Editei o prólogo (ty Holvest), acho que todos os erros foram corrigidos.
Agora vou postar o capítulo 1, na minha opinião, achei o capítulo muito técnico e cheio de diálogos e muita poca descrição, achei necessário priorizar o diálogo para a história ter um rumo definido desde já, descrições que eu percebi que faltaram serão feitas ao longo da história. Conclusão: Prólogo de melhos qualidade do que o cap 1.
Capítulo 1: PODER PELO PODER
A Cidade de Thais amanheceu agitada, no Depósito, muitas pessoas Berravam mercadorias que queriam vender, outros se desafiavam entre si para duelos até a morte, sempre parados pelos guardas Thaienses: É proibido batalhar dentro da fortaleza de Thais, uma Lei criada por Tibianus II com o objetivo de parar guerras dentro de sua cidade. Thais parecia refletir a inquietação que estava o seu Rei, Tibianus III.
Dentro do imenso Castelo de Thais, Tibianus III estava dentro da biblioteca de seu palácio, que tinha inúmeras estantes de livros e, no centro do cômodo, o chão era forrado com um mapa dos domínios de Thais. O velho Rei Tibianus III estava a procura de livros na estante que intitulava “Livros da Pureza de Sangue”, pegou vários livros e jogou-os no na região do mapa de Fíbula, onde o Rei se sentou e começou a folheá-los:
- Um descente de Deuses! – exclamou para si mesmo – É disso que preciso, um descendente direto do Deus da sabedoria, Fardos, assim o meu escolhido poderá reinar em Thais com sabedoria e coragem!
Apesar da teoria de Tibanus III ser possível, era impossível detectar um descendente do Deus Fardos em Tibia, afinal, não tinha uma imagem ou mesmo o sangue desse Deus. Ao se deparar com isso, Tibianus III deixou a idéia de lado.
Após muito tempo folheando os livros, algo lhe chamou a atenção. Era um livro vermelho, com aparência velha e surrada, suas folhas eram amareladas e grossas, tornando o Livro pesado. O Rei arrastou o livro para perto, passou a manga de seu traje real branco com babados no pescoço e no fim das mangas, afim de tirar a poeira de cima do mesmo. O Livro era intitulado como “Coração dos divinos; teoria” Tibianus III abriu o livro no capítulo “Experiência da compatibilidade” e arregalou seus olhos azuis de forma assustadora, pois pareciam que iam rasgar o velho rosto do Rei.
Ouviu-se passos apresados ecoando pelo piso de mármore do castelo, Tibianus III, que parecia até o momento estar em estado de transe, fechou rapidamente o livro e empurrou-o com os pés utilizando toda a sua força para debaixo da estante mais próxima. Um criado abriu as enormes portas da biblioteca e parou repentinamente ao se deparar com a figura do Rei sentado de pernas abertas e estava ofegante, o criado teve um impulso muito grande de ter um ataque de risos, mas se controlou e fez uma reverência atrapalhada:
- O senhor está atrasado meu Rei! – disse o criado, ainda de cabeça baixa:
- Como?! – espantou-se o Rei – Atraso? Mas para o que?
- O senhor marcou uma reunião com os líderes de seu Reino, e eles estão esperando o senhor à um tempo.
- Minha nossa, eu havia me esquecido! – exclamou o rei e num impulso deixou a biblioteca.
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Ao lado da sala do trono no castelo de Thais, tem uma sala enorme sustentada por quatro colunas gregas, no centro, havia uma enorme mesa e, no chão, tinha um tapete vermelho com as bordas amarelas. Muitas pessoas se acomodaram nas cadeiras disponíveis, deixando apenas livre a maior das cadeiras, obviamente era destinada ao Rei. Havia sete pessoas acomodadas em frente a mesa de reunião do Reino de Thais, e estavam discutindo algo preocupante para todos, estavam discutindo sobre o Rei:
- Espero que nenhum dos senhores aqui presentes ache que eu esteja planejando um golpe de Estado contra Tibianus III, afinal, ele é meu parente, nunca faira isso com alguém de meu sangue! – disse Elane, Regente da cidade de Thais, capital do Reino e a única mulher presente naquela sala.
- Querida Elane, não acho que esteja planejando nada a ver com a coroa deste Reino, apenas imagino que esteja perturbada por não ser escolhida por Tibianus III, afinal, voe é uma mulher! – destacou Freederovich Senhor da cidade de Edron – Mas, em todo o caso, sempre fui a favor de que virasse a rainha deste Reino, contudo, teria... digamos... um prêmio pela minha ajuda a você.
- Que tipo de prêmio – pela primeira vez, Elane demonstrou um pouco de interesse pelo assunto, seus olhos verdes se arregalaram para o Senhor de Edron, que sorriu com seus lábios finos e pálidos:
- Simples, apenas gostaria de ser promovido – disse apontando com seu longo dedo indicador com um anel vermelho para o banco em que Elane estava sentada – Enquanto você vira a Rainha! – disse apontando para o trono ainda vazio.
Elane começou a refletir sobre a possibilidade de ser Rainha, foi impossível conter um leve sorriso apenas perceptível para Freederovich, mas algo chamou a sua atenção, o anel de Freedorivich possuía um símbolo, ela franziu a testa e espremeu os olhos para ver melhor o anel. Freedorovich percebeu o interesse de Elane pelo seu anel e se apressou para fechar o punho e cruzar os braços, Elane afastou a cabeça e estudou o rosto de Freedorovich, desconfiada.
Em outras três cadeiras, três pessoas discutiam a razão do atraso de Tibianus III, mas também estavam interessados no poder após a morte de Tibianus:
- Inadmissível! – disse o Magistrado de Fibula, Rommel batendo com o punho na mesa, que ecoou por toda a sala, fazendo com eu os murmúrios parassem e todos olhassem para ele, que corou levemente.
- Você é a pessoa que, de todas estas aqui presentes, é a que mais necessita da boa vontade do Rei! – lembrou o orgulhoso Stephan Governador de Venore – A minha cidade é a mais rica de todo Tibia, estamos independentes financeiramente do Reino de Thais, estamos a um passo da independência! – bradou o Governador, levantando o braço em forma de arco exibindo seu punho fechado.
- Mas a sua cidade é totalmente vulnerável, não tem exercito, e se ocorrer algum erro arquitetônico, ela afunda no Pântano! – riu Rommel, era dos grandes homens do Reino de Thais, o mais briguento.
- Eu posso cuidar para que aquelas criatura que habitam o subsolo de Fibula venham para a superfície, o que serie muito bonito ao meu ver. – revidou Stephan, ao ter o seu orgulho ferido.
Rommel se levantou ameaçando ir para cima de Stephan, mas o outro homem, que até aquele momento, observava os outros dois, se levantou e pediu para que Rommel se sentasse e o fez pacientemente.
- Eu posso ajudá-lo a se ver livre deste mísero reino Stephan – disse os terceiro homem, de forma que apenas os três: Rommel, Stephan e ele pudessem ouvir – e posso te fazer ser algo muito maior do que apenas magistrado daquela patética ilha.
Ao falar isso, este homem lançou um olhar fulminante para Freedorovich. Este homem era Roward, Regente de Liberty Bay. Ele usava vestes vermelhas um pouco semelhantes com a de Freedorovich, só que a dele era preta, estavam com os cabelos negros perfeitamente penteados para trás e tinha olhos castanhos penetrantes. Freedorovich e Roward nunca se deram bem, Liberty Bay e Edron batalhavam para se tornarem a terceira maior potência do Reino de Thais, atrás apenas da cidade de Thais e de Venore. Contudo era claro que as ambições de Stephan se limitavam a serem apenas a independência de Venore, já Freedorovich e Roward tinham ambições mais extremas. Eles tinham algo em comum, ambos usavam anéis que insistiam em esconder:
- Mas como poderia fazer está proeza? – perguntou Stephan, entusiasmado:
- Simples, eu poderia ser assim por dizer, promovido, e com a sua ajuda, poderei libertar sua grande cidade. – disse Roward, sorrindo para Stephan, que acenou com a cabeça desconfiado:
- E eu? – se apressou em perguntar Rommel – Eu posso te dar apoio, tenho fíbula...
Rommel parou de falar instantaneamente quando viu Roward lhe lançar um olhar de desdém e Rommel sabia que Roward não precisava da ajuda de Fibula para se tornar Rei de Thais ou Rei de todo o Tibia, com essa conclusão, Rommel resolveu abaixar a cabeça, mas Roward tinha algo em mente par Rommel:
- Poderá ser promovido também – disse ele apontando para a cadeira em que Freedorovich estava sentado, Rommel sorriu e acenou com a cabeça, seus olhos verdes brilharam, poderia finalmente ser alguém bem maior.
Em duas cadeiras isoladas, estavam as duas personalidades menos importantes da reunião: Denestor, o comerciante mais rico e, dessa forma, Líder de Greenshore; e o representante da cidade de Thais e de Venore em Rookgaard, Scoot. Os dois apenas observavam a discussão entre as grandes personalidades do Reino de Thais, como eles não podiam optar em nada, apenas olhavam Freedorovich tentar se aliar a Elane e Roward se unir a Stephan:
- O Rei está velho, e o trono em breve estará vazio, afinal, Tibianus III não filhos. – observou Denestor – Quem você acha que vai assumir o trono?
- Como todos, acho que Elane irá assumir, afinal, é a parente mais próximo de Tibianus III. – disse Scoot, sem pensar muito – Porém, o Rei já deixou bem claro que não gostaria de uma mulher assumindo o seu Reino, acredita que acabaria tendo seu regime político muito baseado no de Carlin, temendo o fim de seu Império.
Scoot era o mais novo entre os grandes representantes, tinha uma aparência de 20 anos, mas sua mente parecia de um velho, ele possuía uma sabedoria admirada por todos e acreditam que ele tenha futuro próspero no Reino de Thais.
- A senhora terá um grande futuro como Rainha! – disse Freedorovich, sua conversa com Elane estava prestes a virar uma aliança – Com o apoio de Edron, você será Rainha e poderá me ter ao seu lado, como novo regente dessa cidade!
- Sua proposta é muito tentadora! – disse Elane, sorrindo para ele, naquele momento, ela já havia esquecido do misterioso anel que Freedorovich possuía – Acho que podemos fechar um acordo.
Ao dizer isso, estendeu sua mão direita para Freedorovich, o mesmo ficou um pouco desajeitado, parecia espremer ar mãos e depois de um curto tempo, estendeu sua mão direita e apertou a de Elane, tal ato foi feito discretamente, apenas fecharam o acordo e já se separaram, temendo que outros percebem o ato. Ao apertar mão de Elane, Freedorovich fechou o punho esquerdo, que continha o seu anel recém retirado do dedo anular direito. O acordo foi feito na maior descrição, mas Roward, que esteve vigiando Freedorovich durante todo o ato viu o aperto de mão dele com Elane, Freedorovich lançou um olhar vitorioso para Roward, que ficou com o rosto vermelho de raiva e se virou para Stephan e Rommel:
- Eu garanto que se me ajudarem, serão recompensados! – se apressou a dizer Roward para os outros dois, que foram pegos de surpresa:
- Pode repetir? – pediu Stephan:
- É assim... – recomeçou Roward - ... vocês dois me ajudam a derrubar Elane.
Stephan tossiu alto e Rommel levantou as sobrancelhas e pigarreou:
- Ficou maluco! – cochichou Rommel – Elane é a pessoa mais poderosa depois do próprio Rei!
- Eu sei, mas Venore também não é muito fraca. – disse Roward, se virando para Stephan – Se realmente deseja a independência de sua cidade, una-se a mim e destura o poder de Elane.
Os olhos negros de Roward brilharam e ele sorriu mostrando alguns dentes de ouro que possuía em sua boca:
- Você tem razão Roward. – disse Stephan convicto – Preciso ser mais forte do que Elane para me ver livre deste Reino!
Roward sorriu e bateu com a mão direita nas costas de Stephan, mas, sem perceber, ele deixou seu anel vermelho exposto, se assustou ao vê-lo ali, onde todos poderiam ver, se apressou a recuar sua mão, ninguém parecia ter percebido, Stephan apenas retribuiu com um sorriso. Roward olhou para Freedorovich, ele estava pensativo e parecia não ter dado atenção ao ocorrido naquele momento, assim, Roward respirou aliviado:
- E você... – Roward se virou para Rommel, que estava apenas olhando a parceria de Stephan com Regente de Liberty Bay - ... se posicionar Fibula ao meu lado, poderá ter seu cargo promovido.
- Haha – riu Rommel – E o que seria? – perguntou ele sem crer em algo de muito valor.
- Você não se lembra? – perguntou Roward, Rmmel não era muito inteligente e provavelmente não entendeu o ato feito por Roward de acenar para a cadeira de Freedorovich, mas, mesmo assim, o Magistrado teria fingindo ter entendido – Não é nenhuma supresa.
Rommel se encolheu em sua cadeira, seu rosto ficou rubro, mas Roward não queria humilhar Rommel no momento:
- Que tal, Senhor de Edron? – perguntou Roward, dessa vez, Rommel encarou Freedorovich, que continuava pensativo – Acho que sim!
Rommel acenou com a cabeça, mas perguntou:
- Mas como vai tirar Freedorovich do cargo?
- Deixe que isso eu cuido. – disse Roward, e depois, pensou “Eu cuidarei de que Freedorovich fique fora do meu caminho.”
Scoot e Denestor conversavam sobre o que seria do Reino de Thais após a morte de Tibinaus III, Scoot fez uma observação:
- Com certeza, todos os aqui presentes sabem que sozinhos nunca chegaram ao trono, mas unidos, um poderá ajudar o outro esperando algo em troca. – disse o sábio Scoot – O poder em troca de poder.
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Tibianus III havia chegado até a sala de reunião, mas ouviu murmúrios vindo da sala, resolveu encostar a orelha e ficou lá um tempo, apenas conseguiu distinguir que falavam dele, mas não o que exatamente, eram muitos falando ao mesmo tempo. O Rei ficou tentando distinguir as vozes até que ouviu uma tosse alta, se afastou da porta e começou a andar em círculos “Será que estão tramando contra mim?” pensou ele, ficou muito perturbado e começou a andar em círculos, um dos guardas, preocupado com o estado em que o Rei se apresentava, foi ao encontro dele:
- O senhor está bem? – perguntou o guarda:
- Quem eu? – disse Tibianus III, que não esperou o guarda responder – Eu estou muito bem! – e respirou fundo – Nunca estive tão bem!
Tibianus III foi até a enorme porta de mármore, murmurou algumas palavras mágicas e a abriu com muita facilidade e rapidez, fazendo com que a mesma se escancarasse na parede interna da sala de reunião. Todos presentes se assustaram ao ver o Rei entrar de surpresa na sala, Rommel se levantou violentamente que acabou liberando fluidos mal cheirosos; Freedorovich, que estava posicionado atrás pareceu que foi acordado atrasado, se levantou tão rápido que derrubou sua cadeira, ele fez uma careta e levou a manga se suas vestes até o nariz para suavizar o mal cheiro, um gesto repetido por muitos, fazendo com que Rommel ficasse envergonhado.
Todos Fizeram uma calma reverência, Tibianus III encolheu os olhos para os 7 ali presentes, como se quisesse ver o que eles pensavam.