Começando o Livro III!
Como foi feito no livro anterior, o primeiro capítulo será um pouco diferente!
Aproveitei para mudar um pouco o estilo e a forma da escrita, vocês podem achar um pouco diferente... Mas acho que no longo prazo será melhor...
Agradeço muito ao Derp, ao Kevin The Destroyer e ao thomzi, pelos comentários!!!
Espero que gostem! Abraços!
Capítulo 1 - Um Paladino das Trevas
Era um bonito dia no mundo conhecido de Tibia, que vivia os seus tempos áureos.
Nos arredores de Venore, um grupo de garotos brincava, fingiam ser bravos cavaleiros que derrotavam os Orcs.
Ao todo, eles eram cinco garotos, com idades entre 10 e 12 anos. Izan, era o mais velho, Angios, o mais forte, Paul e Will, eram irmãos gêmeos, novos e brincalhões, e Thales, o mais tímido.
Angios fazia o papel de Orc, rugindo e ameaçando avançar contra seus amigos. Paul e Will apenas zombavam do "Orc", enquanto Izan fingia coordenar um ataque. Atento, Thales admirava o líder, esperando por uma ordem. Assim a brincadeira seguiu, até que os humanos enfim vencessem.
Cansados, eles sentaram no chão, ali mesmo, para recuperar as energias.
– Izan... – disse Thales de forma contida ao seu amigo.
– O que foi? Já quer ir embora? Ainda está cedo... – protestou Izan, antes mesmo de ouvi-lo por completo.
– Não! – respondeu prontamente. – Pelo contrário! Eu quero lhe acompanhar para sempre! Aonde você for eu irei também! Juntos, vamos derrotar todos os Orcs!
– Então está bem! – retrucou Izan, sem dar muita importância. – Eu vou morar para sempre em Venore! Se você ficar por aqui também, derrotaremos todos os inimigos!
– É! Mas nós podemos morar juntos! E também viajar ao longo do Tibia procurando aventuras. – Thales foi falando tímido e pensativo.
Um pouco assustado, o jovem Izan recuou e começou a falar mais sério.
– Não, Thales! Eu vou me casar e morar com a minha futura mulher!
– Por quê? Elas são fracas e não ajudam em nada! – falou um pouco mais alto.
– Porque é o certo! – respondeu Izan já um pouco irritado.
Aos poucos os outros meninos entraram na conversa.
– Meu pai diz que homem que mora com homem, na verdade, é uma mulher! – comentou Paul olhando para o tímido garoto.
– Eu não sou uma mulher! – exclamou Thales irritado.
– Mas está parecendo uma mulher... – zombou Will.
– Eu não sou! Eu só gosto do Izan e quero acompanhar ele para sempre! – protestou tão alto que poderia ser ouvido na cidade.
– Você vai poder me acompanhar nas batalhas! Mas nós não vamos morar juntos, isso não é certo! – explicou Izan, ignorando os comentários dos outros.
– Esse Thales é uma menina mesmo... – disse Angios pensando alto.
– Eu não sou uma menina! Vocês não me entendem! – gritou Thales enquanto se levantava.
O garoto deu uma rápida olhada para os seus amigos, fazendo um sinal negativo com a cabeça, e começou a correr, aparentemente sem rumo.
– Vocês entenderam o que acabou de acontecer? – perguntou Paul aos seus amigos enquanto via Thales correndo na direção do pântano.
– Não... – apenas Will respondeu.
– É... Eu também não... – concluiu.
O menino continuou correndo, sem saber para onde estava indo e nem quando parar. Aos poucos o terreno foi ficando mais pantanoso e os seus pés começaram a afundar.
Poucos segundos depois, ele tropeçou.
Sujo e machucado, Thales se levantou e procurou algum canto mais seco para se sentar.
Por alguns minutos, quase horas, o garoto ficou sentado, amaldiçoando os seus amigos e desejando que alguém lhe pudesse compreender.
Um ponto vermelho surgiu no meio do pântano, parecia longe e foi se aproximando. Não demorou para Thales perceber que era um cavaleiro.
Na medida em que o homem se aproximava, o garoto o enxergava melhor, ele tinha cabelos pretos e um pouco longos.
Quando já estava a poucos metros, Thales viu uma letra "R" escrita em dourado, bem no centro da armadura vermelha, nesse momento, o cavaleiro pareceu notar a presença do garoto e se aproximou.
– Está tudo bem com você? – perguntou o alto cavaleiro, parecendo preocupado.
– Não me machuque, por favor! – disse assustado, recuando.
– Não vou lhe machucar... – respondeu calmamente.
O cavaleiro sacou uma pedra branca, com um losango desenhado no centro, apontou na direção do menino, que arregalou os olhos, enquanto a pedra se desintegrava e os ferimentos desapareciam.
– Obrigado... – respondeu o menino inseguro.
– Não foi nada! Agora me diga, o que você faz aqui sozinho?
Atentamente, o cavaleiro ouviu a história do menino, até ele contar como chegou ali.
– Seus amigos são mentirosos. Não são seus amigos de verdade. Eles acham que são melhores que você. – disse o homem, enquanto o garoto concordava. – Me diga, qual vocação você pretende seguir?
– Pretendo ser um Paladino! – respondeu Thales com confiança.
– Interessante! – disse sem esconder um sorriso – Posso fazer de você o Paladino mais forte de todo o Tibia. Todos irão lhe respeitar e você poderá fazer o que bem entender! Ninguém poderá lhe dizer o que é certo ou não! - um sorriso tímido surgiu no rosto do garoto e o cavaleiro pôde terminar de falar. – Vamos! Vou lhe mostrar a minha casa! Quando você for um Paladino, poderá morar lá comigo se assim desejar!
Sem hesitar, o garoto levantou e seguiu o homem que ele já admirava mais do que a todos os outros.
Dias Atuais
Em Venore
Uma bela jovem, com pouco mais de vinte anos, estava sentada em um dos bancos da cidade de Venore, jogando migalhas de pão para os pombos.
Subitamente, as aves voam e a jovem nota a presença de um paladino já quase ao seu lado.
– Amor... – suspirou Valliris. – Nem acredito... Está tão difícil lhe ver... Meu pai saiu para pescar com o meu primo... Hoje finalmente vamos poder ficar sozinhos lá em casa...
– Sinto que não... – respondeu o Paladino, com desdém – Só vim lhe dizer que estou indo agora mesmo tomar o controle da cidade...
– Tomar o controle da cidade? A cidade já é nossa! – falou confusa.
– Não exatamente... Ela agora pertencerá aos templários... Nós fomos os escolhidos para governar essa cidade...
– Escolhidos por quem? – retrucou Valliris – A cidade será muito bem governada do jeito que está! Sem a interferência de Thais!
– Eu não concordo! Eu irei governar essa cidade! Avise a sua família que todos agora obedecem a mim! Não se preocupe, eu sou o melhor governante que essa cidade pode ter! – disse tentando convencê-la ao final.
– Não é verdade, Thales! Eles são mais inteligentes e mais espertos, além de serem sempre honestos... Você não vai governar essa cidade tão bem quanto eles... Escute-me... Você não pode fazer isso! Isso não é certo, Thales!
– Ninguém! – disse transtornado, segurando a garota pelo braço. – Ninguém poderá me dizer o que é certo e o que não é! – usando toda a sua força, ele arremessou a jovem contra o chão. – Eu sou o maior paladino de todo o Tibia e eu faço o que eu bem quiser!
Desolada e se recusando a acreditar no que havia acontecido, a garota deixou escorrer uma lágrima enquanto o paladino se distanciava.
No Castelo de Thais
Sentado no trono real, vestindo o seu sobretudo preto e segurando uma bonita bola de cristal, o Revolucionário ouvia os seus conselheiros e dava as ordens.
– Senhor, temos novas informações sobre Rookgaard – disse o afobado ex-guarda real Harsky.
– O que é? – perguntou interessado.
– Nosso informante disse que o Monge está perto de descobrir como obter a Espada. A situação está sendo monitorada de perto e quando soubermos exatamente como consegui-la, nós a pegaremos antes – tentou mostrar confiança, sem muito sucesso.
– Muito bem – o Revolucionário balançou a cabeça afirmativamente. – Mais alguma informação sobre aquela ilha?
– É... – o cavaleiro hesitou por alguns instantes. – Segundo o nosso informante, o garoto já saiu da ilha há algum tempo e a essa altura já deve ter uma vocação – terminou receoso com a reação de seu chefe.
– Se quiser, mande aquele velho de barba vermelha fazer alguma coisa, mas não se preocupe com esse garoto – o Revolucionário abriu um largo sorriso. – Temos outras boas notícias, ainda hoje, Venore será nossa!
– Mas Senhor? – perguntou Harsky um pouco incrédulo – De onde vem essa informação? Não não mandamos nenhum exército para lá...
– Não foi necessário nenhum exército, um deles está lá, um dos quatro...
Mas o plano não era eliminar os quatro? – confuso, Harsky fez uma sucessão de perguntas – Um dos quatro? Qual deles?
– É o Paladino! – o Revolucionário começou respondendo a ultima pergunta antes de responder às outras. – E apenas o garoto precisa ser eliminado! Se eu tentar matar os outros dois, eles podem se virar contra mim... Eu prefiro tê-los como aliados... – vendo que o cavaleiro seguia assustado, ele tentou tranquiliza-lo. – Não se preocupe com esse Paladino, eu mesmo o criei, ele é um verdadeiro Paladino das Trevas! – sorridente ele perguntou mais uma vez. – Isso é tudo?
– Só mais uma última coisa – ele entregou um pergaminho ao seu líder. – Essa é a lista que você pediu!
– Ótimo! – disse ainda sorrindo, enquanto lia os nomes. – Procure cada um deles! Traga–os até aqui e torture-os até obter todas as informações que puder! E por fim, mate-os! – terminou devolvendo o pergaminho.
Harsky concordou e virou–se para sair da sala, enquanto o Revolucionário apenas sorria, admirando a sua bola de cristal.
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Próximo: Capítulo 2 - Perigos em Alto Mar (Parte 1)
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