Penúltimo capítulo do Livro II!!!! 
Obrigado a todos que acompanham a história!!! 
E sejam bem vindos os que começaram a comentar agora! 
Aproveitando, tendo em vista que eu não tenho tido tempo para fazer os resumos dos capítulos anteriores, se alguém animar de fazer o resumo pro próximo capítulo, eu posso dar como prêmio a prévia do capítulo final (um dia antes)!
(se mais de uma pessoa animar em fazer, então eu escolho o que for melhor
)
Capítulo 15 - É Preciso Sair
Foram poucos segundos rolando a escada, mas que causaram fortes dores no jovem, até que ele enfim chegasse ao andar inferior. O corte do morcego ainda era a maior ferida, mas a sucessão de lesões o deixou praticamente sem forças.
Confuso, Dan abriu os olhos e por alguns instantes achou que havia morrido e ido para o inferno. Ao olhar ao redor, ele notou que estava cercado por uma parede de ossos, com fogo queimando do outro lado.
Ainda perdido, ele apenas ajeitou o seu corpo e ficou sentado ali mesmo, encostado no último degrau da escada. Aos poucos, o jovem foi recuperando plenamente a consciência e se dando conta do que havia acontecido, "minha mana acabou", concluiu.
Ainda com dores, Dan abriu calmamente a sua mochila e pegou a poção que ele havia recebido durante o festival dos iniciantes. O primeiro gole já foi suficiente para que o jovem sentisse sua energia voltar ao corpo, e assim, ele não hesitou em tomar todo o frasco.
[Dan] – Utevo Lux – disse agitando a sua varinha, enquanto deixava o recipiente vazio no chão.
Um ligeiro sorriso de satisfação surgiu no rosto de Dan ao constatar que podia invocar magias novamente.
Apesar de ter sua mana de volta, o jovem ainda estava ferido e muito cansado. Assim, ele colocou sua mochila no degrau atrás dele e se encostou, para ficar mais confortável. Dan ainda ficou por alguns minutos admirando a sua varinha iluminada, satisfeito, antes de suas pálpebras começarem a pesar e ele adormecer.
Após certo tempo, o jovem abriu os olhos vagarosamente e percebeu que não estava no mesmo lugar. Apesar de ver aquele sujeito se aproximando, com a sua armadura vermelha, Dan ficou em dúvida se havia morrido ou apenas no entrado no reino dos sonhos. O Cavaleiro parecia estar longe e mais difícil de enxergar do que das outras vezes.
[Cavaleiro] – Vamos, Donan! Levante-se! – disse estendendo a mão, como se pudesse alcançá-lo. – Você precisa ir logo para o continente! – a voz do Cavaleiro também parecia mais longe.
[Dan] – Mas eu não consigo achar a resposta... – respondia encolhido, apenas levantando os olhos para ver o Cavaleiro – E não sei se vou conseguir sair...
[Cavaleiro] – Isso não vai ser problema para você. – disse um pouco mais rápido que o habitual – Apenas saia logo dessa ilha e procure a sua mãe! Eu não sei se iremos nos encontrar novamente, minhas forças estão acabando e você precisa encontra-la!
Aquelas palavras deixaram o jovem preocupado e ele levantou a cabeça para falar com o Cavaleiro.
[Dan] – Mas o continente é imenso! – protestou pensativo – Como eu vou conseguir encontrar a minha mãe sem a sua ajuda?
[Cavaleiro] – Vá para Carlin! Peça ajuda aos Druidas!
Dan pareceu concordar com o que o Cavaleiro dizia, mas ainda tinha outras perguntas para fazer.
[Dan] – Eu entendo. Mas quem é você afinal? E me ajude com uma coisa: o que é quente como o fogo e se move como a água?
Um forte estalo despertou o jovem, retirando-o dos seus sonhos. Dan demorou a entender o que havia acontecido e quando compreendeu ficou um pouco irritado por não ter tido a sua resposta a tempo.
Ainda sentado, ele se endireitou e começou a procurar a origem do barulho. Dan virou um pouco a sua cabeça tentando olhar para o andar de cima e apesar de não ver nada de diferente, pensou "deve ser aquele esqueleto".
Sonolento, ele se encostou novamente e fechou os olhos para tentar voltar a dormir, na esperança de reencontrar o Cavaleiro de armadura vermelha, mas o barulho se repetiu e desta vez ele estava muito mais perto.
Ainda sentindo um pouco de dor, Dan se colocou de pé segurando a sua varinha na direção da escada.
Uma criatura então apareceu, por detrás da escada, no mesmo andar em que o jovem estava.
Por instinto, Dan acabou atirando uma bola de energia, que não surtiu muito efeito, mas antes que a criatura o alcançasse ele abriu o seu livro de feitiços para relembrar as palavras mágicas de sua magia de ataque.
[Dan] – exori min flam – disse firmemente enquanto lia.
A bola de fogo surgida da ponta da sua varinha atravessou o esqueleto na altura do peito e o desmontou.
Antes que Dan pudesse respirar aliviado, ele notou que o barulho continuava e com cuidado deu um passo ao lado para enxergar o que havia atrás da escada.
Em um longo corredor, formado por pelas paredes de ossos, outro esqueleto se aproximava.
[Dan] – exori min flam – exclamou, apontando para a criatura.
O ataque atingiu o lado direito da criatura, que hesitou, mas voltou a andar. Sem perder tempo, Dan disparou uma bola de energia, que atingiu o lado esquerdo do esqueleto, terminando aquele trabalho.
Após uma olhada cautelosa para ter certeza que nenhuma outra criatura se aproximava, Dan começou a observar o seu redor, tentando entender onde exatamente ele estava, antes de decidir para onde seguir.
Apesar do forte calor e do tom vermelho, o jovem não via labaredas do lado de fora, então ele se aproximou da parede para enxergar por entre os ossos. Não havia fogo, apenas magma.
Um rio de lava fluía e ele não demorou a entender o que estava acontecendo, "é quente como o fogo... E se movo como a água...É isso!"
Foi como se um peso enorme saísse das costas do jovem, que apenas lamentava não ter nenhum amigo ali para ele poder dar um forte abraço.
Radiante, Dan se posicionou em frente à escada e começou a olhar para o andar superior. Agora que sabia a resposta do enigma, ele apenas precisava sair daquele lugar, mas uma coisa ainda o incomodava: ele não tinha mais poções de mana.
Antes que fosse tomado pela insegurança, ele começou a subir as escadas. Ao chegar ao andar superior, Dan notou que mais de um esqueleto o esperava, mas aparentemente o esqueleto maior, que havia lhe derrubado, não estava ali. O local não estava muito iluminado e o jovem se arrependeu de não ter invocado novamente a sua magia de luz antes de subir, pois naquele momento não havia mais tempo para isso.
[Dan] – exori min flam – gritou apontando para o esqueleto que estava bem na sua frente.
Aquela bola de fogo saiu perfeita, destruindo a primeira criatura. Mas antes que ele pudesse fazer qualquer outra coisa, outro esqueleto o atacou. Dan desviou daquele ataque e vendo que restavam duas criaturas e que poderia ficar cercado por elas, ele correu até a parede, que estava à sua esquerda.
[Dan] – exori min flam – brandiu mais uma vez, encostado à parede, disparando uma bola de fogo na criatura que havia tentado lhe atacar.
Desta vez, o ataque não foi suficiente. Os esqueletos se aproximavam novamente, mas percebendo que eles eram lentos e que ele teria a vantagem se ficasse distante deles, o jovem correu até a parede à sua direita, disparando sucessivas bolas de energias, até que o segundo esqueleto se desmontasse.
Percebendo que sua estratégia estava dando certo, Dan seguiu correndo junto às paredes daquele local, enquanto atirava bolas de energia. A sua armadura o atrapalhava um pouco e naquele momento, o jovem entendeu porque a Feiticeira Estrella havia dito para ele usar roupas leves e se livrar do que fosse pesado.
[Dan] – exori min flam – disse apontando para o último esqueleto.
A bola de fogo foi o golpe final naquele esqueleto, que se desmontou no mesmo instante.
Aliviado por ter se livrado daqueles três esqueletos, Dan respirou fundo e invocou finalmente a sua magia de luz.
[Dan] – Utevo Lux.
O local ficou plenamente iluminado e o jovem levantou a cabeça para se dirigir à saída, mas se assustou ao ver o que estava ali. Parado, embaixo do portal de ossos, estava o esqueleto maior, o mesmo que o havia feito cair na escada. Aparentemente, ele esteve ali durante toda a luta do jovem contra os outros três esqueletos, mas curiosamente, ele havia decidido não participar. Logo que Dan o viu, a criatura enfim começou a andar em sua direção e o jovem até podia jurar que havia um sorriso no rosto daquele esqueleto.
[Dan] – exori min flam – o jovem não hesitou em disparar o seu ataque mais forte.
Um pequeno buraco se abriu na armadura do inimigo, que continuou andando como se nada tivesse acontecido. Percebendo que mais ataques seriam necessários, Dan se posicionou atrás da escada para não ser alcançado pela criatura e invocou novamente a sua magia.
[Dan] – exori min flam – disse de forma confiante.
Um novo buraco se abriu, ao lado do anterior, mas o esqueleto continuou andando, contornando a escada para alcançar o jovem. Dan percebeu que um novo golpe entre os dois anteriores seria suficiente para derrubar aquele esqueleto e sem perder tempo, deu a volta pelo outro lado da escada e correu até o portal de ossos.
[Dan] – exori min flam – gritou enquanto virava para mirar no esqueleto, mas a magia não funcionou.
O jovem foi rapidamente tomado por um desespero e começou a tentar atirar bolas de energia, na esperança de acertar o pedaço da armadura do esqueleto que ainda resistia. Uma primeira bola de energia acabou surgindo, mas não foi forte o suficiente para derrubar o esqueleto. Dan tentou se concentrar, mas nenhuma outra magia surgiu de sua varinha. Ele estava sem mana novamente e sabia disso.
Quase em pânico, ele ouviu alguns estalos ao fundo, indicando que haviam outros esqueletos ao longo daquele corredor, e assim, fugir não era uma opção.
Calmamente, o esqueleto contornava novamente a escada, se aproximando do jovem que pela segunda vez podia jurar que a criatura estava sorrindo.
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Próximo: Capítulo 16 - O Mestre da Cripta (Parte 1)