Whiskeytown
Minha primeira historia propriamente ficcional baseado em uma poesia que eu escrevi a algumas semanas atrás. Estou aqui propriamente para aprender a desenvolver outros estilos, e assim melhorar o proprio. Espero a ajuda de vocês, obrigado.
Capitulo I
Os olhos abriram-se devagar, o barulho do caminhão descarregando parecia inundar o pequeno quarto. Ele sentou-se na cama com as mãos entre a cabeça voltando o olhar para o espelho logo a sua frente.
- Um fudido. – disse sem mudar a expressão totalmente depreciada que fincava seu rosto. Na verdade se eu pudesse diria que riu por dentro de tudo aquilo, e voltando-se, deitou novamente na cama com os olhos no teto e um cigarro entre os dedos.
O quarto não era mais que uma cama, um criado-mudo cheio de cartelas de remédio, um espelho preso friamente a parede e uma pequena estante onde a tevê se comportava. A fumaça já começava a deixar pequenas manchas nas paredes que pouco a pouco iam perdendo a cor. Ele puxou mais um trago e levantando-se foi até a janela, que abriu grosseiramente.
- Para com o barulho, caralho! – os carregadores o olharam parando o trabalho, afinal ele não estava tão longe assim, apenas dois andares acima – É seus merdas, fiquem assim.
Foi à baderna. Pedras, garrafas estourando na parede, xingamentos. Diria que ele riu novamente disto tudo. E sorriu descendo sem palavra nenhuma os trinta e sete degraus que levava do terceiro andar ao térreo, com um taco de beisebol nas mãos. Ele olhou ainda atrás da porta os carregadores lá, olhando instintivamente para o terceiro andar, enquanto outros que resolveram depois daquilo parar de vez para um café. É, agora posso dizer, ele sorrira.
Saiu pisando rápido até o caminhão e bateu com força no capô fazendo dois grandes amassos. O motorista saltou do banco e procurou a chave de mão no banco de trás. O grupo de carregadores já começava a rodear o homem de samba-canção e camisa dos yankees. O motorista achou a chave de mão e desceu já nervosamente do caminhão.
- Hijo da puta! – dando um bom tom da inimizade americana e latina, encarando-o. Não houve palavras, fora apenas o taco de beisebol certeiramente no rosto do infeliz, que caiu no chão já sem movimento.
- Mais algum?
- Morra! – disse um levando consigo os outros, quase cinco, para cima dele que puxou uma trinta e oito da cintura, engatilhando-a.
- Hey! Olhe, hermano- insinuando carregadamente a palavra – O que vai fazer agora? – Uma arma foi descarregada no exato momento. O tiro dissipou rapidamente toda aquela gente que correu pra qualquer lugar longe daquele beco. Ele ficará de cócoras no chão e virou os olhos.
- Você sempre arrumando encrenca. – um homem de barba grande, óculos de aros finos e de lentes arredondadas abaixou a arma e engatou na cintura. – Desta vez só faço a mudança por duas grades de cerveja.
- Cala a boca, Jack. – abaixando a cabeça e andando devagar pro prédio.
- É Jacó... – disse colocando uma das mãos sobre seu ombro –Vamos pro bar, eu pago a cerveja.
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