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Tópico: [J.L] 16ª Justa Literária Bela~x Drasty Cat. Fênix

  1. #1
    Avatar de Thomazml
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    Padrão [J.L] 16ª Justa Literária Bela~x Drasty Cat. Fênix

    Está para começar a 16ª justa literária! Rufem os tambores, soem as trombetas! O cavaleiro Drasty enfrentará Bela~!
    A votação está aberta até dia 18/08
    O tema é FOLHA EM BRANCO


    Drasty:
    Escrita Bruta

    Com o lápis e o papel branco sento-me na sala. Quatro da tarde e estou sozinho na casa. O sol vai descendo, envenenando as paredes, mesas e adereços decorativos de laranja. Dentro, no conforto do cômodo, o aparelho de som tocava algum disco antigo, enquanto lá fora os cata-ventos estilhaçavam-se uns nos outros com o impacto do vento. No entanto, eu mal conseguia ouvir algo. Nada era capaz de me arrancar à atenção, nenhuma idéia ousava entrar ou sair de mim.

    Horas e horas encarando o papel: inerte, vazio, um vácuo sem emoções. Assim vinha sendo desde que dei de cara com aquela silhueta. Se eu tivesse sido rápido o suficiente para escapar da minha vontade de conhecer o rosto, hoje eu estaria escrevendo diversas linhas sobre o que eu bem entendesse. Mas lógico, eu - o eterno apaixonado - resolvi testar minha sorte e acompanhar aquele corpo pelo corredor, numa busca incansável por me encontrar com a face daquela mulher.

    Quase tropeçando no próprio caminhar, ultrapassei-a e, enfim, encarei os olhos verde-limão. Ela respondeu assustada àquela investida em falso - no meu movimento frouxo não havia nada de galante ou simpático, apenas algo de neurótico, obsessivo. Em seguida, a jovem pareceu conformada com o meu jogo barato e sorriu entrando no elevador, para nunca mais ser vista.

    Deitei-me ínfimas vezes na minha cama esperando e esperando algum sinal de que haveria alguma possibilidade de vê-la novamente. Eu não podia me julgar naquele momento, com toda certeza estava apaixonado pela imagem daquela menina. Durante aqueles dias eu poderia ter criado asas, num processo químico histérico e inútil. Meu corpo, no entanto, optou pelo mais doloroso e silencioso sofrimento: o descanso.

    Deitado na minha cama estava um morto-vivo a contemplar o teto. Era duro para mim, imaginar que jamais passaria uma tarde ao lado daquela mulher. Tudo se tornara uma mera fixação; havia me tornado escravo de uma imagem. No meu estado eu podia fazer de tudo para tê-la, deitaria numa cama de gato, numa cama de pregos, no assoalho frio da meia noite.

    Não é correto chamar meu dolorido ritual de amor, não é justo com o mundo dos apaixonados. Meu corpo queria aquele corpo. Meus lábios com os delas, meus órgãos com os delas. Não era amor, muito menos tesão. Naquela figura apressada eu havia encontrado o último fio de inspiração que me motivava. Durante este período o mundo parecia que ia acabar. Sentia-me como um inseto esmagado no chão - deixado de lado, entregue à poeira dos ventos.

    Aqueles que se julgam sóbrios de qualquer resquício de paixão, diriam que faltava sexo na minha vida - a real solução para meu problema. Minha visão quadrada do mundo dos amantes não permitia que escapasse de mim mesmo, dos meus desejos e sonhos. Passei horas imaginando como seria bom me infiltrar naquelas vestes, caminhar por aquelas curvas, fazer da sua cabeça um acampamento. Aonde quer que ela fosse eu estaria por perto: dentro das suas roupas, dos seus pesadelos, dos seus caminhos, aprisionado eternamente no vão de seus pensamentos.

    Não está escuro ainda, mas está quase lá. Quando a noite chegar, o papel ainda estará completamente branco.

    Levantei-me depois de ficar estático durante uma hora. Acendi um abajur e voltei a encarar a folha. Fechei meus olhos e tentei imaginar de novo cada detalhe daquela cena. Os passos acelerados. Os baques pelo corredor estreito. Meu susto ao ver os cabelos esvoaçados. O tempo que demorei para decidir se corria ou não. Os pensamentos estranhos que me ocorreram quando corria na direção do corpo dela. Lembro que pensei em dançar esperando que tudo se tornasse um musical, cheguei a rir enquanto vencia o corredor. Por fim, o curto instante que encarei as feições dela.

    Quando abri os olhos já escrevia. As linhas saiam curvas, vulgares, mas caminhavam para algum destino. O texto soava bruto, quase rude, mas ao menos era real, vívido. Prosa simples e clara, como um sentimento arrancado do peito.

    Bela~
    Uma torrada, um suspiro, uma bolha

    Admito que sempre fui alguém cheio de medos. Alguns, confesso, são bastante fúteis, como o temor por lagartixas, por ratos e passeios em dias nublados. No entanto, incrustado como ferrugem em metal velho, há o pavor dos pavores aqui no peito. Tão íntimo que chega a ser de conhecimento exclusivamente meu.

    Certo dia, acordei estranho, como se tímida fagulha interna crepitasse em algum recanto que nem eu sei direito. Cambaleante, escorreguei da cama e fui preparar umas torradas com geleia. Minutos depois, encontrava-me sentado em frente à mesinha dobrável enquanto bebericava um café aguado e dava mordidas generosas nos pães quentinhos. Escutava apenas os sons monótonos da mastigação e do tique-taque do relógio próximo. Digo que nunca me importei com a solidão, considero-a boa amiga em horas pensantes.

    Dei alguns passos - pouquíssimos, a julgar pelo tamanho de meu apartamento - até a sala, onde ficam minha televisão, meu sofá e minha escrivaninha gasta. Acomodei-me na boa e velha poltrona de couro preto, tomei caneta e papel e esperei. Por quê? Desconheço, meus rituais para invocar a Inspiração costumam ser muito inconscientes e instintivos. Vieram-me relances borrados de minha rotina, tive a ideia da crônica. Que tal? Umas pinceladas de humor sobre uma tela de denúncia não pareciam más. Suspirei, ultimamente não estava para piadas.

    Quem sabe, então, não me saía um conto fantasioso? Gostei disso até o terceiro minuto em que hesitava e refletia. Depois, não consegui escapar da odiável teia de um cavaleiro intrépido que vai em socorro da princesinha - coitada - em apuros. Descartei a possibilidade e pus-me a esmiuçar pensamentos novamente.

    Por que não uma despedida amorosa? Ele, percebendo que não a ama mais, confessa tudo e argumenta que não quer fazê-la viver de uma ilusão. Exaltam-se, discutem, dão-se as costas. Meu Deus, como isso é piegas! Desde que Cecília se foi para os braços de outro, tenho preferido escritos menos melosos, sentimentalismo começou a dar-me ânsias.

    Novo suspiro, desta vez mais profundo e nervoso. Percebi meus dedos gelados tamborilando o tampo cheio de arranhões. Vê? Aí está meu maior pesadelo: tem nuances de ausência, flutua como bolha frágil e explode, espalhando pelo ar saturado múltiplas cópias daquilo que foi. Um nada. É vazio, é apenas... em branco.

    Amassei a folha intacta com raiva e fui contemplar a rua que, àquela hora, já fervilhava em carros e sons. Afinal, sou um covarde mesmo.

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  2. #2
    Eu não floodo. Você sim Avatar de Dard Drak
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    Voto em "Uma torrada, um suspiro, uma bolha" por mera afinidade que tive com o texto; foi o que mais me aproximou daquilo que sinto quando nada vem à mente na hora de escrever. O toque demasiado romântico de "Escrita Bruta" não me pegou.

    Escrita Bruta [0] X [1] Uma torrada, um suspiro, uma bolha


    EDIT...
    Havia errado o placar.

    Dard*
    Última edição por Dard Drak; 11-08-2011 às 19:43.

  3. #3
    Avatar de Arwen Luna
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    Bem, achei muito difícil decidir o meu voto, uma vez que gostei quase que igualmente de ambos os textos. Mas vamos por partes:

    Eu gostei de Escrita Bruta por ser mais inusitado, sair um pouco da premissa quase que "obrigatória" que o tema "Folha em Branco" evoca. A história da "paixão à primeira vista" serve como pano de fundo para a inquietação do eu-lírico diante do papel, o que foi uma ótima sacada, embora, esse "romance" não tenha me convencido muito. Fora isso vi um pouco de incoerência em chamar certo momento a moça por quem ele se apaixonou de "menina" e todas as outras vezes de "mulher", e por o em descrever com exatidão o barulho dos cata-ventos e depois dizer que mal ouvia nada. Não são exatamente erros, mas achei que ficou um pouco estranho. Além disso, acredito que a palavra "ínfimas" foi usada de forma errada, pelo contexto, mas pode também ser a intenção do autor. De qualquer forma é um texto muito pretensioso e que me agradou muitíssimo.

    Já o atrativo do Uma torrada, um suspiro, uma bolha é justamente ser tão despretensioso e não fazer esforços em fugir da temática imposta, abraçando-a com coragem e qualidade, o que me agradou bastante. Além disso, identifiquei-me muito com a forma como é descrito o "bloqueio literário", o que tornou a obra absurdamente verossímil - o que no caso é um ponto bastante positivo. Em algumas partes achei que algumas palavras extremamente formais não se encaixavam no perfil do texto, o que me incomodou um pouco e atrapalhou a "fluidez".

    Chega a ser irônico, mas o que me chamou atenção nos dois textos foram características extremamente contrastantes. Então meu critério de "desempate" vai ser votar no que eu julgo que cumpriu melhor o seu papel dentro daquilo que se propôs, além de ser o que tive mais afinidade. Sendo assim, o placar fica:

    Escrita Bruta [0] X [2] Uma torrada, um suspiro, uma bolha

    E, novamente, parabéns aos dois autores.
    Última edição por Arwen Luna; 12-08-2011 às 00:59.
    "Of course it is happening inside your head, Harry, but why on earth should that mean that it is not real?"

  4. #4
    Avatar de Bela~
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    Agradeço pelos comentários de ambos :]

    Pois é, Luna, às vezes eu devo exagerar nas palavras, embora esteja lutando contra isso. O problema é que vou me empolgando e já viu. Poderia citar alguns trechos em que achou o vocabulário inapropriado? Obrigada :3

    E não parem de votar, pessoas!

  5. #5
    Avatar de Ldm
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    Vou parar de escrever as críticas no formato que costumava utilizar. É demasiado irritante ter de amarrar todos os parágrafos e ideias, além de gastar muito tempo.

    Escrita bruta:

    Teve bons momentos, mas não me fisgou. Não se encaixou em mim; geralmente, cenas marcantes do cotidiano me aguçam a criatividade, e não a inibe. De qualquer forma, esse texto foi apático, não me despertou nada em especial. Ficou faltando algo que me fizesse dizer "nossa, odiei" ou "putz, excelente".


    Uma torrada, um suspiro, uma bolha:

    Texto límpido, muito bem amarrado e consistente. Soube aproveitar o tema, ditou um ritmo e seguiu até o fim, apresentando um texto cadenciado, que flui bem, sem pontas soltas. Título criativo e excelentes passagens que simplesmente pulam do texto.


    Escrita Bruta [0] X [3] Uma torrada, um suspiro, uma bolha

    Abraços.




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    "Este tem sido o problema dos místicos. Alcançam o Definitivo, mas não podem relatar aos que lhes vêm após. Não podem relatá-lo a outros, que gostariam de ter essa compreensão intelectual. Tornaram-se um com o Definitivo. Todo o seu ser o relata, mas a comunicação intelectual é impossível. Poderão dá-lo a ti, se estiveres pronto para recebê-lo, poderão permitir que o alcances, se também o permitires, se fores receptivo e aberto. Mas as palavras não farão isso, os símbolos não ajudarão, teorias e doutrinas não serão de uso algum."

  6. #6
    Keep farming Avatar de Martiny
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    Citação Postado originalmente por Arwen Luna Ver Post
    e por o em descrever com exatidão o barulho dos cata-ventos e depois dizer que mal ouvia nada.
    Mas isso é simples. Os barulhos dos cata-ventos estão lá, mas ele não ouve nada, ele está longe, pensativo, pensando na silhueta da moça. Está no mundo da lua.


    O primeiro texto pra mim está impecável. Amei ele, cada detalhe dele. Muito bom. Às vezes, quando ando por Curitiba, vejo meninas maravilhosas e fico "apaixonado". Isso acontece com bastante frequência, e não é porque eu seja tarado ou indeciso, é que eu sou apaixonado pela beleza, e não há beleza maior do que o feminino.

    O segundo não me pegou. Tipo.. é interessante, o título se ligando ao texto. Boas sacadas, mas o texto numero uno me pegou mais.

    Escrita Bruta [1] X [3] Uma torrada, um suspiro, uma bolha
    Última edição por Martiny; 18-08-2011 às 17:32.

  7. #7
    Avatar de Bela~
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    E mais uma Justa chega ao fim. Vence Bela~, parabéns, parabéns.

    Juro que fiquei "e agora?! O outro texto tá fucking awesome, acho que vou me lascar". Parabéns, Drasty, foi um trabalho muito bom

    Queria mais gente participando da votação. Teremos melhores, teremos melhores.

  8. #8
    Avatar de Arwen Luna
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    Citação Postado originalmente por Bela~ Ver Post
    Pois é, Luna, às vezes eu devo exagerar nas palavras, embora esteja lutando contra isso. O problema é que vou me empolgando e já viu. Poderia citar alguns trechos em que achou o vocabulário inapropriado? Obrigada :3
    Entendo. Eu vi que você está tentando mudar um pouco isso, e acho que está conseguindo. Há algumas 'inapropriações' pequenas ao longo do texto, mas a mais chamativa foi:

    Certo dia, acordei estranho, como se tímida fagulha interna crepitasse em algum recanto que nem eu sei direito.
    Eu entendo que tinha um objetivo poético essa parte e até funciona bem como tal, mas destoa totalmente do ritmo "despretensioso" que você estava passando - ou imaginei que estivesse.

    No mais, um ótimo texto, como já falei. É só você adequar mais esses vocabulários que se sairá ainda melhor!

    Citação Postado originalmente por Martiny Ver Post
    Mas isso é simples. Os barulhos dos cata-ventos estão lá, mas ele não ouve nada, ele está longe, pensativo, pensando na silhueta da moça. Está no mundo da lua.
    Entendi. Uma visão inteligente, acho que realmente foi isso que ele quis transmitir. A existência dos cata-ventos e descrição deles independe da percepção do eu-lírico. Isso?

    Enfim, detalhes!
    Última edição por Arwen Luna; 21-08-2011 às 23:01.
    "Of course it is happening inside your head, Harry, but why on earth should that mean that it is not real?"



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