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Tópico: Em Nome de Luin

  1. #1
    Avatar de Lorofous
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    Padrão Em Nome de Luin

    Hello folks,

    Bom, essa estória é um remake de "A Linhagem dos Luin".
    Eu ia continuar no outro tópico, mas muita gente que não tinha lido desde o início não ia ter saco de ler os 8 Capítulos anteriores.

    Então esse é um reboot. Estou acertando algumas coisas e tals... Não vou postar o link do antigo, pois não quero comparações entre uma e outra. Quem quizer, procure. e_e

    Quem ficar confuso quanto a disposição das cidades, eu fiz um mapa. Clique aqui!!!

    "Como sabemos, Deus e o Diabo criaram juntos nosso mundo.
    Os dois decidiram que iam governar juntos equilibrando o bem e o mal.
    Mas um dia, Deus ficará velho e o Diabo vai assumir de vez."
    Os Anais de Nionda

    Livro 1

    Capítulo I - Mais um dia em Tir'Rafer

    Andar pelas ruas movimentadas de Tir’Rafer era uma coisa bem complicada. Primeiro que aquela pequena cidade portuária era também uma feira. Ouvia-se mercadores gritando ofertas absurdas como:

    - Bananas! Quem quer bananas? Compre dois cachos e ganhe apenas um!

    Eram pessoas sem nenhuma cultura, os mercadores de rua. Alguns altos mercadores não vendiam comida nem especiarias, e sim, armaduras para guerreiros que ancoravam nos portos Norte e Sul.

    Um garoto maltrapilho saía de um desses navios. Veio de Vânia dentro de uma caixa onde ficava os mantimentos do navio. O cheiro vindo do porão do navio era forte. Ninguém podia vê-lo ou sua mão seria cortada como ladrão.
    Pegou um dos últimos queijos que tinha dentro da caixa em que viajou e colocou no seu bolso furado. Sua roupa era rasgada, feita com a mais alta seda vermelha. Sua bermuda era verde musgo e cheirava a queijo. Na verdade ele fedia a queijo.

    Andou levemente pelo porão e subiu a escada que levava ao convés. As escadas rangiam, então subiu rápido.

    Ao chegar no convés cheirou o ar. O cheiro de maresia era ótimo para o garoto que ficou uma semana só cheirando queijo. Olhou para o céu azul e com nuvens brancas como sempre era em Tir’Rafer.

    Descendo de uma escada atrás dele, veio um homem de cabeleira preta, roupa preta e calça azul escuro. Provavelmente estava nas cabines de passageiros. Carregava uma espada embaiada e um escudo nas costas. Em sua mão, carregava um saco que tilintava. Com certeza havia as armaduras dele ali.

    O garoto andou normalmente atrás do guerreiro fingindo realmente estar naquela embarcação. Então ele sentiu um mão pesada em seu ombro. Olhou para a mão cabeluda em seu ombro e a mordeu sem mesmo olhar quem era. Alguém gritou de dor dizendo:

    - Muleque, ladrão!

    O guerreiro olhou para trás e viu o capitão do navio segurando a mão ensangüentada.

    - Volta aqui, seu capeta! – gritou o capitão

    O homem largou o saco no chão e correu atrás do garoto que ia para a borda do convés. O menino se agarrou a borda e olhou para o mar verde e cheio de peixes mortos. Olhou para trás e viu o guerreiro e o capitão correndo para ele.
    Nem adiantava pensar. Saltou pela borda do navio com as pernas juntas e prendeu a respiração. Ele afundou na água gelada por mais ou menos cinco segundos, e então começou a agitar as pernas e submergir. Olhou em volta e sentiu que havia uma alga em seu cabelo negro sujo.

    Nojento...

    Agarrou a planta e jogou na água.

    Agora que estava ali o garoto não sabia o que fazer. Estava boiando no mar de uma cidade que ele só havia vindo uma vez. Quando fugiu da capital de Nionda, Vânia, parecia uma boa idéia, mas agora ele estava perdido.

    ***

    - Ora, ora... interessante esta aqui, hein? – disse Altar

    - É né... peguei-a na rua hoje. Estava mendigando. – disse o que apelidavam de “Nojentinho”. O homem sujo falava com uma voz de retardado – Não acreditei quando vi esse corpo.

    - Quantos anos?

    - Dezesseis.

    - Nossa... – disse Altar enquanto examinava a garota.

    - E então? – perguntou Nojentinho

    - Acho que vou levar...

    Nojentinho agarrou a garota pela mão e levou até uma mesa. Acorrentou-a, que permanecia calada, e foi até a lareira.

    - Com mil demônios, o que pretende fazer? – perguntou Altar

    - Oras... Marcá-la com o símbolo da casa.

    - Não, seu estúpido! Quero sem marcas. – disse Altar dando um tapa no ferro aquecido que Nojentinho tinha nas mãos

    - Mas... Como vou saber que vai devolver? – perguntou Nojentinho

    - Não vou, estúpido! – disse acariciando as costas nua da garota

    - Como assim?

    - Vou ficar com ela. Quanto quer para me vender ela permanentemente? – descendo a mão pelas costas

    - Ahn... de... Quarenta... Quarenta moedas... – disse Nojentinho começando a ficar incomodado com o que Altar estava fazendo. A garota apertou os lábios até ficarem brancos.

    - Muito bem. – Altar tirou a mão da garota, que soltou um suspiro de alivio, e retirou um saco de moedas de seu bolso. Nojentinho pegou e passou os dedos no nariz escorrendo.

    - Posso saber seus planos para ela?

    - Primeiro vou testá-la – disse com um olhar sádico – Depois disso veremos se nosso “principezinho” aceita ela.

    - Principezinho?

    - Adeus... Nojentinho! Fique com o Deus... ou não.

    Dito isso sacou uma faca e cravou na testa dele tão rápido que ele só disse:

    - Dhãr?

    ***

    - Aquele capeta... – gritava o capitão do navio

    - Deixe. – disse o homem

    - ... e os prejuízos? Ele comeu o queijo todo...

    - Deixe. – repetiu

    - DEIXAR? – gritou o capitão – Ele viajou de Vânia até aqui alimentado-se de meu queijo e você quer que eu deixe?

    - Sim, deixe. Eu pago. – disse estendendo uma bolsa com moedas

    Sem esperar resposta do capitão, pulou do navio e perguntou a alguém:

    - Por favor... onde fica a base da Ordem?

    - Da Ordem? A Ordem está com uma base aqui em Tir’Rafer?

    Lembrou-se que a única base não-secreta da Ordem era em Vânia.
    Então Araell começou a procurar.
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    Última edição por Lorofous; 01-06-2010 às 16:55.


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  2. #2
    Avatar de Ashirogi Muto
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    A história ainda está no início, e não há muito o que falar, mas está bem escrita. Achei apenas uma história comum, não vi nada especial, que faça o leitor se interessar e voltar pra conferir. Creio que a história se desenvolverá bem e ficará interessante, mas seria bom que fosse desde o início.

    Veio de Vânia dentro de uma caixa onde ficava os mantimentos do navio.
    Acho que o certo seria ficavam.

    Também achei que a fuga do garoto poderia ter sido um pouco melhor descrita, mas nada que tenha tornado o texto ruim.

    Estarei acompanhando.

  3. #3
    Avatar de Emanoel
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    O capítulo me pegou com um quê humorístico ― ainda não decidi se é proposital ou não ― tão distinto que acabei deixando de esperar algum tipo de impacto na história, apenas tentei apreciar o desenrolar. E realmente não teve impacto nenhum, principalmente porque as duas últimas partes ficaram ralas, muitos diálogos no estilo de O Samurai e fracos indícios do que acontecerá.

    É legal manter um clima simplesmente agradável, pois quando o texto não se leva tão a sério, o leitor relaxa e se diverte. No entanto, o recurso é mal utilizado quando vários fatores contribuem para o desinteresse pelo enredo; nesse caso, o leitor pode relaxar ao ponto de esquecer do tópico.

    As descrições básicas representam um forte ponto negativo: cabelo e cores das roupas, ações simples, nada que seja o suficiente para criar uma imagem dos personagens ou situações na mente. Ele tem cabelo preto, roupa preta e calça azul? Legal, muito interessante... mas o cara não é um outfit de Tibia! Entende? Por sinal, a frase ficou estranha, roupa é qualquer peça do vestuário.

    Sim, dá para conciliar o divertido com o concreto. Mesmo para uma história que aparenta ser propositalmente descompromissada, acho que está apenas simples demais, direta demais.

  4. #4
    Avatar de Bela~
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    Olá, Lorofous. É, ando meio sumida, mas me senti convidada a entrar na conta e comentar :3 Vamos lá:

    [...] de Tir’Rafer era uma coisa bem complicada. [...]
    Não use "coisa" nos trechos narrativos. Prefira "algo" ou derivados, fica mais bonito. Há coisas que não gosto de ficar coisando em textos!

    [...] Andou levemente pelo porão e subiu a escada que levava ao convés. As escadas rangiam
    Pegou um dos últimos queijos que tinha dentro da caixa em que viajou e colocou no seu bolso furado. Sua roupa era rasgada, feita com a mais alta seda vermelha. Sua bermuda era verde musgo e cheirava a queijo. Na verdade ele fedia a queijo. [...] O cheiro de maresia era ótimo para o garoto que ficou uma semana só cheirando queijo.
    Wow! Acho que esta parte poderia ter sido melhor revisada. Veja quantas repetições você cometeu. :wscared:

    [...] O menino se agarrou a borda [...]
    Faltou uma crase aqui: "à"

    Por fim, assim como o Emanoel, acho que a descrição do homem cabeludo e das roupas do moleque não ficaram muito boas. Sabe, algo meio artificial, forçado. Gosto de descrições que apareçam no texto aos poucos, não de uma só vez, entende?

    Bem, fora isso, gostei muito do seu capítulo. Agradável e fácil de ler. Não acompanhei à história anterior, mas, quem sabe, não vejo o progresso dessa?

    Boa sorte, Lorofous :thumb:

    Bela~

  5. #5
    Avatar de Lorofous
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    Citação Postado originalmente por Emanoel Ver Post
    O capítulo me pegou com um quê humorístico ― ainda não decidi se é proposital ou não ― tão distinto que acabei deixando de esperar algum tipo de impacto na história, apenas tentei apreciar o desenrolar. E realmente não teve impacto nenhum, principalmente porque as duas últimas partes ficaram ralas, muitos diálogos no estilo de O Samurai e fracos indícios do que acontecerá.
    Sei lá... não fiz nada para ficar humorístico =/
    As descrições básicas representam um forte ponto negativo: cabelo e cores das roupas, ações simples, nada que seja o suficiente para criar uma imagem dos personagens ou situações na mente. Ele tem cabelo preto, roupa preta e calça azul? Legal, muito interessante... mas o cara não é um outfit de Tibia! Entende? Por sinal, a frase ficou estranha, roupa é qualquer peça do vestuário.
    Poisé... não gostei da descrição também.
    Se pudesse me ajudar a dizer que tipo de roupa usavam antigamente... tipo, seria certo dizer "camisa preta" ou o nome da roupa que usam antigamente não era chamada "camisa"?

    Valeu por comentar! 8D
    Citação Postado originalmente por Bela~ Ver Post
    Bem, fora isso, gostei muito do seu capítulo. Agradável e fácil de ler. Não acompanhei à história anterior, mas, quem sabe, não vejo o progresso dessa?

    Boa sorte, Lorofous :thumb:

    Bela~
    Você não acompanhou, mas a ilustrou, lembra? HAUHUAHUAUHAUHAHU
    Valeu Bela :3

    Capítulo II posto nessa Quarta, galere! 8D

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    Última edição por Lorofous; 18-04-2010 às 10:41.


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  6. #6
    Avatar de Meltoh
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    Desculpe não ter postado ontém, estava ocupado durante a tarde. Mas vamos ao comentário.

    Lembro vagamente da versão original da sua história, o início começava mesmo um pouco parado, mas pelo que lembre, depois fica mais agitado. Nessa parte inicial não há muito o que comentar sobre o enredo, apenas que está bem no início. O enredo ainda não empolga, mas grande parte dos "começos" é assim, não se preocupe.

    Sobre a escrita tente maneirar um pouco nas repetições. Vi muitas palavras repetidas, uma perto da outra, creio que a Bela já tenha as registrado.

    Como lembro pouco da versão original, ainda estou em dúvida o que acontecerá no próximo capítulo. Mas... vamos esperar! Aguardando próximo capítulo.
    Leia minha roleplay :Terras Distantes

  7. #7
    Avatar de Lorofous
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    Bom, aí está o segundo capítulo.
    Por favor, vejam erros de português e me digam em que posso melhorar, ok?

    Algumas informações vocês podem considerar idiotas, mas tudo faz parte da história.

    Livro 1

    Capítulo II - A Base Secreta da Ordem

    O pequeno Artorios correu pelo chão quente das ruas de Tir’Rafer. Sua sorte era que estava com os pés molhados e frios ou eles estariam fritando. Ele cheirava a peixe e queijo e as pessoas reclamavam disso quando ele esbarrava nelas.

    E agora? – pensou Artorios – Estou perdido.

    Não ia voltar a Vânia de jeito algum. Seu pai o mataria por ter fugido. Lembrou-se da sua cama quente, o chocolate, a música...

    NÃO! Não posso voltar!

    Então, cansado de tanto correr, bateu com as costas em uma parede de tijolos e se deixou escorregar até sentar. Era fresco ali e a marquise produzia uma sombra sobre ele. Examinou ao redor e constatou que era tudo igual.

    Várias casas de tijolos vermelhos com teto ou de palha, ou de argila. Pôde ver, solta na paisagem, uma casa de mármore branca bem cuidada. Um portal aberto em forma de arco exibia uma placa pendurada escrito:

    Bem Protegido

    E o símbolo gravado abaixo:


    Dentro da loja Artorios viu várias armaduras reluzentes, então percebeu que era uma loja de armaduras.

    Viu uma fonte a pouca distância exibindo um homem que cuspia e segurava uma bolsa. Uma placa de metal tinha gravado:

    Fonte dos Mercadores
    Homenagem dos Luin aos
    mercadores de Tir’Rafer.
    Salve, salve Luin!!!

    Droga! – pensou – Até aqui veneram a minha família...

    Luin era seu sobrenome. E também todo um legado.

    Antes de Luin havia tido uma época de trevas. Os servos de Lúcifer estavam espalhados por cada canto do mundo de Nionda. Pessoas eram obrigadas a trabalhar sem motivo, simplesmente para a diversão de Lúcifer.

    Então chegou o grande cavaleiro: Brandor Luin com sua espada sagrada de cristal. Ele exilou Lúcifer em um local que os religiosos de Nionda chamam de “Inferno”, e assim, restaurou a paz em Nionda em nome de “Deus”.
    E assim a família Luin é venerada a cada geração com o título de “Salvadores”. E Artorios... Artorios era um “Salvador”, defensor de Nionda em nome de Deus. Ele era o próximo rei de Nionda.

    ***

    Araell chegou até a Fonte dos Mercadores. Olhou a sua volta e só viu as construções costumeiras de Tir’Rafer e o garoto do barco dividindo um pedaço de queijo com um mendigo raquítico. O instinto de Guarda da Ordem, dizia para ir lá e cortar sua mão, mas viu que ele era bom, por isso o deixou em paz.
    Logo em frente ao garoto, tinha uma casa diferente das outras. Viu uma placa:

    Bem Protegido

    De inicio achou que era uma simples loja de armaduras, mas depois se concentrou no símbolo.

    A Ordem é terrível... – pensou rindo

    Os quatro diamantes era o símbolo secreto da Ordem, usado na época em que Brandor Luin fundou secretamente uma sociedade de rebeldes para lutar contra as trevas. Descobertos por um traidor, a sociedade foi quase dizimada, mas não deixou de existir. Brandor arrumou um jeito da sociedade ainda existir criando esse símbolo secreto. Todos os membros gravavam esse símbolo em algum lugar: detalhes de lareiras, enfeites, maçanetas, portas... nada chamativo, somente para dizer “Sou da oposição”.

    Quando Brandor ficou conhecido e aclamado com Salvador, esse símbolo acabou deixando de ser visto, pois não era necessário mais ser tudo às escondidas. E a sociedade dos rebeldes virou a Ordem: o exército de Nionda a serviço dos Luins e de Deus.

    Entrou na loja de armaduras observando o ambiente. Era uma das poucas lojas de comerciantes ricos de Tir’Rafer.
    Tudo era bem limpo e lustrado assim como as armaduras bem feitas que brilhavam. Chegou perto do balcão e tocou um sino. Enquanto esperava, olhou pelo portal que tinha do outro lado. Uma porta continha novamente o símbolo da Ordem, e rapidamente ela se abriu.

    - Em que posso ajudá-lo? – perguntou um homem baixinho e barbado. Se Araell nunca tivesse visto um anão na vida, juraria que ele era um.

    Araell apontou para o símbolo na porta e simplesmente disse:

    - A Ordem.

    O homem pareceu espantado.

    - Qual seria seu nome?

    - Araell.

    - Ah, o capitão Phausus?

    - Sim. Capitão Araell Phausus.

    - Com licença – disse o homem e entrou rapidamente pela porta. Araell ouviu uma escada ranger e depois ficou silencioso dentro da loja. A escada rangeu novamente e o homenzinho pôs a cabeça pela porta e disse:

    - Estão te esperando.

    Araell pulou o balcão e caminhou até a porta.

    - Me acompanhe por favor – disse o homem e desceu uma escada de madeira em espiral. Estava escuro e úmido quando chegaram ao fundo. Araell esticou a mão para abrir a porta de pedra estava a frente deles.

    - Não! – exclamou o homenzinho – Isso é uma armadilha... é por aqui.

    Ele se agachou e retirou uma pedra solta do chão e Araell viu uma maçaneta. Ele girou e o chão se abriu em um alçapão imperceptível. Incrível.

    Desceram mais uma pequena escada e Araell viu uma sala mal iluminada. Uma mesa bem detalhada se encontrava no centro do cômodo e um homem com a face marcada por cicatrizes comia uma coxa de peru vorazmente. Ele era feio.

    - Sente-se Araell – disse a voz rouca e grave do homem, que apontava para uma cadeira a sua frente.

    Araell se sentou, tímido como era, na cadeira almofadada.

    - Bom Araell. – disse se levantando e jogando o osso no lixo – Meu nome é Tenente Brontos. Sou encarregado desse posto em Tir’Rafer.

    - Prazer senhor – disse Araell estendendo a mão e Brontos a apertou

    - Eu que tenho o prazer de conhecer quem o grande General Kamino, que expulsou os Trolls de nossas terras, apadrinhou?

    - Tenho orgulho senhor, mas depois que ele morreu...

    - Eu tenho ciência que você foi feito de prisioneiro dos anões pôr três meses.

    - Claro – disse Araell dando um riso – Meu padrinho ao expulsar os Trolls, fez com que metade deles fossem para Dwacatra.

    O general pareceu se divertir e deu um gargalhou como um trovão.

    - Como eles foram? Hospitaleiros?

    - Me botaram numa cela com um anão com fome.

    - E?

    - Ficou mordendo minha perna. Tenho marcas, quer ver?

    Novamente o general riu.

    - Deus, não...! – rugiu limpando as lágrimas dos olhos – Como você saiu de lá?

    - O rei de lá me botou para lutar com um dos trolls. Eu venci, eles me veneraram e para eles eu sou “Araell, o matador de Trolls”...

    Ficaram jogando conversa fora por um tempo. O general mandou o homenzinho servir um copo de cerveja para cada um e então Araell disse:

    - General, por que me chamou?

    - Eu ia falar disso agora... – disse tornando seu tom de voz mais sério – Está a par da situação do príncipe Artorios?

    - Além de ser um privilegiado? Não.

    - Ele fugiu de Vânia à uma semana.

    - Mas eu acabei de vir de lá... há... duas semanas...

    - Exatamente. Os guardas dizem ter visto uma corda vinda da janela do quarto da cozinha descendo até o chão.

    - Se fosse do quarto dele, imagine o tamanho da corda... – disse lembrando o tamanho da torre do castelo na capital Vânia.

    - É... – disse Brontos sorrindo - ... mas de qualquer forma: o nosso rei; longa vida ao Salvador; ordenou que o achássemos.

    - Tem noção dele onde ele possa estar?

    - Sim. Aqui em Tir’Rafer. O professor do príncipe disse que o garoto era fascinado por essa cidade, onde se deu origem ao nascimento de Brandor Luin, e que ele queria um dia morar na cidade.

    - Nossa... trocar aquela vida por essa é difícil de acreditar...

    - Não é. O garoto está na fase de escolher a mulher.

    - Mas ele tem apenas 15 anos! – espantou-se Araell

    - Ele tem que se casar o mais cedo possível... e diga-se de passagem: as garotas que são escolhidas são... você sabe...

    - Incrivelmente lindas? - podiam existir mulheres horrendas no reino, mas as que não eram salvavam a paisagem. E Araell sabia bem disso... - Então o senhor quer que eu o procure e leve de volta a Vânia?

    - Exato. Já viu o garoto?

    - Nunca senhor... só a sombra dele no alto da torre no Dia da Veneração.

    - Aqui tem uma pintura enviada pelo palácio.

    Disse isso e tirou um pano de cima de um quadro e segurou para Araell ver.

    A pintura mostrava um garoto jovem, com ombros finos e cabelo negro. Seus olhos fitavam o pintor com superioridade que chegava a intimidar. Sua pele era pálida. O garoto se apoiava em um escudo com o brasão da família Luin: Um grifo segurando dois chifres curvos.
    Eu não acredito! – pensou – O garoto do barco!

    - Vou buscá-lo, senhor.

    - Vá com Deus, Araell. Ao encontrá-lo, leve-o direto para Vânia.

    - Sim, senhor.

    Então Araell foi acompanhado pelo homenzinho até a entrada da loja. Ele saiu e procurou onde vira o garoto quando entrou. Já tinha ido embora.

    Maldita cidade! – pensou e começou a busca
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    Última edição por Lorofous; 11-05-2010 às 14:03.


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  8. #8
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    Salve, Lorofous! Aqui vão minhas observações sobre o capítulo:

    Sua sorte era que estava com os pés molhados e frios ou seu estaria fritando
    mão do garoto, mas viu que o garoto era bom, por isso o deixou em paz.
    Logo em frente ao garoto
    Era uma das poucas casas comercias de comerciantes ricos de Tir’Rafer.
    Tudo era bem limpo e lustrado. As armaduras bem feitas brilhavam de limpas. Chegou perto do balcão e tocou um sino. Enquanto esperava, olhou pelo portal que tinha do outro lado do balcão

    Malditas repetições :l Faça de tudo, mas encontre sinônimos, ok?


    Então, cansado de tanto correr, bateu com as costas em uma parede de tijolos e se deixou escorregar
    Eu consegui imaginar a cena, mas o "bateu" fez parecer com que ele tivesse encostado na parede sem querer, o que, acho, não é o caso.

    Dentro da loja e Artorios viu várias armaduras
    Acho que este foi um pequeno erro de digitação :o

    Viu uma fonte a pouca distância exibindo um homem cuspindo água segurando uma bolsa.
    Muitos gerúndios. No lugar poderia ficar assim: Viu uma fonte a pouca distância exibindo um homem que cuspia e segurava uma bolsa.

    Mas eu acabei de vir de lá... à... duas semanas...
    duas semanas

    A pintura mostrava um garoto de 15 anos
    Achei esta parte meio mecânica. Ora, se já foi mencionado que ele tinha 15 anos, pra que repetir? E seria difícil precisar a idade do garoto só por sua imagem. Poderia ter 14, ou mesmo 16.

    Bem, sobre o enredo, creio que esteja no caminho certo. Nesse capítulo não houve um progresso efetivo de fatos, acho eu. No mais está bom, continuo acompanhando. :]

    Bela~

  9. #9
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    Valeu Bela! 8D
    Concertei todos os erros que você sitou... malditas repetições²!

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  10. #10
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    Olá! Olá!

    Gostei do capítulo. Você soube descrever bem o cenário da história, e os diálogos transcorreram bem.

    A personalidade dos personagens começa a se mostrar também, apesar de que ainda estou um pouco confuso sobre o garoto. Mas creio que nos próximos capítulos ficará mais claro.

    Agora eu não gostei do "Dwarf" que você inseriu no texto. Não seria mais fácil e soaria melhor usar "Anão"? É apenas uma sugestão, mas acredito que cairia bem melhor.

    Encontrei alguns errinhos, e vou listá-los

    "...com ombros fino..."
    Acho que seriam "ombros finos"

    "...e Araell esticou mão para abrir porta de pedra estava a frente deles..."
    Faltou um "a" antes de "esticou" e também antes de "porta", faltou um "que" ou algo parecido antes de "estava".

    Não sei se porque a Bella já havia mencionado sobre isso, mas senti que as repetições diminuiram bastante, o que deixou o texto mais dinâmico e fácil de ler.

    Pois é. Aguardando seu próximo capítulo.

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