Whiskeytown

[zack746]

Um capitulo mais trabalhado, espero que apreciem.

Capitulo III

A fumaça branca desaparecia instantaneamente. Jacó gostava daquilo, era divertido ver as formas claras e distinguíveis se misturarem e formarem aos poucos nada. O clima estava esfriando, as nuvens impregnavam em sombras as paredes dos prédios. O sol morreu...

- The sun died of an overdose... – cantarolou Jacó.

Os becos foram crescendo, os tijolos brutos pareciam movimentar-se em pequenas ondas. A cidade crescia.

- ...and I need it to take a dose, to a long drag... – e assobiou um riff qualquer enquanto olhava para as paredes ondulares que o cercará.

As luzes de neon estavam apagadas e circundavam o canto de uma das paredes de prédios. Ele desceu por uma pequena escada de concreto e chegará a uma porta pouco recostada. Bateu de leve e lembrou-se do cigarro, jogando-o no chão.

- Olá. Ela está o esperando senhor Jacó... – disse uma linda tchica. Morena de cabelos negros em duas trançinhas e num apertado espartilho.

Jacó entrou numa pequena sala, a mobília era velha mais bem arrumada. Parecia estar perdido no tempo, há uns cem anos atrás. Os móveis eram de madeira antiga, encerados e sempre com uma pequena toalha bordada. Ele passou os dedos por uma pequena escrivaninha e pouso numa estante de livros. Shakespeare, Bovary, Shylock...

- Sempre se distraindo nas futilidades, não Jacó?

- São detalhes – disse com os olhos pouco expressivos – agora é que vem a futilidade.

Era uma linda ruiva. Aquele espartilho amarrado a sua cintura, a maquiagem que afilava os seus olhos, o tempo realmente regressara. É engraçado, mas Jacó encontrou a prostituta que pedirá a deus.

- Quase me senti ofendida, mas agradeço a sinceridade. – disse com um sorriso de lado e aproximando-se o beijou alisando com as mãos o queixo e o pescoço. A barba já não a incomodava.

Ela pegou-o pela mão e seguiu em direção ao quarto ao lado. A cama era alta, antiga, com colunas de madeira que cobria a cama com um leve mosquiteiro. Ela chegou ao lado da cama e beijou-o mais uma vez, agora o apertando com mais força entre os dedos. Ele resignou-se a acariciar levemente sua pele com as costas da mão e simpaticamente a colocar na cama.

- Poderíamos convidar à pequena Lupita... – disse com Jacó beijando seu pescoço e ela com os olhos apertados de excitação.

- Chame-a.

Ela levantou-se. Ele sentará mais comodamente na cama com vários travesseiros coloridos nas costas. Olhou todo aquele quarto, todas aquelas coisas, todas as idéias vieram a sua cabeça. Pensará no tempo e nas meninas que logo entrariam, pensou que vida tola vivia e aquele rosto tão decadente iluminou-se com um pingo de brilho, um leve sorriso, sarcástico...

- Que tal?

- Nuas? Ótimas.

[Drasty]

Você tá colocando acentos que levam o verbo para o futuro, cuidado com esse errinho.

e assobiou um riff qualquer enquanto olhava para as paredes ondulares que o cercará.

Cercara.

Ele desceu por uma pequena escada de concreto e chegará a uma porta pouco recostada.

Chegara.

Ele sentará mais comodamente na cama com vários travesseiros coloridos nas costas.

Sentara.

Pensará no tempo e nas meninas que logo entrariam...

Pensara.

O texto continua no mesmo caminho dos outros episódios, bem sacana e porco. Mas parece que o protagonista ganhou outra característica. Agora é saber, vai ficar só nisso ou vai ter história de verdade? Estou esperando.

Abraços, Isaac.

[Hovelst]

Tô puto da cara que eu perdi um texto imenso que escrevia e bem...Foi um saco ter que escrever tudo de novo.

- Sempre se distraindo nas futilidades, não Jacó?

Vocativo é separado sempre por vírgula. "não, Jacó?"


E temos um capítulo a la Isaac, onde finalmente chego à conclusão que você tem uma tara por ruivas. Aquele mesmo toque despretensioso e sacana de sempre, mas com um desfecho seco e que não me agradou. Foi muito súbito e fiquei esperando o resto do texto e vi que não tinha...

O texto continua no mesmo caminho dos outros episódios, bem sacana e porco. Mas parece que o protagonista ganhou outra característica. Agora é saber, vai ficar só nisso ou vai ter história de verdade? Estou esperando.

É uma pergunta retórica essa. Eu pensei inclusive em postar isso já no capítulo passado, mas resolvi dar mais um capítulo ao Isaac. Enfim...


Eu posso estar extremamente enganado quanto a isso, mas já ficou claro que as suas histórias são feitas de personagens de personalidades fortes e não enredos.
Essa história parece não fugir da temática tipicamente usadapor você.


Não é uma critíca negativa aos seus textos. Veja bem, apesar de seus constantes erros ortográficos, gosto bastante da forma que você escreve e de seus personagens carismáticos - hmm, carismáticos não é a palavra certa...seria mais caricatos. Mas as suas histórias só são lembradas pelos personangens, quando são, porque de fato elas não tem muito enredo. São mais episódios avulsos, se assim se pode dizer, conectados pelo personagem. É igual você citar Senhor dos Anéis. A pessoa não lembrará de cara de Frodo ou Gandalf, ou qualquer outro, mas da trama que envolve a Terra Média.

Mesmo quando citamos um personagem, como Sherlock Holmes e seus defeitos, ainda assim lembramos de seus casos, como a última coletânea de contos: The Last Bow.

Seus textos são interessantes de se ler e tudo mais, mas não há/nunca ouve um enredo marcante que tu chegue ao final e diga: Puta merda, e agora, quem poderá nos defender o que será que vai acontecer no próximo?

É esse gostinho de quero mais que falta nos seus textos, justamente por não ter enredo marcante. Eu não sei sua opinião sobre isso, aliás, o jeito de escrever é de livre escolha do autor e não será eu ou qualquer outro que te influenciará, mas às vezes testar novos jeitos de escrever/adicionar novos parâmetros de escrita no repertório é muito bom para o aprendizado do escritor. E isso eu não falei só pra você, mas também para o Thomaz.

Enfim, fica aí uma questão pra você pensar.


Sem mais.

[Emanoel]

Dois capítulos intrigantes, mas meio travados também... nenhum deles disse muito.

Eu gosto do clima descompromissado das suas histórias, meio cotidiano, meio protagonista-enfrentando-seus-demônios, só acho que falta uma conexão legal entre os capítulos. Raramente parece estar planejando o próximo e a continuidade desce pelo ralo (por várias vezes, dá para embaralhar as partes sem comprometer o resultado final). É como assistir um daqueles dramas médicos/policiais onde existe um caso por episódio e apenas algumas referências sobre o que aconteceu nos anteriores; cômodo, mas irritante para quem se importa com a "big picture".

Apesar de não saber ao certo para que lado Whiskeytown pretende seguir, acredito que será um divisor de águas. Pelo menos eu não vejo como tocar esse barco exatamente da mesma maneira. Ou quem sabe não termina sendo uma obra isaacniana clássica e ainda assim de boa qualidade? Veremos.

[Steve B]

Bem, já falaram mais ou menos tudo que tinha pra falar. Concordo com os comentários.

Há erros gramaticais, e eu ainda não entendi porque porras o Isaac não os corrige e continua cometendo os mesmos erros, uma vez que já foram apontados (aquele do acento já está enchendo o saco, aliás).

Eu gosto desse estilo de narrativa, descompromissado, com capítulos que não se ligam muito bem e podem ser lidos de maneira "avulsa". É como uma série de TV que você pode pegar em qualquer episódio e não se sentir perdido, a la House, Criminal Minds, Two and a half man e outras. Não é que nem, sei lá, 24 Horas, que se tu perder um episódio fudeu. Não há um estilo certo, o seu estilo é apenas diferente do que estamos acostumados aqui no fórum, de histórias cujos capítulos se ligam.

Vou te falar que até me animou a escrever algo do tipo.

A grande questão realmente é se "vai ficar só nisso ou vai ter história de verdade?", como disse o Drasty. E não responda diretamente, apenas continue escrevendo, é mais irado, rá.


Falous.