multhakos chuta, com o pé direito o peito do monstro e gira para a esquerda, acertando o minotauro da direita com o machado após completar o giro.
Antes mesmo que o minotauro remanescente pudesse pensar, Multhakos já pula com seu machado em sua direção e termina sua vida ferindo-lhe no pescoço. Sem tempo para recolher espólios, Multhakos corre, continuando seu trajeto pelo túnel.
O bárbaro continuou seu caminho pelo túnel, teve de lutar com vários outros minotauros. Cerca de 12, não simultâneamente o atacaram até que ele achou um outro buraco, que o levaria para um andar superior. Usando uma corda o guerreiro conseguiu subir e passar o buraco, saindo em uma sala de pedra, parecia o interior de uma montanha. Nessa sala haviam vários minotauros mais bem preparados. Estes tinham escudos, armaduras mais detalhadas, alguns possuíam capacetes e todos estavam armados de machados. A sala contia uma mesa, fogueiras entre outros objetos não muito comuns pelo resto da caverna onde ele já havia passado. Ao olhar do guerreiro, ele se encontrava em um local onde a casta dos ocupantes era superior à mesma dos ocupantes um nível abaixo.
Os minotauros ali presente foram atacar o humano recém avistado. Eram 4 ao total. Dois estavam muito bem equipados, enquanto os remanescentes eram arqueiros. Multhakos corre na direção da mesa que havia ali perto, em um movimento ele há vira e toma proteção contra as flechas dos arqueiros.
As flechas batiam na mesa, e ficavam ali presas, um dos guardas estava dando a volta na mesa para atacar Multhakos, enquanto o outro pulou sobre a mesma caindo ao lado do guerreiro, que encontrava-se agachado.
Multhakos usa seu machado e consegue acertar a perna do minotauro ao seu lado, esta estava sem proteção, o minotauro, sem ação e soltando um estridente berro, cai ao chão sem força na perna acertada.
Enquanto o outro minotauro se aproximava, Multhakos jogou seu machado no arqueiro, acertando seu peito e derrubando-o. O outro arqueiro que estava ao lado da criatura agora no chão, estremesse de medo e tenta ajudar o colega recém acertado pelo machado.
O outro minotauro faz uma estocada contra Multhakos usando o escudo, este por sua vez usa ambos os braços para tentar segurar o avanço da besta. Seu esforço é em vão, o minotauro era tão forte quanto o bárbaro e os dois ficam parados no lugar fazendo força. Até que o minotauro por fim acerta uma bordoada no guerreiro usando o escudo.
Sendo arremessado por cima da mesa, Multhakos se ve cara a cara com o arqueiro, que aponta seu arco para o guerreiro.
"AaaaaaaaaaaaaaHh" grita o humano ao receber uma flechada pouco abaixo da clavícula. A armadura tinha o protegido contra a flechada, que poderia ser mortal, mas a dor continuava existindo.
Em fúria, o bárbaro foi até o minotauro e o acerta com os dois pés, derrubanto tanto a criatura quando ele mesmo. Recolhendo seu machado do corpo do minotauro no chão Multhakos entra em um frenesi e termina o combate na sala matando os combatentes remanescentes.
Após o combate, o guerreiro retorna a consciência, vendo todos os corpos no chão e percebendo que o nível das lutas estava alcansando um patamar maior, pensou estar no caminho certo. No entanto, o barulho causado pelo seu duelo parecia ter avisado o resto da aparente fortaleza da sua presença. Multhakos avistou no fundo da sala uma escada, notou que por aquela estavam descendo minotauros.
Um a um eles foram sendo mortos por Multhakos, que agora subia pela escada coberto de sangue que não era seu.
As salas pelas quais ele passava pareciam casas normais de um esconderijo típico de foras da lei. Se não fosse o fato de tudo ser grande e estar lotado de minotauros, seria conveniente dizer que ali era o centro operacional de uma organização de ladrões de alta classe. Tanta classe que seus lutadores eram dispostos a dar sua vida para proteger o tal local.
Multhakos cada vez mais cansado vasculhou um bom número de salas daquele local. Haviam ali muitos minotauros, a certeza de que não seria capaz de lidar com todos sozinho era latente em sua cabeça. Após matar um guarda alguns andares acima de onde ele originalmente tinha vindo, notou que mais um lance de escadas e estaria no topo daquela montanha, conclusão tirada por ver o céu azul por um buraco no teto o qual havia uma escada dando acesso.
Antes de subir aquela escada, Multhakos avistou um baú. Até agora, mesmo olhando em várias salas, o guerreiro não havia encontrado o Horned Fox, muito menos sinais do mesmo. Aparentemente os minotauros ali estavam sendo organizados por algum líder, líder o qual não foi encontrado na expedição que Multhakos fez sozinho.
Com a visão do baú, a esperança de encontrar alguma pista de Multhakos renovou-se. Tal esperança tornou-se ainda mais forte por achar, no baú, um capacete de minerador aparentemente feito para anões e um pedaço de papel. Neste pedaço de papel estava uma mensagem, assinada com o nome de "O Horned Fox".
Embora Multhakos não tivesse encontrado o próprio minotauro, ele agora tinha certeza que estava no caminho correto. Botando o capacete na sua mochila, Multhakos subiu a escada rapidamente. Só para ser bem recebido por um minotauro usando vestes roxas e um cajado.
Multhakos estava no topo de uma rocha, como havia suspeitado era uma montanha. Do lugar que ele estava ele pode ver que tratava-se de fato de uma fortaleza, não apenas um mero esconderijo. Ele deveria estar a uns 30 metros de altura, A montanha ficava em uma pequena ilha. Conseguia ver as minas, algumas montanhas e o oceano.
Antes que conseguisse apreciar mais um pouco a vista, o minotauro de vestes roxa o lança um feitiço de cunho elétrico. A força gerada pela magia e o fato de que Multhakos encontrava-se cansado, o arremessou para fora da montanha. Multhakos agora caia em direção as águas abaixo da montanha. Olhando para baixo e fazendo o possível para calcular a aterrizagem, tudo que o jovem bárbaro esperava era não bater em nenhuma pedra submersa.
Capítulo 4
Spoiler: Natureza incerta"Splash!!!!!"
O bárbaro cai com segurança nas águas da baía do rei, econtrando-se em segurança entre as ondas. O guerreiro estava debilitado, sentia uma dor em seu machucado na clavícula, onde havia sido atingido por uma flecha, e agora o sal do mar o fazia perder a concentração em meio a dolorosas pontadas.
Nadar até o primeiro pedaço de terra alcansável fora da ilha fora totalmente exaustante e doloroso. Multhakos encontrava-se cansado mas ainda tinha que andar até a mina onde encontraria Budrik novamente.
Suas vestes pesadas devido ao fato de estar molhadas somadas ao cansaço e os ferimentos do guerreiro tornaram sua viagem de volta cansativa e longa. Desta vez ele deu sorte e não encontrou nenhuma criatura. Momentos antes do crepúsculo, Multhakos regressa à mina onde, de cansaço, entrega-se aos anões e deita-se a alguns passos da sala de Budrik.
Multhakos, enquanto dormia, teve sonhos estranhos. Via túneis enormes populados por sombras, uma cidade subterrânea derrepente tomava conta de sua visão. Muitos risos maléficos, barulho de espadas se batendo, a cidade agora se distanciava, sua visão corria voltando pelos túneis. Parava, em frente a uma caverna, onde um minotauro o olhava, com um semblante irritado. Da caverna, olhos vermelhos se fazem visíveis... Uma criatura se levanta e o fogo toma conta de sua visão. Multhakos acorda assustado.
Era alta noite já.. Multhakos estava na cama onde havia dormido no dia anterior.. Seus machucados estavam tratados e ele se sentia melhor.. Embora ainda chocado com o sonho que havia recém sonhado. O guerreiro anda então até a sala de Budrik. Ao chegar lá avista o anão, claramente pertubado andando de um lado para outro, tinha em mãos o capacete que Multhakos havia resgatado do esconderijo. Suas mãos tremiam e seu rosto suava frio, algo em sua mente não fazia sentido, e claramente não o deixava em paz.
Multhakos - "Você parece preocupado. É por que mexeu na minha mochila, ou tem outra razão?"
Budrik - "Oh Multhakos, que bom que acordou... Mil Perdões, não pude deixar de notar o capacete..."
Multhakos, o interrompendo - "Fala logo, já deu de perceber que não é minha mochila... O que aconteceu na minha ausência?"
Budrik com tiques nervosos - "Não consigo acreditar... Tenho certeza que você não achou o Horned Fox lá, pior ainda... Os minotauros vão continuar atacando nossa raça... Liderados por esse fora da lei... Este Horned Fox... Por vezes acho que nem os minotauros gostam dele!!!"
Multhakos - "Eu nunca te falei que eu não havia encontrado a criatura..."
Budrik interrompendo Multhakos - "Sim, eu sei!! Algo pior aconteceu. Há traidores entre os anões!! Você pode imaginar isso!!! Anões são leais, humano. Leais!! E estão sendo leais a esse minotauro conflitante... A muito tempo vivemos em paz, agora parece que parte da guarda real está traindo o próprio rei!"
Multhakos levemente espantado e pensativo - "Você acha que a guarda real apontou para o esconderijo sabendo que o Horned Fox não estava lá?"
Budrik - "Pior humano.. Pior!! Eu acho que eles estão encobrindo este minotauro maldito. Acho que há marcas dessa escória em Kazordoon!!"
Multhakos prontamente - "Acho melhor eu investigar..."
Budrik o interrompendo - "Isso já está alem de nós. Isso vai virar guerra... Você está lidando com uma nação e seus traidores, não é tão simples..."
Multhakos - "Não sou burro. Não me julgue. Pensas que vou chegar na frente de teu rei, levantar meu machado e acusar seus protetores de traição? Serei morto!"
Budrik mais feliz - "Multhakos!! Tenho uma idéias.. Vá para Kazordoon agora. Um de meus túneis o levará para o meio da cidade com segurança. Siga para a parte nobre da cidade, aproveite a calada da noite para agir. A guarda real patrulha aquelas áreas e seu nome já deve ser do conhecimento deles, visto que falei de você para eles antes de você acordar no dia de ontem. Se há realmente uma porção corrupta da guarda, você pode avisar-lhes diretamente, usando o seu e o meu nome."
Multhakos - "Parece uma idéia um tanto quanto inusitada... Mas acho justo, com esse conflito todo não temos noites a perder..."
Multhakos pega sua mochila, machado e vestes e, estas limpas pelos anões enquanto dormia, ruma pelo túnel de Budrik que daria na cidade dos anões. O túnel era organizado, tinha tochas iluminando todos os trechos, placas de aviso com a distância até o destino, vigas para sustentação, evitando um colapso. Se o túnel não contasse com algumas aranhas, seria perfeito.
Algumas poucas horas depois, Multhakos ve uma escada e uma saída, o túnel acabava ali, lógicamente, se Budrik estava certo, seria a entrada para Kazordoon. Um objeto de metal pesado bloqueada a saída pela escada, mas Multhakos consegue empurra-lo para o lado. Colocando o objeto de ferro de volta no local, tampando o buraco, Multhakos se vê em uma sala cheia de barris gigantes, aparentemente de cerveja.
Ao seu lado, ele nota um barril de aproximadamente 3 metros de altura, a sala estava cheio desses. De onde ele estava agora, a passagem se tornava quase invisível, se fosse julgar, diria que a população de Kazzordoon não sabia da existência dessa ligação com as minas. A sala em si era bem iluminada, o chão estava um pouco sujo, nada muito grave, o teto era baixo, cabiam os barris apenas, com pouca folga. Ao fim da sala, Multhakos ouve barulho.. Anões conversando, alguns deles.
Ao dar uns passos a frente, saindo de trás do baú, Multhakos nota uma escada. E por essa alguns anões subiam. Prontamente e inocentemente, o humano segue os anões, sobe a escada e dá de cara com seis anões. Estes ficam surpresos com a aparição misteriosa do humano, trocam algumas palavras entre si e começam a atacar Multhakos, com socos e cabeçadas. todos estavam desarmados, pareciam apenas cidadões de Kazzordoon, e mesmo com a tentativa de Multhakos de falar com eles, estes não pareciam entender o dialeto comum.
Multhakos se ve obrigado a usar da violência para se defender. Começa a socar os anões. Suas mãos eram fortes e ele conseguia fazer os pequenos combatentes desmaiarem após alguns golpes. Sem muitos problemas, Multhakos imobiliza todos os anões, se sentiu um pouco mal por bater em civis, mas não viu outra solução.
Ao continuar subindo as escadas, passando por mais salas de bebida, Multhakos parou em um piso que aparentava ser a área nobre. De fato parecia nobre de mais até para os padrões de um anão. Colunas trabalhadas feitas de pedra e um chão trabalhado estavam nessa sala, uma mesa no centro e vários anões bem armados e protegidos o olhavam agora.
Multhakos - "Hey, vocês são da guarda real?"
Os anões sem responder já foram na direção de Multhakos ofensivamente. Seus inimigos eram muitos e Multhakos viu-se obrigado a sacar seu machado para combater seus inimigos muito bem armados.
Um combate havia recem começado, os anões se portavam de escudos e machados, capacete e armadura de ferro, não seria fácil derrota-los. Multhakos pulou sobre a mesa, anunciou seu nome, na esperança dos anões pararem. tudo sem sucesso, um anão começou a subir pela mesa, quando o humano o deu uma machadada no meio do capacete. A força aplicada foi tanta que o mesmo anão pôs-se a cair sem vida.
Ao notar que o humano possuía grandes noções de luta, três anões correram escada acima, enquanto apenas um agora olhava nos olhos de Multhakos, claramente irritado.
O anão foi correndo na direção de Multhakos, este guardou seu machado e usou sua vembrassa para defletir o ataque do anão.
O anão após ver que seu ataque não tinha surtido efeito, tentou dar uma escudada em Multhakos, que agora estava com o escudo no peito. O anão se preparava para outro ataque, mas Multhakos, sendo maior que o anão, usa seu braço para desarma-lo.
Com um empurrão, Multhakos se distancia de seu alvo agora desarmado e fala
"Eu estou do seu lado, sou Multhakos e procuro o fim da vida do Horned Fox, minotauro que esta para começar um conflito com seu povo."
Anão - "Humano burro!! Horned Fox nunca irá cair para você, seu verme. Os anões vão se curvar diante da grandeza dos minotauros, e você nunca vai ser capaz de impedir isso."
Sorte e alívio, era isso que Multhakos sentia ao ver que alguns guardas estavam parados na escada e ouviram o anão falar isso. Um desses guardas atira uma flecha que acerta o rosto do anão, que agora sujava o chão com sangue.
Os guardas foram descendo a escada lentamente percebendo que de fato algo estava errado naquela história.
Multhakos e os guardas trocaram algumas palavras, o guerreiro explicou como havia chegado até ali, por que estava ali, e o que pretendia. Os anões que o ouvira explicaram a ele que Multhakos se encontrava no reservatório de cerveja real. O túnel o qual Multhakos havia vindo iria ser destruído por razões óbvias.
Multhakos mostrou o bilhete que havia achado do Horned Fox no seu esconderijo aos anões. Um deles conseguiu traduzir o que estava escrito e ficou espantado com a situação. Após fazer a cara de espanto esse anão falou que a situação era mais trágica do que aparentava, e pediu para que Multhakos e seus parceirou o seguissem até a sala da guarda, que ficava perto da sala do rei.
Ao chegar na sala, que parecia mais um centro de reuniões, o anão mexe em uma das cortinas e por trás da mesma encontra uma passagem secreta. Os olhares de Multhakos, que antes olhavam para as estátuas, ornamentos e a mesa cheio de planos de defesa da sala que ele estava, agora olhavam para a passagem secreta próxima a sala do rei, tal passagem feita por um suposto inimigo. Aquela passagem poderia ser usada para um talvez ataque dos minotauros ao rei, ou para qualquer outro objetivo profano. Os anões agradeceram Multhakos pela descoberta e o aviso prévio. Alguns deles sairam pela porta para avisar outros guardas. Na sala estava agora um anão e o guerreiro, que olhava para a passagem incornformado.
Multhakos foi andando pela passagem, o anão o acompanhava com certa distância. Ao chegar no fim da passagem, Multhakos e o anão se depararam com uma sala, contendo um baú. Neste baú estavam vários planos de ataque dos minotauros à cidade, a maioria assinada por Horned Fox.
Mexendo nos documentos o anão, com certo receio falou para Multhakos
"Acho que o Horned Fox se encontra em Mintwallin. Provavelmente juntando um exército."
Multhakos em dúvida - "O que é Mintwallin? Exército?"
Anão - "Mintwallin é a cidade subterrânea dos minotauros. Lá vivem vários minotauros, é o maior polo dessas criaturas que existe atualmente no tibia. Se o horned fox for para lá e conseguir convencer minotauros o suficiente, pode ser o começo de uma guerra."
Multhakos lembra de seu sonho, túneis, cidade subterrânea... Sua intuição dizia para que ele viajasse para lá, mas não sentia que seria certo se meter em uma guerra de facções. De qualquer forma, Multhakos decidiu.
"Vou rumar para esta cidade, tenho que encontrar o Horned Fox. Prometi a Budrik que iria mata-lo. Prometi a Kal Thanor que iria voltar triunfante de bons duelos. Prometi a mim mesmo que seria forte e viveria para descobrir mais sobre minhas origens. Anão, cuide de sua casa, que eu cuido dessa raposa."
Capítulo 5
Spoiler: Preparação do guerreiroAinda na sala recém descoberta o anão que acompanhava Multhakos indaga-o:
"Jovem humano, vocês só vivem por volta de 50 anos, por que perdem tanto tempo com curiosidades e guerras que não são suas?"
Multhakos - "Essa guerra pode não ser minha, mas sinto que estou envolvido nela. Meu pai caçava estas criaturas também. Acho que ele tinha alguma razão nisso."
Anão - "Dizimar uma raça por conflitar com seus ideais não é sempre a melhor solução... Mas entendo sua decisão. Se quiser ajudar os anões, tudo bem."
Multhakos - "Acho que tudo tem que ter um balanço. Os minotauros já cruzaram a linha."
Naquela mesma noite, Multhakos, acompanhado de alguns agentes da guarda real, usou do barco subterrâneo dos anões, o barco a vapor. Seu destino era Liberty Bay, o humano sabia que não poderia se atravessar contra toda uma raça sem ao menos ouvir seu velho mestre.
A viagem durou cerca de três dias, durante esse tempo Multhakos tinha sonhos que se repetiam. Via corredores enormes compostos por túneis. A criatura dos olhos vermelhos, fogo. Risadas que provinham de seres com voz grossa, anões, minotauros... Tudo parecia terminar na cidade subterrânea, a então chamada Mintwallin. Sempre em algum momento do seu sonho, Multhakos deparava-se com um minotauro alto. Usava armadura azul, reluzente, um machado de duas mãos enorme, os chifres desse minotauro pareciam ter o tamanho de um antebraço. Um olhar aterrorizante, Multhakos em sonho não conseguia olhar para a criatura sem suar frio, sentir desespero até acordar em um pulo. Quando acordava não entendia a situação. Multhakos não sentia medo de minotauros, mas quando estava sonhando, aquele em específico fazia o bárbaro sentir algo muito incomum para o guerreiro... Medo.
Já em Liberty Bay, o dia estava um pouco nublado, iria chover dentro de algumas horas. Mesmo com o tempo ruim, Kal thanor podia ser visto andando em círculos nas docas.
Multhakos - "Kal!! O que fazes aqui?"
Kal Thanor - "Multhakos!!..."
Kal Thanor ia em direção do barco ajudando o jovem a desembarcar, e por os pés no cais.
Kal thanor - "Budrik me falou que você vai para Mintwallin... Poderia me explicar isso?"
Multhakos - "Não sei te dizer a razão.. Mas acho que eu deveria ir para lá. Esse.. Horned Fox.. Esta gerando uma guerra entre os anões e os minotauros, sinto que devo agir."
Kal Thanor lançando um olhar estranho para Multhakos - "Huum... Interessante... Escute.. Tenho um compromisso agora, por que você não me encontra em minha casa dentro de uma hora?"
Multhakos desconfiado - "Claro.. Algo errado?"
Kal Thanor desfazendo seu olhar - ".. Não, nada errado jovem. Só preciso comprar alguns ingredientes... Estou para fazer um teste mágico. Vai pra taverna vai.. Só não chegue bêbado na minha casa, limite-se a comer alguma coisa. Pegue aqui...."
Kal thanor deixa uma bolsa para Multhakos com algumas peças de ouro e sai andando falando alguma coisa em murmúrios.
Multhakos para um momento para descansar. Senta-se no cais e olha o movimento dos barcos. Sua vida nos últimos dias foram muito cheios, talvez precisasse de um tempo para processar toda a informação que receberá. Estava vivendo um dos cenários que sempre imaginou do "tempo dos dragões", onde guerras eram constantes e os conflitos eram jogos, mesma época em que seu pai havia "surgido".
Após algum tempo imaginando.. Multhakos da uma leve cochilada e é assolado pela visão do minotauro novamente, ao seu fundo os portões de Mintwallin se abrindo.
Multhakos acorda rapidamente.. Percebe que está de alguma forma, muito envolvido com essa situação. Precisava esquecer aquelas visões... Por hora, levantou-se a foi até a taverna, onde pediu muita comida e lá ficou a comer e a observar os piratas mais excêntricos da cidade.
Ao chegar lá, o taverneiro parecia já o esperar e ao ver, comprimenta o bárbaro, entregando-lhe uma carta.
Multhakos agradeçe, e enquanto come lê a carta. Era sobre um colega seu da época de rookgaard. Ele mandava lembranças. Dizia ter ouvido dele por lá... O resto era ilegivel, a carta parecia estar meio molhada, provavelmente por que algum pirata bêbado havia derrubado cerveja sobre ela. Multhakos não conseguiu ver o nome de quem o enviou a carta, nem mesmo lembrar de qualquer amizade que havia feito em Rookguard... Provavelmente era apenas uma pessoa a qual não havia tido laços fortes... Ou uma carta falsa.
A chuva começa a cair. Já haviam se passado pelo menos duas horas desde que Multhakos estava na cidade. O bárbaro agora usava dentro de uma loja de roupas, onde havia comprado vestes leves para usar enquanto não estivesse usando sua armadura em batalha. Sua nova roupa era um manto grande, parecido com o que usava antes de receber a armadura, porém com cores que lembram sua armadura.
Ao perceber que havia se perdido na hora, Multhakos vai em direção à casa de Kal Thanor. Chegando na morada de seu mestre, ele o encontra com vestes estranhas. Runas espalhadas pela entrada onde Multhakos agora se encontrava. O guerreiro fica imóvel, não por força alguma, por não conseguir ter o instinto de mover-se.
Multhakos sem entender - "Mas que... O que é isso?"
Kal thanor prontamente - "Me conte mais sobre seus sonhos Multhakos... Você não parece bem."
Multhakos permanece imóvel, em dúvida, sem saber o que falar.
Kal Thanor fazendo alguns gestos sobre uma das runas - "Me parece que você foi pego por uma maldição... Ou esta a sentir medo. Se seu pai for mesmo Khowret, duvido muito da segunda opção."
Multhakos ainda estava por observar, sem responder.
Kal Thanor - "Acalme-se. Budrik me alertou que você se debatia enquanto dormia, talvez você tenha lido algum encantamento antigo. Se os sintomas que Budrik mencionou são verdadeiros, você mesmo se pôs nessa situação."
Multhakos não sentia vontade de se mexer. Embora quisesse muito sair dali, parece que estava sendo tranquilizado pelas runas a ficar parado.
Multhakos - "Eu li... Um recado do Horned Fox dentro do seu esconderijo. Tinha sua assinatura"
Kal Thanor - "E desde quando minotauros assinam documentos Multhakos? Por que um minotauro escreveria para outros minotauros que não sabem ler? E assinaria seu nome legível aos humanos?"
Nessa hora, Multhakos dá um passo a frente. Kal Thanor que ainda estava por fazer gestos claramente mostra-se preocupado com o avanço do bárbaro.
Multhakos com um olhar neutro - "Kal... Você não está entendendo... Estou bem, são apenas sonhos."
Kal Thanor - "Horned Fox certo?? Pare de assolar a mente desse guerreiro, pois ele se faz uma arma para derramar seu sangue, minotauro."
Multhakos pisca os olhos com força e olha para Kal Thanor - "Kal... Estou sentindo... O maldito está botando imagens na minha cabeça, o que faço?"
Kal Thanor - "Acalme-se guerreiro. Horned Fox não é um mago muito habilidoso. Muito menos uma ameaça. Mas esse feitiço foi auto-inflingido, dado que você mesmo leu o encantamento. Terei que fazer você dormir, você vai selar seu espírito contra a vontade de criaturas desse tipo."
Multhakos correndo na direção de Kal thanor - "Learrn tha secrret uf deathhh!!"
Multhakos puxa seu machado e acerta Kal Thanor no braço esquerdo, quando o machado encosta no mago, uma força protetora bloqueia o machado do guerreiro. A força aplicada foi tanta, que mesmo com essa força protegendo, o machado de Multhakos ainda abre um corte no braço de Kal Thanor. Para a sorte de Thanor, sua magia havia se concluído e agora ele a lançara contra Multhakos.
O guerreiro já com seu machado ao alto, pronto para um próximo ataque, cai ao chão, encontrava-se dormindo agora.
Kal Thanor sente o corte em seu braço, olha o guerreiro no chão e fala consigo mesmo:
"Possúi mesmo uma força descomunal... Mas ainda assim foi pego por um truque barato de minotauro... Precisa aprender umas coisas rapaz."
Multhakos abre os olhos. Está sozinho, desarmado. Ao seu redor ele só ve um nevoeiro, não ouve som, não ve nada, apenas as nuvens se mexendo lentamente ao seu redor. O guerreiro pisava sobre grama, mas não a sentia, de fato não sentia muito, seu corpo todo parecia adormecido. Multhakos parado percebe que não está mais na casa de Kal Thanor. Percebe também que havia o acertado com um machado...
"Por que diabos eu o ataquei?"
A névoa lentamente vai se dissipando e Multhakos, aos poucos, ganha visão. Multhakos estava em um campo florido, montanhas o circulavam. Atras dele flores com clores lindas. As montanhas altas e poderosas.
Ao seu redor, um caminho de pedras o guiava para uma porta. Esta era a porta de uma torre, onde as paredes eram pura energia...
O bárbaro pensa consigo mesmo "Que lugar é esse...?"
Capítulo 6
Spoiler: Proteção EspiritualMulthakos não sabia onde estava.
As montanhas altas não deixavam o guerreiro ver de onde o sol vinha. O céu estava limpo e não havia vento, nem nuvens. Multhakos via entrar na torre como sua única opção para sair do local, assim o guerreiro o fez.
Enquanto caminhava em direção da torre, o bárbaro se sentiu observado. Olhou para os lados, para trás, para cima mas não viu nada. Apenas as montanhas, flores e o topo da torre, que cintilava em frente ao céu azul. Decidiu por ignorar a sensação e seguiu seu caminho até a porta, que se abriu sozinha.
Multhakos fica impressionado, olha novamente para os lados, sem nada poder ver pensa consigo mesmo "Mas que... Onde eu estou?". Entra na torre, só para ver uma extensa escadaria que subia para um outro andar. A sala estava coberta por grama alta e pedras. O guerreiro seguiu calmamente o caminho indicado pelas pedras, que escondidas pelo mato, até a escada, onde começou a subir...
A subida até o próximo andar deveria ter durado uns 20 minutos. Multhakos estava totalmente confuso ao se deparar com uma escada tão grande. O sentimendo de ser observado era constante e continuou mesmo quando o guerreiro alcansou o próximo piso.
Ao passar o último degrau e pisar no chão do segundo andar, o acesso a escada some. Como não parecia haver saída, Multhakos se viu preso na sala, que continha apenas uma alavanca.
Curioso com o local, Multhakos puxa uma alavanca sem medo, apenas por curiosidade. O bárbaro ouve um barulho. A pequena sala tem sua parede mais ao norte transformada. Antes era energia pura, agora parecia um espelho não polído, uma superfície translúcida a qual o bárbaro via o que parecia ser sua imagem, distante no espelho.
Multhakos vai se aproximando do espelho e nota que não era sua imagem, ou se fosse estava apodrecendo, com o corpo cortado e fazendo uma expressão de que já havia morrido faz algum tempo.
Sua suposta imagem mórbida começa a se mover, deixando claro que não se tratava de um espelho, apenas um divisor. Do outro lado da sala estava provavelmente um morto-vivo. Multhakos não se sentiu assustado, apenas intrigado. Segundos após esta aparição, uma escada aparece ao lado do bárbaro. Sem pensar muito ele sobe, mas antes da uma olhada de novo para a criatura, que parece olhar para o guerreiro atentamente até que este sai do local.
A torre contia uns quatro andares, Multhakos passou por todos. Em um deles, Multhakos viu vários espelhos, cada um mostrava seu rosto de uma forma diferente e estranha. Em outra sala, o jovem via frutas, a qual após ordenadas sumiam e a escada novamente aparecia. O guerreiro não entendia aquela torre estranha, muito menos quando chegou ao último andar e se deparou com uma sala grande e vazia.
Não havia mais por onde sair, a escada havia se fechado novamente. Multhakos via apenas uma sala quadrada, paredes de energia, piso branco, um tapete vermelho ótimamente centralizado horizontalmente na sala e perfeitamente limpo. Em cada canto da sala havia uma pedra que brilhava em um tom rosa claro.
O guerreiro apenas olhou o local sem entender, até que sente seu ombro esquerdo esfriando cada vez mais.
Multhakos olha para seu ombro e ve uma mão, fria, velha e sem unhas. O guerreiro se sente ameaçado pela coisa que o tocava, bota sua mão direita sobre a mão que o tocava no ombro direito e gira da direita para a esquerda. Neste movimento Multhakos levanta seu ombro na tentativa de ferir alguem que o segurava.
Após esse movimento, Multhakos não ve nada em sua frente. Retirando a mão do ombro vê que não havia nada em seu ombro. Após isso, lentamente volta seus olhos para onde estava olhando antes.
A menos de 1 metro e meio de distância, agora Multhakos se via diante de um minotauro. O mesmo que assolava seus sonhos. Este minotauro grande e armadurado o olhava, com um olhar que pertubava o guerreiro. O coração do bárbaro começa a bater mais forte, seus músculos se contraem e relaxam, como se estivessem se preparando para algo. Sua respiração fica mais ofegante... Multhakos sente medo. Emoção a qual ele não conhecia desde que havia sido aflingido pela tal "magia" mencionada por Kal Thanor.
Multhakos escondendo a emoção e gritando - "O que você quer!!?"
O minotauro permanesce parado.
Multhakos falando alto novamente - "Anda!! Me fala!! O que você faz aqui!!!??"
O minotauro vai se aproximando de Multhakos lentamente. O guerreiro começa a se sentir ameaçado, de punhos serrados ele fica imóvel, sem poder atacar ou se defender. Se sente capaz porém impedido. O medo tomava conta dele.
O minotauro foi lentamente sumindo enquanto se aproximava. Até desaparecer a apenas 10 centímetros do corpo do guerreiro.
Multhakos sente novamente seu ombro esfriar, desta vez era a mão do minotauro. O jovem não revida, não faz nada. Apenas fica parado olhando para a frente incapaz de se mexer, pensar ou falar algo.
Quando Multhakos começava a sentir dor devido ao frio no ombro, a mão sai. Multhakos se sente estranho, observado novamente.
O jovem, após alguns segundos, toma coragem e olha para tras, mas não ve nada novamente. Mais uma vez, quando volta sua cabeça para onde olhava antes Multhakos ve agora um fantasma.
O fantasma voava pela sala rapidamente pelo teto, rindo com um timbre maligno. Multhakos se acalmava lentamente. Ao ver que o guerreiro retomava a postura, o fantasma voa até perto dele.
Fantasma - "HAHAHAHAHAHAHAHAHA Parece que tem alguém que tem medo de minotauros!!!!"
Multhakos fica olhando para o fantasma que ria sem parar e flutuava no local...
Fantasma - "Não sentes medo na minha presença?? Eu sou o grande rei necromante!! Como temes mais um minotauro do que a mim?"
Multhakos ouve com atenção cada palavra do fantasma, ao ver que ele espera impacientemente por explicações, Multhakos o indaga.
Multhakos - "Rei Necromante? Você só pode estar de brincadeira, você não passa de um fantasma."
Fantasma - "BASTA!!!! Fantasma??? Você está ficando louco!! Sua alma será para sempre perdida!!"
Multhakos olha para o fantasma, sem demonstrar medo nem qualquer emoção que possa deixar o fantasma agradado.
Fantasma - "Seu... INSOLENTE hsaashahahhaahah!!! É isso que você é!! Você não passa de um guerreiro burro que espalha falsas promessas. Como podes matar um minotauro, quando ele assombra teus pensamentos!!"
O fantasma se transforma no minotauro a qual Multhakos reage de maneira extraordinaria. A reação é imediata e o guerreiro começa a tomar uma posição defensiva, mesmo sem conseguir sair do local.
O minotauro corre na direção de Multhakos e quando está quase a tocar o bárbaro... Multhakos respira fundo, possuindo um semblante amedrontado e vira seu rosto para o lado, desviando a atenção.
Fantasma, fazendo-se aparecer novamente no local do minotauro - "HA!! Jovem tolo! TOLO!!!! ahahhahaha estás maluco!!! É uma ilusão minha!! Você me teme agora!"
Multhakos olha para o fantasma, se sente derrotado, incapaz de agir e lutar. O fantasma analisa cada emoção do bárbaro.
Fantasma - "Mas anime-se. Eu posso te ajudar.... HAHA loucos são sempre vem vindos na minha torre..."
Multhakos mais calmo - "O que você quer de mim?"
Fantasma exaltado responde - "NADA!! Já tive minha diversão!! Não se esqueça.. Eu sou o REI. Eu vivo para sempre!! Você é apenas meu bobo da corte... Agora vá!!! Se você algum dia sair da caverna, serás livre dessa magia e terás teu espírito protegido..."
O fantasma materializa, atrás de seu suposto corpo, um portal. Através desse portal, Multhakos vê apenas uma escuridão tomada aos poucos pelo fogo. O bárbaro não sente medo ao ver tal local, mas intrigado com a paisagem pergunta ao fantasma:
"Por que você me ajudaria? E quem é você?"
Fantasma rindo histéricamente - "Me chamo Porgol tolo, lembre-se disso!! Sou o rei dos necromantes!!! hahahahaha Digamos que achei você interessante. Habilidoso, porém burro. Deixou sua mente ser dominada por um minotauro?? Ele tem metade da inteligência humana... E você? Você é mais burro que ele, mesmo sendo filho de..."
Multhakos estava ouvindo o que Porgol dizia, quando derrepente parou de ouvir e sentir... Sua visão ficou turva por alguns segundos. Ele percebia que não estava mais em um local só. Foi quando todas essas sensações pararam e Multhakos sentiu apenas calor... O barulho e o cheiro de enxofre.
Multhakos estava em uma plataforma no meio de um mar de fogo. Aquilo parecia muito o tal inferno, descrevido para ele por Seymour. Vários livros da biblioteca falavam deste lugar.
O guerreiro respirou fundo e seguiu o único caminho que viu para seguir. Sem pressa, sem vontade... Apenas seguiu pelas cavernas do suposto portão do inferno o qual se encontrava...
Capítulo 7
Spoiler: Horizonte AzulMulthakos andou pelos corredores escuros e por diversas vezes encontrou criaturas estranhas.
Em um corredor ele viu a imagem do que se parecia a criatura que havia feito sua aparição na torre de energia a qual Porgol estava. Tratava-se, enfim, de um morto vivo. Um chamado "Ghoul". Multhakos o conhecia pelo pouco que havia aprendido sobre aparições de Kal thanor. A criatura fétida movimentava-se devagar e foi evitada pelo Bárbado facilmente.
As quentes cavernas trouxeram inúmeras surpresas além do tal Ghoul. Multhakos viu e quebrou os ossos de esqueletos. Passou por minhocas da podridão, conhecidas popularmente como "rotworms". Aquele lugar estava longe de ser um sonho e assemelhava-se mais a um pesadelo constante e sem fim.
Até que o bárbaro viu uma luz no fim de um túnel. O tal túnel mais parecia um arranjado de paredes em formato de zigue-zague. A luz com certeza vinha daquela direção e Multhakos se apressou a correr naquela direção.
O barulho de suas botas zunia pelas paredes de tanta agilidade que o rapaz botou ao seu ato. Por fim, Multhakos chegou a fonte de luz e se surpreendeu.
A sua frente estava agora um portal luminoso, parecido com o que havia o trago até ali. Mas ao lado do portal estava novamente o minotauro que o assolava. O coração do jovem estava frio em emoções. Pela primeira vez nada sentiu ao olhar para a terrível figura bípede e armadurada.
Mais uma surpresa ocorreu. O tal minotauro falou. Em suas poucas palavras disse:
Humano, renda-se. Ainda a tempo. Nada farei com sua raça se parar agora.
- Minotauro burro!! - Vociferou Multhakos - Estou imune as suas palhaçadas e truques - Multhakos pos-se em prontidão e partiu correndo para cima do Minotauro que o olhava sem emoções.
Multhakos pulou para cima da criatura, que ao tocar-lhe o corpo sumiu em silêncio, aos poucos.
Enquanto a imagem de seu oponente sumia, Multhakos notou que a luz tomava conta do local. O portal estava se expandindo e dominando toda a caverna, por fim nada sobrou.
A primeira visão que o jovem teve foi do teto da casa de Kal Thanor em Liberty bay. O cheiro dos peixes vindo da rua o lembrou de que estava faminto. Seus músculos doíam. Parecia que ele não havia se exercitado fazia muito tempo, fato que, era verídico. Multhakos sentou-se na cama onde estava deitado e sentiu-se tonto. Por ali mesmo, naquela posição, ele ficou a repousar até que ouve uma voz familiar.
Kal Thanor aparece à porta, com ele uma garota ruiva, vestindo roupas verdes e uma manta entre os braços. Multhakos não a reconheceu, mas pode ver que estava agitada e ansiosa.
- Bom dia Multhakos - Kal Thanor calmamente dizia - você dormiu um bocado, deixou a minha pessoa preocupada. - Apontando gentilmente para a jovem ruiva da sala - Você tem visitas.
Kal thanor foi ao canto da sala e ficou de costas para Multhakos e a garota que agora pusera-se a sua frente. Ela estava com um olhar fascinado. Seus olhos claros buscavam algo. Talvez uma reação do bárbaro que olhava para Kal Thanor ansioso por explicações, sem sucesso.
- Olá Multhakos!! - A jovem disse animada - Queria te agradeçer muito!! Meu irmão.. Rookgaard.. Trolls... Sabe?? Obrigada! - Ela falava com pressa e sem clareza.
- O que? Mas que... - Multhakos estava confuso e agora com uma leve dor de cabeça - Garota, por favor, não a entendo..
- Seja gentil Multhakos!! - Kal Thanor murmurrou de forma audível
Percebendo o que Kal thanor falara, Multhakos se desculpou da jovem e pediu que ela repetisse com calma.
- Gostaria muito de lhe agradeçer Multhakos. Você, mesmo sem querer, salvou meu irmãozinho no dia em que caçou trolls em Rookgaard. Decidi que iria acha-lo e agradecer por tal fato. Mandei uma carta, mas pelo visto não a recebeu. - Disse a garota.
- Acho que não mesmo.. Olha, não me lembro disso, mas aceito sua gratidão. - Multhakos falou em um tom amigável. Mas mudando para um tom mais sério, levantou-se, foi até Kal thanor e lhe falou - Precisamos conversar.
- Tudo em sua hora rapaz, você e Nahatti devem estar famintos.
Nahatti os olha sem esconder a fome e concorda envergonhada. Suas bochecas ficaram quase da cor de seu longo e vermelhos cabelo. Ela estava feliz por encontrar quem procurava, e empolgada o suficiente para contar e ouvir histórias do velho Kal Thanor e do salvador de seu irmão.
O trio foi para a taverna de Liberty Bay, onde, famintos. Lá eles comeram e beberam, desta vez, bebidas não alcolicas. Nahattia parecia não gostar de tais bebidas, Multhakos não as poderia ingerir, e Kal Thanor estava intrigado e pensativo de mais para faze-lo.
As horas passaram. A música era boa, assim como a conversa. Nahatti se apresentou e falou de seus pais Thaianos e da loja que sua mãe tinha em Rookgaard, onde vendia flores. Multhakos contou sobre sua estadia em Rookgaard, seus então adotivos pais e sobre Kal Thanor. Este respondia e falava sobre truques mágicos. Isto após perceber que Nahatti era uma druída em treinamento.
Multhakos, mesmo estando distraido, não parava de pensar no pertubador sonho e em Porgol. Mesmo gostando da presença de Nahatti e de parecer estar de volta ao seu próprio mundo, ele queria saber mais sobre a experiência que vivera.
Algumas horas depois, ao cair da noite, Kal Thanor deixou a dupla conversando e foi para sua casa. Multhakos fez menção de ir junto, mas o mago percebeu e pediu para que o rapaz acompanhasse Nahatti e que mostrasse-a a cidade antes mesmo de ele tomar alguma ação.
Assim ele o fez.
Multhakos e Nahatti andaram pela cidade. Multhakos estava muito distraido para prestar muita atenção no que a animada, desajeitada e inexperiênte druída falava. Mas isto foi momentâneo. O jovem começou a prestar atenção nela quando ela falou:
- ... Desejo lhe ajudar, seja lá qual for sua missão. Quero crescer como uma druída e acho que tanto você quanto Kal thanor podem me ajudar. - Um olhar vívido e ansioso achompanhou essa frase.
Multhakos ficou desconsertado. Sabia que mãos amigas poderiam ser úteis, mas simplesmente não podia arriscar uma jovem linda e desajeitada na sua missão completamente individual. Ele relutou no começo, mas a insistência da jovem o fez mudar de idéia. Multhakos aceitou a ajuda dela. Explicou para ela que iria viajar para Thais, que quando voltasse ele iria por fim ajuda-la.
A noite foi se passando e os dois conversando animadamente deram a volta na cidade e estavam agora no castelo a leste da cidade, sobre a montanha. Nahatti iria dormir ali, naquele local ela meditaria e entraria em sintonia com as ondas e com o mar. Algo que, ao ver de Multhakos, era coisa de druídas.
- Este lugar é lindo mesmo Multhakos.
- Sim... Gostaria de ter mais tempo para aproveitar aqui. - Multhakos falou olhando para o horizonte, onde alguns barcos navegavam em direção a cidade.
- Você não pode nem ao menos descansar um pouco? - Perguntou Nahatti.
- Não posso. Tenho coisas para fazer. Esse barco que está chegando é de um amigo meu. Um pirata. Quando ele atracar no porto, deixarei você no castelo e irei.
Nahatti com uma expressão feliz, mas ao mesmo tempo aborrecida aceitou a frase de Multhakos - Entendo. Bom, espero te ver logo então.
- Você irá. Kal Thanor pode lhe ajudar na minha ausência. Você provavelmente nem precisará ficar neste castelo por toda sua estadia aqui em Liberty Bay.
Nahatti sentiu-se segura na cidade, mesmo ela sendo um lugar de piratas. Optou por ficar no castelo e não encomodar o velho mago. Despediu-se de Multhakos quando ele se foi e meditou enquanto olhava para o horizonte azul anil.
Multhakos após se despedir de Nahatti, prometendo encontra-la novamente, foi até a casa de Kal Thanor.
Lá mestre e aprendiz se encontraram. Kal Thanor ouviu Multhakos falar sobre Nahatti e que havia aceitado sua ajuda como uma mão amiga. O assunto durou pouco, visto que Multhakos ansiava por respostas.
- O que aconteceu comigo? Por que apareci em uma torre estranha?
Kal Thanor respondeu minunsciosamente todas as perguntas que Multhakos poderia vir a ter com o acontecido, falando sem muitas pausas - Usei um feitiço em você. O Horned Fox de fato havia usando um truque em você. Um feitiço bobo, porém potente quando infringido da maneira que ocorreu. Pelo visto você esta imune a tal tipo de truque agora.
O que fiz foi simplesmente leva-lo a tumba de um falecido necromante louco, Porgol. Ele enlouqueceu procurando a vida eterna. Hoje, no entanto, vive no ether dos sonhos. Sua alma se eternizou em algum lugar onde ele tem controle. Isso, claro, não o ajudou muito na loucura.
Eu tinha certeza que ele iria ajuda-lo ao perceber quem você é. Infelizmente o ritual é doloroso, e custou-lhe uma visita ao portão do inferno.
- Portão do inferno... Necromante louco... Olha Kal... Eu estaria feliz em apenas saber quem foi meu pai afinal. - Multhakos perguntou ávidamente.
- Multhakos... - Disse Kal thanor fazendo uma pequena pausa - Descobri a verdade. Seu pai foi mesmo Khowret. Quer saber mais? Aqui estão alguns livros, leia-os na sua viagem para Thais... Mas posso lhe adiantar, seu pai não foi sempre o bonzinho da história. Ele por vezes foi vilão.
- Alguma razão para isso? - Multhakos surpreso.
- Sim, rapaz. - Novamente tomando uma pausa, Kal Thanor o disse - Seu pai não é, ou foi, um humano qualquer. Na verdade sua aparição deu-se a mais ou menos mil anos atrás. Sendo ele um dos poucos avatares de Tibiasula, a deusa.
Multhakos o olhou com ar de dúvida, mas Kal thanor não parou de falar e aos poucos Multhakos absorveu o que lhe era dito.
- Um Avatar, é uma pessoa. Não nescessáriamente humana, apenas um escolhido. Esse ser é influênciado pelo seu deus patrono. É garantido a ele alguns poderes. Em troca disso, Khowret recebera a missão de Tibiasula. Khowret era um guardião do equilíbrio. Agia como um vilão quando era necessário. Destruindo cidades ou personalidades importantes. Outrora ele era um espírito bondoso salvando raças e intrometendo-se em conflitos... Tal comportamento pude ver em sua natureza.
Multhakos ouvia adimirado, mas Kal Thanor parecia ter mais a contar, sempre com empolgação.
- Tibiasula foi morta pelos outros deuses e gerou este mundo. Como sua energia era pouca e gerar mais avatares não seria possível. Khowret montou um clan. Este clan iria defender os ideais da falecida deusa para todo sempre. Ou até o momento que ele desapareceu.
Seus filhos possuem uma pequena porção de seu poder, e foram de vital importância ao decorrer do tempo. Mantendo sempre um equilíbrio no mundo.
Se Khowret surgiu, mas não consegiuiu criar você e lhe contar isso. Algo está errado. Provavelmente houve novamente um desbalanço.
Multhakos agora folheava o livro o qual Kal Thanor havia lhe dado. Ele falava algo sobre o antigo clan de Khowret e sua ruína. Após o desaparecimento de Khowret, aparentemente o clan se tornou uma guilda chamada de "Aspectos do Equilibrio". Tal guilda agia secretamente unindo os então filhos de Khowret e aspirantes defensores da causa de Tibiasula. A guilda hoje não existia mais, mas toda uma descrição de seu funcionamento e normas estava ali, guardado.
Multhakos fala a Kal Thanor - Obrigado mestre. Essa informação foi de vital importância mesmo. Meu pai um avatar.... Quem diria. Se eu estou aqui estou para seguir seus passos. Quando eu voltar, peço sua ajuda para remontar tal guilda.
Eis que Kal Thanor o responde - Multhakos, Multhakos... Admiro sua determinação. Saibas que terás meu apoio.
Kal Thanor e Multhakos por fim se despediram... Multhakos tinha muito o que fazer em Thais perseguindo o Horned fox... E quando voltasse teria os passos do pai para seguir.
Por fim sua curiosidade estava satisfeita, e agora, o bárbaro tinha um destino.
Publicidade:
Jogue Tibia sem mensalidades!
Taleon Online - Otserv apoiado pelo TibiaBR.
https://taleon.online







Curtir: 
































Responder com Citação





