Faltando meia hora para o sábado (horário de brasília), segue o capítulo 13!
Perdoem-me pelo atraso anterior e pelo quase atraso de hoje! 
O próximo capítulo deve ser um pouco menor, então eu posto ele nó próximo fim de semana, sem falta! 
E amigos, vocês podem comentar o que quiserem! Eu leio e curto cada comentário! Pode ser elogiando, pode ser criticando, e até mesmo brigando comigo porque eu ainda não postei! Cada comentário é muito importante pra mim! E é o que mantém essa história viva! 
Capítulo 13 - As Masmorras e o Enigma
O andar de baixo era um pouco mais sombrio do que o salão de cima. Havia uma estátua que representava os magos das trevas em uma parede e uma pedra de sacrifícios suja de sangue em outra.
O jovem sabia que muitos Feiticeiros usavam meios obscuros para fazer magia e que ele apenas tinha que evitar fazer essas coisas. Assim, ele deu de costas para aquilo e seguiu para a porta que havia em frente à escada.
Do outro lado, um novo salão surgiu. A magia estava um pouco mais presente ali, com paredes energizadas ou flamejantes.
Calmamente, Dan seguiu para o centro do local, onde haviam quatro baús.
Ansioso por ter os seus equipamentos, Dan abriu logo o primeiro e o encontrou cheio de varinhas mágicas, com pedras azuis na ponta.
Dan pegou uma delas e a observou atentamente. A varinha era mais fina do que o bastão que ele tinha recebido no Festival dos Iniciantes e a pedra azul na ponta brilhava um pouco mais.
Satisfeito, Dan guardou sua nova arma, fechou aquele baú e seguiu para o segundo. Ao abri-lo, encontrou diversos livros de capa roxa, com uma Lua azul desenhada.
O jovem pegou um deles para ver o conteúdo. Curiosamente, o livro estava quase todo em branco, como um caderno. Apenas as duas primeiras linhas estavam escritas "Magia da Luz - Utevo Lux" e "Ataque Simples de Fogo - Exori min flam" eram as únicas frases.
Ele não demorou a entender que aquele era um livro de feitiços e que ele deveria preenchê-lo na medida em que aprendesse mais magias. "Isto vai ser muito útil", pensou ele ao notar que ainda não havia decorado nem mesmo as palavras mágicas dos seus dois primeiros feitiços.
Com o seu livro na mão, Dan fechou aquele baú e seguiu para o terceiro, onde haviam diversos chapéus para magos.
O jovem não hesitou em colocá-lo na cabeça, se sentindo como um verdadeiro mago.
Contente, ele seguiu para o último dos quatro baús e lá encontrou capas vermelhas para Feiticeiros.
Dan pegou uma delas e após analisar atentamente, concluiu que elas não eram muito resistentes. Uma frase da Feiticeira Estrella surgiu na sua cabeça, "Nós usamos roupas leves para não atrapalhar na hora de invocar alguma magia, então se livre do que for pesado e você não for usar.". O jovem deu alguns murros na sua própria armadura, na altura do peito, e ficou com uma grande dúvida, ao relembrar o quão forte era a sua proteção atual.
Após pensar por alguns segundos, Dan resolveu guardar aquela capa na mochila e seguir apenas com a sua armadura, afinal, ela seria mais importante para protegê-lo dos monstros que ele encontraria nas masmorras daquele lugar.
Após constatar que não havia mais nenhum baú por ali, Dan deu uma última olhada para si mesmo e ficou satisfeito por finalmente se ver como um Feiticeiro, apesar de ainda estar usando uma armadura pesada.
Sorridente, o jovem enfim começou a procurar as escadas para as masmorras, ansioso para sua primeira aventura com a sua nova vocação.
Ele podia ver estátuas, prateleiras e outros objetos, mas não encontrava nenhuma escada para o andar de baixo.
Após olhar com mais atenção para o que havia à sua frente, ele encontrou dois objetos curiosos.
Eram sarcófagos, comumente utilizados para guardar as múmias, mas um deles em especial estava aberto.
Com cuidado, Dan começou a se aproximar, já segurando a sua varinha. Primeiramente, ele notou que o caixão parecia estar vazio e em seguida conseguiu ver o que havia dentro dele, era a escada para o andar de baixo.
Ainda segurando a sua varinha, o jovem saltou para dentro do caixão e começou a descer com calma aquela íngreme escada.
Dan acabou chegando em um salão um pouco menor, iluminado por apenas algumas tochas presas nas paredes. Havia um único corredor, com uma estátua de Feiticeiro ao lado. O jovem não sabia se aquilo era proposital ou não, mas a estátua parecia apontar para o corredor, indicando que aquele local, aparentemente sem iluminação alguma, era o caminho que ele deveria seguir.
Antes de fazer qualquer outra coisa, Dan pegou o seu livro de feitiços, o virou na direção da tocha mais próxima para que pudesse ler e invocou a sua magia.
[Dan] - Utevo Lux - disse agitando fortemente a sua varinha.
A luz branca surgiu e mesmo sendo fraca, já produziu algum efeito na entrada do corredor.
Dan deu uma rápida olhada no segundo feitiço escrito, tentando decorar as palavras. Apesar de achar que já havia aprendido, ele decidiu, por via das dúvidas, seguir com seu livro na mão.
Com a varinha em riste, ele adentrou pelo corredor e seguiu calmamente, passo por passo, sem ter a mínima ideia do que havia além da iluminação da sua magia.
Após alguns minutos andando, o jovem ouviu alguns ruídos, e em seguida, notou que eles tinham certo ritmo e pareciam passos.
Os barulhos aumentaram e Dan recuou ao imaginar que poderiam ser vários inimigos se aproximando.
Enquanto dava alguns passos para trás, tentando estar preparado para um possível ataque, o jovem notava que eles pareciam estar próximos e não entendia porque não podia vê-los, até que enfim reconheceu aqueles ruídos, eram aranhas, provavelmente duas, cada uma com suas oitos patas.
No mesmo instante, Dan enxergou uma criatura vindo em sua direção, andando pela parede. O jovem mirou sua varinha e a atingiu com uma bola de energia.
A criatura recebeu o choque, tremeu e caiu, já sem vida. Mas uma segunda aranha aproveitou a distração e saltou sobre Dan, derrubando-o.
Em vantagem, a criatura tentou mordê-lo com suas presas, mesmo assim, o jovem conseguiu se livrar dela com seu braço, arremessando-a contra a parede. Rapidamente, a aranha se recompôs e saltou novamente sobre o jovem, mas antes que o alcançasse, Dan utilizou sua varinha mais uma vez e a atingiu com uma bola de energia, derrotando-a.
Assustado, o jovem se levantou, se certificou que as criaturas estavam mortas, tirou um pouco de sujeira do seu corpo e seguiu caminhando calmamente pelo corredor.
Foram poucos minutos até Dan encontrar a primeira encruzilhada: outro corredor atravessava o seu caminho.
Naquele momento, Dan se deu conta do quão perdido ele estava.
Ele não tinha ideia do que estava procurando e assim não sabia como decidir por onde seguir.
[Dan] - Utevo Lux - exclamou agitando a sua varinha.
Na esperança de conseguir enxergar alguma coisa de diferente, o jovem esticava o braço à sua frente e também para os lados, mas no fim, não viu nada que ajudasse na sua decisão.
Um ruído foi ouvido do lado direito, e em seguida, do lado esquerdo, Dan não sabia o que era, ou se era apenas um eco de um lado para o outro, mas como aquela era toda a informação que ele tinha, ele decidiu ir em frente, buscando o caminho mais tranquilo até encontrar o que estivesse procurando.
Apesar de seguir com passos firmes, Dan estava muito inseguro com aquilo e as palavras da Feiticeira não saiam da sua cabeça, "O que é quente como o fogo e se move como a água?". Naquele momento, Dan percebeu que a sua sobrevivência naquela masmorra dependia de encontrar essa resposta e ele não tinha a mínima ideia de como fazer isso.
Imerso em seus pensamentos, Dan mal ouviu um novo ruído à sua frente. Preocupado, ele diminuiu o ritmo e seguiu com mais calma, para poder escutar com atenção.
O ruído se repetiu e mais parecia um gemido. Antes que Dan pudesse decifrar alguma coisa, ele ouviu um bater de asas se aproximando.
Rapidamente, ele lembrou-se das criaturas que ele sabia que habitavam aquele lugar "aranhas, morcegos e esqueletos".
Logo que se deu conta de que um morcego se aproximada, ele conseguiu enxergar a criatura, que avançou contra ele, lhe fez um corte no braço e ato contínuo sumiu na escuridão do outro lado.
Levemente ferido, Dan se reposicionou esperando um novo ataque. Apesar de estar atento e esperando o ataque, quando ele enfim conseguiu ver novamente a criatura, ela já avançava sobre o seu rosto.
Por instinto, o jovem levantou o seu livro para se proteger, o morcego colidiu com o objeto e sumiu mais uma vez na escuridão.
Preocupado, Dan foi verificar se o seu livro não estava muito danificado e para sua surpresa, o objeto estava intacto.
O jovem então percebeu que aquele objeto era resistente e também podia ser usado como escudo. Assim, ele o levantou para proteger o seu rosto, enquanto apontava a sua varinha, esperando o próximo ataque.
Em poucos segundos a criatura estava volta, Dan se concentrou e conseguiu arremessar uma bola de energia, que atingiu o morcego em cheio. A criatura caiu instantaneamente, já sem vida.
Utilizando a luz de sua varinha, o jovem observou por alguns segundos o seu braço ferido e ao notar que não era um corte muito profundo, voltou a caminhar.
Sem saber para onde estava indo ou mesmo o que estava procurando, o jovem apenas se perguntava: “O que é quente como o fogo e se move como a água?”, na esperança de descobrir a resposta antes de ter que enfrentar os terríveis esqueletos.
Próximo: Capítulo 14 - Os Esqueletos