Oba! Alguns leitores de volta! Então capítulo novo!
Cicero Kwey: Valeu por voltar! Que bom que gostou do novo formato!
Naosou Criativo: Que bom que gostou! Valeu por comentar!
Kevin The Destroyer: Não acreditou, né? Mas tá aí! heheheh
Arckyus: Aqui o papo é reto e verdadeiro! hahahaha
Derp: Ta aí o capítulo! Valeu por comentar!
Enfim, segue a continuação do "Perigos em Alto Mar"!
Ps: Seguindo à risca a minha promessa de postar sempre 1 capítulo a cada 2 semanas...
Capítulo 3 - Perigos em Alto Mar (Parte 2)
O barco fazia a curva e era atingido por flechas, quando Dan se levantou e seguiu Lignuns até o pequeno quarto. Luna já estava ali, de pé, guardando algumas flechas na aljava.
– Mas o que está acontecendo? – Dan perguntou para Lignuns. – Quem está atacando a gente?
– Só podem ser piratas... Mas eu não entendo o que eles estão fazendo aqui... Está é uma rota real... – respondeu balançando a cabeça – Ninguém deveria ser atacado aqui...
– Você não ouviu o que capitão nos disse, Lignuns? – a garota sacou o seu arco. – Não existem mais rotas seguras desde a morte do Rei! – Após terminar de falar ela seguiu em direção à saída do quarto.
– Aonde você vai? – perguntou Dan assustado.
– Lutar pelas nossas vidas! – ela achou que eles fossem entender, mas ambos continuaram confusos. – Vocês não viram, não é? – perguntou retoricamente. – Não viram a bandeira no navio que está nos atacando? – a garota fez um pequeno suspense antes de completar. – Ela era vermelha com uma caveira branca.
– Pelos deuses! – exclamou Lignuns, atônito. – Aqueles marinheiros estavam certos! Um dos antigos piratas está de volta! E Barba Sangrenta é justamente o pior deles...
– Mas o que você pretende fazer? – Dan não sabia muita coisa, mas lembrava de já ter escutado uma canção sobre os irmãos piratas, Barba Negra e Barba Sangrenta, mas de todo modo, se as lendas eram verdadeiras, eles não conseguiriam lutar contra um deles.
– Essa pequena embarcação não vai conseguir fugir daquele navio... – Luna respondeu olhando nos olhos do feiticeiro. – E eu não vou ficar aqui esperando para ser morta por piratas nojentos!
Ato contínuo, ela saiu do quarto e começou a atirar flechas na direção do mar. Dan e Lignuns se entreolharam e juntos decidiram seguir a garota.
Apesar da noite, Dan conseguiu enxergar o inimigo que se aproximava. O navio era pelo menos três vezes maior, impulsionado por seis velas. Uma grande bandeira vermelha com uma caveira branca no centro tremulava no alto de um longo mastro. Diversos arqueiros estavam na borda, atirando sucessivas flechas, enquanto outros piratas andavam pelo navio.
– Mas o que diabos vocês estão fazendo? – o capitão sacou sua espada e golpeou uma flecha que vinha em sua direção – Voltem para dentro do casebre! Eu não posso proteger vocês aqui!
– Viemos ajudar! – por precaução, Dan decidiu também sacar sua espada antes de começar a atacar com sua varinha. – Exori Min Flam – gritou apontando para o navio distante.
A magia saiu como de costume, porém antes de alcançar a embarcação inimiga, ela perdeu força e caiu no mar.
– Exori Min Frigo – gritou Lignuns, apoiando o cajado no chão do navio e estendendo a mão para o mar.
A bola de gelo que surgiu por entre os dedos do druida acabou tendo o mesmo destino da bola de fogo do feiticeiro, só as flechas de Luna iam um pouco mais longe, mas todas também caiam na água.
– Recém-saídos de Rookgaard não vão conseguir fazer nada contra esses lobos do mar! – gritou contrariado. – Se vocês querem mesmo ajudar, ao menos disparem suas magias para o alto para pedir ajuda!
Dan anuiu com a cabeça e olhou para Lignuns. Os dois rapidamente começaram a disparar suas magias o mais alto possível, na esperança de serem vistos.
Os feitiços não foram tão eficientes e mal ultrapassavam o mastro do navio. As setas de Luna conseguiam ir bem mais ao alto, porém, mal podia ser vistas naquela escuridão.
– Dan! Rápido, use a sua magia aqui! – disse a garota aproximando a ponta de uma flecha. – Lignuns! Meu escudo, pegue! – completou dando as costas para o druida.
Os dois rapidamente entenderam o que ela queria.
– Exori Min Flam – disse incendiando a ponta da seta, enquanto Lignuns segurava o escudo pronto para desviar de possíveis ataques.
Sem hesitar, a garota apontou se arco para o alto e disparou. Uma flecha de fogo subiu até se tornar um pequeno ponto no céu, antes de virar e começar a descer na direção do mar. Satisfeitos, os jovens seguiram sinalizando para o alto.
Após certo tempo, Dan não conseguiu mais invocar a magia de fogo, sua mana havia acabado. Os três já estavam assustados, quando Lignuns notou algo no céu, parecia ser uma flecha de fogo, mas Luna não havia atirado mais nenhuma.
Antes que pudessem se dar conta do que estava acontecendo, a seta em chamas atingiu o navio dos jovens.
Lignuns usou sua magia de gelo para apagar o princípio de incêndio e teve sucesso, mas uma segunda flecha atingiu uma das velas, que começou a pegar fogo.
Uma sucessão de flechas incendiárias começou a ser atirada. Todas as três velas foram atingidas e começavam a se transformar em pó.
O fogo já começava a tomar conta do navio, que perdia velocidade, quando o capitão avistou outra embarcação à frente, tão grande quanto a anterior, se aproximando no sentindo contrário. Um fio de esperança surgiu, parecia que alguém estava respondendo aos pedidos de ajuda, mas a felicidade acabou logo que eles puderam ver a bandeira preta com a caveira branca, era outro pirata.
– Mas que droga! Estamos perdidos! – esbravejou Kurt, soltando o leme e admitindo a derrota.
Os três jovens se encolheram atrás do escudo, enquanto podiam ver os piratas do novo navio preparem suas flechas com fogo, apontarem a atirarem.
Para a surpresa deles, as flechas passaram sobre as suas cabeças e seguiram em direção à embarcação inimiga, de onde foram ouvidos alguns gritos em um pequeno alvoroço.
– Eu não acredito! É o navio Striker! – disse o capitão cerrando os olhos para olhar com mais calma o navio que se aproximava. – De todos os piratas do Tibia, tinha que ser justo o meu amigo!– gritou sem esconder a alegria.
O capitão começou a andar, se aproximou dos jovens e sinalizou para que eles o seguissem.
Após desviarem de um mastro incandescente que caia e de alguns outros objetos em chamas, eles chegaram até a proa do navio poucos segundos antes da embarcação aliada os alcançar.
– Raymond Perna de Pau! Eu não acredito que é você! – gritou Kurt para o sujeito que estava em pé na frente do navio.
O pirata já havia passado dos quarenta anos e tinha uma expressão cansada. Um pequeno pedaço de madeira substituía sua perna direita perdida em batalha.
– O que está fazendo aqui, Kurt? Você já sabia que essa rota não era mais segura! Eu mesmo ando por aqui! – completou sorrindo.
– Não vamos perder tempo com sermões! – disse contrariando. – Ande logo, salve estes jovens!
– Grynch, venha aqui ajudar! – gritou para alguém de dentro do navio. – Como assim salvar os jovens? Eu também pretendo salvá-lo!
– Eu sou um capitão, Ray... – disse resignado olhando para baixo. – Não posso abandonar o meu navio...
Antes que o pirata pudesse protestar, um pequeno goblin verde, vestido como pirata, surgiu atrás dele, assustando os jovens, que recuaram um pouco.
– Bugga! Bugga! – exclamou a criatura.
– Vamos Grynch, ajude esses jovens a subirem no nosso navio.
O feio goblin subiu na mureta do navio e esticou a mão para os três. Os dois garotos sinalizaram com a cabeça e Luna foi a primeira a sair.
– Vamos Kurt! – gritou Raymond para o seu amigo. – Não seja tolo! Venha logo com a gente! Mais vale um capitão fujão do que um capitão morto!
– Mas eu irei perder a minha honra... – disse ainda triste enquanto o fogo aumentava e seu navio começava a afundar. – Serei menos do que um pirata...
– Ou então, você pode se tornar um pirata, como eu... – ele se certificou que os três jovens já estavam na sua embarcação e completou confiante: – Agora venha! Eu prometo que vamos encontrar um novo navio para você em breve!
Ray encostou na mureta e esticou o braço. Kurt hesitou por um instante, mas enfim aceitou a ajuda e segurou a mão do seu amigo.
No interior do navio, diversos piratas andavam de um lado para o outro, alguns preparavam flechas e armas para um combate, outros cuidavam das velas, mas todos estavam bem ocupados. Apesar de muitos serem extremamente feios, com marcas de queimaduras e cicatrizes, o pequeno Goblin era o único não humano no navio.
– Para onde vocês iam mesmo? – perguntou o pirata com a perna de pau aos três ainda assustados.
– Para Carlin, senhor. – respondeu Dan timidamente.
– Para Carlin, marujos! – brandiu Raymond para os outros piratas.
Após o anúncio do novo destino, alguns piratas mudaram suas atividades, mas a agitação no navio continuou a mesma, talvez até um pouco maior.
– Um pirata como você pretende aportar em Carlin? A Rainha não vai admitir isso... – disse Kurt balançando a cabeça negativamente.
– Tenho certeza que ela iria se incomodar muito mais se um pirata como ele aportasse em sua cidade – retrucou com certo desprezo, sinalizando para onde estava o navio do inimigo.
– E o que impediria ele de lhe seguir e também aportar lá? – disse evitando falar o nome do inimigo. – Você sabe quem ele é, não sabe? É um dos lendários irmãos piratas...
– Eu conheço muito bem o Barba Sangrenta – disse fitando a sua perna de madeira. – Ele é o motivo pelo qual eu me tornei um pirata... – ele voltou a olhar nos olhos de Kurt antes de mudar o assunto. – Mas ele não se atreveria a me seguir agora – o pirata sacou a sua luneta, olhou na direção onde estava o inimigo e entregou o objeto ao seu amigo. – Veja você mesmo!
– Ele está... fugindo? – perguntou Kurt confuso, observado enquanto o navio de bandeira vermelha se distanciava. – Mas por quê?
– Olhe para ali – disse apontando para o seu lado direito. – E para ali – terminou apontando para o lado esquerdo.
Mesmo a olho nu, os jovens puderam ver duas embarcações se aproximando, uma em cada lado do navio.
– São outros piratas? – o marinheiro foi perguntando, ainda confuso. – E estão te apoiando? Por que eles fazem isso?
– Você está falando com o primeiro Lorde Pirata! – exclamou sorrindo. – Eu lhes dei esses navios e eles juraram me servir... E eu espero que você faça o mesmo quando eu lhe der o seu!
– Kurt, o Pirata... – o antigo capitão pensou alto. – Vamos ver... Mas primeiro me ajude a terminar o meu último serviço como um capitão do meu próprio navio...
– Muito bem. – ele se virou aos jovens antes de continuar a falar. – Sentem-se em algum canto, em pouco tempo estaremos em Carlin.
Eles caminharam até um banco ao lado da escada para o convés. O primeiro sol já surgia, anunciando que um bonito dia estava por vir.
Após poucos segundos sentados, Lignuns começou a falar:
– Você não deve ter percebido, Dan. Mas estamos a bordo do navio Striker e o pirata capitão dele se chama Raymond, alguns o chamam apenas por Ray... – disse calmamente, com um sorriso discreto. – Ele é o tal Pirata Ray Striker! – completou sem esconder o sorriso.
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Próximo:
Capítulo 4 - Raymond Striker