Eu lamento à todos do fundo de meu coração negro por não ter postado este capítulo antes, mas algns acontecimentos me deixaram com a mente bastante anuviada para escrever. venho assim hoje trazer um trabalho fraco e não tão interessante como eu queria, mas que não pode demorar mais para sair.
Creio que a incompreenção do capítulo anterior tenha ajudado um pouco no começo, mas logo depois alguns problemas pessoais entraram no senário e atrapalharam mais ainda o andamento da história.
Quero que compreendam que este capítulo deveria ser bem maior e conter mais informações. Acho que ele pode estar cansativo, então me compreendam, por favor.
Adoraria agradecer especialmente à Dark Heart's, pela concideração de ter seus dois primeiros posts em minha história, me dando a impressão de ter criado sua conta para comentar aqui. Isso foi muito gratificante e animador nestes tempos sombrios, meu caro. Agradeço-lhe muito.
À Guilherme Bastos, por ter se apresentado de forma tão liongeira.
À Hovelst, Pernalonga, Kurama, Ayakumus e Wicht, por sempre estarem presentes, e à todos os outros que já comentaram aqui para dar uma força.
Creio que o próximo capítulo possa ser mais interessante, mas por enquanto, fiquem com o que lhes trago agora, é mportante. E quem sabe ele não tenha ficado melhor assim? ^^
Beijos venenosos e abraços sorrateiros
do seu pequeno demônio,
Euronymous.
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VI
Noah estava sentado olhando o céu iluminado pela passagem dos grandes deuses imaginando como era tudo tão bonito naquele lugar. A grama era verde e úmida e as folhas das árvores não estavam mais caindo com a chegada do outono, e sim verdes e jovens, decorando as árvores junto com as flores mais belas que ele já vira. Ele ficava tentando lembrar como tinha ido parar ali, mas esse pensamento era afastado de sua mente pelas coisas daquele lugar.
Quando uma bela borboleta amarela começou a voar perto dele, o homem simplesmente estendeu a mão para a criatura pousar nela, mas ao mesmo instante ouviu uma voz em sua mente falando de forma inconfundível: Não.
Ele não entendeu aquilo, olhou em sua volta e percebeu estar só. Havia uma grande quantidade de árvores em sua volta, mas ninguém à vista. Novamente esse pensamento foi afastado de sua mente, e ele voltou sua atenção outra vez para a bela borboleta que ainda estava ali, como se estivesse esperando seu apoio para pousar.
Quando ele estendeu a mão ela voou graciosamente em sua direção e pousou em um de seus dedos.
Noah não entendeu aquilo, mas no instante em que a criatura o tocou suas asas começaram e ficarem negras e atrofiarem rapidamente. Intrigado, ele viu aquele processo de mortificação prosseguir até a borboleta virar um pequeno resto do que fora antes.
Assustado, Noah sacudiu sua mão e aquela massa caiu no chão, fazendo um contraste estranho com a paisagem tão viva à sua volta.
Ele se levantou intrigado e começou a andar, pensando mais uma vez em com aquele lugar era estranho, quando finalmente se deparou com uma bela árvore antiga e cheia de flores e frutos. Feliz por ter encontrado algo para comer ele estendeu a mão mais uma vez, pensando estar certo de não haver perigo em comer daqueles frutos belos e maduros.
Quando sua mão ia tocando o fruto ele ouviu aquela voz intrigante em sua mente dizendo-lhe outra vez a mesma mensagem: Não.
Noah parou por mais tempo desta vez. Procurou atentamente entre as árvores, olhou para cima e não viu ninguém. Pensou um pouco e estendeu o indicador para tocar no fruto que estava bem em frente aos seus olhos, tão belo e brilhante.
Dessa vez a reação de Noah foi mais de curiosidade do que espanto. Do mesmo modo como acontecera antes o fruto começou a apodrecer no canto onde ele tocara. O que era belo e cheio de vida começou a ficar negro e secar. O fruto atrofiou até sobrar apenas algo pequeno e duro como uma passa, que caiu no chão entre as folhas que ali estavam.
Noah se abaixou e tomou os restos do grande fruto em sua mão. Estava totalmente sem líquido, e se quebrou facilmente quando ele o apertou entre os dedos. Agora seus pensamentos eram tomados pelas suas mãos. O que havia de errado com elas; E por que elas matavam tudo o que ele tocava?
Mesmo sem compreender o que estava acontecendo Noah sentiu uma tristeza muito grande em seu interior. Tudo o que ele achava belo poderia morrer com sua presença. Lembrou de Diana, a qual deveria estar em sua casa procurando por ele agora, e o pensamento desesperador de não poder mais tocá-la o deixou tão angustiado quanto poderia ficar. Nesse momento ele percebeu seu rosto desfigurado por suas emoções. O que estava acontecendo com ele? Ele não era assim, isso ele tinha certeza.
Quando ele finalmente parou para pensar na voz que ouvira em sua mente ele perguntou a si mesmo: Por quê?
Ao que a voz simplesmente respondeu: Porque você me negou.
- Noah, querido. – A voz de Diana soou distante e fraca, mas foi o suficiente para lhe dar um alívio incompreendido por ele no momento.
A mulher caminhava pelo quarto com uma bela bandeja de café da manhã para seu marido. Noah, deitado na cama, estivera em um sono tão profundo e mal percebera quando ela se levantou; o que não devia ter feito muito tempo.
- Os garotos estão lá em baixo. – Sua voz soava cansada, mas alegre.
- E aquelas garotas? – Noah pareceu meio intrigado com as lembranças da noite anterior.
- Foram embora. Eles as levaram bem cedo para que seus pais não notassem suas faltas.
Houve um momento de troca de olhares e os dois pareceram se divertir um pouco com a situação. Noah levantou-se um pouco mais na cama e deixou Diana por a bandeja em seu colo. Ele olhou intrigado e antes mesmo de levantar os olhos sua mulher falou calmamente:
- Vamos amor, não precisa comer nada pesado. É o café da manhã. Coma estas frutas e você se sentirá bem melhor.
Ele consentiu calado e começou a comer. Olhava pela janela, vendo o céu em um belo tom dourado por detrás dos muros da pomposa Thais, e lembrou que ele teria de ir à cidade ainda hoje preparar uma surpresa para sua mulher.
Diana não sabia o que a esperava, mas Noah tinha certeza de que ela se sentiria muito feliz com o “presente”. Há muito ele tinha planejado isso, desde os tempos antes deles estarem juntos. Garoto tolo esse; ou seria romântico? Mas os românticos são tolos em excesso, disso ele sabia. Foi essa uma das muitas situações fantasiadas por ele em sua mente com a mulher que estava ao seu lado agora e uma das que mais lhe custou tempo; fantasiando, planejando.
- Você está tão distraído.
Noah tirou seus olhos da janela um pouco confuso, já havia devorado uma maçã e algumas uvas e estava com metade de uma laranja nas mãos e nem havia percebido o tempo passar. Diana estava o olhando de forma penetrante e ele não pode deixar de sorrir.
- Só estava pensando. – E voltou a olhar para a janela.
- Em quê? – Falou ela enquanto dirigia seu corpo levemente na direção dele.
- Nada de mais.
Por um momento Noah havia sorrido outra vez, mas quando estendeu a mão pra pegar outra fruta das trazidas por Diana todos os seus músculos congelara. A mulher ficou um pouco intrigada e ao olhar para a bandeja pareceu estar bastante assustada. Quando sua voz soou mais uma vez foi quase como um sussurro de desespero.
- O que foi Noah?
Ele não respondeu de imediato, mas quando sua voz saiu de sua garganta parecia meio fraca; pensativa.
- Que fruto é aquele? – Perguntou apontando para um dos cantos do outro dado da bandeja.
- Não sei. – Ela respondeu meio intrigada. – Um homem trouxe alguns de presente ontem Noah, disse que eram muito saborosos; que nos trariam sorte.
Ele levou os seus olhos lentamente para Diana, depois voltou a pô-los sobre o fruto mais uma vez. Era grande e suculento, um belo fruto amarelo com leves tons avermelhados que estava partido em dois com um pequeno aglomerado de sementes negras no centro.
Instintivamente todo o sonho daquela noite voltou à mente de Noah. A pequena criatura morrendo em sua mão, o fruto apodrecendo; aquele fruto.
Ele estendeu a mão lentamente para toca-lo, mas nunca chegou a fazê-lo.
- Algo errado, amor? – Por um momento Diana ficou olhando intrigada para seu esposo na cama, agindo de forma tão estranha. – Há algo errado com esse fruto?
- Não. – Falou ele meio perdido.
- Tome. – Ela pegou as duas bandas, comeu uma com um grande ar de surpresa em seu rosto. – É muito bom mesmo! O homem disse que só crescia em um lugar, mas não falou onde. – Ela completou fazendo uma cara de tristeza. – Tome.
Noah abriu a boca e deu uma mordida no pedaço que Diana segurava para ele. O gosto suculento era tão bom que por um momento ele se esqueceu do sonho, mas logo depois ele se lembrou, e por mais gostoso que o fruto fosse por alguma razão ele não quis mais comê-lo.
- É muito bom, querida. – Falou ele sorrindo. – Mas tenho que sair. Vou à cidade acertar algumas coisas com um amigo meu e volto logo.
- Como assim? – ela falou meio confusa. – Acertar algumas coisas?
- Sim. Mas eu volto logo. Não se preocupe.
Ele jogou algumas roupas por sobre o corpo e se olhou no espelho, estava bem, ele pensou, e foi caminhando em direção à porta, mas antes de atravessá-la olhou para trás e mandou um beijo para sua mulher o olhando meio confusa. Ele então virou as cotas e foi embora, deixando-a lá com um pequeno sorriso no rosto e alguns pensamentos em sua mente.
Quando ele passava pela sala olhou para o lado e viu na mesa da cozinha outros três frutos iguais ao trazido por sua mulher para ele comer. Lentamente deu alguns passos em direção à mesa quando estava bem próximo levantou a mão, mas uma rápida visão dos frutos podres em cima da mesa passou por sua mente e sua mão recuou.
Noah não entendia aquilo, e também não deu atenção, afinal, fora só um sonho. Mas por mais apetitosos que fossem os tais frutos ele não queria mais prová-los.
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Sem mais,
Euronymous.
Os que não foram citados não são menos importantes.