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Tópico: Dan da Cidade de Carlin

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  1. #1
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    Padrão [Livro III] Capítulo 1 - Um Paladino das Trevas

    Começando o Livro III!

    Como foi feito no livro anterior, o primeiro capítulo será um pouco diferente!

    Aproveitei para mudar um pouco o estilo e a forma da escrita, vocês podem achar um pouco diferente... Mas acho que no longo prazo será melhor...

    Agradeço muito ao Derp, ao Kevin The Destroyer e ao thomzi, pelos comentários!!!

    Espero que gostem! Abraços!




    Capítulo 1 - Um Paladino das Trevas


    Era um bonito dia no mundo conhecido de Tibia, que vivia os seus tempos áureos.

    Nos arredores de Venore, um grupo de garotos brincava, fingiam ser bravos cavaleiros que derrotavam os Orcs.

    Ao todo, eles eram cinco garotos, com idades entre 10 e 12 anos. Izan, era o mais velho, Angios, o mais forte, Paul e Will, eram irmãos gêmeos, novos e brincalhões, e Thales, o mais tímido.
    Angios fazia o papel de Orc, rugindo e ameaçando avançar contra seus amigos. Paul e Will apenas zombavam do "Orc", enquanto Izan fingia coordenar um ataque. Atento, Thales admirava o líder, esperando por uma ordem. Assim a brincadeira seguiu, até que os humanos enfim vencessem.

    Cansados, eles sentaram no chão, ali mesmo, para recuperar as energias.

    – Izan... – disse Thales de forma contida ao seu amigo.

    – O que foi? Já quer ir embora? Ainda está cedo... – protestou Izan, antes mesmo de ouvi-lo por completo.

    – Não! – respondeu prontamente. – Pelo contrário! Eu quero lhe acompanhar para sempre! Aonde você for eu irei também! Juntos, vamos derrotar todos os Orcs!

    – Então está bem! – retrucou Izan, sem dar muita importância. – Eu vou morar para sempre em Venore! Se você ficar por aqui também, derrotaremos todos os inimigos!

    – É! Mas nós podemos morar juntos! E também viajar ao longo do Tibia procurando aventuras. – Thales foi falando tímido e pensativo.

    Um pouco assustado, o jovem Izan recuou e começou a falar mais sério.

    – Não, Thales! Eu vou me casar e morar com a minha futura mulher!

    – Por quê? Elas são fracas e não ajudam em nada! – falou um pouco mais alto.

    – Porque é o certo! – respondeu Izan já um pouco irritado.

    Aos poucos os outros meninos entraram na conversa.

    – Meu pai diz que homem que mora com homem, na verdade, é uma mulher! – comentou Paul olhando para o tímido garoto.

    – Eu não sou uma mulher! – exclamou Thales irritado.

    – Mas está parecendo uma mulher... – zombou Will.

    – Eu não sou! Eu só gosto do Izan e quero acompanhar ele para sempre! – protestou tão alto que poderia ser ouvido na cidade.

    – Você vai poder me acompanhar nas batalhas! Mas nós não vamos morar juntos, isso não é certo! – explicou Izan, ignorando os comentários dos outros.

    – Esse Thales é uma menina mesmo... – disse Angios pensando alto.

    – Eu não sou uma menina! Vocês não me entendem! – gritou Thales enquanto se levantava.

    O garoto deu uma rápida olhada para os seus amigos, fazendo um sinal negativo com a cabeça, e começou a correr, aparentemente sem rumo.

    – Vocês entenderam o que acabou de acontecer? – perguntou Paul aos seus amigos enquanto via Thales correndo na direção do pântano.

    – Não... – apenas Will respondeu.

    – É... Eu também não... – concluiu.

    O menino continuou correndo, sem saber para onde estava indo e nem quando parar. Aos poucos o terreno foi ficando mais pantanoso e os seus pés começaram a afundar.

    Poucos segundos depois, ele tropeçou.

    Sujo e machucado, Thales se levantou e procurou algum canto mais seco para se sentar.

    Por alguns minutos, quase horas, o garoto ficou sentado, amaldiçoando os seus amigos e desejando que alguém lhe pudesse compreender.

    Um ponto vermelho surgiu no meio do pântano, parecia longe e foi se aproximando. Não demorou para Thales perceber que era um cavaleiro.

    Na medida em que o homem se aproximava, o garoto o enxergava melhor, ele tinha cabelos pretos e um pouco longos.

    Quando já estava a poucos metros, Thales viu uma letra "R" escrita em dourado, bem no centro da armadura vermelha, nesse momento, o cavaleiro pareceu notar a presença do garoto e se aproximou.

    – Está tudo bem com você? – perguntou o alto cavaleiro, parecendo preocupado.

    – Não me machuque, por favor! – disse assustado, recuando.

    – Não vou lhe machucar... – respondeu calmamente.

    O cavaleiro sacou uma pedra branca, com um losango desenhado no centro, apontou na direção do menino, que arregalou os olhos, enquanto a pedra se desintegrava e os ferimentos desapareciam.

    – Obrigado... – respondeu o menino inseguro.

    – Não foi nada! Agora me diga, o que você faz aqui sozinho?

    Atentamente, o cavaleiro ouviu a história do menino, até ele contar como chegou ali.

    – Seus amigos são mentirosos. Não são seus amigos de verdade. Eles acham que são melhores que você. – disse o homem, enquanto o garoto concordava. – Me diga, qual vocação você pretende seguir?

    – Pretendo ser um Paladino! – respondeu Thales com confiança.

    – Interessante! – disse sem esconder um sorriso – Posso fazer de você o Paladino mais forte de todo o Tibia. Todos irão lhe respeitar e você poderá fazer o que bem entender! Ninguém poderá lhe dizer o que é certo ou não! - um sorriso tímido surgiu no rosto do garoto e o cavaleiro pôde terminar de falar. – Vamos! Vou lhe mostrar a minha casa! Quando você for um Paladino, poderá morar lá comigo se assim desejar!

    Sem hesitar, o garoto levantou e seguiu o homem que ele já admirava mais do que a todos os outros.


    Dias Atuais

    Em Venore


    Uma bela jovem, com pouco mais de vinte anos, estava sentada em um dos bancos da cidade de Venore, jogando migalhas de pão para os pombos.

    Subitamente, as aves voam e a jovem nota a presença de um paladino já quase ao seu lado.

    – Amor... – suspirou Valliris. – Nem acredito... Está tão difícil lhe ver... Meu pai saiu para pescar com o meu primo... Hoje finalmente vamos poder ficar sozinhos lá em casa...

    – Sinto que não... – respondeu o Paladino, com desdém – Só vim lhe dizer que estou indo agora mesmo tomar o controle da cidade...

    – Tomar o controle da cidade? A cidade já é nossa! – falou confusa.

    – Não exatamente... Ela agora pertencerá aos templários... Nós fomos os escolhidos para governar essa cidade...

    – Escolhidos por quem? – retrucou Valliris – A cidade será muito bem governada do jeito que está! Sem a interferência de Thais!

    – Eu não concordo! Eu irei governar essa cidade! Avise a sua família que todos agora obedecem a mim! Não se preocupe, eu sou o melhor governante que essa cidade pode ter! – disse tentando convencê-la ao final.

    – Não é verdade, Thales! Eles são mais inteligentes e mais espertos, além de serem sempre honestos... Você não vai governar essa cidade tão bem quanto eles... Escute-me... Você não pode fazer isso! Isso não é certo, Thales!

    – Ninguém! – disse transtornado, segurando a garota pelo braço. – Ninguém poderá me dizer o que é certo e o que não é! – usando toda a sua força, ele arremessou a jovem contra o chão. – Eu sou o maior paladino de todo o Tibia e eu faço o que eu bem quiser!

    Desolada e se recusando a acreditar no que havia acontecido, a garota deixou escorrer uma lágrima enquanto o paladino se distanciava.


    No Castelo de Thais

    Sentado no trono real, vestindo o seu sobretudo preto e segurando uma bonita bola de cristal, o Revolucionário ouvia os seus conselheiros e dava as ordens.

    – Senhor, temos novas informações sobre Rookgaard – disse o afobado ex-guarda real Harsky.

    – O que é? – perguntou interessado.

    – Nosso informante disse que o Monge está perto de descobrir como obter a Espada. A situação está sendo monitorada de perto e quando soubermos exatamente como consegui-la, nós a pegaremos antes – tentou mostrar confiança, sem muito sucesso.

    – Muito bem – o Revolucionário balançou a cabeça afirmativamente. – Mais alguma informação sobre aquela ilha?

    – É... – o cavaleiro hesitou por alguns instantes. – Segundo o nosso informante, o garoto já saiu da ilha há algum tempo e a essa altura já deve ter uma vocação – terminou receoso com a reação de seu chefe.

    – Se quiser, mande aquele velho de barba vermelha fazer alguma coisa, mas não se preocupe com esse garoto – o Revolucionário abriu um largo sorriso. – Temos outras boas notícias, ainda hoje, Venore será nossa!

    – Mas Senhor? – perguntou Harsky um pouco incrédulo – De onde vem essa informação? Não não mandamos nenhum exército para lá...

    – Não foi necessário nenhum exército, um deles está lá, um dos quatro...

    Mas o plano não era eliminar os quatro? – confuso, Harsky fez uma sucessão de perguntas – Um dos quatro? Qual deles?

    – É o Paladino! – o Revolucionário começou respondendo a ultima pergunta antes de responder às outras. – E apenas o garoto precisa ser eliminado! Se eu tentar matar os outros dois, eles podem se virar contra mim... Eu prefiro tê-los como aliados... – vendo que o cavaleiro seguia assustado, ele tentou tranquiliza-lo. – Não se preocupe com esse Paladino, eu mesmo o criei, ele é um verdadeiro Paladino das Trevas! – sorridente ele perguntou mais uma vez. – Isso é tudo?

    – Só mais uma última coisa – ele entregou um pergaminho ao seu líder. – Essa é a lista que você pediu!

    – Ótimo! – disse ainda sorrindo, enquanto lia os nomes. – Procure cada um deles! Traga–os até aqui e torture-os até obter todas as informações que puder! E por fim, mate-os! – terminou devolvendo o pergaminho.

    Harsky concordou e virou–se para sair da sala, enquanto o Revolucionário apenas sorria, admirando a sua bola de cristal.


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    Próximo: Capítulo 2 - Perigos em Alto Mar (Parte 1)
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    Última edição por Danboy; 10-02-2014 às 18:01.
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    Então pegue uma xicará de chá, sente-se e leia a história de Dan da Cidade de Carlin.

    (Última Atualização: Livro V: Capítulo 5 - A Guera de Reconquista (Parte 2/2), postado no dia 06.03.2017)

  2. #2
    Avatar de thomzi
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    Padrão WOOOOOOOW

    isso quer dizer o que?

    obviamente eles tão falando do Dan.Por que ele tem que morrer?

    os 4?os 4 o que?

    disso só pode tirar 2 coisas:
    os 4 (insira uma das 4 vocações aqui)das trevas
    ou os 4 (insira uma das 4 vocações aqui)mais forte de todo o Tibia

    por que se o Thales é um dos 4 e ele só pode ser o o paladino mais forte de todo Tibia ou paladino das trevas,o Dan só poderia ser o Druida mais forte de todo Tibia ou o Druida das trevas nunca achei que usaria a palavra Druida com a palavra trevas como adjetivo

    espero que o "os 4"seja os mas fortes por que o dan NÃO PODEvirar das trevas.

    [mind=blown]

    agora as coisas vão rolar

  3. #3

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    Padrão

    O forma escrita está um pouco melhor que antes, gostei. Não sei o que comento sobre o capítulo, ficou cheio de mistério, Dan, era melhor ter ficado em Rook e_e

    Mais um capítulo, plx *-*

  4. #4
    Avatar de Danboy
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    Padrão [Livro III] Capítulo 2 - Perigos em Alto Mar (Parte 1)

    Primeiramente, tenho que agradecer ao thomzi e ao Kevin The Destroyer.

    Se não fossem os comentários de vocês, a história tinha acabado...

    Mas já que não foi assim, segue o capítulo 2 do livro III!

    Com nosso heróis de volta!

    Ps: Avisando que (se houverem comentários) eu pretendo postar sempre 1 capítulo a cada 2 semanas (seguido à risca)...



    Capítulo 2 - Perigos em Alto Mar (Parte 1)


    Contentes com as suas novas vocações, os jovens encontraram um pequeno navio atracado no porto, ele possuía somente duas velas e tinha apenas um andar.

    Os três não hesitaram e após entrarem na singela embarcação, foram recebidos por um sujeito barrigudo, com barba e cabelos brancos.

    – Olá! Chamo-me Kurt, sou o capitão deste navio – o velho fez uma singela referência. – Vocês devem estar ansiosos para retornar ao continente... Para onde vocês querem ir?

    Todos olharam para o feiticeiro, esperando que ele respondesse.

    – Olá, senhor, eu me chamo Dan, estes são os meus amigos Lignuns e Luna – apontou com sua varinha. – Nós queremos ir para Carlin.

    – Carlin? – contrariado, ele retrucou. – Estão certos disso? Querem mesmo ir para aquela cidade governada por mulheres? – perguntou em um tom rude.

    – Algumas mulheres podem ser mais poderosas do que muitos homens – Dan respondeu sorrindo para Luna, que corou.

    – Eu entendo o que você quer dizer, garoto, mas vocês não preferem ir para outro lugar? – o capitão hesitava brevemente, transparecendo o seu incômodo com a situação. – É a cidade inimiga de Thais... Todos vocês querem mesmo ir para Carlin? – perguntou como se pedisse ajuda aos outros dois jovens.

    Eles apenas balançaram a cabeça afirmativamente e o capitão, resignado, prosseguiu falando.

    – Tudo bem... Lá vamos nós... Fiquem à vontade e podem se abrigar ali – disse sem muita alegria apontando para um pequeno quarto na popa do navio, sob o timão. – Se tudo correr bem, chegaremos em Carlin antes que um novo dia comece!

    Os jovens fizeram como indicado e foram para o pequeno abrigo. O local estava protegido do sol, assim, Luna e Lignuns aproveitaram para tentar descansar um pouco. Dan também tentou cair no sono na esperança de reencontrar o cavaleiro de armadura vermelha, mas não conseguiu. Após se revirar de um lado para o outro e ajeitar a sua mochila, usada como travesseiro, diversas vezes, Dan desistiu de tentar dormir.

    Entediado, ele começou a observar aquele quarto. Havia um quadro na parede com o nome das “Rotas do Rei”, algumas madeiras em um canto e papéis pregados na parede que pareciam descrever com detalhes cada rota, mas uma mesinha em um canto lhe chamou especial atenção: havia um bonito livro de capa preta sobre ela.

    Dan hesitou por algum tempo e tentou pensar em outra coisa, mas não resistiu, se levantou e foi até a pequena mesa no canto para ver que livro era aquele.

    “Diário de Bordo do Capitão Kurt”, estava escrito com letras douradas na capa do livro. Dan não se aguentou de curiosidade, abriu aquele livro e rapidamente começou a ler. Ano XX estava escrito logo no alto da primeira página, indicando que provavelmente aquele era o vigésimo livro.

    Com alguma dificuldade, Dan conseguia entender os garranchos do capitão e assim ler sobre as suas últimas aventuras. Como o jovem não estava com muita paciência para o excesso de detalhes técnicos de navegação, ele foi apenas olhando uma frase ou outra e passando as páginas apressadamente, em busca de alguma história mais emocionante.

    Em certo ponto, uma palavra diferente surgiu, atraindo a atenção do jovem, “Piratas”, estava escrito bem no meio de uma página, fazendo Dan, pela primeira vez, ler um parágrafo inteiro.

    “Dia 67: Observei mais de uma vez a carta náutica e o mapa e tenho certeza absoluta que não desviei do trajeto considerado seguro desde o tempo dos irmãos piratas, mas juro ter visto hoje um navio de bandeira preta, com a caveira estampada, se aproximando, nos arredores de Venore. Por via das dúvidas, girei completamente a roda do leme e mudei o trajeto, passando a navegar amurado por bombordo, aproveitando o vento para escapar. Os jovens aventureiros não gostaram do atraso na viagem, mas a segurança dos meus passageiros vem em primeiro lugar”.

    Aquilo pareceu ser apenas um devaneio da cabeça do capitão e desapontado, Dan voltou a ler rapidamente, sem se apegar em detalhes, até que nos registros do dia seguinte, a palavra “Pirata” apareceu novamente, por mais de uma vez.

    “... encontrei o meu amigo pirata hoje na taverna e ele disse-me para abandonar a navegação. Ele insiste que um dos antigos piratas está de volta e que agora estaria recrutando aliados. Outros marinheiros confirmaram terem visto um maior número de piratas nos últimos dias e eu relatei que talvez tenha visto um em rota segura. Segundo o meu amigo, desde a morte do Rei Tibianus III, não existem mais rotas seguras. Apesar de tudo, não pretendo abandonar o meu trabalho na ilha do destino. ”

    Já entretido, Dan virou a folha e encontrou o último relato do capitão, com a segunda página escrita até a metade.

    “Dia 69: Os pontos conspícuos não metem, eu já estava próximo à Carlin, retornando para a ilha onde eu faço o meu trabalho, quando avistei a estibordo um navio fazendo manobras de fuga de difícil execução. Preparei a minha embarcação para me aproximar e oferecer ajuda, mas acabei vendo algo que ainda me recuso a acreditar. Parecia ser o maior navio existente e eu podia jurar que aquela era a famosa bandeira vermelha...”

    A leitura do jovem foi interrompida por uma voz grave, vindo da entrada do quarto.

    – Como é mesmo o ditado? “A curiosidade congelou o mago”, não é? – na entrada do quarta estava o sorridente capitão, citando o famoso dito popular.

    – Desculpe-me... Eu não consegui dormir e achei que uma leitura pudesse me ajudar... – Dan disse a primeira coisa que veio na sua cabeça.

    – Eu entendo, se você quiser saber alguma coisa, venha me perguntar! Não é certo fuxicar as coisas dos outros! – disse Kurt, calmamente, embora sério. – Agora me dê o diário de bordo! Preciso fazer as anotações de hoje! E se eu fosse vocês – disse olhando também para Luna e Lignuns que estavam despertando – Eu sairia desse quarto para ver um bonito pôr dos sóis.

    Ainda sem entenderem direito o que estava acontecendo, os dois se levantaram e seguiram Dan até a parte externa da embarcação, enquanto o capitão se sentou para escrever em seu livro.

    Os jovens foram até a lateral esquerda do navio, apoiaram seus braços e ficaram olhando admirados, enquanto os dois sóis sumiam no fim do bonito mar. Após o espetáculo, enquanto a escuridão tomava conta do local, Dan contou para os seus amigos sobre o que ele havia lido no diário do capitão.

    – Não é possível, Dan... – disse Lignuns balançado a cabeça negativamente. – Pelo que você falou, ele diz ter visto o navio do famoso pirata Barba Sangrenta, um dos antigos irmãos piratas... Eles são uma lenda... Não são vistos há muitos anos... – ele fez uma pequena pausa e completou. – Os navegadores passam muito tempo sem nada para fazer no mar e por isso criam essas histórias... São apenas frutos da imaginação... – ele acabou sendo interrompido

    – Pelos deuses, que você esteja certo, garoto! – gritou o capitão há alguns metros atrás dele. – Essa é a única esperança que me resta e que me mantém vivo!

    O velho segurava o seu livro com uma mão e com a outra um lampião.

    – Perdoe-me, senhor! Eu não deveria ter dito isto... – disse o jovem druida, extremamente preocupado com aquela situação.

    – O que você disse não é totalmente mentira, garoto! Mas você parece muito jovem para falar com tanta propriedade sobre os marinheiros! – disse apenas sério.

    – Eu fui criado no vilarejo de Northport, em meio a comerciantes, piratas e outros navegadores. – respondeu mais aliviado. – Lá eles costumavam inventar histórias...

    – É um tolo se não acredita nas histórias! – disse sem alterar o tom. – E é um tolo maior ainda se não acredita que os antigos piratas possam voltar! – Ele fitou o jovem, que se manteve impassível. Dan, por sua vez, quis se manifestar, para defender a honra de seu amigo, mas desistiu. – O mar não é o mesmo desde a morte do Rei! – completou o capitão.

    O velho deixou o seu lampião ali no chão, virou-se e foi caminhando na direção da proa do navio.

    – Você não podia deixa-lo falar assim de você! – disse Dan em um tom baixo para não ser escutado, porém firme para que seu amigo entendesse o recado. – Você não é um tolo! É uma das pessoas mais sábias que eu conheço!

    – Eu não sei de tudo, Dan... E posso ser um tolo em matéria de navegação... Conheço algumas histórias e lendas, mas na verdade, poucas vezes eu estive em navios... E sempre fui apenas um passageiro... Ele deve estar certo... – Lignuns apoiou-se no seu cajado de druida e sentou-se no chão, encostado na mureta do navio.

    Dan balançou a cabeça negativamente, discordando do seu amigo, mas decidiu dar de ombros e começou a olhar para o mar, admirando a água e o bonito céu estrelado. Luna pegou um pedaço velho de madeira e começou a treinar a mira de seu arco, enquanto Lignuns abriu um livro sobre magia e começou a ler.

    – Você devia ler isto também, Dan... Explica a origem das palavras mágicas... – disse Lignuns, com o olhar fixo no livro.

    – Parece interessante – comentou ao ler a capa “Círculos da Magia”, escrita em prateado, no bonito livro roxo. – Quando você terminar de ler, me empreste – disse com um pouco de desprezo.

    – Eu tenho outra cópia! – respondeu o druida animado, antes de colocar a mão dentro de sua mochila e tirar um livro igual – Tome! – entregou sorrindo para o seu amigo. – Pode ficar para você!

    – Obrigado... – respondeu de forma tímida.

    Com o livro na mão, Dan também se sentou e encostou-se à mureta do navio. “Círculos da Magia”, após alguns minutos apenas observando aquelas palavras, o título enfim ficou na sua cabeça, e surgiu uma curiosidade em começar a ler, mas seus olhos começarem a pesar, enquanto um leve cansaço finalmente surgiu. Ajudado pelo balanço do navio e a baixa claridade do lampião, Dan seguiu apenas admirando o título daquele livro, até que finalmente caiu no sono.

    – Acorde Dan! Rápido! – Lignuns gritou, ele estava agachado segurando os braços do seu amigo e olhando nos seus olhos.

    – O que foi? – perguntou Dan sem saber por quanto tempo ele havia dormido.

    – Estamos sendo atacados! – o jovem druida se apoiou no cajado e levantou-se rapidamente.

    – O que? Como assim? – perguntou novamente, ainda sonolento.

    Uma flecha veio silenciosa na escuridão e fincou-se na mureta, bem ao lado dos jovens.

    – Saiam logo daí se não quiserem ser mortos! – gritou o Capitão enquanto girava o leme do navio para a direita.


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    Próximo: [Capítulo 3 - Perigos em Alto Mar (Parte 2)]
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    Última edição por Danboy; 23-02-2014 às 23:24.
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    (Última Atualização: Livro V: Capítulo 5 - A Guera de Reconquista (Parte 2/2), postado no dia 06.03.2017)

  5. #5
    Avatar de Cicero Kwey
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    Ae DanBoy que surpresa agradável o retorno da história, muito boa e muito limpa, gostei do novo formato, continuo acompanhando seus livros e pelo visto este vai ter bastante aventura para o Dan e sua Turma! Ansioso pela continuação.




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  6. #6
    Avatar de Naosou Criativo
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    Gostei muito da historia...nao para nao que eu vo acompanhar hahah

  7. #7

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    "Ps: Avisando que (se houverem comentários) eu pretendo postar sempre 1 capítulo a cada 2 semanas (seguido à risca)..."

    Aham sei, u.u Bom capítulo, será que o Dan vai conseguir chegar em Carlin? Sei não.

    Continua a história ai que +2 comentou o/

  8. #8
    Avatar de Arckyus
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    Não venha com essa de parar a história, faço uma rat plague na sua casa!
    Capítulo muito bom, já fazem alguns anos desde a última vez que fiquei ansioso pela continuação de uma história...

    Aguardando 2 semanas pra ver se esse papo aí é verdadeiro
    OI

  9. #9
    Avatar de Derp
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    Opaaa, quero ver ein !
    Capitulo muito bom pra variar.

    Cumpra mesmo, quero saber o final disso hehe.

  10. #10
    Avatar de Danboy
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    Padrão [Livro III] Capítulo 3 - Perigos em Alto Mar (Parte 2)

    Oba! Alguns leitores de volta! Então capítulo novo!

    Cicero Kwey: Valeu por voltar! Que bom que gostou do novo formato!

    Naosou Criativo: Que bom que gostou! Valeu por comentar!

    Kevin The Destroyer: Não acreditou, né? Mas tá aí! heheheh

    Arckyus: Aqui o papo é reto e verdadeiro! hahahaha

    Derp: Ta aí o capítulo! Valeu por comentar!

    Enfim, segue a continuação do "Perigos em Alto Mar"!

    Ps: Seguindo à risca a minha promessa de postar sempre 1 capítulo a cada 2 semanas...



    Capítulo 3 - Perigos em Alto Mar (Parte 2)


    O barco fazia a curva e era atingido por flechas, quando Dan se levantou e seguiu Lignuns até o pequeno quarto. Luna já estava ali, de pé, guardando algumas flechas na aljava.

    – Mas o que está acontecendo? – Dan perguntou para Lignuns. – Quem está atacando a gente?

    – Só podem ser piratas... Mas eu não entendo o que eles estão fazendo aqui... Está é uma rota real... – respondeu balançando a cabeça – Ninguém deveria ser atacado aqui...

    – Você não ouviu o que capitão nos disse, Lignuns? – a garota sacou o seu arco. – Não existem mais rotas seguras desde a morte do Rei! – Após terminar de falar ela seguiu em direção à saída do quarto.

    – Aonde você vai? – perguntou Dan assustado.

    – Lutar pelas nossas vidas! – ela achou que eles fossem entender, mas ambos continuaram confusos. – Vocês não viram, não é? – perguntou retoricamente. – Não viram a bandeira no navio que está nos atacando? – a garota fez um pequeno suspense antes de completar. – Ela era vermelha com uma caveira branca.

    – Pelos deuses! – exclamou Lignuns, atônito. – Aqueles marinheiros estavam certos! Um dos antigos piratas está de volta! E Barba Sangrenta é justamente o pior deles...

    – Mas o que você pretende fazer? – Dan não sabia muita coisa, mas lembrava de já ter escutado uma canção sobre os irmãos piratas, Barba Negra e Barba Sangrenta, mas de todo modo, se as lendas eram verdadeiras, eles não conseguiriam lutar contra um deles.

    – Essa pequena embarcação não vai conseguir fugir daquele navio... – Luna respondeu olhando nos olhos do feiticeiro. – E eu não vou ficar aqui esperando para ser morta por piratas nojentos!

    Ato contínuo, ela saiu do quarto e começou a atirar flechas na direção do mar. Dan e Lignuns se entreolharam e juntos decidiram seguir a garota.

    Apesar da noite, Dan conseguiu enxergar o inimigo que se aproximava. O navio era pelo menos três vezes maior, impulsionado por seis velas. Uma grande bandeira vermelha com uma caveira branca no centro tremulava no alto de um longo mastro. Diversos arqueiros estavam na borda, atirando sucessivas flechas, enquanto outros piratas andavam pelo navio.

    – Mas o que diabos vocês estão fazendo? – o capitão sacou sua espada e golpeou uma flecha que vinha em sua direção – Voltem para dentro do casebre! Eu não posso proteger vocês aqui!

    – Viemos ajudar! – por precaução, Dan decidiu também sacar sua espada antes de começar a atacar com sua varinha. – Exori Min Flam – gritou apontando para o navio distante.

    A magia saiu como de costume, porém antes de alcançar a embarcação inimiga, ela perdeu força e caiu no mar.

    – Exori Min Frigo – gritou Lignuns, apoiando o cajado no chão do navio e estendendo a mão para o mar.

    A bola de gelo que surgiu por entre os dedos do druida acabou tendo o mesmo destino da bola de fogo do feiticeiro, só as flechas de Luna iam um pouco mais longe, mas todas também caiam na água.

    – Recém-saídos de Rookgaard não vão conseguir fazer nada contra esses lobos do mar! – gritou contrariado. – Se vocês querem mesmo ajudar, ao menos disparem suas magias para o alto para pedir ajuda!

    Dan anuiu com a cabeça e olhou para Lignuns. Os dois rapidamente começaram a disparar suas magias o mais alto possível, na esperança de serem vistos.

    Os feitiços não foram tão eficientes e mal ultrapassavam o mastro do navio. As setas de Luna conseguiam ir bem mais ao alto, porém, mal podia ser vistas naquela escuridão.

    – Dan! Rápido, use a sua magia aqui! – disse a garota aproximando a ponta de uma flecha. – Lignuns! Meu escudo, pegue! – completou dando as costas para o druida.

    Os dois rapidamente entenderam o que ela queria.

    – Exori Min Flam – disse incendiando a ponta da seta, enquanto Lignuns segurava o escudo pronto para desviar de possíveis ataques.

    Sem hesitar, a garota apontou se arco para o alto e disparou. Uma flecha de fogo subiu até se tornar um pequeno ponto no céu, antes de virar e começar a descer na direção do mar. Satisfeitos, os jovens seguiram sinalizando para o alto.

    Após certo tempo, Dan não conseguiu mais invocar a magia de fogo, sua mana havia acabado. Os três já estavam assustados, quando Lignuns notou algo no céu, parecia ser uma flecha de fogo, mas Luna não havia atirado mais nenhuma.

    Antes que pudessem se dar conta do que estava acontecendo, a seta em chamas atingiu o navio dos jovens.

    Lignuns usou sua magia de gelo para apagar o princípio de incêndio e teve sucesso, mas uma segunda flecha atingiu uma das velas, que começou a pegar fogo.

    Uma sucessão de flechas incendiárias começou a ser atirada. Todas as três velas foram atingidas e começavam a se transformar em pó.

    O fogo já começava a tomar conta do navio, que perdia velocidade, quando o capitão avistou outra embarcação à frente, tão grande quanto a anterior, se aproximando no sentindo contrário. Um fio de esperança surgiu, parecia que alguém estava respondendo aos pedidos de ajuda, mas a felicidade acabou logo que eles puderam ver a bandeira preta com a caveira branca, era outro pirata.

    – Mas que droga! Estamos perdidos! – esbravejou Kurt, soltando o leme e admitindo a derrota.

    Os três jovens se encolheram atrás do escudo, enquanto podiam ver os piratas do novo navio preparem suas flechas com fogo, apontarem a atirarem.

    Para a surpresa deles, as flechas passaram sobre as suas cabeças e seguiram em direção à embarcação inimiga, de onde foram ouvidos alguns gritos em um pequeno alvoroço.

    – Eu não acredito! É o navio Striker! – disse o capitão cerrando os olhos para olhar com mais calma o navio que se aproximava. – De todos os piratas do Tibia, tinha que ser justo o meu amigo!– gritou sem esconder a alegria.

    O capitão começou a andar, se aproximou dos jovens e sinalizou para que eles o seguissem.

    Após desviarem de um mastro incandescente que caia e de alguns outros objetos em chamas, eles chegaram até a proa do navio poucos segundos antes da embarcação aliada os alcançar.

    – Raymond Perna de Pau! Eu não acredito que é você! – gritou Kurt para o sujeito que estava em pé na frente do navio.

    O pirata já havia passado dos quarenta anos e tinha uma expressão cansada. Um pequeno pedaço de madeira substituía sua perna direita perdida em batalha.

    – O que está fazendo aqui, Kurt? Você já sabia que essa rota não era mais segura! Eu mesmo ando por aqui! – completou sorrindo.

    – Não vamos perder tempo com sermões! – disse contrariando. – Ande logo, salve estes jovens!

    – Grynch, venha aqui ajudar! – gritou para alguém de dentro do navio. – Como assim salvar os jovens? Eu também pretendo salvá-lo!

    – Eu sou um capitão, Ray... – disse resignado olhando para baixo. – Não posso abandonar o meu navio...

    Antes que o pirata pudesse protestar, um pequeno goblin verde, vestido como pirata, surgiu atrás dele, assustando os jovens, que recuaram um pouco.

    – Bugga! Bugga! – exclamou a criatura.

    – Vamos Grynch, ajude esses jovens a subirem no nosso navio.

    O feio goblin subiu na mureta do navio e esticou a mão para os três. Os dois garotos sinalizaram com a cabeça e Luna foi a primeira a sair.

    – Vamos Kurt! – gritou Raymond para o seu amigo. – Não seja tolo! Venha logo com a gente! Mais vale um capitão fujão do que um capitão morto!

    – Mas eu irei perder a minha honra... – disse ainda triste enquanto o fogo aumentava e seu navio começava a afundar. – Serei menos do que um pirata...

    – Ou então, você pode se tornar um pirata, como eu... – ele se certificou que os três jovens já estavam na sua embarcação e completou confiante: – Agora venha! Eu prometo que vamos encontrar um novo navio para você em breve!

    Ray encostou na mureta e esticou o braço. Kurt hesitou por um instante, mas enfim aceitou a ajuda e segurou a mão do seu amigo.

    No interior do navio, diversos piratas andavam de um lado para o outro, alguns preparavam flechas e armas para um combate, outros cuidavam das velas, mas todos estavam bem ocupados. Apesar de muitos serem extremamente feios, com marcas de queimaduras e cicatrizes, o pequeno Goblin era o único não humano no navio.

    – Para onde vocês iam mesmo? – perguntou o pirata com a perna de pau aos três ainda assustados.

    – Para Carlin, senhor. – respondeu Dan timidamente.

    – Para Carlin, marujos! – brandiu Raymond para os outros piratas.

    Após o anúncio do novo destino, alguns piratas mudaram suas atividades, mas a agitação no navio continuou a mesma, talvez até um pouco maior.

    – Um pirata como você pretende aportar em Carlin? A Rainha não vai admitir isso... – disse Kurt balançando a cabeça negativamente.

    – Tenho certeza que ela iria se incomodar muito mais se um pirata como ele aportasse em sua cidade – retrucou com certo desprezo, sinalizando para onde estava o navio do inimigo.

    – E o que impediria ele de lhe seguir e também aportar lá? – disse evitando falar o nome do inimigo. – Você sabe quem ele é, não sabe? É um dos lendários irmãos piratas...

    – Eu conheço muito bem o Barba Sangrenta – disse fitando a sua perna de madeira. – Ele é o motivo pelo qual eu me tornei um pirata... – ele voltou a olhar nos olhos de Kurt antes de mudar o assunto. – Mas ele não se atreveria a me seguir agora – o pirata sacou a sua luneta, olhou na direção onde estava o inimigo e entregou o objeto ao seu amigo. – Veja você mesmo!

    – Ele está... fugindo? – perguntou Kurt confuso, observado enquanto o navio de bandeira vermelha se distanciava. – Mas por quê?

    – Olhe para ali – disse apontando para o seu lado direito. – E para ali – terminou apontando para o lado esquerdo.

    Mesmo a olho nu, os jovens puderam ver duas embarcações se aproximando, uma em cada lado do navio.

    – São outros piratas? – o marinheiro foi perguntando, ainda confuso. – E estão te apoiando? Por que eles fazem isso?

    – Você está falando com o primeiro Lorde Pirata! – exclamou sorrindo. – Eu lhes dei esses navios e eles juraram me servir... E eu espero que você faça o mesmo quando eu lhe der o seu!

    – Kurt, o Pirata... – o antigo capitão pensou alto. – Vamos ver... Mas primeiro me ajude a terminar o meu último serviço como um capitão do meu próprio navio...

    – Muito bem. – ele se virou aos jovens antes de continuar a falar. – Sentem-se em algum canto, em pouco tempo estaremos em Carlin.

    Eles caminharam até um banco ao lado da escada para o convés. O primeiro sol já surgia, anunciando que um bonito dia estava por vir.

    Após poucos segundos sentados, Lignuns começou a falar:

    – Você não deve ter percebido, Dan. Mas estamos a bordo do navio Striker e o pirata capitão dele se chama Raymond, alguns o chamam apenas por Ray... – disse calmamente, com um sorriso discreto. – Ele é o tal Pirata Ray Striker! – completou sem esconder o sorriso.


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    Próximo: Capítulo 4 - Raymond Striker

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    Última edição por Danboy; 09-03-2014 às 23:40.
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    Então pegue uma xicará de chá, sente-se e leia a história de Dan da Cidade de Carlin.

    (Última Atualização: Livro V: Capítulo 5 - A Guera de Reconquista (Parte 2/2), postado no dia 06.03.2017)



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