Cap 5 pra galera!
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Capitulo 5
Um circulo de luz roxa se formou a no céu entre a ponte e a montanha. Cipfried sabia do que se tratava. Era um circulo de conjuração. Havia uma lenda de um cajado que continha uma magia ancestral e a muito proibida. Segundo a lenda era preciso certo numero de almas humanas sacrificadas em prol do demônio a ser conjurado e de um numero de sacrifícios feitos por vontade própria do sacrificado também em prol do demônio. Kraknaknork por muito tempo juntava almas naquele cajado e faltava apenas um pequeno numero que ele conseguiu matando alguns estudantes da ilha durante o ataque. E as almas sacrificadas por vontade própria eram a dos orcs que já haviam feito o ritual com o pacto antes do ataque sob a falsa promessa do mago orc que iria revive-los e ganhariam a imortalidade.
— Wolfric!— gritou Cipfried— de a volta na montanha, passe o mais longe possível do circulo e mate o orc que estará segurando um cajado sobre a montanha. Ele tem alguma habilidade com magia, mas não deve ser problema pra você se levar alguns companheiros. Mate-o, o mais rápido possível. Vamos tentar segurar o que esta por vir. VÁ GAROTO RAPIDO!
Wolfric ouviu aquilo, pegou sua mochila com flechas, seu arco, sua lança e seu escudo. Chamou Lothar e correu na direção indicada pelo monge.
—Eu vou com vocês!— gritou Natasha.
—Nós também— Matheo e Lori.
—Agradeço a disposição de todos vocês! Então vamos logo.
Saíram então os cinco correndo o máximo que podiam sem ter muita certeza do que iriam enfrentar.
O circulo de luz começou a liberar raios no chão. Parecia que céu e terra estavam conectados. Era muita luz. Mas no meio de tanta luz, uma sombra começou a se formar. O que se viu depois foi terrível. Um demônio de pele enegrecida, chifres longos alaranjados e olhos verdes e brilhantes como duas esmeraldas. Um corpo enorme e totalmente musculoso. Cascos nos pés. Garras enormes e dentes que pareciam escorrer sangue.
O demônio olhou para seus braços. Um depois o outros, mexendo as mãos como se não acreditasse que estava ali. Olhou em direção ao orc que o encarou como se desse uma ordem. Então olhou em direção aos muros da cidade, cerrou os dois punhos e deu um urro com tanta força e tão alto que gelou a espinha de todos na cidade inclusive dos guardiões. Logo em seguida partiu com toda a fúria em direção aos muros. Vascalir, Cipfried e os outros dois guardiões correram em direção ao monstro pra evitar que ele chegasse à cidade.
O monstro ergueu o braço direito e deu um soco em direção aos heróis. Dallheim entrou na frente e repeliu o soco com seu grande escudo, porém o golpe o arrastou por alguns metros. Vascalir aproveitou o momento e cravou seu machado no braço do monstro fazendo-o se afastar alguns passos. Ele urrou novamente, deu mais um passo pra trás. Entre os dois chifres na altura da testa do demônio começou a se formar uma bola negra de energia. Um raio foi lançado.
—Não vai dar tempo!— exclamou Vascalir.
—UTAMO VITA— Cipfried entrou na frente dos demais e ao gritar essas palavras uma barreira de energia surgiu e os protegeu do raio. O monge caiu de joelhos como se estive muito cansado.
Enquanto isso Wolfric e os outros chegavam ao topo da montanha. Lá estava ele, Kraknaknork, se deliciando com tudo o que conseguia ver.
—Não acredito que aquele monge idiota mandou criança para me deter— gargalhou o orc.
—Não nos subestime verme!— retrucou Matheo sacando sua mace e atacando de frente.
O orc levantou a mão direita sibilou algumas palavras inaudíveis. O ar ficou frio e uma onda gelada surgiu parecendo sair das mãos do mago e atingindo, em cheio, o peito do garoto que foi lançado aos pés de seus amigos. Matheo parecia sentir muita dor e placas de gelo estavam sobre seu peito. Natasha o ajudou a se levantar. O orc ria que parecia se acabar de felicidade.
—Vamos todos juntos!— exclamou Lothar. Todos atacaram. O orc estendeu suas mãos em direção, primeiro a Lothar, e uma rajada foi lançada sobre ele também. Quase ao mesmo tempo, usando a outra mão mirou em Lori e também a acertou. Nesse meio tempo Natasha e Matheo já estavam quase encima do orc, porém este estendeu as duas mãos uma em direção a cada um e eles também foram atingidos. Logo atrás veio Wolfric e sua lança cortou o ar em direção ao mago que desviou a cabeça a tempo de não tomar um golpe critico, mas não tão rápido que não tivesse sido atingido. A lança rasgou seu rosto na altura da bochecha direita.
O orc levou a mão sobre a ferida e rangeu os dentes.
—Você me feriu! Isso dói! Morra seu verme!— Kraknaknork juntou as duas mãos e mais uma vez sibilou algumas palavras e uma rajada de vento gelado atingiu com muita violência o corpo de Wolfric que foi lançado alguns metros atrás.
O garoto se levantou sentindo dor e pensou:
—Ele repeliu o ataque dos quatro... Mas o meu ataque ele tentou desviar. Por que será? As mãos? Lothar e Lori foram atingidos primeiro. Nesse tempo Natasha e Matheo conseguiram chegar muito perto, mas também foram atingidos. Minha lança veio quase em seguida... Por que ele não repeliu?
—Não da pra atingi-lo, fomos todos repelidos— reclamou Lothar se levantando enquanto se apoiava em sua espada.
— Não é bem assim. Eu acho que ele precisa usar as mãos pra repelir— falou Natasha.
—Então você também notou? Cip me disse que ele não deveria ser problema se eu trouxesse companheiros. Vamos atacá-lo de novo, mas dessa vez em sincronia— sugeriu Wolfric enquanto sacava seu arco e equipava uma flecha.
—Será que são capazes? Hahahaha lembre-se que são apenas crianças enquanto eu tenho a sabedoria de quase um século de vida! Vamos tentem! A habilidade de vocês não é nada pra mim!
—Meu velho! É melhor você acertar de primeira essa flecha... Não sei se vou ser capaz de agüentar outro impacto desse— disse Lothar.
Wolfric sussurrou alguma coisa para que o mago não ouvisse. E lá foram eles novamente.
Lori e Natasha primeiro pelos lados. Lothar e Matheo mais pelo centro e Wolfric com o arco armado mirando logo atrás deles.
O mago levantou suas mãos para repelir as garotas elas, porem, mudaram seu trajeto o confundindo. Logo em seguida Lothar e Matheo já estavam bem na sua frente com as armas em punhos preparados para acertá-lo. Tudo aconteceu muito rápido. Wolfric precisava atirar no momento exato e teria só uma chance. Quando os dois saltaram o garoto atirou a flecha. Kraknaknork ergueu as mãos para repelir os outros dois e nesse momento Lothar e Matheo baixaram as armas e colocaram os escudos para se defender. No exato momento em que os dois foram repelidos pela rajada de gelo a flecha passou por entre eles acertando o orc no peito logo abaixo do pescoço. Kraknaknork parecia se engasgar com seu próprio sangue. Caiu de joelhos segurando a flecha. E logo seu rosto tocou o chão. O cajado rodou de sua mão até o pé de Natasha.
A situação com o demônio não era das melhores. Cipfried já estava quase desacordado de tão esgotado. Dallheim e Zerbrus estavam apoiados em seus escudos tentando encontrar forças para se levantar enquanto Vascalir era erguido pelo monstro e acabara de soltar seu machado que caiu cravado no chão.
Natasha mais que depressa pegou a mace de Matheo, colocou o cajado sobre uma pedra e sem pensar duas vezes golpeou a esfera de cristal, na ponta do cajado, que ficou em pedaços.
Era como se as almas ali aprisionadas pudessem escapar e voar pelos sete ventos sumindo uma a uma.
Neste exato momento o demônio travou. Soltou Vascalir, deu alguns passos para trás e começou a gritar de dor se esticando todo em explodindo em uma nuvem de fumaça.