A imprensa no mundo, e em especial no Brasil, vive de sensacionalismo. Criam expectativas acima do normal e criam mitos a fim de aumentar audiência/vendagem, ou seja, lucro.
O nosso Galo foi vítima, por duas vezes, de provocações desmedidas e climas artificiais de "guerra" criados pela imprensa sensacionalista que buscava transformar o Galo em um vilão, um super adversário a ser batido, transformando vitórias insignificantes em grandes triunfos épicos.
Foi assim contra o Flamengo ano passado. Foi assim com o São Paulo ontem.
O Galo tinha pouco ou nenhum interesse no jogo de ontem. Jogou com raça, dedicação, mas sem interesse.
A declaração do Ronaldinho foi muito sábia. Precisava não só retirar do time a ideia de catástrofe em caso de derrota, como motivar e entusiasmar o grupo para as oitavas.
Agora temos uma chuva de declarações de são-paulinos extremamente úteis para motivar o plantel do Galo na próxima fase.
Infelizmente uma boa parte da torcida não entende os reais interesses da imprensa e ficam a repetir como papagaios que a declaração do Ronaldinho foi infeliz, que ontem era uma decisão pro Galo, que não poderíamos deixar o São Paulo crescer e etc.
O Galo em campo daqui a duas semanas será outro. Com o dobro da vontade que mostrou o São Paulo ontem, e com o triplo da técnica.
O jogo ontem poderia ter terminado em um 0x0 melancólico, mesmo o Galo jogando uma péssima partida, sem sua principal arma que é a movimentação do ataque.
Não somos imbatíveis, não queremos esse rótulo. Somos apenas um time bem melhor que o São Paulo e que não precisa se preocupar com o adversário, desde que entre com a faca nos dentes.
Faca essa que o R10, experiente, colocou na boca dos atleticanos. Ela já estava e não sairia da boca dos são-paulinos.
A nota lamentável foi a postura do Cuca na beira do campo, tratando o jogo como uma decisão. Ele só será campeão o dia que se preocupar em ganhar títulos, e esquecer a gana de calar a boca dos comentaristas.