Wu Cheng deve ser um velhinho intelectual carioca que já foi muito boêmio, mas hoje em dia só fica em barzinho recitando poemas.

Rá, brinks. E o trocadilho não foi intencional. Se bem que não seria má idéia.

Agradeço às demais críticas.


Agora; um texto. Sinceramente, não sei direito o que é isso. É bem bobo, e confirma a teoria do zack746 de que nós estamos nos tornando velhos sentimentais. Prometo que o próximo texto não terá a palavra amor.




Desapaixonado



Hoje abri o caderno para escrever versos românticos, para embriagar-me nas curvas do teu corpo, no teu sorriso de menina.

Mas nenhuma palavra saía do meu coração. Não conseguia sentir nada demais, não conseguia apaixonar-me por tua platônica figura.

As boas lembranças, no final das contas, não passavam de boas e singelas lembranças mesmo. Olhava para a tua foto e via apenas o teu rosto, olhava para o meu e via apenas um desapaixonado. Olhava para o céu e não via estrelas, olhava para a Lua e ela nada me falava.

Será que o amor acabou?

Certa vez, em certa ocasião, uma sábia pessoa disse-me que o amor nunca acabava.

Ela estava certa... só esqueceu de mencionar que o amor muda, tornando-se talvez mais chato e menos explosivo (assim, aliás, como todas as coisas da vida).


Mas acabar?
Não, merda. O amor nunca acaba.