Resultados da Enquete: Que Facção deveria Ireas Escolher?

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Tópico: A Voz do Vento

  1. #341
    desespero full Avatar de Iridium
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    27-08-2011
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    Padrão Segundo Pergaminho, Capítulo 54

    Saudações!

    E já venho a vocês com mais um novo Capítulo! A Seção Roleplaying ganhará algumas novidades nesses próximos dias e as inscrições para a II Justas Tibianas já estão abertas! Quem não pode participar da outra vez terá uma nova chance, e aqueles que já participaram estão mais que convidados a retornarem à Seção e enfrentar os demais nas Justas! Basta ir ao tópico fixado no topo da Seção para se inscrever!

    As Disputas Roleplay estão à todo vapor e já temos 3 disputas arranjadas! E aí, vai encarar?


    Vamos aos Comentários da vez:

    Spoiler: Respostas aos Comentários


    Sem mais delongas, o Capítulo de Hoje!

    -----

    Spoiler: Bônus Musical


    Capítulo 54: De Fora do Planeta Escuro e Silencioso (Parte 3)

    A Hora do Julgamento se Aproxima!


    (Narrado por Yumi Yami)



    Minha cabeça doía. Minhas pálpebras estavam pesadas, e eu mal conseguia abrir meus olhos. Eu ouvia Brand gemer baixinho de dor; quando consegui abrir meus olhos, lá estávamos nós, presos em duas gaiolas suspensas, cujas barras queimavam nossas peles ao menor contato. Meu agora marido estava muito ferido, com áreas roxas em seu rosto e sangue seco em filete no canto de seus lábios.

    A área à nossa frente parecia ser um quartel de treinamento, com alguns Lagartos de Classe Alta e Drakens alinhados; eles vestiam tabardas vermelhas com detalhes dourados, cujos escritos pareciam envoltos em fogo. Percebi que sibilavam em sua língua nativa e, pelo tom que usavam, não deveriam estar fazendo um discurso pacífico

    —Yumi… O que houve? — Ele murmurrou tentando ocultar a dor que sentia.

    — Eu não lembro… — Murmurrei de volta, olhando meu entorno. — Só lembro dos Drakens aparecendo, de um deles nos envolvendo com magia… Depois disso… Mais nada.

    Ele suspirou, triste.

    — Nem sinal dos outros?

    — Nem sinal dos outros, meu amor. — Repliquei, triste. — E acho que eles não devem estar perto…

    O Thaiano suspirou e tentou ficar de joelhos; aproximei-me dele apenas para perceber que estava atada a correntes. Respirei fundo e, discretamente, transformei um de meus braços em fumaça e o grilhão que o prendia caiu sobre minha coxa, abafando qualquer barulho que poderia ter feito. Amparei-o com meu braço e Brand conseguiu, enfim, ficar melhor posicionado. A julgar pelo seu olhar, estava tentando elaborar um plano. Era a primeira vez que eu o via tão ferido e desorientado.


    ****


    (Narrado por Maximus Meridius)


    — Puta que te pariu, Ked!

    — Que que eu fiz?!

    — Sssh! Vocês dois!

    Duas crianças diante de mim; Kinahked e Jack simplesmente não conseguiam andar atrás de mim, em fila, sem se estropiar! Impressionante! Por sorte, consegui calá-los antes de que a guarda nos notasse. Continuamos andando à frente, e comecei a sentir o ar mais pesado, seco e quente do que antes; não demorou muito a alcançarmos um outro aposento: um átrio com tecido vermelho e tons de dourado espalhados por toda parte; Darkens e Lagartos Altos armados até os ossos e o cheiro de sangue e entranhas queimadas em meio ao incenso.

    Kinahked bebeu mais um gole de rum e começou a avançar e eu o impedi em um ato impulsivo; aquele cheiro, aquela corte… Até aquelas tabardas, tudo me parecia familiar! Prestei ainda mais atenção aos arredores e vi Brand e Yumi presos em gaiolas suspensas. Foi aí que entendi tudo.

    Santa Tibiasula, me guarde…

    — Maximus… — Jack indagou, intrigado e um pouco hesitante. — O que foi?

    Eu virei lentamente o rosto em direção ao rapaz, lívido em um misto de receio e ira.

    — Lutem como nunca antes… Lutem como nunca antes! — Murmurrei, tentando fazer o mínimo de barulho na medida em que meu sangue fervia com o ódio que agora não mais dormia dentro de mim. — Isso aqui é território do Dojo do Fogo do Dragão*… É terreno daqueles que seguem o assassino de meu Sensei…

    E foi aí que eu o vi. A criatura imponente que ceifara a vida de meu Sensei sem nenhuma honra em seu ato; um ser feito de fogo e pedra enegrecida, que jamais derretia, mesmo envolta em densas chamas. Meu ódio virou combustível para as minhas veias, e minha sede de vingança voltou a mim, deixando minha garganta seca e ansiando pelo sangue dos seguidores daquele velho inimigo.

    Incineron**… UTITO TEMPO HUR!

    Zuni em meio à multidão; logo ouvi disparos de garrucha de Kinahked, e Jack veio ao meu auxílio; dessa vez, nada, nem ninguém, me impediria de conquistar o que era meu por direito: minha vingança. Meu ódio foi convertido em mana, e parti para o ataque sem hesitar.


    ****


    (Narrado por Ireas Keras)


    Zhi era, de fato, um adversário difícil; sua pergunta me causou uma onda crescente de rancor: como alguém poderia ser tão arrogante àquele ponto? Continuei a atacá-lo de longe, enquanto Wind e Yami assumiam a tarefa de atacá-lo mais de perto.

    Fogo.

    — Argh! Maldição! EXORI! — Wind gritou, sentindo boa parte sua pele queimar com os ataques do Draken.

    — Exura Gran Mas Res! —Eu repliquei, tentando sanar suas dores e mantê-lo de pé.

    Eletricidade.

    Agora, era Yami quem sofria, tendo dificuldades de manter sua forma Efreet sobre controle, e urrando de dor na medida em que tentava expurgar Zhi; cada açoite de eletricidade que ele recebia vinha para todos nós, e sofríamos também com isso.

    — Exura Gran Mas Res! — Novamente, urrei aos céus para que a minha dádiva de cura não falhasse. Ingeri uma Poção Forte de Mana por via das dúvidas, e renovei minha proteção mágica, para não falhar ali.

    Veneno.

    Yami veio ao meu encalço quando Zhi usou uma potente bomba de veneno contra mim; comecei a sofrer com a contaminação da cortina densa de fumaça mágica criada pelo Draken; comecei a tossir e senti minha visão embaçar.

    — Exana pox! — Gritei em meio à tosse, tentando me recuperar.

    Nesse meio tempo, Wind tentava quebrar a concentração de Zhi com seus golpes de alabarda; O Draken começou a se irritar com os avanços do Yalahari e voltou sua atenção para ele, arremessando esferas flamejantes de cor púrpura; coube a mim tentar mantê-lo vivo, na medida em que Yami recuperava suas forças e assumia sua forma de Djinn; as palavras de Zhi ainda estavam gravadas em minha mente como fogo e perturbavam meus pensamentos.

    — Exura Gran Mas Res! — Continuei, sem perder o ritmo, preparando a modificação de meu cajado em um machado de gelo, caso fosse necessário.


    ****


    (Narrado por Maximus Meridius)


    Minha mão de encontro à sua cara flamejante, Incineron! Avancei em direção ao assassino de meu sensei, sem me importar com as queimaduras que ele poderia infligir ao meu corpo; desviei de suas garras rápidas e incendiárias na medida em que usei gelo em meus punhos para resfriar seu corpo e feri-lo de morte.

    — Peguem o pele pálida! — Berravam os Drakens mais próximos de mim e de meu adversário.

    Ouvi tiros das garruchas de Kinahked e não demorou muito para ver as Lanças Etéreas de Jack singrarem do telhado da caverna em que estávamos e vararem sem piedade os corpos dos membros do Dojo; Dojo esse que, um dia, foi inspiração de meu mestre… O Dojo de onde ele aprendeu muito da filosofia dos Lagartos. A real filosofia deles… Quando essa raça tinha honra.

    Incineron então rugiu para mim com uma baforada de fogo, e eu recuei, esforçando-me ao máximo para não gritar de dor a despeito das queimaduras que eu agora tinha.

    — Kinahked! Jack! Aqui! — Ouvi Brand gritar enquanto eu estava zonzo. — Nos tirem dessa coisa!

    Eu olhei para Incineron e meu corpo fora mais veloz que minha mente; corri em direção à jaula suspensa e pulei sobre dois Drakens; furioso, Incineron apontou sua mão para cima e disparou uma bola de fogo em minha direção. Sorri, zombeteiro, e saltei para longe, deixando a esfera incandescente acertar as correntes que prendiam a jaula ao teto, derretendo-as instantaneamente; Yumi rapidamente transportou o marido e ela mesma para fora da jaula antes que ela se quebrasse. Quanto a mim, voltei ao embate com meu adversário.


    — VOCÊ VAI PAGAR! — Urrei, furioso enquanto o golpeava.

    — BASTA! — Ele berrou em contrapartida, criando uma grande barreira de fogo e me repelindo fortemente.

    Bati as costas de encontro à pilastra mais próxima; enquanto isso, Kinahked e Jack estavam dando cobertura à Yumi, que estava curando as feridas de Brand. Levantei-me rapidamente, estalei os punhos e o pescoço e me posicionei para o combate.

    — Eis aqui o último sobrevivente do Garras do Lobo Branco… — Incineron vociferou com desprezo. — Ao menos você está se provando um desafio mais interessante que seu velho mestre…

    Ele aumentou de tamanho em suas chamas, e eu inspirei profundamente.

    — Ele era um grande guerreiro… Que você matou pelas costas! UTITO TEMPO HUR!

    Avancei para dar-lhe um soco, e ele desviou; minha fúria cresceu e eu a transformei em combustível para minhas veias, tentando acertar-lhe mais rápido e com mais força.

    — Tolo…! — Incinerou sibilou, mesmo quando acertado, tentando me contragolpear. — Você acha mesmo que teríamos invadido aquele monastério tão facilmente sem a ajuda de um delator?

    Eu o soquei fortemente com o gelo em minhas mãos, e a parte esquerda de seu torso perdeu as chamas, cristalizando como magma resfriado.

    — Delator?! De que diabos fala!? Mentiroso! — Urrei, enfurecido.

    — Não caia na conversa dele, Maximus! — Gritou Kinahked ao longe, em meio a um grupo de Drakens — EXETA RES! Jack, me dá uma mão aqui, rapaz!

    O aviso de Kinahked acabou por me distrair, e eu fui arremessado para longe novamente com o impacto de mais uma esfera flamejante de Incineron, que começava a dar sinais de fraqueza.

    — Sim… Um delator. Alguém que você conhecia… E que não deu a mínima importância durante sua estada naquele Monastério… — Sibilou Incineron, triunfante.

    — É assim que você vai jogar? — Repliquei, furioso e estranhamente curioso com aquelas afirmações. — Beleza. EXORI GRAN!

    Com a espada em mãos, encantada com uma Pequena Safira, fiz um grande corte no peito de Incineron, que começou a perder as chamas e ter aquela parte do corpo transformada em magma solidificado; aquele combate estava apenas no início, e eu precisava, por tudo o que eu aprendi a amar, saber se havia algo de podre em meu amado e antigo Dojo que causara sua desgraça e queda.

    Eu, pela primeira vez em muitos anos, comecei a rezar para Uman a fim de que Incineron estivesse apenas mentindo descaradamente para mim.


    Continua…

    ----

    (*): Tradução livre para Fire Dragon Dojo, uma área de caça visitada em Zao durante algumas das missões principais do local, tido como um monastério à serviço do Imperador.
    (**): Um dos bosses da parte final da New Frontier Quest, na Isle of Strife; no Art Life Thread do usuário @Don Maximus Meridius, é o responsável direto pela destruição do monastério que acolhera Don, bem como pela morte de seu amado e admirado Sensei.

    -----

    E por hoje é só, galerinha! Lembrem-se: a II Justas Tibianas está com inscrições abertas até o dia 02 de Dezembro. Participem!


    Abraço,
    Iridium.

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  2. #342
    Avatar de Edge Fencer
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    Olá! xD

    Como esperado, os Drakens estão dificultando bastante as coisas para o pessoal. Fico curioso pra descobrir como eles contornarão esse obstáculo; desconfio que o Yami tenha uma carta na manga, ele deve saber mais do que aparenta...

    O Maximus realmente ficou putaço com o Incineron (não é pra menos também, né), e espero que essa aparente vantagem dele na luta não seja abalada pelas palavras do inimigo.

    Gostei bastante do capítulo e, mais uma vez, a trilha sonora contribuiu muito para a ambientação, ótima escolha.

    Aguardo o próximo ansiosamente, abraço!
    Son of a submariner!

  3. #343
    Basterds Boss (Y) Avatar de Don
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    considere seus relatos canônicos à minha obra tibiana (y)

  4. #344
    Avatar de Kerrod
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    Champz

    Estes ultimos capitulos por causa das tretas estao em um ritmo bao estao rapidos

    Porque segundo aquele velho deitado: Treta is all 0/
    o morcego perguntou ao outro ambos pendurados de cabeça para baixo

    _qual a pior situação que vc ja viveu dormindo de cabeça para baixo?

    o outro morcego respondeu:

    _caganeira



  5. #345
    Avatar de Kinahked
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    Só sirvo pra distrair e atrapalhar o Don... vou acabar por mata-lo um dia desses!

    ta ficando boa a treta! posta logo o próximo!




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  6. #346
    desespero full Avatar de Iridium
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    Padrão Segundo Pergaminho, Capítulo 55

    Saudações!

    Semestre acabou na faculdade (ALELUIA IRMÃOS!) e agora posso, enfim, respirar mas nem tanto pq ainda tenho estágio pra lidar heueeuheuehueheuhe. De qualquer forma, a II Justas Tibianas já está em andamento e eu só tenho a agradecer a todos que decidiram criar coragem e participar xD

    Hoje estou bem triste... Uma amiga da dança, uma senhora muito animada chamada Rosa, faleceu hoje pela manhã e eu fui informada disso apenas algumas horas atrás. Estou bem emotiva e ainda pasma, pois não sei as circunstâncias exatas e estou ainda chocada com isso, já que ela sempre me pareceu muito jovem e super bem cuidada. Eu não tenho nenhuma crença em particular, mas espero ao menos que ela esteja em paz e sem dor, esteja onde estiver. A ficha ainda não caiu, galera... Estou arrasada.

    Vamos aos Comentários:

    Spoiler: Respostas aos Comentários


    Queria agradecer a todos que vem acompanhando a história até hj! Alguns nomes sumiram, outros permaneceram, e eu fico muito feliz que ainda haja gente interessada no que eu tenho a oferecer. O Segundo Pergaminho está quaaaase no fim e o Terceiro será o mais curto e último deles.

    Eu queria ter terminado essa história ano passado, mas também vi-me impossibilitada. Espero conseguir terminar esse ano ou no primeiro trimestre de 2017, no mais tardar.

    Sem mais delongas, o Capítulo de Hoje!

    ----

    Spoiler: Bônus Musical


    Capítulo 55 — De Fora do Planeta Escuro e Silencioso (Parte 4)

    Algumas coisas jamais deveriam tornar-se reais…

    (Narrado por Yami, o Primeiro)



    Era a minha vez de assumir aquele combate; senti o fogo em minhas veias na medida em que abandonei a carne e tornei-me etéreo novamente, como o Efreet que sempre fui; Zhi estava agora à nossa mercê, cada vez mais irritado e descuidado; suas magias, ainda mortais, estavam começando a enfraquecer; no entanto, as feridas abertas nos corpos de Wind, Ireas e até mesmo em minha casca humana e mais frágil diziam o contrário.

    Soprei fogo verde em sua direção, e ele sibilou de dor enquanto sua capa e parte de sua carne começava a queimar. Ele rapidamente se curou, e parecia ainda mais enfurecido que antes. Havia algo estranho ali: Zhi não era tão forte assim. Ao menos não como eu me lembrava.

    — A vontade de Esquecimento é Eterna! — Gritava o Draken em uma espécie de transe. — SEU TÚMULO SERÁ AQUI!

    Ele então soltou uma rajada de fogo escura em direção ao telhado, e cinco cópias exatas dele surgiram diante de nós — e todas faziam sombras no chão e nas paredes. Ou seja, não haveria forma alguma de distinguir quem era quem.

    Nesse momento, cerrei meus punhos e vi Ireas conjurar seu machado de gelo; incendeei meus braços e preparei-me para ir adiante. Senti o orgulho me dar mais forças. Afinal de contas… Eu tinha que honrar o que havia restado de legado de minha raça anciã.

    — EXETA RES! — Gritei, determinado.

    Mal sabia eu que alguém teria outros planos ali.


    ****

    (Narrado por Jovem Brand, o Terceiro)


    Estava me sentindo um idiota ali; ainda estava atordoado e me sentia um Paladino amador. Como pude ser capturado de forma tão vergonhosa?! Ainda mais diante de uma lenda da Guarda de Thais! Bem… Não importava, pois quando dei por mim, já estava diante de mais adeptos do Fogo do Dragão. Conjurei minhas Flechas, empunhei meu Arco Micológico e disparei minhas setas; minha amada Yumi encarregou-se de curar a todos nós.

    — EXURA GRAN MAS RES! — A voz da Marid soava retumbante enquanto ela disparava magias de gelo à distância, evitando confronto direto.

    Respirei fundo e continuei a atirar; conseguia ouvir os tiros de garrucha de Kinahked alto e claro, assim como eu o via guardar as armas nos coldres com altíssima velocidade e revezar com o uso de espada de uma forma totalmente peculiar. Em um dado momento, consegui visualizar Jack novamente, e senti que estávamos ganhando a vantagem novamente.

    Uma. Duas. Três. Quatro. Mais de dez setas, e cada Draken e Alto Lagarto à minha frente começava a cair; a adrenalina era tal que eu conseguia me recordar do dia em que ajudei a liderar as tropas contra Morgaroth; o dia em que me senti mais vivo do que nunca… O dia em que me senti um Paladino de verdade.

    Vinte. Trinta. Quarenta e cinco setas, e me aproximei de Jack e Kinahked, responsáveis por frear os reforços que vinham da entrada do átrio do Dojo improvisado; estávamos fazendo nosso melhor para manter Maximus livre para combater apenas Incineron.

    — Caramba! A gente mata um, e outros cinco aparecem! — Reclamou Kinahked, embainhando sua espada e sacando as duas garruchas. — Ah, tanto faz… O jeito é atirar mesmo!

    Mais reptilianos vinham da escuridão ameaçadora; comecei a atirar duas setas por vez para dar conta do grupo enquanto Jack continuava a projetar Lanças Etéreas e usar o que sabia da Luz para nos defender.

    — Da onde essa mulher tira todas essas tropas?! — Exclamei, estupefato.

    — Nem queira saber! — Replicou Jack, estranhamente agressivo. — EXORI CON!

    As Lanças aterrissaram fortes e certeiras, dilacerando os alvos que ousavam se aproximar. Kinahked revirou os olhos, guardou as armas, bebeu o restante da garrafa de Rum que trouxera e sacou novamente sua espada, partindo para o ataque.

    — EXETA RES! — Gritou o pirata, animado. — Venham brigar com alguém do seu tamanho!


    ****

    (Narrado por Maximus Meridius)

    — AAAAAAAAHHH!

    A chicotada de fogo fora certeira em minhas costelas; Incineron aproveitou-se de minha baixa guarda para atacar a parte mais sensível do tronco de qualquer ser humano; recuei alguns passos e senti a vontade de me ajoelhar, mas consegui me controlar. Eu não poderia me ajoelhar, mesmo em meio à dor.
    Ajoelhar seria assumir a derrota. E eu não poderia fazer isso. Não com a honra de meu Sensei, meu monastério e a minha em jogo.

    — Quer saber quem foi, Maximus?! — Sibilou a criatura, preparando novamente o chicote em chamas. — Quer saber quem condenou seu mestre à morte?!

    Ele ergueu o chicote e alavancou o braço para acertá-lo em mim novamente, e eu consegui ter forças e reflexo suficiente para pular e desviar do objeto; no ar, consegui aproveitar o impulso para acertar uma bela voadora em seu corpo incendeado; ele caiu no chão com um estrondo, e eu usei todo meu controle corporal para pousar de maneira tal que meus joelhos não sofressem tanto.

    Ofegante, eu o encarei.

    — Não me interessa! — Urrei, reforçando o encantamento de minha arma e de meus punhos com as Pequenas Safiras de que dispunha. — Meu monastério será vingado de uma forma ou de outra!

    Avancei assim que Incineron terminou de se levantar; minha lâmina contra seus braços e torso, e ele começou a recuar e enfraquecer. No entanto, eu parecia incapaz de tirar seu sorriso sádico e cínico.

    — Interessa sim. — Ele sibilou em meio aos golpes que ora levava, ora me dava, ferindo ainda mais minha carne. — Eu sei que interessa… Pois foi alguém que você desconsiderou o tempo todo: Jin, o discípulo preferido de seu Sensei!

    Eu gelei em meio ao meu ódio por Incineron e o meu choque com a informação; Jin foi o sujeito que me levou ao Sensei, e era seu discípulo prodígio, cotado a substituí-lo… E possivelmente casar com Xiao, se essa proposta tivesse se concretizado um dia.

    — Ele morreu em combate, canalha! — Repliquei, tremendo de ódio e, por algum motivo, impedido de acertar Incineron.

    — Você sabe que há verdade no que eu digo… — A criatura de fogo replicou, mesmo com metade de seu corpo já quebrando por ter se tornado magma fundido. — Até porque você tirou tudo dele… O Sensei e a garota que tanto amava… — Incineron apontou para mim com um riso baixo e gorgolejante — Você é o responsável por ele ter feito seu dever cívico ao Imperador. Apenas você.

    — CHEGA! — Rugi de raiva, partindo para cima de Incineron. — UTITO TEMPO HUR!

    Parti para cima de Incineron com tudo; cortei seu corpo e o gelo solidificou suas camadas de fogo, tornando-o vulnerável; usei meus cotovelos e pés para quebrar cada parte sólida e separá-las do corpo de forma que ele jamais poderia regenerar-se novamente. Ataquei-o com toda a ferocidade de golpes que tinha enquanto as cenas de meu treinamento vinham à minha mente.

    Como não pude perceber os sinais tão claros da iminente traição?!

    Jin sempre fora respeitoso, um humano parecidíssimo com Emulov em seu jeito e porte… Mas nunca me vira cem por cento como igual; nunca deixei de ser um estrangeiro aos seus olhos… Alguém que nunca estaria à altura do Monastério, por mais que me esforçasse.

    Incineron me arranhou com suas mãos flamejantes, mas pouco caso dei ao feito; meus punhos estavam frios como a morte, e a morte eu traria àquele ser.

    Um soco, e lembrei-me de Jin sempre treinando comigo.

    Uma cotovelada na face de Incineron e me lembrei de Xiao trazendo comida para nós dois.

    Um chute que o fez recuar passos e me recordei de quando o Sensei não o reconheceu mais como sucessor.

    Incineron tombou no chão com o corpo quase todo cristalizado, e eu senti o perfume de Xiao no ar, e eu vi seu belo sorriso e sua atenção dada totalmente a mim.

    Quando dei por mim, vendo em minha mente as lembranças do peitoral aberto e cauterizado de meu sensei, Incineron não mais vivia; o cruel elemental de fogo jazia morto, estilhaçado mil pedaços em magma sólido, e eu, pela primeira vez, pude ver o rosto de Jin tomado pela inveja e desgosto, vestindo a tabarda do Dojo do Fogo do Dragão, com a pintura facial característica, a alabarda e a armadura, ao lado do exército imperial.

    Incineron falara a verdade, afinal.



    *****



    (Narrado por Wind Walker, Andarilho do Vento)


    O exército de Zhi começara a ganhar vantagem; Yami, Ireas e eu estávamos nos dividindo em várias frentes de combate, tentando ao máximo descobrir qual era o verdadeiro, e sem sucesso; todos reproduziam sombras. Todos faziam os mesmos feitiços e riam de nós de forma igual. As vozes eram as mesmas, e o coro era maligno.

    Então os seis nos rodearam e soltaram uma enorme lufada de gás preto e corrupto; não enxergávamos mais nada, e comecei a sentir a corrupção em meus pulmões.

    — Yami! Ireas! — Gritei, tentando encontrá-los. — Cuid…!

    Fui acertado por dois deles e jogado para longe da fumaça; Yami, no entanto não tivera a mesma sorte. O Efreet, em sua forma mais poderosa, foi atacado por três deles com magias que achava que eles não sabiam conjurar: Yami fora acertado por gelo de uma maneira mordaz; a ferida era imperceptível, mas vi o Efreet começar a retornar à forma humana, aparentemente congelando por dentro.

    Assim que fizeram isso, voltaram suas atenções todas a Ireas. E eu sabia que tinha que fazer algo a respeito disso.

    — UTITO TEMPO HUR! — Bradei, correndo em direção a eles; esperei até que olhassem para mim para que eu pudesse dar continuidade ao meu plano. — EXETA RES!

    Atraí as atenções dos Draken para mim, e notei Yami olhar para mim enquanto eu o fazia; naquele momento, percebi que três dos seis Drakens estavam sob efeito de suas chamas, e começavam a incendear, mostrando para mim quais eram as cópias, cujos pés estavam em chamas antes de quaisquer partes de seu tronco. Eu sorri enquanto corria para longe.

    — WIND! — Gritou Ireas, sem entender o que eu estava fazendo.

    Eu notei, enquanto corria, uma falha que ia do chão à parede mais próxima de nós e não hesitei; finquei a lâmina de minha alabarda ali, dei meia-volta e usei minha arma como alavanca, forçando o chão e a parede a se deslocar; tudo começou a tremer e se partir. Olhei para o rosto de Ireas, lívido e aterrorizado com o que eu acabara de fazer; Yami estava ajoelhado e, pela primeira vez, cumprimentou-me com um aceno de cabeça, reverenciando-me pela coragem que tive.

    Sorri para ambos com os olhos marejados enquanto ofegava de cansaço, pois sabia que minhas chances de sobrevivência ali seriam remotas demais para ser contadas de alguma forma. Fechei meus olhos na certeza de que havia cumprido meu dever.

    — NÃO!

    O grito de Ireas foi uma das últimas coisas que ouvi antes de ver as pedras desabando em minha direção.



    ****


    (Narrado por Rei Jack Spider)


    Sentimos todos um forte tremor; eu parei, lívido, pois sentia que algo grave havia acontecido a Ireas… E a alguém muito próximo dele.

    Próximo o suficiente para causar bastante estrago.


    ****


    (Narrado por Ireas Keras)


    Eu não sei por quanto tempo fiquei inconsciente; tudo que eu conseguia me lembrar era da imagem de Wind fazendo seu último ato de bravura para me salvar… Para salvar a mim e a Yami.

    Acordei com algumas pedras sobre mim, as quais consegui tirar com dificuldade; Yami estava com o corpo mais livre, mas respirava com dificuldade. Sua pele estava gelada, e eu tinha certeza de que ele estava congelando de dentro para fora. Fiquei de joelhos, incerto quanto à situação do Efreet e tentando ver a extensão dos danos.

    — Yami… O que eu faço? — Sussurrei sentindo muita dor e cansaço.

    Uma das garras de Zhi estava exposta em meio às pedras caídas e, a julgar pelos ossos quebrados expostos e o sangue ainda saindo, certamente ele estava morto. Olhei para o alto e vi que havíamos despencado no mínimo 30 metros. Levantei-me com dificuldades, sentindo dores pelo corpo inteiro; senti uma corrente de ar frio vinda à frente e passando pelo meu rosto. Olhei naquela direção e notei algo entre as pedras mais adiante, depois de onde a garra de Zhi podia ser vista.

    Meu coração parou. Era Wind entre aquelas rochas. Aparentemente inconsciente.

    — Não… — Sussurrei, indo em sua direção e acelerando o passo. — Não… Não… Não!

    Aproximei-me daquele local, passando pelo corpo inerte do Draken que outrora serviu minha mãe apenas para confirmar meus temores. Era Wind ali, preso do peitoral para baixo entre os rochedos. Comecei a ficar ofegante, à beira de um colapso; ele ainda respirava, mas com muita dificuldade, e senti lágrimas virem até meus olhos.

    — Wind…! Wind! — Clamei, ofegante — Por favor… Por todos os deuses… Acorde! Acorde!

    Ele lentamente abriu seus olhos, como uma criança que acabava de sair de seu sono. Ele sorria para mim, piscando lentamente. Ele parecia fraco e às portas da morte.

    — Ireas… Me desculpe… A bagunça. — Disse o Yalahari em seu tom de voz calmo e agradável de sempre, com um filete de sangue descendo de seus lábios. — Eu não tive… Escolha. Eles… Matariam você… E Yami.

    — Por favor, não fale! — Censurei-o, sentindo as lágrimas quentes descerem pelo meu rosto. — Eu… Eu vou dar um jeito nisso! Eu vou mexer a terra e…

    Ele tossiu, cuspindo sangue e eu me senti o pior dos homens, tentando controlar minhas emoções diante dos fatos à minha frente, impossibilitado de fazer qualquer coisa. Impotente.

    — Não vai dar certo, meu amor. — Replicou o Yalahari, piscando e falando cada vez mais devagar. — Não me resta muito tempo… E eu já sabia disso antes de fazer essa… Presepada, heh.

    — Wind, eu vou dar um jeito de consertar as coisas! — Clamei, desesperado e deixando rolar as lágrimas que insistiam em descer de meus olhos. — Eu… Eu não vou lhe tratar mal! Eu… Eu já te perdoei, mesmo que não consiga ficar com você de novo! Você é o melhor amigo que tenho! Você sobreviveu a Morgaroth, morrer assim é estúpido e indigno de você! Você foi mais que um amigo e ainda é! Eu sinto muito por ter te feito sofrer! Eu...

    — Não tem problema. — Replicou o Yalahari. — Eu já tinha um pressentimento… De que seria assim, mesmo antes de me apaixonar por você. Eu já sabia… Você é complicado… Um menino de fases… Ainda é um menino, mas que já amadureceu muito… Você vai conseguir… Acertar as contas com a sua mãe. Mesmo que eu não esteja… Mais aqui para ver.

    Exura sio “Wind Walker! — Bradei, encostando em seu ombro descoberto, apenas para constar que suas feridas não se curaram, tampouco seu estado melhorou.

    — Salve Yami, Ireas. — Pediu Wind, falando baixo e quase sem forças. — Não tem problema nenhum nisso; não vou… Te condenar por isso. Ele é um de nós agora. Um aliado… Ele ainda merece viver. Eu já… Cumpri meu dever… De dar a minha vida por aquele que eu mais amo. Se… Se você tivesse morrido… Minha vida não teria mais sentido. Estou em paz… E completo.

    Eu tentei balbuciar novamente o feitiço de cura. Uma. Duas. Três vezes. Nada. Minha mana saía de meu corpo, mas de nada adiantava.

    — Adeus, Ireas Keras. Você foi… O amor da minha vida. Um dia… Nos veremos novamente.

    Wind fechou seus olhos, e sua respiração cessou, bem como os batimentos de seu coração; seu corpo assumiu o aspecto que outrora assumira quando Variphor tomara conta; olhei para a marca em meu peito e tentei recitar, novamente, as magias de cura com o desejo de usar aquela bênção para salvá-lo.

    Não adiantou. A marca também não reagiu. Wind estava morto. Eu não podia acreditar em meus olhos. Eu me afastei, em choque, e fui até Yami sem tirar os olhos do local onde o Yalahari estava. Ainda em choque, respirando com dificuldade, ofegante e de forma ruidosa, consegui encontrar forças para usar a bênção estampada em meu peito para, ironicamente, salvar a vida daquele que a impusera sobre mim.

    Yami rapidamente ganhou calor humano, batimentos cardíacos acelerados e aspirou ruidosamente o ar pela sua boca, arregalando seus olhos dourados enquanto tossia e tentava se levantar, estupefato com o fato que ainda estava vivo.

    — Keras?! — Ele indagou, com seu tom de voz grave e firme de sempre, definitivamente vivo. — Como...?!

    — Wind! — Gritei, arfando de desespero. — Ele… Ele está preso… Nas pedras! Me ajuda! Ele… Acho que ainda dá pra salvar…! Me ajuda por favor!

    Yami assentiu positivamente, assustado, e foi comigo até onde Wind estava; seu corpo estava acinzentado, com as veias expostas em cor mais escura, da mesma forma quando ele fora possuído por Variphor. Imediatamente, Yami tocou os ombros do Yalahari, e eu vi uma luz púrpura saindo de suas mãos, mas surtindo nenhum efeito.

    — Não posso fazer nada, Keras.

    — Como assim?! — Indaguei, estupefato e furioso.

    Djinns não podem mexer com a vida e a morte. — Replicou Yami, também chocado. — Apesar de podermos ressuscitar mortos, não podemos dar a eles a condição real de vivos que um dia tiveram. E algo me impede… Variphor me impede… De reclamar a vida de Wind novamente. Eu… Lamento, Keras, mas esse é um desejo que eu não posso realizar. Está além das condições da natureza de qualquer Djinn.

    Eu recuei, anestesiado e incrédulo. Yami… Tinha razão, infelizmente. Eu tentei balbuciar algo, mas as palavras não queriam sair. Ele, então, nos envolveu em uma esfera de Mana, flutuando acima de onde Wind estava. Em seguida, ele movimentou as pedras para longe do Yalahari e conseguiu extrair seu corpo, colocando-o dentro da esfera conosco. Eu vi, então, a extensão dos danos. Do peitoral para baixo, seus ossos estavam todos rachados ou quebrados, e alguns deles estavam saindo pela carne. Fechei meus olhos, incapaz de ver aquilo.

    Senti o ódio tomando conta de minha alma.

    — Posso não trazê-lo à vida, mas deixarei seu corpo mais digno para o enterro de um heroi. — Falou Yami gentilmente. — Quer que eu faça isso?

    — É muita consideração, Yami. — Respondi em um tom de voz cada vez mais tomado pelo ódio. — Faça isso.

    O Efreet estalou os dedos e eu ouvi o som dos ossos inertes de Wind se estalando enquanto eram postos magicamente de volta ao seus lugares, assim como ouvi a carne se recuperando rapidamente e a pele sendo costurada de volta ao seu estado natural, sem deixar marcas. Apesar do gesto de Yami, eu sabia que o corpo de Wind jamais seria o mesmo de antes, mesmo para o funeral.

    — Yami… Quero que envie o corpo para as geleiras de Nibelor, em uma parte dos monólitos que Silfind não conhece. — Ordenei, amargo. — Depois disso… Quero que você me leve à minha mãe sem demora. Ela vai pagar por isso. — Olhei para o Efreet com ódio, fúria e amargor em meu coração. — Uma parte de mim acabou de morrer hoje. Eu terei a minha vingança, custe o que custar.

    Yami assentiu, aparentemente assustado com minha mudança de comportamento.

    — Seu desejo é uma ordem.



    Continua.

    -----

    Spoiler: Considerações Finais do Capítulo
    Última edição por Iridium; 04-12-2016 às 13:59.

  7. #347
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    Caramba, tá difícil digerir esse capítulo :'(

    Fui pego de surpresa com essa do Wind, realmente não esperava por isso... Porém, entendo a razão pela qual esse fato foi necessário. Acho que o Ireas perdeu qualquer vestígio de piedade/simpatia/compreensão que tinha por sua mãe; não gostaria de estar na pele de Esquecimento Eterno agora. Bom, creio que o Yami vai realmente assumir parte do papel que o Wind tinha na vida do Ireas (será que na parte sentimental também? Vamos aguardar...), apesar dele ser, no meu ponto de vista, muito diferente do Yalahari em todos os sentidos. Vai ser interessante acompanhar o desenvolvimento disso.

    A parte da definição da luta contra o Incineron também foi magnífica. Consegui me colocar na pele do Meridius e entender todo o ódio que ele sentia enquanto golpeava o adversário; além da revelação sobre o passado dele, que também foi muito impactante.

    Fica até complicado analisar esse capítulo, porque foi sensacional; pra mim, sem dúvida foi o melhor da sua história até aqui, de longe. Eu digo com sinceridade que pouquíssimas vezes fiquei tão imerso em uma leitura quanto nesse capítulo, cheguei até a prender a respiração em alguns momentos. Só posso deixar aqui meus parabéns pelo seu trabalho, é muito melhor do que eu esperava quando visitei a seção pela primeira vez.

    Não sei se fico feliz por você estar perto de conseguir finalizar esse projeto, ou triste pela história estar acabando

    Enfim, já me estendi demais. Novamente, parabéns pelo excelente capítulo, e espero que consiga se recuperar rapidamente da perda de sua amiga; é pesado, mas a gente precisa ter força nesses momentos xD.

    Aguardo (muito!) o próximo capítulo. Abraço!
    Son of a submariner!

  8. #348
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    E essa revelação bombástica e batalha psicológica aí hein? Parabéns Iridium, manda bala que quero ler o próximo capítulo!

  9. #349
    Avatar de Kinahked
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    Citação Postado originalmente por Don Maximus Meridius Ver Post
    E essa revelação bombástica e batalha psicológica aí hein? Parabéns Iridium, manda bala que quero ler o próximo capítulo!
    Também ansioso por mais!
    E não fiquem triste todos que gostam da história... (vou dar um spoiler xiuuuu .... Iridium não vai aguentar e vai escrever outra continuação... xiuuu....)
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  10. #350
    desespero full Avatar de Iridium
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    Padrão Segundo Pergaminho, Capítulo 56

    Saudações!

    As II Justas Tibianas estão em fase de votações! Confira ESTE TÓPICO para saber quem está contra quem e votar nos textos que mais gostaram! Bom, o Segundo Pergaminho está caminhando para o fim e, em Luminera, o Ireas está caminhando para o lvl 100. Mal posso acreditar nisso O.o

    Vamos aos comentários:

    Spoiler: Respostas aos Comentários


    E agora, sem mais delongas, vamos ao Capítulo de Hoje!


    -----

    Spoiler: Bônus Musical



    Capítulo 56 — A Insanidade Persiste no Esquecimento (Parte 1)

    Anjos caem primeiro… Enquanto ela ainda está aqui.

    (Narrado por Esquecimento Eterno)



    O fino véu feito dos lamentos dos esquecidos ainda cobria meu corpo; sentada em meu trono, na solidão dos meus aposentos, pude ver, através de meu Espelho Necrótico*, os últimos acontecimentos em meus domínios… Foi impressionante a engenhosidade do garoto ruivo, Wind. Achei que meu filho o teria largado à própria sorte após aquelas cartas de tanto tempo atrás.

    — Uma pena. Zhi poderia ter-me sido mais útil… Ele tinha ainda muito a aprender.

    Realmente, meu filho herdou de mim a capacidade de perdoar as pessoas, mas ainda não aprendeu que as pessoas não são de confiança… Era isso que tentei ensinar, e ele se recusou. Olhei para as imagens e notei uma figura familiar ali.

    — Yami! — Exclamei, incrédula. — Ainda vive! Achei que tivesse… — Fitei as imagens com fascínio na medida em que via o rapaz revezando entre sua forma humana e a verdadeira. — Impressionante. Você conseguiu me enganar… Mas agora eu sei que você está aqui…

    Dirigi-me até um dos criados-mudos mais próximos, e tirei de dentro dele uma varinha antiga, já surrada pelo tempo, mas adequadamente modificada para os meus propósitos.

    — … E está na hora do acerto de contas. Que venham. — Falei para mim mesma, empunhando minha arma de escolha e deixando novamente o véu negro assentar sob meu corpo e me esconder da pouca luz de meus aposentos.



    *****


    (Narrado por Morzan Snow)


    Eventualmente, conseguimos nos deslocar; meu irmãozinho ainda estava pálido e fraco, mas conseguiu se manter desperto e atento; Icel, com arco empunhado e retesado, caminhava à frente, escoltando a área. Depois de um tempo caminhando em silêncio em meio a um caminho escuro e incerto, chegamos a um outro cômodo, onde encontramos Brand, Yumi, Kinahked, Rei Jack e Maximus Meridius, o qual estava sob os cuidados da Marid, com queimaduras notórias e muito feias em sua carne.

    — Exura Sio “Maximus Meridius. — Recitou calmamente Yumi, aliviando as dores do lutador e melhorando o aspecto geral de seu corpo, reduzindo a profundidade e o dano das queimaduras infligidas.

    — Vou precisar de algo mais forte para lidar com tudo isso… — Resmungou Meridius, visivelmente irritado. — Não consigo acreditar que bloqueei essa lembrança…

    — Você bloqueou por algum motivo. — Replicou Kinahked, cruzando os braços. Ele então olhou para mim e percebeu a situação. — Eita! Traga o menino para cá, vamos ver o que podemos fazer para deixá-lo inteiro de novo!

    Dito isso, permiti que o pirata ajudasse a amparar meu irmão; tão logo quanto ele fez isso, vi o sujeito apelar para a cura mais antiga conhecida pelos Vanduranos: Rum. Kinahked tirou de dentro de sua mochila uma enorme garrafa de rum, abriu-a e entregou ao meu irmão, ajudando-o a beber.

    — Agora sim! Vai ficar novinho em folha! — Falou Kinahked, exultante, enquanto pegava outra garrafa para si. — Pode tomar essa tranquilo, Sírio: é por conta da casa!

    Eu tentei controlar o riso; seria estranho rir demais naquelas circunstâncias, mas Kinahked era um ser peculiar e cômico demais para que eu conseguisse manter a compostura.

    — O que aconteceu aqui? — Indagou Icel, guardando a flecha na aljava.

    — Aqui era território do Dojo do Fogo do Dragão. — Replicou Maximus, com o semblante sério, ainda sentindo muitas dores. — Esquecimento Eterno tem um pequeno batalhão só para ela. Cortesia do Imperador.

    — A coisa só piora… — Resmungou Icel.

    — Galera, achei uma coisa! — Falou Brand. — Na realidade, achei duas!

    O Paladino de cabelos prateados apareceu com dois enormes Tomos nas mãos; assim que bati os olhos em suas capas, sabia do que se tratavam.

    — Eis as últimas peças desse quebra-cabeças maldito. — Falou o Paladino. — Precisamos achar Ireas o quanto antes e entregar isso a ele.

    — O garoto não deve estar muito longe. — Comentou Maximus. — Depois você me explica a história desses Tomos estranhos; vamos atrás do druida o quanto antes.

    Concordamos e nos dirigimos, juntos, à escuridão à frente; Maximus, Kinahked e eu assumimos a frente de batalha, e Icel estava logo ao nosso lado com o arco em riste. Os demais seguiram mais atrás, vigilantes. Respirei fundo.

    — Ainda tem mais desse rum aí, Ked? Ficar sóbrio aqui embaixo é horrível…



    ******


    (Narrado por Yami, o Primeiro)


    Ainda estou estupefato.

    Não podia crer em meus olhos… Tampouco em minha interpretação da linguagem corporal de Keras; aquele olhar, aquela fúria… Respirei fundo e bati minhas duas mãos, usando minha mana para criar um portal direto à antecâmara onde residia Esquecimento Eterno.

    Era um corredor sustentado por ossadas, de maneira similar ao subterrâneo da Ordem dos Cavaleiros do Pesadelo, como havíamos visto nas Planícies do Pavor.

    — Keras… Sua mãe está atrás destas portas. — Falei.

    — Yami, se eu não sobreviver… — Começou Keras, sério. — Quero que você auxilie no funeral do Wind e, de lá, você estará livre para viver sua vida como quiser. Você não será mais servo de ninguém a não ser que queira.

    Fiquei mudo; ele estaria disposto a me conceder a liberdade? Depois de tudo o que eu havia feito?

    — Se eu sobreviver, no entanto… — Ele continuou, olhando em meus olhos. — Tenho ainda alguns pedidos a gastar; depois, você será livre. Independente do final dessa história, você estará por sua conta para resolver os seus problemas. Entendido?

    — Entendido. — Repliquei. — Agradeço por… Esse gesto, no final das contas.

    Ireas assentiu e voltou seus olhares para a porta.

    — Não agradeça ainda.... Isso ainda não acabou.

    Dito isso, ele posicionou as mãos na porta e forçou-as a se abrir; assim que ele fez isso, as portas se abriram como se a nossa visita já fosse esperada; o caminho estava fracamente iluminado, e passamos adiante.



    ****



    (Narrado por Ireas Keras)


    Nossa chegada já era esperada; as portas se abriram e não havia impedimento algum no caminho. Entrei primeiro, e Yami logo me seguiu. Assim que o Efreet passou pelos portões, eles se fecharam ruidosa e rapidamente, e as luzes começaram a tremular de maneira sobrenatural.

    — Sejam bem-vindos… Daqui vocês não sairão! EXANA LUX**!

    A voz de Esquecimento Eterno ecoou pelo recinto; todas as luzes se apagaram e o chão começou a tremer. Um tempo depois, ouvimos três palmas ruidosas e as luzes voltaram. Não estávamos mais em um corredor. Estávamos em uma redoma, com pilastras feitas de ossadas antigas e fossilizadas, cheirando a sangue e limo; havia um trono à nossa frente e uma figura sentada nele, coberta da cabeça aos tornozelos por um véu negro.

    — Chegou a hora inevitável… Suspeitei que esse dia chegaria. — Falou o ser com voz feminina, idêntica à que nos recepcionara antes. — Bom, não vou me demorar em um discurso estúpido. Você juntou as peças do quebra-cabeças e chegou até aqui. — A criatura se levantou e eu tive um relance do brilho púrpura de seus olhos. — Hora de ver até onde o deus dos Ventos encheu sua cabeça com mentiras, assim como fez comigo e com sua avó antes de mim.

    Ainda não conseguiu acreditar… Estava diante de minha mãe; minha mãe, minha inimiga. Minha mais odiada inimiga. A mulher que me dera a vida… Poderia talvez trazer minha morte, já que assim fizera com outros que me eram muito queridos. Vi, então, ela pisar sobre o longo véu, deixando-o cair por trás dela.

    Abafei um grito de terror. Vi Yami não esboçar reação, e entendi que aquela devia ser a aparência real de Esquecimento Eterno… Ou Seline Keras.

    — Suponho que não era o que você esperava… — Sibilou a mulher. — Afinal… Ninguém espera que aquela que deu à luz, trouxe alguém à vida um dia… Parecesse tanto com a morte.

    Pele pálida e acinzentada como a de um cadáver; seios mais caídos e pele não mais firme como as de uma jovem; seu manto era rasgado nas mangas, revelando braços decrépitos com os ossos à mostra e com leve cheiro de decomposição. Suas mãos exibiam dedos desprovidos de pele e carne, e as palmas e dorso bem feridas. Sua mão direita não tinha os dedos anelar e mínimo, havendo apenas dois ocos em seu lugar. Seus caninos eram afiados e sua boca exibia rachaduras de seca. Seus cabelos eram negros e estranhamente sedosos e bem cuidados. Um de seus olhos era castanho, e o outro era apenas uma grande cicatriz cuja pele brilhava em tom avermelhado de tempos em tempos. Havia, porém, uma estranha e repulsiva beleza ali.

    — Eu já fui bonita um dia… — Suspirou Esquecimento Eterno. — Até perceber que… A aparência seria um sacrifício mínimo pelo conhecimento que buscava.

    — Por que fez isso? — Indaguei. — Por que destruiu a Sociedade das Teias Infindas? Por que matou meu pai? Por que acabou com tantas vidas inocentes?!

    — Pela verdade e pelo esquecimento, meu jovem filho… — Replicou aquela que eu deveria chamar de mãe, mas não conseguia. — Nornur sempre esteve errado… União é algo impossível para Homens e outras Raças… Somos desunidos por natureza, e é a nossa desunião que nos preserva. A união gera uma falsa sensação de conforto e segurança… Que pode ser facilmente quebrada pelas palavras certas.

    — Você está errada! — Esbravejei, irado. — A união fortalece as pessoas!

    — Bom… — Ela fechou o semblante, séria e levemente desapontada comigo. — O pior cego é aquele que não quer ver… EXORI GRAN MORT***!



    Continua...

    ----

    Glossário:

    (*): Necrotic Mirror. É um item baseado nos poderes do Necromancer Shield, que permitem Esquecimento Eterno ver tudo o que ocorre em seus domínios usando a força dos Pesadelos e da Necromancia.

    (**): Exana Lux seria uma magia que se comporta como o inverso do Utevo Lux e similares, removendo toda a luz de uma área.


    (***): Seria uma versão reforçada do Death Strike (Exana Mort).

    ----


    E galera, por hoje é só! O Segundo Pergaminho tá chegando ao fim! Vamos lá, acompanhem e divulgem! Deixem seu feedback para que eu possa melhorar cada dia mais! Até o próximo capítulo!



    Abraço,
    Iridium.

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