UFA!
Pensei que vc tinha desistido!
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Como prometi ontem, aqui está. Um pouco maior do que a média que costumo escrever, mas não consegui me conter enquanto escrevia
eu fiquei em partes satisfeito com esse capítulo, embora em algumas partes percebo umas falhas que tento sempre curar da minha escrita. Mas enfim, tá ae =D
Capítulo 10 – Acerto de contas
O exército de Terris junto ao ancião finalmente chegara próximo à fronteira do “Campo norte”, local onde os ladrões mantinham sua aldeia. Ao fim de uma grande planície iniciava-se um longo desfiladeiro, o qual dividia as terras chamadas seguras dos territórios de risco. Ao entrar no estreito canal, o exército pôs-se em fila indiana, andando vagarosamente, como se esperasse por uma cilada. Não só o ancião, mas muitos soldados já mantinham suas armas em punho e seus cavalos preparados.
- Vão atentos, homens – Dizia Norman. O recado ia sendo passado de cavaleiro em cavaleiro.
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- Eu fiz uma pergunta, entregador.
John, estático, não conseguia pensar num próximo movimento. A sala escura com seus tijolos soltos e quebrados não oferecia outra escapatória a não ser aquela bloqueada pelo espião. O rapaz não desistia em olhar para todos os cantos do lugar, em busca de saídas. Nem os cortes em seu corpo ele sentia, tamanha aflição.
- Será que não sairei daqui? – Pensava John. A dúvida desesperada pairava na mente do jovem, se ficasse ali parado por mais alguns segundos seria o alvo do inimigo.
- Por quê?! Logo eu que fui treinado e passei pela escola de Terris, estou aqui parado com medo! Como? – Falou o jovem, em tom baixo, porém audível.
- Engraçado, não? Mas a vida é assim, tem sempre idiotas que nascem para morrer desta forma, e você é um deles se ainda não percebeu... – Comentava Wung, ironicamente. De certo uma provocação, com a qual conseguiu atiçar o rapaz.
- Pois é melhor você calar essa boca imunda, espião – Respondeu John instintivamente, olhando o inimigo com seriedade.
- Garoto, você já foi longe demais me insultando em frente ao general, não permitirei que continue a falar assim comigo entendeu? – Continuava Wung com seu tom irônico.
- E quem você pensa que é? – Fez uma breve pausa – Você não passa de um subordinado mesmo.
A feição de Wung se tornou séria, o último insulto vindo do jovem o havia tocado sutilmente, mas mesmo assim continuou assistindo o rapaz, que o fitava com os olhos. De repente o jovem gritou:
- E eu não tenho medo algum de subordinados!
O instinto de sobrevivência falou mais alto no corpo de John; começou a correr em direção a Wung, mesmo sem armas tentaria algo.
- O que vai fazer desarmado? – Disse Wung surpreso, colocando-se em posição de guarda com seu sabre o defendendo. Mas não fora o alvo do rapaz. Ele nem chegou até o espião, parou alguns centímetros antes, pegou a espada do guarda morto ao pé da escada e deu um salto para trás, empunhando com destreza a arma.
- Se você não sair dessa escada, Wung, eu mesmo vou tirá-lo!
John estava visivelmente mudado. Talvez fosse tudo graças a algum instinto de sobrevivência, ou talvez algum ódio ou atitude involuntária de não ficar ali para assistir o seu fim. Qualquer das hipóteses seja, o rapaz conseguiu colocar o espião em alerta, que pulou do terceiro degrau onde estava, aceitando o desafio do rapaz.
- Melhor eu terminar com isso antes que o entregador se torne um problema – Pensou.
Ficaram ali parados esperando alguém fazer o primeiro e decisivo movimento. John, corajoso, mas ainda instável, atacou primeiro, desferindo um golpe horizontal com a espada. Wung, pronto, rapidamente se defendeu com seu ágil sabre. Enquanto John tentava re-equilibrar a espada, o adversário tentou acertá-lo, errando graças ao pulo lateral e de grande reflexo que o rapaz fez.
Quando se levantou, o jovem não teve muito tempo para pensar, apenas colocar a espada em posição contrária ao sabre para se defender da investida do espião, porém Wung fora mais forte, jogando o jovem ao chão novamente. Correu em direção ao inimigo para lhe atravessar o sabre no peito, mas ele conseguiu por muito pouco escapar do golpe, rolando para a direita. A arma do rapaz, porém, havia ficado no chão e John, novamente desarmado.
- Agora é o fim – Disse Wung, partindo novamente para o ataque. A lâmina do espião, num golpe quase certeiro, chegou a rasgar um pedaço da vestimenta do jovem, que pelo enorme esforço, desequilibrou-se e acabou caindo. O homem da bandana, já pronto, ergueu o sabre para desferir o golpe final, mas parou ao ouvir uma voz familiar:
- Covarde de merda, deu para agredir crianças agora?
Pelo semblante de Wung, notava-se que era alguém desagradável para ele. Voltou-se para os degraus da escada e confirmou suas idéias. John Tentava rastejar para longe do espião.
- Como... Como diabos você ficou livre, Urk? – Perguntou Wung, nervoso.
- Agradeça a esse traidor infeliz que você acabou de matar, ele foi idiota o suficiente para deixar o saco de armas próximo da minha cela. Preciso contar o resto?
O respião apenas observou Urk com desprezo. Este, com duas lâminas em punho, disposto a lutar.
- É hora de acertarmos as contas do passado, Wung!
Após a frase, piscou para John, avisando que tudo estaria bem. Não foi aquele gesto que acalmou o rapaz, encostado às paredes.
Não só naquela masmorra se desafiavam as regras. Todo o forte estava em alerta; os prisioneiros armados tentavam abrir caminho na superfície entre os guardas, que embora em sua minoria, ainda constituíam um numero considerável, suficiente para deter fugitivos. Alguns besteiros estavam, em seus ritmos, atirando contra os rebeldes. Soldados ao solo também se notavam. O próprio general participava, junto aos homens, de táticas para cercar os prisioneiros. Carroças, barris e até algumas barracas que pertenciam aos mercadores do forte agora serviam de obstáculo, conforme iam sendo derrubadas pelos guardas das muralhas. No alto da construção, o ferreiro Herbert, tido como preso assistia tudo acorrentado às grades da janela. Rezava pela sua vida.
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Sig cruzava a porteira da pequena propriedade naquele momento. Procurava por John, conforme fora pedido por Lyndis. Nada, porém, encontrou.
- Acho que vou conferir dentro da casa, eles não iriam se importar...
Chegando em frente a porta, notou que esta se encontrava da mesma forma da qual foi deixada pela mãe de John.
- Isso está estranho, onde estará você, John? – Pensou Sig.
Foi então que o homem notou algum ruído distante. Algo que com certeza já ouvira em algum lugar. Pior; o ruído somente aumentava.
- Tambores, mau sinal.
O filho do ancião da vila não ficou por lá para continuar a ouvir o som. Meteu-se, à passos largos, a fazer o caminho de volta, já criando hipóteses ruins.
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Com o mesmo gesto que fizera seu inimigo anteriormente, Urk demonstrou-se pronto para duelar. Wung já não dava mais atenção a Silan, que continuava ofegante num canto da sala. Agora seu oponente era de peso, um ex-general.
- Apenas para frisar, acertaremos as contas aqui – Disse Urk, sem ao menos esperar uma reação do inimigo para fazer o primeiro movimento. Wung como sempre, o esperava pronto.
As duas lâminas atacantes de Urk se encontraram com o sabre do espião, que com movimento exímio, as levou para a direita levando o inimigo junto delas.
- Está enferrujado, amigo- Dizia o espião sempre em tom irônico.
- Então você não pretende deixar as palhaçadas de lado para se focar na luta... Tudo bem, melhor para mim – Respondeu Urk, já recobrado.
Wung ficou sério rapidamente e desta vez partiu para desferir um golpe, que foi defendido facilmente pelo inimigo. Após o choque das armas, se afastaram alguns centímetros e o espião sem dar tempo à luta tornou a golpear, porém numa freqüência de cortes muito maior. O ex-general fazia o possível para se defender, batendo com as duas lâminas aleatoriamente para rebater o sabre. Após alguns segundos de vacilo por parte de Wung, Urk conseguiu juntar as duas espadas empunhadas, cruzando-as e conseguindo assim parar a espada adversária. A luta então permaneceu estática por alguns instantes, os dois faziam um duelo de força, um para empurrar o sabre em direção ao corpo do inimigo, enquanto o outro tentava segurar o sabre com as duas Lâminas. John assistia a tudo, num ritmo não mais ofegante, mas aflito.
O espião então, não conseguindo forçar seu sabre, o largou fazendo com que Urk despejasse toda a força da disputa em vão. Antes que pudesse se por de pé equilibrado, Wung o golpeou nas coxas com dois chutes bem dados. O adversário no mesmo instante largou as Lâminas e caiu, com as mãos sobre as pernas, tentando apaziguar a forte contração.
- Isso que dá ficar oito anos parado e sair para a ação – comentava Wung com um sorriso sarcástico, pegando seu sabre no chão.
- Você... Seu sujo! – Respondeu Urk sentindo ainda seus músculos semi-atrofiados, que não voltavam ao normal.
- Juro que esta foi a última vez, caro amigo. Terminarei agora.
Antes que Wung pudesse fazer algum movimento, Urk tirou suas mãos das coxas contraídas, pegando as Lâminas.
- O que ele acha que conseguirá fazer nesse estado? – Pensou o espião.
- Hei rapaz! Você agora tem a chance de nos tirar aqui, não falhe! – Gritou Urk, arremessando as duas armas para perto do jovem, ainda junto ao muro.
John observou as lâminas caírem próximo dele, e tornou a olhar a situação, como se estivesse sem noção do que fazer ou sem conhecimento de como agir.
- Vai, rapaz, ou vamos morrer os dois! – Berrou o ex-general.
Após ouvir o grito, John caiu em si e levantou-se num reflexo.
- Minha chance de fazer esse espião engolir suas palavras – Pensou o rapaz. Em seguida pegou as duas Lâminas do chão, eram ligeiramente mais leves do que a espada que outrora usara. Isso talvez lhe trouxesse um manejo mais ágil. Logo que as empunhou, mirou Wung com o olhar, decisivo do que iria fazer no próximo movimento:
- Realmente, é hora do acerto de contas.
Última edição por Claudio Di Martino; 18-11-2008 às 09:51.
FODAH!:eek:
Super show. Vc conseguiu descrever bem a cena da luta
Pena que ficou tempos afastados daqui...:triste:
Dá uma passada lá na minha. Vc já leu alguns capítulos, se não me engano.:rolleyes:
Abraços do
sim, sim obrigado pelo comentário!
o pessoal estava mesmo reclamando que eu estava com dificuldade de fazer um "cenário" onde as coisas aconteciam, neste capítulo eu me foquei mais nisso =D
lerei o seu sim, agora estou quite com vocês, tenho só que escrever o conto do concurso, mas pode deixar que eu leio sim
flw![]()
Simplesmente EMOCIONANTE!
Tem alguns errinhos alí q eu tinha visto...
Mas n to afim de ficar procurando eles agora, sabe q odeio ficar achando erro nas coisas q os outros fazem...
Ficou bom mesmo, continua cara, mas vê se n demora tanto!
![]()
obrigado a quem gostou aí, mesmo
agora com esse capítulo eu já fiz o que pretendia, se vocês gostaram desse talvez os próximos 2 ou 3 vão agradar também. E como quando eu posto um cap e a galera gosta faz com que eu me empolgue, quem sabe isso não ajuda pra eu largar a preguiça e escrever né, hehe![]()
Poxa, os dois últimos capítulos estão realmente muitos bons e emocionantes, pode ter certeza. No capítulo 9 eu peguei um erro que se repete várias vezes, olha:
O homem (,) ao invés de subir, desceu as escadas.O general (,) enquanto via seus homens passarem sob seus pés, comentava coisas com Wung.Suponho que o emprego da vírgula seja necessário nesses casos, após o sujeito. Fora isso, tá tudo legal. No capítulo 10 só tem um errinho de digitação:John (,) desesperado com a espada rente ao seu braço, ainda com a idéia anterior de que não sairia Dalí vivo (...)
Ah, já postei o capítulo 12 da minha história, se puder dá uma passadinha lá ^^O filho di ancião da vila não ficou por lá para continuar a ouvir o som.
Flw, parabéns ;D