Enfim, segue o Capítulo 17.
Não posso deixar de agradecer aos que comentaram no capítulo anterior:
Sombra de Izan,
Lacerdinha,
Senhor das Botas,
gula23,
Lordinh,
Dragão Fumeta,
inteligência artificial,
Rhyko e
thomzi.
Mantendo a minha idéia de integração na seção de roleplay, uma parte deste capítulo é baseado em um conto daqui e eu colocarei o link no final.
Dessa vez, será uma imagem e uma Screenshot.
Resumo:[Capítulo 16 - Rumo ao Norte] No capítulo anterior de
Dan da Cidade de Carlin, Lignuns não concordou em ir matar os lobos e os jovens se separaram. Dan seguiu no sentido norte para encontrar os lobos, no caminho, ele derrotou algumas criaturas, mas depois foi perseguido por mais de dez aranhas. Ele foi salvo por Richard que lhe deu uma faca para retirar pele dos lobos. Por fim, ele passou entre a montanha do minotauro e a torre dos trolls e ficou bem perto dos lobos.
Capítulo 17 - Sobre Espadas e Lobos
Foram necessários apenas mais alguns passos para que Dan encontrasse os lobos.
Eram quatro deles e Dan percebeu que não poderia lutar sozinho contra a alcatéia inteira.
Nesse momento, ele sentiu a falta de seu amigo Lignuns, que em situações como essa, sempre o ajudava nas batalhas.
Dan procurou algum lugar para se esconder e encontrou um arbusto, próximo a uma grande pedra. Ele ficou durante um tempo escondido, observando a movimentação dos lobos.
Dan podia ver dois deles encostados em uma árvore, aparentemente dormindo, um outro estava correndo atrás de um veado e um quarto lobo estava próximo da costa, olhando para o mar.
Dan ficou acompanhando a perseguição do lobo ao veado. Ele viu uma investida do lobo, na qual o cervo conseguiu escapar, e em seguida, o animal começou a correr para perto de onde Dan estava. "Pode ser a minha chance de pegar o primeiro lobo", pensou ele.
O veado ia passar entre o arbusto e a pedra, então, o lobo começou a subir o rochedo e preparava-se para saltar sobre a sua presa.
Dan teve que usar toda a sua agilidade, ele esperou o cervo passar, correu, e quando o lobo saltou, Dan o perfurou, ainda no ar, com a sua Rapier.
Ele se certificou que o animal estava morto, retirou a pele usando a faca que Richard lhe deu e rapidamente voltou para trás do arbusto.
Dan não se sentiu nada mal por matar aquele lobo, ele fez o que tinha que fazer, e além de tudo, salvou um cervo, “o Lignuns que estava errado”, pensou ele.
Dois lobos continuavam dormindo encostados em uma árvore e o outro continuava virado para o mar. Dan resolveu atacar logo os dois primeiros antes que eles acordassem.
Devagar, ele se deslocou entre umas árvores próximas, dando a volta para ficar atrás dos lobos.
Quando Dan alcançou a árvore em que os lobos estavam, ele encostou-se nela, respirou e virou para dar uma rápida olhada no outro lado e checar se eles ainda dormiam.
Após confirmar o sono dos animais, Dan contornou a árvore e cravou a espada no primeiro lobo. Instantaneamente, o outro lobo despertou e avançou contra o jovem, mordendo o seu braço direito, que ele usava para manusear a espada. Em seguida, Dan acertou o lobo com o seu escudo, que se chocou contra a árvore, caindo desacordado. Mesmo com o braço direito ferido, Dan retirou a espada do primeiro lobo e a cravou no segundo.
Ao olhar os lobos mortos, o jovem se sentiu mal pela primeira vez e pensou se o seu amigo não estaria certo. Eles estavam apenas dormindo, talvez fosse muita maldade matar aqueles lobos apenas para conseguir um par de botas.
Dan sentiu uma forte dor no seu braço direito, fazendo-o se lembrar de o quanto ferozes os lobos podem ser e arrefeceu um pouco os seus sentimentos. De qualquer modo, "já foram três lobos, só faltam dois, não vou desistir agora", pensou ele.
Dan retirou a pele daqueles dois lobos e virou-se para o lobo que estava olhando para o mar. O jovem levantou o seu escudo e sua espada, e começou a andar na direção do animal. O braço de Dan estava ferido, mas ele ainda era capaz de lutar.
Ele percebeu que a cada passo em direção ao lobo, o ambiente ficava mais quente, e quando estava a menos de três metros do animal, ele finalmente pôde enxergar a fonte do calor, era o mesmo local que aquele lobo estava olhando. Era uma pequena ilha, cercada de fogo, e sobre uma pedra estava uma espada. Na mesma hora, ele soube que aquela era espada de Kylindra Ennorath, a chamada Espada da Fúria.
Dan ficou alguns minutos olhando para a espada, quase hipnotizado, se imaginando com ela. Apenas quando se deu conta que o lobo havia se virado para ele e o estava encarando, o jovem "acordou" e se posicionou para o confronto.
Ao perceber que seria atacado, o lobo começou a uivar:
[Lobo] - Auuuuuuuuu...
O jovem se assustou com o barulho, mas continuou avançando na direção do lobo, que recuava em direção ao mar.
De repente, o lobo parou de recuar e se posicionou para avançar contra Dan, que ouviu um barulho atrás e virou-se para olhar. Dois lobos haviam atendido ao uivo e vieram ajudar aquele animal.
O jovem ficou completamente perdido, não sabia como poderia derrotar aqueles três lobos.
Uns dos lobos que haviam acabado de chegar, foi o primeiro a avançar contra Dan, que o acertou com o escudo, arremessando o animal a uns dois metros de distância. Em seguida, foi a vez do lobo que havia uivado atacar. Quando o lobo saltou, Dan o acertou com a Rapier, o derrotando. O jovem nem viu quando o terceiro lobo mordeu a sua perna esquerda. Dan caiu de joelhos pela dor, mas conseguiu virar o corpo e acertar o lobo com sua espada.
Aquele lobo caiu, sem vida, mas o primeiro lobo já tinha levantado e estava mordendo o já ferido braço direito de Dan. A dor fez o jovem largar a espada, e por reflexo, ele acertou o lobo com o escudo. Ele sabia que tinha que acabar logo com aquilo, mas não conseguiria empunhar a espada com o braço direito novamente. Então, ele jogou o escudo no chão, pegou a Rapier com a mão esquerda e cravou a espada no lobo. Pronto, ele havia derrotado todos os lobos.
As dores das mordidas e o cansaço da luta fizeram Dan se jogar no chão. Ele sabia que poderia ser atacado novamente por alguma outra criatura, mas continuou deitado. Após algum tempo, ele se deslocou um pouco para perto dos corpos dos lobos, pegou a faca, retirou as peles de dois lobos e as guardou na sacola. Quando já tinha recuperado parte das suas forças, se levantou, andou até uma árvore próxima e se encostou lá, ainda ferido e cansado.
Quando estava imaginando se conseguiria voltar à cidade ou se teria que passar a noite ali, um homem apareceu no seu campo de visão. Ele era alto, parecia ter quase dois metros e usava grandes peças de armaduras. Dan viu quanto o sujeito tomou um gole de água de seu cantil e até pensou em pedir um pouco daquela água, mas ainda estava sem forças para gritar.
O homem começou a andar em direção ao mar, encarando a ilha da Espada da Fúria. Dan ficou reparando a movimentação do homem, que aparentemente sem motivo algum, caiu na água, como se tivesse sido empurrado.
Dan achou tudo aquilo muito estranho e continuou observando. Então, o homem começou a nadar em direção a ilha da espada, "será que ele vai pegá-la?", pensou o jovem.
O desconhecido chegou até a ilha, atravessou o fogo e tocou a espada, e então, se transformou em um lobo. Dan imaginou que aquele homem deveria ser um grande mago, com poder de se transformar em outras criaturas. Ele lembrava-se bem que seus amigos druidas Alexsander e Cerdras gostavam de se transformar em animais e objetos, apenas para se divertir.
"O que um mago dessas estaria fazendo aqui?", pensou o jovem. A surpresa de Dan foi ainda maior, quando o lobo mergulhou na água novamente e nadou de volta para a costa, "porque ele não pegou a espada?", nada fazia sentido para Dan.
Assim que o lobo alcançou novamente a terra, um jovem aventureiro desavisado apareceu, e ao avistar o animal, começou a andar em sua direção, preparando o ataque.
Dan ficou extremamente preocupado com o jovem e queria lhe contar que aquele não era um apenas um lobo, mas sim um grande mago.
Dan estava tentando puxar forças para gritar, mas então reparou que o lobo, ao ver o jovem desavisado, começou a recuar, com medo da batalha.
Dan ficou alguns segundos sem entender, até que a ficha caiu. Aquele não era um grande mago, era um simples aventureiro que foi transformado em lobo pela Espada da Fúria.
O jovem aventureiro começou a correr em direção ao lobo, segurando a sua espada, pronto para atacar.
Dan tentou gritar, mas o som saiu fraco, como um gemido.
[Dan] - Não faça isso...
Já era tarde, o aventureiro desavisado já havia cortado o lobo com sua espada, ele até escutou Dan, e após se certificar que o lobo estava morto, se virou e respondeu.
[Desconhecido] - Olá! Você falou alguma coisa?
Dan ficou em choque, não sabia o que fazer nem o que falar, ficou imaginando se todos os lobos que matou eram também humanos, sentiu uma dor imensa por não ter seguido o seu amigo Lignuns.
O aventureiro retirou as patas dos lobos, provavelmente pretendia vendê-las na cidade, em seguida, ele começou a caminhar na direção de Dan.
[Desconhecido] - Você parece muito ferido, está precisando de alguma coisa?
Ainda confuso, ele não queria que aquele aventureiro sentisse o remorso que ele estava sentindo, então, vendo que em breve iria escurecer, ele disse o que realmente precisava.
[Dan] - Eu terei que passar a noite aqui e vou precisar acender uma fogueira, você pode pegar um pouco de lenha pra mim?
O aventureiro cortou alguns galhos das árvores e entregou ao Dan. O Jovem agradeceu ao aventureiro, que se virou e seguiu seu destino.
Dan jogou os galhos no chão, usou o que sobrou da sua tocha para acender a fogueira e fechou os olhos para tentar dormir.
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Próximo: [Capítulo 18 - As Consequências do Dia Anterior]
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Bem, como eu disse, a inspiração para esse capítulo veio de um conto homônimo aqui da seção:
[Sobre Espadas e Lobos] do Servo Manteiga.
Muitos lobos morrendo para provável indignação do nosso amigo Link.
E pra quem não entendeu a mudança no Rank, vou explicar: Antes eu contava o número de comentário de cada um, assim se por exemplo você comentou 2 vezes no cap1 e 3 vezes no cap2, você tinha 5 pontos. Mas agora eu to contando o número de capítulo comentados, nesse exemplo, você teria 2 pontos, por ter comentado no cap1 e no cap2.
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