Hail, galerinha! Estou aqui para postar o capítulo 2, espero que gostem
Flw ;D
Capítulo 2 – A grande caçada
Os primeiros pingos de chuva começaram a cair sobre os telhados antigos de Carlin. Um vento gelado batia contra a vidraça embaçada do quarto de Taura. Esta se recostava ao estrado da cama, sentada sobre o chão gélido. Nevan estava ao seu lado, sussurrando declarações que só a amada poderia ouvir.
E, apesar do frio e da escuridão lá fora, o ambiente ao seu redor era terno, aconchegante. Talvez todos os outros já estivessem dormindo, pois só havia o rumorejar da tempestade se formando. Subitamente, um estrondo, seguido de uma explosão que pareceu vir da própria pousada. Com os passos acelerados, o casal levantou-se correndo para fora do quarto.
Tudo parecia estar mergulhado em chamas, e gritos eram ouvidos de todos os lados. As vigas de madeira estavam prestes a cair.
-Temos de sair daqui logo, isso tudo vai desmoronar!
Taura escutou as palavras alteradas de Nevan com aflição. Voltando para o quarto e recolhendo alguns de seus pertences, a moça seguiu o namorado, driblando fagulhas que caíam do teto e desviando de labaredas. Todos pareciam já ter escapado, ou não... Nem bem ambos saíram do edifício, este cedeu sob o próprio peso, despencando e formando uma imensa fogueira.
Porém, não demorou muito para que o temporal, agora mais forte, apagasse o fogo, transformando tudo em carvão. Taura, Nevan e mais alguns sobreviventes permaneceram lá, parados, observando a triste cena e deixando pingos fortes e grossos caírem em suas cabeças.
*****Seus pés chapinhavam sobre a grama encharcada. Ele quase que se arrastava, sob o peso de algo invisível em suas costas. Seus olhos, fatigados, percorreram a imensa planície. Faltava pouco, muito pouco...
Após passos pesados, ele caiu em frente a um grande portal de pedra, no mesmo instante em que um relâmpago rasgava o céu e um trovão ribombava.
*****Com o chão frio sob seu corpo, Taura acordou, os braços um pouco doloridos. Ao visualizar uma fileira de grandes caixas de madeira sobre um balcão de pedra, ela lembrou-se de que, após muitas horas sentada na soleira do depósito, caiu no sono, sob o teto do próprio prédio. Nevan ainda ressonava, estirado nas lajotas gélidas.
O local ganhava mais movimento a cada segundo, com pessoas indo e vindo. Muitos fitavam-nos com olhares de reprovação, principalmente os mais ricos. Apressando-se para deixar de ser o foco das atenções, Taura acordou Nevan com leves sacudidelas no ombro. Sem esperar que o namorado despertasse por completo, arrastou-o para fora, o rosto rubro de vergonha.
De repente, viu uma movimentação, exagerada no corredor de entrada da cidade. Alguns velhos magos iam para lá e para cá, enquanto guardas carregavam algo... Aproximavam-se mais e mais, tornando-se possível ver com nitidez o que os fortes homens levavam, seguidos de curiosos curandeiros: com os olhos fechados e a boca entreaberta, lá estava Iluminista, o rosto marcado por profundos arranhões.
Tal foi o acelero de seu coração que Taura juntou-se à comitiva, sem olhar para trás e lançando olhares preocupados para o irmão. Nenhum deles parecia ter notado a presença da jovem, apesar de esta segui-los de muito perto. Os dois curandeiros murmuravam entre si:
-Veja! Há uma espécie de mordida aqui no braço!
-Pode ter sido atacado por uma fera medonha... Talvez tenha perdido muito sangue, olhe todos esses ferimentos!
A tensão de Taura crescia cada vez mais, à medida que ambos iam fazendo seus comentários. Chegaram finalmente a uma pequena casa, provavelmente o lar dos dois feiticeiros. O lugar era apertado, formado por um cômodo único. Prateleiras apinhadas de livros e frascos de diversos tamanhos se amontoavam pela minúscula moradia.
Um deles falou, com urgência:
-Deitem-no na bancada, por gentileza. – e apontou para um balcão localizado no centro da sala.
Os guardas, enfim perceberam a jovem, e falaram-lhe, impacientes:
-O quê é, moça?! Não vai dizer que a cidade foi invadida enquanto estávamos fora?
Ela respondeu, apontando para o rapaz deitado na bancada:
-É meu irmão.
Enquanto esse diálogo corria, os dois curandeiros debruçavam-se sobre Iluminista, inspecionando-o. Taura se aproximou, cautelosa. O mago mais baixo tinha nas mãos um vidro, enquanto sibilava algo. Finalmente derramando um líquido vermelho vivo na boca do jovem ainda inconsciente.
De repente, ele arregalou os olhos até então fechados, agarrou-se no pescoço da irmã e disse, num tom de completa loucura:
-A grande caçada... já começou!
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