Aushauhsuash
Finalmente xD
Consegui!!!
Ayakumus,
Enquanto vc postava isso ontem eu tava tentando postar new cap na casa do meu vizinho =/
Eh que o pc lá ta muito ruim
E toda vez que eu vinha no cyber eu esquecia o cd xD
Eu agredeço a todos
que tiveram paciência e que ainda estão lendo aqui xD
E erspecialmente aos que votaram em mim lá no concursso xD
vlw!
Agora...
Curtam o fim da história xD
Até mais...
Próximo post eu ponho o df ai xD
___________
Ora, ora, meu amigo. Estou feliz em estar vivo para lhe contar o que
aconteceu, e também muito triste em ter isso a lhe falar para lhe dizer a verdade.
Ainda sinto o temor em minhas veias, pois o dia escureceu mais cedo hoje para nós.
Lembra-te que eu falei que acabamos as buscas no lado leste da tumba?
Bom, fomos para o único lado ainda inexplorado, o sul. E lá achamos algo que
chamou muito a nossa atenção. Não era um monstro ou algo vivo, era uma esfera
flamejante que pairava bem no meio de um salão. Possuía a altura de dois homens, e
era como se uma luz azul saísse do seu interior.
A princípio pensei que fosse fogo, mas me enganei. E o interessante é que
pairava acima do chão. Ficamos assustados, pois parecia haver movimento dentro
dela, mas não havia nada. Era como se a coisa se mexesse por si só.
Bom, não demoramos muito ali e Flores logo atirou uma de suas facas no
seu interior. Seja o que for que fosse aquilo a desintegrou logo que ela o tocou.
Ficamos assustados, claro. Imagine só, algo com um poder de destruir tudo o que
tocar.
Mas o druida abriu os olhos de repente e saiu de trás do Derianon, onde
estivera escondido com medo que algo saísse para devorá-lo. E como uma figura
deprimente ele apontou o dedo trêmulo para a esfera suspensa no ar.
Seus olhos esbugalhados demonstravam uma ansiedade que mais parecia
horror, não sei se estava mesmo assustado ou se já havia se acostumado em
preservar a expressão no rosto.
Ele, então, falou para que todos nós ouvíssemos, o que foi um alívio, pois
pensávamos pela cara do coitado que algo iria aparecer e nos devorar antes que
pudéssemos perceber.
“Eu já ouvi sobre esses... esses...” Ele exitou um pouquinho antes de
continuar, o que era normal, pois o velho estremecia a cada dúzia de palavras que
ousava falar. Mas em fim ele continuou. “...Portais” E com um sobressalto ele se
virou e encarou todos nós.
Eu pessoalmente diário, pensei ter ouvido mau. Portais? O que ele estava
tentando dizer com portais? Havia uma bola gigante na nossa frente que destruía
tudo o que entrasse nela e era isso que ele queria fazer? Usá-la como um portal?
Bom, isso pareceu interessar o resto do grupo. Que começou a indagar
sobre onde ele ouvira falar daquilo. “Lendas antigas” Ele dizia. “A respeito dos
deuses e suas... brincadeiras com os mortais.” Hum... a princípio tomei tudo como
baboseira, mas o chato-mor era o que mais estava interessado, quem o visse até diria
que era isso que ele estava esperando escutar.
“Dizem por ai, que os deuses... bom... eles teriam usado de determinados
artefatos para atrair os homens a perigos e às vezes até a... a... morte! Apenas para
sua diversão.” Era engraçado, sabe. Ele falava como se estivesse sendo observado,
e fosse proibido falar tudo aquilo. Mas não demorou e o obrigaram a continuar.
“Eles colocavam tesouros que o homem desejasse escondidos em um lugar qualquer.
Porém, deixavam pistas, levando ao tal esconderijo, e eles geralmente escolhiam
ninhos de monstros ou lugares repletos de maldições!” Olhou para os lados, vendo a
face de cada um que ali estava e continuou. “E quando os lugares não podiam ser
alcançados ou coisa assim, eles colocavam grandes esferas que envolviam os homens
e os levavam para onde eles queriam ir.” Ele virou-se para a esfera suspensa no meio
do salão e apontou mais uma vez para ela. “É isso que estamos vendo aqui! Um
portal.”
Mas o chato-mor, como sempre inconveniente, interrompeu o momento tão
dramático que o velho custou para criar. “Então os deuses puseram isso ai?” Ah,
que voz sonsa. Deu até vontade de girar nos calcanhares e sair daquela sala, diário.
Mas deixei pra lá, queria ver até onde a história do velho iria.
“É possível.” Continuou com sua voz rouca, quase um gemido no ar. “Mas
às vezes, contam as lendas que magos muito poderosos podem enfeitiçar locais para
criar essas coisas.” Ele olhou para os lados assustado e continuou mais uma vez.
“Pode ser que um sacerdote a tenha feito para inibir desconhecidos a entrar. Pode
ser que o tal faraó tenha a criado pessoalmente. Eu não sei... pode ser... qualquer
coisa que se imaginar.”
Bom, o que não me animou foram as palavras ditas depois pelo chato-mor.
Não que elas já não me chateassem, sabe. Confesso que até estou começando a me
acostumar com ele. Mas o que ele falou, tenha certeza, foi de preocupar. E pelo que
eu vi não foi só a mim. Tenho a leve impressão que ouvi outros “Hum?” que não o
meu quando ele disse: “Então... Vamos entrar!”
Entenda, diário, o quão é complicado quando um superior manda você
fazer uma coisa que o levará à morte, ainda mais quando o aluado pensa em ir junto
também. Nesse momento eu não me agüentei, deixei a máscara cair e disse: “Então
vá você primeiro! Afinal... não está nos pagando para morrermos. Vá e volte. Se isso
acontecer nós iremos logo atrás de você.” E no final, ainda dei um sorriso, pois você
precisava ver a cara de espanto dele ao olhar uma segunda vez para o circulo
brilhante.
Porém, quando ele voltou a vista para nós e se certificou que não possuía
apoio de ninguém, encheu o peito e caminhou na direção da esfera. Ele parou bem
no limite da coisa, seu nariz roçando na beirada da luz, acho que para tomar coragem,
ou então pensou em desistir. Aí deu um passo a mais e sumiu na tal luz azul.
Por um momento todos ficamos preocupados, afinal, ele também é gente.
Passou-se algum tempo em silêncio e algumas cabeças começaram a se abaixar e
lamentar. Tenho que reconhecer, meu amigo, que mesmo tendo sido o Lockmar eu
também fiquei um pouco triste. Sabe, ele tinha sido até corajoso.
Mas quando me dei por mim lá estava ele, saindo da esfera de novo, e em
suas mãos, a faca que Flores atirou.
“Acho que isso é seu” Ele disse, com voz de triunfo e importância, penso
que estava se achando.
Ah, maldita seja minha pena! Tive pena do maldito e lá estava ele, dando
uma de herói corajoso em nossa frente.
Logo estávamos todos entrando, um por um, na grande esfera azul. E vimos
com nossos próprios olhos um salão mais adornado e glorioso do que o que
estávamos.
Havia grandes pinturas por toda a parede, contando a história da geração
que provavelmente era a do faraó. Aparentemente também havia relatos do seu
reinado, e da sua morte. Pois em um canto da sala havia uma pequena cidadela cheia
de estátuas que lembravam a entrada da tumba acima, com os deuses guardando o
rosto do faraó no centro dela.
Ora, os cálices de ouro e jóias preciosas estavam por toda a parte.
Aparentemente tudo aquele novo andar era cheio de riquezas e fortunas. E logo
vimos uma luz que vinha de outra sala ligada por um corredor.
Nós nos organizamos ali e resolvemos explorar juntos, pois não havia relato
daquela área no mapa e nem sabíamos o que poderíamos encontrar. Enchemos
sacolas com jóias dos cálices e penduramos nos cintos, as maiores deixamos perto
dos portais.
Assim, preparados para qualquer eventualidade, começamos a exploração
e fomos em direção à luz. Quando lá chegamos ouvimos passos, havia alguém se
movimentando lá dentro, e murmurava alguma coisa em tom baixíssimo.
Silenciosamente Flores e Seadrin atravessaram a entrada do salão e se
prostraram na parede do outro lado, fechando o cerco contra o que quer que
estivesse lá. Com um sinal mudo de Seadrin, nós fomos para frente da entrada em
silêncio e vimos quem andava e falava lá dentro.
Era claramente um velho, meio curvado pela idade, porém, ainda assim muito
alto, as suas roupas eram muito surradas, e ele carregava um cajado para lá e para cá
de forma estranhamente ágil. Seus cabelos eram ralos e lisos, caindo suavemente
pela sua nuca. Não parecia nem ter notado a nossa chegada, estava de costas
mexendo em poções e revirando livros. Murmurava constantemente em outra língua,
que nós não entendíamos.
Até que quando avançamos para dentro do salão e buscamos fechar mais o
cerco sobre ele, pois o ultimo ser que encontramos com aparência humana se mostra
um verdadeiro horror para nós.
Quando estávamos realmente perto uma voz rasteira como um sussurro,
extremamente fria e cheia de desprezo, falou: “Tenham calma! Dêem-me um minuto e
trato de vocês.” Nós nos olhamos incrédulos. Era conosco? O Velho estava
falando conosco ou seria mais um murmúrio em sua loucura?
“É claro que é com vocês, seus tolos!” O desprezo na sua voz aumentara
irritantemente. “E agora... eu acabei.” Quando o velho se virou, não foi um homem
que nós vimos. Era alguma criatura humanóide desprezível. Sua aparência era feia e
morta, e seu rosto mais parecia o de demônio antigo. Estava sorrindo para nós e nos
fitando com olhos de uma cor brilhante e sinistra.
Ele ergueu o cajado na mão e um clarão branco invadiu toda da sala.
Quando a luz sumiu havia raios igualmente brancos saindo da arma e adentrando o
chão. Ele Estava com uma expressão louca nos olhos e um sorriso doentio na cara.
Quando vimos, dos raios no chão surgir uma criatura, feita de ossos, com um brilho
vermelho onde deveriam estar os olhos. E ela, embora parecesse um rato realmente
gigante, se movia e nos encarava como um cão. Então a um comando do cajado do
bruxo ela nos atacou.
Todos nos movemos, a criatura vez ou outra fazia surgir espinhos do chão a
sua volta e não podíamos ficar perto dela. Os raios mágicos saiam do cajado do
bruxo para todos os lados. Uma grande bola de fogo quase acertou Flores, que se
escondeu atrás de uma estátua, e uma pequena explosão atirou Derianon para
longe de nós.
Flechas voavam e as espadas brandiam contra a besta. Finalmente o druida
parecia ter acordado, acho que percebeu o nível de perigo na situação. Ele ergueu
sua varinha e começou a atacar o bruxo enquanto vez ou outra tentava sarar algum
ferimento aqui e ali.
Até que algo diferente aconteceu. Dalila, a irmã mais imprudente das três
arqueiras, e a que geralmente se servia de mim e do Flores, mesmo que de uma só vez,
foi ficar parada bem na frente do bicho. Ela ergueu o arco e preparou uma flecha
enquanto Seadrin, sua irmã, gritou horrorizada com a cena. Ela estava vulnerável ali,
e isso poderia lhe custar caro. Seadrin tentou alcançar a irmã a tempo, mas antes
que essa sequer soltasse a flecha que segurava o pior aconteceu.
Agora ela estava parada, seu rosto lívido e o arco no chão. Um enorme
buraco havia sido aberto no sei peito esquerdo. Sua pele e roupas haviam ficado
negras com o choque da esfera de morte súbita, logo depois as linhas vermelhas
haviam tomado forma e começado a corroer a pele, dava pra se ver o outro lado pelo
enorme buraco em seu corpo.
Uma risada sombria fora ouvida no ar, e a criatura se contorcia, ria, ria mais
e mais. Com uma nova pancada no chão ela havia convocado uma nova criatura, e a
enviara para lutar.
Nós estávamos lutando, mas ainda incrédulos com o que acontecera. Ainda
não havíamos absolvido a crua realidade. Dalila estava morta, e caindo lentamente
no chão.
Mas o mais inesperado aconteceu. Uma nova esfera negra havia sido
lançada no ar. Ela voara através da sala, e não havia sido lançada pelo bruxo com
quem lutávamos, mas sim nele. Ele cambaleou, sua pele enegreceu, necrosou e
depois queimou caindo ao chão. O buraco em seu estômago estava tão latente
quando o na arqueira, mesmo que não o tivesse transpassado. Era uma reação tão
rápida.
Mas ele ainda estava de pé. Ficara furioso, e procurara o agressor. Todos
ficamos intrigados quando vimos o jovem mago com o cajado na mão, as runas na
outra. E ele não havia desistido, estava convocando um novo ataque.
O bruxo ergueu a mão que estava livre e uma nova esfera saiu de encontro
a cabeça do mago, pelo que parecia, ele tinha uma mira muito melhor que a do jovem.
Mas a runa do jovem também estava no ar. E as duas se chocaram. Uma
grande explosão negra se sucedeu no meio do salão, atingindo uma das bestas e a
matando, enquando atirava o druida e o Lockmar para longe, pois estavam fora da
mancha negra, mas não do impacto.
O Novo movimento do jovem foi, de fato, impressionante, ele atirou uma
outra esfera negra no ar. O que forçou o bruxo a convocar um feitiço para se
defender, usando assim tempo, mas não fora uma runa, fora a bolsa negra cheia de
terra que ele vivia carregando a todo o lugar.
Quando o bruxo deu conta de si, o garoto já havia lançado a runa e
acertou mesmo no rosto da criatura, bem a tempo de deixar uma expressão de horror
invadi-lo.
Bom, a outra besta sumiu imediatamente. Seadrin já estava sobre o corpo
da irmã a chorar, enquando sua outra irmã caminhava lentamente, como quem ainda
custa a acreditar no que viu.
Todos estávamos cansados. Acredite, amigo, que até o chato-mor lutou
contra as bestas e eu fiquei ali, parado. Nossa, até o druida, que teme as próprias
sombras quando esquece de que lado Suon e Fáfnar estão e se depara
repentinamente com elas.
Foi um dia pesaroso, para todos nós, não só pela perda de Dalila como
pela minha covardia na hora da luta. Mas afinal, eu articulo as palavras, os fatos.
Essa é a minha arte, não a da espada e da magia.
Não podemos negar que havia muitos tesouros ali. Tivemos que esperar
acalmar as gêmeas para poder falar em levá-los sem parecermos rudes.
Principalmente os livros de magia, que pareciam ter conhecimento inexplorado.
Deixamos as poções, pois não sabíamos o que poderiam ser. E levamos todos os
tesouros. O que deu muito trabalho para os malditos anões que estavam
descansando no acampamento.
Trocemos o corpo à superfície e o embalsamamos. A irmã das arqueiras
será queimada amanhã. E nós não vamos descer nas tumbas mais. Já havíamos
conseguido tesouros em demasia e uma morte já era o bastante. Sabe-se lá o que
poderíamos encontrar nos aposentos mais fundos daquelas construções. Onde o
mau e o ódio certamente dominaram tudo e sobrepujavam em tudo a nossa
imaginação.
Nunca pensamos em perder alguém nesta expedição. Pensamos que o
mundo era pequeno e cheio de realidades que decidimos friamente acreditar. Mas
vimos, infelizmente do jeito errado, que os deuses guardam mistérios maiores do que
imaginamos para nós enfrentarmos.
Espero que você, meu caro amigo, que venha a por os olhos nas linhas
deste triste livro depois que eu morrer e ele se escape das minhas frias e moribundas
mãos, tome consciência de que o mundo nunca foi e nunca será tão pequeno quanto
você esperar.
E quando você achar que ele se limita a dragões e aranhas gigantes,
lembre-se do velho e podre Mudsher. E veja onde ele foi parar. Por uns trocados
levou uma garota a uma morte cruel no deserto e, embora tenha ganho mais que o
esperado, partiu para viver uma vida suja e podre nos prostíbulos de Fíbula.
Estas foram minhas tristes lembranças,
Este foi o meu diário,
O Diário de Ankrarh Mudsher.