Alguns esclarecimentos...: Olá a todos! Sou Lord_Petrus, usuário do forum desde 2004 e antigo freqüentador da sessão roleplay (ex-freqüentador antigo, pelo menos até alguns dias atrás). Estava escrevendo esse RP no forum da minha guilda (Aekitas, Grimera) e me sugeriram publicá-lo aqui também... Bom, aqui no forum ainda deve existir o aposentado "Diário de Lord Petrus", que era escrito em primeira pessoa e narrava, como a Saga de Lord Petrus, histórias baseadas na vida de Freyjackiir Drakkanun, durante sua vida em Valoria. A diferença desta nova "edição" para aquela é que, dessa vez, o protagonista começa a história com seus 22 anos (contra os 32 da Saga), e várias coisas foram reformuladas (foco narrativo na 3ª pessoa, etc). Espero que você gostem ^^
Prólogo I – A cidadela de cristal
“Freyr olhava para os lados freneticamente, como se encurralado por feras terríveis.
_ Lydatara, leve nosso filho para a casa de seus pais e não retornem até que eu vá pessoalmente busca-los lá!
_ NÃO FREYR, VOU FICAR PARA AJUDAR A GUARDA DE TAN’MER...
_ LYDATARA, SÓ EU POSSO FAZÊ-LOS PARAR! SE FOR PELAS PESSOAS QUE AMO, NÃO TEMEREI O BEIJO MACABRO DA MORTE, AGORA VÁ!
_ Freyr...
_ Eu os buscarei lá, não se preocupe... juro que nunca os abandonarei.
_ Estaremos te esperando lá – Lydatara segurava as lágrimas... lágrimas de quem sente os ventos cortantes de um destino inevitável...
Era uma fria noite de inverno. Os céus se rompiam em chamas, enquanto a cidade milenar sucumbia perante a fúria avassaladora daqueles que, um dia, prometeram jamais macular novamente, com o sangue de inocentes, o solo daquela terra sagrada. E, em meio ao caos, Lydatara corria em direção ao cais, com seu filho entre os braços, num último esforço para salvar aquele amado filho que nascera em um berço selado pela tragédia: a traição do povo de seu pai. E este, no intuito de salvar aquilo que possuía de mais valioso, ficara pra trás, numa tentativa fútil de retornar à mente de seus homens a razão. Essa foi a última batalha de Freyr, O Nobre... e de Tan'Meriel, a Cidadela de Cristal."
Capítulo I – O filho da noite
A Lua brilhava de forma peculiar naquela noite... no mar, se ouvia o saudoso som de uma embarcação cortando as ondas. E, à frente, a luz do farol de Thais disputava em resplendor com a luz lunar...
_ Enfim, depois de uma semana navegando, finalmente voltei pro continente...
Freyjackiir suspirava e pensava alto, enquanto fazia força para que as turvas memórias de sua infância viessem à tona. Passaram-se 12 anos desde que ele partira para treinar em Sedna, e, nesse tempo, muita coisa mudara, tanto nele quanto no resto do mundo. Isso não parecia fazer diferença, afinal, ele nunca havia estado em Thais antes...
_ ENCOSTE O BARCO NO CAIS E SE IDENTIFIQUE, FORASTEIRO!
Alguns soldados montavam guarda no porto. Desde que os piratas resolveram invadir Thais, 4 anos atrás, o rei Tibianus reforçara as medidas de segurança, para evitar surpresas desagradáveis.
_ Ashari! – Freyjackiir saudava os guardas, em sua língua natal, sem se lembrar que humanos raramente conhecem a língua élfica...
_ Ashaoquê? Deve ser um elfo! Tire já esse capuz e nos mostre seu rosto, e faça o favor de se comunicar em língua humana!
_ Perdão, cavalheiros. Sou Freyjackiir, e venho da ilha de Sedna.
Freyjackiir puxara o capuz para trás e, num movimento quase automático, balançou a cabeça de um lado para o outro, libertando o longo cabelo negro. Para seu infortúnio, a ignorância em relação à existência de elfos noturnos pairava sobre as cabeças dos guardas que, ao verem sua pele escura, orelhas pontudas e longas e seus olhos dourados, pensaram se tratar de um drow¹ e, rapidamente, apontaram suas armas para Frey.
_ F-F-FIQUE PA-PARADO AÍ MESMO, DROW! EM NOME DE TIBIANUS III, VOCÊ ESTÁ PRESO!
_ Drow? Creio que vocês se engan...
_ EU DISSE PRA CALAR A BOCA!
O comandante da tropa, Vincent, partiu com sua lança para cima de Frey numa investida frenética. Os outros soldados o acompanharam na manobra de ataque.
_ Vejo que vocês não vão querer conversar, então...
<Freyjackiir lança suas mãos rapidamente ao chão>
_ EXEVO RES TERA VITA!
Quando Vincent estava prestes a fincar sua lança em Freyjackiir, a madeira do porto ao seu redor tomou vida, em forma de gavinhas e galhos de plantas, e o aprisionam numa jaula viva.
_ MAS QUE DIABOS??? – grita Vincent, desesperado. ALGUÉM ME TIRE DAQUI!!!
Mas era tarde... os soldados, temendo a magia desconhecida, correram covardemente para a cidade.
_ DROW MISERÁVEL, QUANDO EU SAIR DAQUI EU...
_ Eu já vou te libertar, só queria saber onde fica a guilda dos paladinos... por favor, coop...
_ DROW SARNENTO, NÃO ESPERE QUE EU...
_ EX VITA!
As gavinhas amordaçaram Vincent, prendendo sua boca como uma focinheira.
_ AGORA ESCUTE AQUI, SE NÃO QUISER QUE EU LHE CORTE AS TRIPAS, VAI PARAR DE ME CHAMAR DE DROW IMEDIATAMENTE! SÍMEO ENERGÚMENO, NÃO SABE DISTINGUIR UM ELFO NOTURNO DE UM DROW? AGORA, ONDE FICA A GUILDA DOS PALADINOS??
_ HMMM!! HMMM!!
_ Ana Vita. – disse Freyjackiir, libertando a boca do comandante.
_ F-fica logo ao sul do correio...
_ Perfeito! Muitíssimo obrigado! EXANA RES!
As gavinhas libertaram Vincent, que, por alguns momentos, olhou fixamente nos olhos de Frey, e disse:
_ Essa não será a última vez que nos veremos, elfo!
E correu para o coração da cidade, como fizeram seus companheiros.
_ Bem, eu já sabia que a recepção seria “calorosa”... espero que a tal da Elane seja educada, pelo menos... – disse Freyjackiir, enquanto seguia, silenciosamente, em direção à selva de pedra.
¹Elfos Noturnos: Raça de elfos proveniente da cidade de Tan'Meriel e cidades vizinhas, famosos por sua habilidade de enxergar tão bem de dia quanto de noite, por sua grande agilidade e por, ás vezes, apresentarem habilidades incomuns diversas;
²Drow: Raça de elfos de pele negra como o ébano, que vivem no subterrâneo e são pouquíssimo tolerantes a outras raças (principalmente com humanos e outras raças de elfos)
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