Curtir Curtir:  0
Página 6 de 8 PrimeiroPrimeiro ... 45678 ÚltimoÚltimo
Resultados 51 a 60 de 72

Tópico: Onda de Choque

  1. #51
    Avatar de Manteiga
    Registro
    07-05-2006
    Localização
    Porto Alegre
    Idade
    31
    Posts
    2.877
    Conquistas / PrêmiosAtividadeCurtidas / Tagging InfoPersonagem - TibiaPersonagem - TibiaME
    Peso da Avaliação
    0

    Padrão

    :rolleyes:

    Manteiga.

    Publicidade:


    Jogue Tibia sem mensalidades!
    Taleon Online - Otserv apoiado pelo TibiaBR.
    https://taleon.online
    Dezesseis anos depois, estamos em paz.

  2. #52
    Avatar de Streek
    Registro
    09-12-2007
    Localização
    Fortaleza
    Posts
    524
    Conquistas / PrêmiosAtividadeCurtidas / Tagging InfoPersonagem - TibiaPersonagem - TibiaME
    Peso da Avaliação
    0

    Padrão

    Muito foda, cara. To acompanhando a história silenciosamente (eu sei que a falta de comentários é desanimadora, mas nunca tenho muito o que falar :o).
    Quem será esse anão misterioso? E como o Basilisco fez com que ele fosse parar na prisão? :?
    Espero que você não pare com essa magnífica história, espero que sempre tenha mais e mais gente comentando e te dando forças pra ir até o final. Ou talvez você nem precise. :~ Mas você sempre terá leitores, mesmo que às vezes eles não se revelem.
    Não vou analizar o capítulo parte por parte, sou incapaz de fazer isso, mas esse foi na minha opinião o melhor capítulo até agora. Que hajam ainda muitos como este.
    http://i212.photobucket.com/albums/c...dos/Streek.png
    Valeu, Sherman I. :rolleyes:
    ***
    Gifts, outfit e coisas assim
    ***
    Citação Postado originalmente por Troyler Ver Post
    chaves owna também, agora essas crianças assisti digimon, ai ve o digimon vuando vai tentar voar do 36 andar e acaba morrendo.
    Citação Postado originalmente por Hohenhein Ver Post
    montinho: um sujeito está andando tranquilamente quando um individuo mal intencionado lhe passa uma rasteira fazendo-o cair no chão.
    Em seguida grita:-Montinho!!!! e imediatamente um grande número de pessoas provindas de todos os cantos pulam por cima do pobre sujeito causando possível esmagamento e morte.

  3. #53
    Avatar de Dark Heru
    Registro
    09-09-2008
    Idade
    33
    Posts
    491
    Conquistas / PrêmiosAtividadeCurtidas / Tagging InfoPersonagem - TibiaPersonagem - TibiaME
    Peso da Avaliação
    0

    Padrão

    ainda não li toda a historia, mas já vi que a narrativa, o cunteudo e a vida dos personagens foram muito bem postas na historia!!! vou continuar lendo!!!

  4. #54
    Avatar de Manteiga
    Registro
    07-05-2006
    Localização
    Porto Alegre
    Idade
    31
    Posts
    2.877
    Conquistas / PrêmiosAtividadeCurtidas / Tagging InfoPersonagem - TibiaPersonagem - TibiaME
    Peso da Avaliação
    0

    Padrão

    Capítulo XI
    Aquilo que Tezila Sabia


    Passos ecoaram pelos estreitos corredores do segundo andar de Kazordoon. As curvas e becos estreitos daqueles corredores de pedras e jóias preciosas faziam qualquer som, por mais baixo que fosse, perambular por cada metro do local, assombrando os ouvidos de quem passava por aqueles lugar. Não havia uma iluminação decente a não ser por duas solitárias tochas que crepitavam próximas a uma entrada em um dos mais movimentados corredores.

    Ao norte, o portal escuro e sem vida que dava para a loja de armas e de armaduras, palco de um assassinato a sangue frio pouco tempo antes. Os guardas já haviam prendido a culpada, que devia estar definhando em Dwacatra. Mal eles sabiam que o verdadeiro assassino ainda vagava, sedento por sangue, com sua capa negra a esvoaçar pelos estreitos corredores. Uma lâmina em mãos, uma lista no bolso, palavras bem mastigadas na boca. Um jovem sedutor, capaz de arrancar informações e em seguidas as cabeças de quem as passara.

    Ele entrou sem cerimônias no banco, o único local daquele andar presenteado com uma satisfatória luminosidade. Diziam que era porque a dona do estabelecimento, Tezila, usava o dinheiro depositado para pagar a mais suas taxas, recebendo alguns agradinhos do Imperador. Outros maliciavam que ela se envolvia com um guarda, do alto escalão com certeza, e assim conseguia o que queria.

    Debruçou-se sobre o balcão de madeira perfeitamente polido, encarando a porta diretamente à sua frente. Porta mágica dos ladrões, levaria ao estoque de jóias e às caixas onde estava todo o dinheiro dos habitantes daquele lixo subterrâneo que ousavam chamar de cidade. Nem apreciou as belas jóias e medalhões que jaziam em pilares esculpidos ao lado da porta. Belas amostras intocáveis daquilo que representava uma das grandes riquezas de Kazordoon.

    Bateu com sua mão cerrada no balcão, sem pronunciar uma palavra, mantendo o anonimato. A porta abriu-se, e dela saiu uma velha mulher loira, com os cabelos curtos enrolados em uma transa que caía por suas costas mínimas. Usava um roupão - minúsculo, diga-se de passagem - rosado com detalhes bordados em fúcsia. Arrastou-se até o balcão onde subiu sobre um caixote, fitando os olhos daquele homem, ocultos pelas sombras criadas pelo capuz que usava. Seus olhos verdes recuaram de medo com o jeito sombrio daquele homem, e sentiu seu corpo tremer quando desviou os olhos pára a lâmina que este segurava. Engoliu em seco e pensou que logo estaria com o dinheiro daquele otário em mãos, e então poderia voltar a dormir.
    - Quer depositar seu dinheiro? - Disse com a voz seca e sem emoção, disfarçando ao máximo seu temor.
    - Não - A voz ecoou longa e dolorosamente pelos corredores, cortando a alma de Tezila em mil pedaços e matando-a do coração.
    O silêncio predominou por eras.
    - Já ouviu falar de Petra? - Disse o homem sem mudar a direção de seu olhar maquiavélico. Sorriu em pensamento ao ver Tezila tremer perante a palavra, recuando alguns passos e caindo do caixote. Subiu sobre o balcão e puxou a lâmina gargalhando.
    - Não devia procurar essas coisas meu jovem! - Ela disse aterrorizada, sem clamar pela vida que perdeu em seguida, com a lâmina cravada em seu peito.
    Não pretendo me arrastar por ai pela falta de comments. Só acho que postar dois capítulos seguidos sem comentários é deprimente :x Btw, pra compensar a espera, eu ia postar o 12 junto, mas pelo fato de ele ser um pouquinho grande [+ 10 páginas no word] vou deixar pra depois. Enjoy :x

    Manteiga.
    Última edição por Manteiga; 05-11-2008 às 13:28.
    Dezesseis anos depois, estamos em paz.

  5. #55
    Avatar de Lorofous
    Registro
    15-05-2008
    Localização
    Rio de Janeiro - RJ
    Idade
    30
    Posts
    2.937
    Conquistas / PrêmiosAtividadeCurtidas / Tagging InfoPersonagem - TibiaPersonagem - TibiaME
    Peso da Avaliação
    0

    Talking

    Pow kra...
    Eu ainda tbm não li tudo. (não por falta de tempo, pois sou quase um vagabundo), mas os 3 capítulos que eu já li (:eek: 3 Capítulos) estão muito bons.
    Abraços do
    Lord of Fowls

    P.S.:Dá uma olhada na minha tbm. O nome é "O Martelo dos Dwarf". O link está na minha assinatura.




    Publicidade:


    Jogue Tibia sem mensalidades!
    Taleon Online - Otserv apoiado pelo TibiaBR.
    https://taleon.online
    Última edição por Lorofous; 05-11-2008 às 15:50.


    “I'm a traveler of both: time and space."

    Extenção
    Twitter
    Facebook
    Tumblr
    last.fm

  6. #56
    Banido Avatar de Hovelst
    Registro
    15-03-2007
    Idade
    32
    Posts
    1.102
    Conquistas / PrêmiosAtividadeCurtidas / Tagging InfoPersonagem - TibiaPersonagem - TibiaME
    Peso da Avaliação
    0

    Padrão

    Finalmente, pus minha leitura de seus capítulos em dia. Fui do capítulo VII ao X, e não desgostei e nem gostei dos dois primeiros.
    O Capítulo VII, me chamou a atenção quanto ao vulto e quanto a Linak.

    O VII, me chamou a atenção pelas descrições de ambiente, e também, só que por um lado negativo, o sentimentalismo barato e a determinação deles por uma garota, determinação capaz de matar facilmente.

    Já o IX e o X, achei ambos fodas.

    Já o IX, me deixou bem curioso quanto à mulher. Fiquei me perguntando se era Sofia? De qualquer forma, foi um capítulo curto, mas bem dinâmico.

    E o X, foi o que eu mais gostei. Simplesmente fodástico.

    Todos - menos o anão - riram. Alguns até caíram no chão de tanto gargalhar.
    Essa parte, me lembrou hienas em associação com o clássico o Rei Leão.

    Eu achei o anão simplesmente uma personagem brilhante. Principalmente pelo lado sombrio dele. O único fator que não gostei no capítulo, foi que o anão acaba sendo o manda-chuva da área.

    Sobre o capítulo XI, o assassino matou novamente. Primeiro Kroox, no prólogo - só sei isso porque alguém que não vou falar quem, me falou - e agora Teliza.

    Só me perguntou quem é o Sr. Petra?

    Go ahead!

    Hovelst
    Última edição por Hovelst; 05-11-2008 às 16:28.

  7. #57
    Avatar de Lorofous
    Registro
    15-05-2008
    Localização
    Rio de Janeiro - RJ
    Idade
    30
    Posts
    2.937
    Conquistas / PrêmiosAtividadeCurtidas / Tagging InfoPersonagem - TibiaPersonagem - TibiaME
    Peso da Avaliação
    0

    Padrão

    Hovelst trocou de avatar!
    Tio Sam na parada


    “I'm a traveler of both: time and space."

    Extenção
    Twitter
    Facebook
    Tumblr
    last.fm

  8. #58
    Avatar de Manteiga
    Registro
    07-05-2006
    Localização
    Porto Alegre
    Idade
    31
    Posts
    2.877
    Conquistas / PrêmiosAtividadeCurtidas / Tagging InfoPersonagem - TibiaPersonagem - TibiaME
    Peso da Avaliação
    0

    Padrão

    CARDÍACOS, CUIDADO!


    Este capítulo rendeu 10 páginas no word. NÃO! Pode continuar sentado. É de uma importância putômica pra história, é onde a trama começa a se fechar. Logo, peço paciência! O próximo capítulo sai provavelmente no fim de novembro, antes de eu sair de viagem. Vou dar um bom tempo pra vocês lerem tudo.

    Capítulo XII
    Momentos Diferentes, Memórias Desgraçadas

    Andaram por entre os corpos, resvalando no sangue e apoiando-se nas estátuas. Ava seguia em frente, com o olhar a fulminar a porta. Segurava sua mochila nas mãos, deixando que ela se arrastasse. Seus passos eram lentos e decididos, criando rastros de sangue que ele mesmo tirara dos guardas, indicando seu caminho. Estava decidido a salvar Chronus, não importava como. Não havia mais ética perto daqueles que prendiam inocentes. Era tudo justiça, mas pelas próprias mãos.

    Henry vinha logo atrás, os olhos arregalados e a mente tentando acompanhar todo aquele tormento. Um momento Avalanche estava temeroso, no outro era um assassino cruel e calculista. O que estava ocorrendo ali? Seria um sentimento supremo despertando outros ideais no amigo? Tornar-se-ia Avalanche seu mais novo inimigo na disputa pelo coração de Chronus? Não era hora para pensar naquilo. Precisava deixar os sentimentos de lado e lutar pela justiça, embora fossem tão fortes que não queriam escapar.

    Vacilava enquanto tentava acompanhar o amigo, enquanto equilibrava o corpo em seus braços. Uma entidade enigmática, um estranho. Por que raios estavam o levando, sendo que Isimov podia cuidar dele? Os instintos humanistas do velho Avalanche permaneciam intactos no olhos do vendaval de emoções que era aquele druida naquele instante. Uma confusão de idéias e sentimentos causada pelo medo. Ambos pareciam marionetes, marionetes de medos e de sentimentos de recusa. Não pensavam mais neles mesmos, suas mentes apontavam para Dwacatra e eclodiam em idéias para tirar Chronus de lá. Henry não soube dizer por que, mas teve a leve sensação de que aquele homem poderia lhes ser útil. Vivo ou morto.

    ***

    Andava pelas ruas daquela que chamavam de “baixa Thais”. Não era um lugar seguro para se andar, mas sendo quem era, podia ser. Não ousariam o matar ou o roubar ou algo do gênero, visando que era temido. Logicamente, para os padrões mundiais, era um ladrãozinho de feira. Mas para os patéticos gatunos de Thais, era um lorde do crime.

    Ali ficavam as casas da alta sociedade. Em um passado nem tão distante era um lugar sinônimo de poder aquisitivo e status social. Belas casas de dois andares, estranhamente iguais umas as outras, todas com um jardim com direito a macieira. Cerca de quatro camas por casa, uns três cômodos em cada andar, fogão, alguns móveis embutidos... Nada mais poderiam querer os ricos. Sua mania de superioridade parecia os obrigar a deixar pilares com belas riquezas expostos dentro das casas com as janelas abertas. Um ato provocante para quem andava por ali.

    Se perguntados se não temiam roubos, respondiam não. A TBI - a polícia de Thais, exemplo para o mundo - lhes garantia total proteção. Não tinham com que se preocupar, até porque seu dinheiro podia comprar uns guardas a mais para aquela rua. E além disso, seres fúteis como aqueles nada melhor tinham do que ficar sentados em seus jardins comendo suas maçãs e vendo suas preciosidades.

    Mas de uns tempos pra cá a ameaça orc foi crescendo na cidade, obrigando os guardas a renegarem seu dinheiro e treinar para um iminente ataque. Os ricos não se preocuparam com isso e deixaram as riquezas lá. Seres infames... Logo, o esperado: invasões, roubos, mortes. É o preço que se paga por viver uma vida de futilidades sem cultura. Freqüentavam teatros e óperas para nada, eram ignorantes, burros, inconseqüentes. Herdavam seu dinheiro de gerações culturalmente mais favorecidas, por estarem no lugar certo e na hora certa, golpes, casamentos, óbitos... Nunca por seus méritos.

    Virou em uma esquina e desceu em uma rua próxima ao rio que desenhava o sul da cidade. Havia algumas outras casas como as demais - três, quem sabe quatro - perfeitamente alinhadas, lado a lado. Deus alguns passos entre duas casas e pulou o cercadinho de madeira - a mais refinada possível, claro - e entrou no jardim. Roubou uma maçã verde do pé e a mordeu, fazendo uma careta pelo gosto e jogando-a no rio, vendo-a ser mordiscada pelos débeis seres aquáticos. Deu alguns passos e entrou pela porta aberta, analisando a casa destruída pelas invasões. Devia estar abandonada já há uns três meses. E tinha cara de casa de pobre.

    Puxou uma cadeira perto de uma grande mesa de carvalho localizada perto da janela e sentou-se, apoiando os pés em outra. Olhou pelo térreo, vendo duas camas em outro cômodo, alinhadas; um fogão mal ajeitado em um canto e alguns móveis destroçados pelo caminho. Ouviu passos pela escada e sentou-se formalmente.
    - Pensei que não viria mais - Disse, disfarçando a voz e escondendo a face com a gola do belo casaco roubado que usava. O homem que desceu não fazia questão de disfarce.
    - Na verdade estou aqui há mais tempo que tu - Era o óbvio, mas questão de esfregar na cara do larápio sua pontualidade.
    - Quero deixar claro...
    - Que não vai fazer isso por pura vontade - O homem sorriu - Sei disso. É meu prisioneiro, ou faz ou o prendo por mil e uma razões.

    - Que hei de ganhar com esse serviço?
    - Não finja ter a cultura que sabes melhor que eu não ter - Respondeu rispidamente, sentando-se em frente ao bandido, encarando-o nos olhos e com a mão em sua espada - Adoraria morrer por ela, certo?
    - E quem não amaria morrer pelas mãos de Chester Khas? - Ironizou - Eu.
    Khas riu.
    - Vou lhe pagar uma alta quantia. Isto é, se me trouxer o que quero e manter discrição. Elimine qualquer um que ficar sabendo de sua missão ou tiver contato com você. Não importa quem. Se tiver que matar uma criança, mate.

    O sangue frio daquele homem era impressionante.
    - Por que eu? - Fez questão de manter o tom mais formal possível, fingindo não estar desesperado por aquela informação. Infelizmente, não sabia disfarçar.
    - Não és hábil. Mas apareceu na hora certa, no lugar certo - Khas ergueu-se e foi ao jardim, arrancando a última maçã da macieira. Mordeu-a com uma cara de satisfação no rosto - As maçãs daqui são boas.
    - Por isso costuma afanar algumas?
    Khas deu outra mordida e pulou o cercado.
    - Não afano. Consfico para investigação. No parque, uma semana. Lhe darei detalhes. Não volte mais para cá. - Jogou um saco pesado no pátio - É o adiantamento. Não gaste, precisará para a viagem - E dizendo isso saiu pelas ruas. O que Chester Khas poderia querer com ele, não sabia. Mas pelo aparente peso do saco, era algo grande.

    ***

    Fizeram uma curva quando chegaram ao terceiro andar. A distância entre Ava e Henry já era de uns dois metros, e o primeiro nem parecia reparar. Caminhava decidido rumo a lugar algum. Cada passo dele eram cinco de Henry, que já se cansava de carregar aquele corpo por tanto tempo.
    - Chega de humanitarismo - Disse o cavaleiro quebrando o silêncio que se mantinha desde que saíram do templo - Posso abandona-lo?
    Ava parou e começou a ponderar. Na realidade, se esquecera que fizera questão de salvar o corpo enquanto ainda era o velho druida, bom samaritano, ajudante. Tolo, isso sim.
    - Deixe-o perto da escada. Vai nos atrasar quando formos invadir Dwacatra.

    Henry fez menção de apoiar o corpo em um nicho onde havia uma escada, deixando-o sentado para que caso uma boa alma passasse o salvasse. Mas parou ao ouvir a última frase, que seu amigo demorou a proferir.
    - Invadir Dwacatra? - Exclamou o abismado Henry, virando-se ao terminar de deixar o indigente lá. Estava pasmo com aquela afirmação tão fria. Estavam falando de Dwacatra, ninguém nunca saiu de lá! Não podiam invadi-la!
    - Que foi caro Henry? - Disse Avalanche se virando pela primeira vez e encarando o amigo nos olhos. Henry viu gelo no olhar de seu grande companheiro. Assustou-se com a expressão calma dele e chocou-se ainda mais quando percebeu que já não o reconhecia mais. Companheiro de longa data, se conheciam desde antes o incidente em Darashia. Depois de tantos anos, não conseguia crer que aquele era o garoto com quem brincava - Não era você o otimista?

    O cavaleiro caiu sentado. Baixou a cabeça e lembrou-se da dura vida que levara nas ruas de Carlin. Um mendigo aos olhos dos demais. Um patético aos seus próprios olhos. Não tivera família, era um bastardo. A rua o criara e por isso nunca teve oportunidades. Como nunca lutou por nada, acreditava que eram nossas escolhas e pensamentos que mudavam as situações. Mas era conversa fiada.
    - Não, e sabe disso.
    O druida deu alguns passos e se aproximou de Henry, sentando-se ao seu lado e o olhando com o olhar mais puro que manifestara desde que chegaram em Kazordoon.
    - Crescemos aqui - Disse, apoiando o braço no ombro do colega - Não é irônico voltarmos salvar uma amiga?
    - Não - Henry fez menção de falar algo mais, mas Ava o calou.
    - Não cite o nome dele.
    - Mas é teu pai!
    - Não é nem nunca foi! - Ava explodiu em fúria, gritando a frase. Virou-se vermelho com os olhos em chamas e os pensamentos repletos de memórias desgraçadas daquele homem, ora seu ídolo, ora seu traidor. Lembrou-se de todo um passado mas fez questão de se esquecer rápido - Ele me abandonou.

    O silêncio permaneceu. Henry se ergueu lentamente e olhou o amigo com um olhar de súplica, de lamentação. Ava pareceu entender pois parou de bufar.
    - Vou pegar o corpo e vamos embora - Disse Henry.
    - Pra que?
    - Você não está em seu juízo perfeito meu bom Ava. Sei que quando voltar ao normal não vai se perdoar por ter me dito pra abandonar o corpo aqui - E dizendo isso Henry se voltou para o nicho, mas surpreendeu-se ao ver que o corpo já não estava mais lá.

    ***

    Estava sentado no parque, como fora combinado. Era tarde, o sol estava indo dormir entre as montanhas distantes a nordeste dali. O banco de madeira onde estava era desconfortável, nem mesmo um mendigo teria coragem de dormir ali. Estava meio quebrado, com ripas partidas e atravessadas. Tibianus nada fazia a respeito, mas ninguém se importava. Só velhos iam ao parque.

    Na verdade, velhos e ele. Afinal estava sentado ali, perante a bela fonte de pedra que jorrava tanta água quando suas lágrimas. Ou seja, nada. A tal fonte circular jazia meio cheia sobre uns tufos de grama mal aparados e detonados, que mal e porcamente se discerniam das duas trilhas de areia branca - que agora já era terra - que marcava o passeto, como eles chamavam o lugar. Havia uma grandiosa árvore torta com poucas folhas em sua diagonal, ao lado a entrada para a subterrânea sala de jogos, freqüentada por prostitutas e bandidos.

    Ao seu lado, do outro lado da rua fria marcada pelo sangue de um pobre coitado estava o tumultuado bar de Frodo. Palco de discussões, revoluções, sexo e mortes, era um lugar absurdamente liberal: até mesmo a TBI estava de olho em quem freqüentava o estabelecimento tarde da noite. Frodo dizia que só vendi cerveja e alguma comida - a preços exorbitantes, diga-se de passagem - mas na verdade sabíamos que ele devia fazer algo mais. Talvez provocar brigas ou contratar umas vadias, quem poderia saber... Nunca entrara lá.

    Esta era sua regra, só entrar em lugares que podia roubar. Afinal, a vida era feito disso. Crimes. Mas estava quebrando suas regras permanecendo no pior lugar da cidade para se cometer um crime. O parque. Quem por ali passava fingia que o lugar nem existia, só virava a cara para a grande beleza da cidade. Talvez por isso Khas marcara com ele ali.

    Mas onde estava o grande general? Nem Banor, o grande filho dos deuses deveria saber. Só havia uma velhinha raquítica com seu xale sentada em frente a fonte, sobre a terra. Molhava as mãos e recitava alguma coisa, como se estivesse fazendo um vodu ou quem sabe tentando afogar a mão. Havia ainda algumas crianças burras correndo em círculos no meio da rua, rindo e brincando. Vermes patéticos, se pudesse matava aqueles lindo pedaços de gente.

    Levantou-se, decidido a voltar para a baixa Thais. Não podia ficar esperando ali. Cada vez mais acreditava ter caído em uma armadilha. E foi assim que se desesperou. Viu alguns guardas rondando as tavernas e casas próximas, as armas em punho. Pessoas desconfiadas se abrigavam com olhares curiosos no depósito que ficava ali perto. O templo fechava as portas e o monge Quentin se escondia em seu refúgio sagrado. Um desespero bateu seu coração, e ele andou para trás, esquecendo do banco e tropeçando nele, caindo de costas no chão. Surpreendeu-se ao ver a velhinha estender a mão para ajuda-lo a erguer-se.
    - Obrigado.. - Disse ainda meio dolorido. Ao olhar para a face dela, quase cai novamente. Levara um susto tremendo. Era Khas.
    - Não vou lamentar a demora, pois foi você que chegou mais cedo. - Ele disse, piscando.

    ***

    Subiram as escadas e correram pelos lados dali em disparada. Ava andava em círculos ao redor de uma outra escada no andar superior. Olhava cada canto do andar procurando o homem misterioso. Não podia estar longe dali, era impossível! Olhou para Henry, que corria pelos corredores olhando para o chão, em uma rara demonstração de inteligência que este jamais mostrara ter. Estava vasculhando em busca de sangue. Era óbvio!

    Ava o alcançou, ofegante, Seu preparo físico o torturava cada vez mais naquele dia. Respirou fundo e se recompôs, parando ereto e encarando o amigo profundamente. Henry parou de procurar e o olhou em resposta, sem o encarar.
    - Não há sangue pelo andar - Disse o cavaleiro, a voz aparentemente firme, mas na verdade temerosa da reação que o druida poderia ter ao ouvir aquilo. Ele não esboçou reação. Ponderou e deu as costas, olhando para o poço da escada, não vendo sangue pelos degraus - Duvido que o ferimento estivesse cicatrizado - Gritou do outro lado da sala. Ava ponderou mais e voltou para perto do amigo.
    - Óbvio que não cicatrizou - fez uma longa e dolorosa pausa, pensativo. O velho Ava estaria voltando? Não, Henry tinha certeza que não - Deve ter nos enganado.

    - Enganado? - Estava prestes a berrar. Avalanche devia ter pirado se achava que alguém naquelas condições fora esperto e rápido o suficiente para bolar um plano de fuga - O cara estava praticamente morto Ava! Nunca teria condições de fugir!
    - Então estamos agindo como retardados! - Berrou em resposta o druida, perdendo a decência e o alto padrão de respeito que usualmente mantinha - Pode ter sido seqüestrado!
    - Pra que alguém ia querer um cara com o pé na cova? - Berrou Henry ironizando aquele argumento insensato e totalmente atípico de Ava.
    - Pra que nós o queremos?
    - Me responda você - Touché.

    Se mantiveram em silêncio por um tempo. Ava deu as costas e voltou ao fosso, disposto a encontrar marcas de sangue. Não podia se dar ao luxo de perder o homem, não sabia exatamente porque. Seu humanitarismo fora embora com Chronus, então só podia querer acha-lo por respostas. Afinal, indiretamente fora o homem que prendera Chronus. Se jamais o tivessem encontrado talvez os guardas nunca a achassem e os três sairiam felizes dali. Era isso, queria vingança.

    - Precisamos examinar os olhos - Gritou Henry do andar de cima. Ava surgiu no fosso, extremamente irritado pelo cavaleiro ter quebrado sua concentração. Olhou para ele com desdém, esperando que o que ele tinha a dizer fosse grandioso - Ou precisamos de mais criatividade.
    - Por que diz isso?
    Henry estava ao lado da escada que levava ao primeiro andar abaixo do solo. Era igual a todas as outras, de mármore. A não ser... A não ser por algumas gotas de sangue bem recente escorrendo pelos degraus. Saiu de sobressalto do fosso e passou o dedo no sangue, comprovando ser o que era.

    - Nosso amigo nos tapeou - Completou Henry, com o peito estufado, como se tivesse recebido um elogio. Pareceu até esperar por ele, mas murchou quando este não veio.
    Avalanche desmoronou em segundos, quando murchou por inteiro e caiu de joelhos.
    - Perdemos ele.
    Henry estranhou, erguendo as sobrancelhas. Como assim o perderam? Sabiam que estava no andar acima, não havia erro! Deviam se apressar e subir para pega-lo antes que chegasse aos...
    - Vagões - Disse Henry levando a mão à testa quando a ficha caiu. Estiveram com o rato nas mãos mas deixaram que ele caísse bem em cima de um vagão que levava para a saída dali - Ele não deve ter dinheiro para comprar um bilhete e ir pra lá e...
    - QUE SE DANE, ELE VAI FUGIR! - Ava ficou em pé magicamente - Eu vou ir ao depósito, é lá que estão os carrinhos. Você volte e vá para a entrada da cidade, naquela ponte grande sobre a lava abaixo do Colosso.

    Dizendo isso, pulou pelos degraus e desapareceu na escuridão das tochas apagadas no andar de cima. Henry bufou e desceu as escadas ao lado. Decididamente não gostava nem um pouco daquele novo Ava.

    ***

    - Não podemos nos demorar, quero deixar isso claro - Disse Khas sem disfarçar a voz, podendo por tudo a perder se alguém chegasse perto demais - Sente-se meu filho, vou ver se não se feriu - Dessa vez forçou a voz, não deixando-a nada feminina, mas sim mais velha, esganiçada. Não era um ás no disfarce, mas estava provando boa vontade. Obedeceu e sentou-se, mancando no trajeto. Khas - ou melhor, a velhinha - se sentou ao seu lado, analisando a canela do homem atentamente.

    - O rei não deve saber disso. Bloodblade não deve saber disso. Sua mãe não deve saber disso. E você deve fingir não saber disso - Falou sem erguer os olhos, pouco se importando se ele estava ouvindo ou não. Avisado estava - Entendeu McFist?
    - Sim - Sussurrou. Um deles deveria ter alguma discrição - Que quer?
    Khas parou o que estava fazendo e ergueu a cabeça, fuzilando McFist com os olhos. Apertou a canela dele com força, quase fazendo-o gritar. Soltou-o e sentou-se direito, olhando a fonte.
    - Não fale assim comigo, sou superior a você - Ele disse com o queixo erguido e o peito estufado, exibindo os seios falsos que caiam pela barriga. O disfarce estava péssimo - Diga “que querer vossa excelência general Khas”. Entendeu?

    Era humilhante demais pra ele. Mas era um ladrão falando contra um homem poderoso e cheio de honrarias. Não tinha escolha, precisava obedecer. Além do que, estava sendo muito bem pago: havia cerca de trinta mil moedas de ouro no saco entregue a ele por Khas. O serviço devia ser grande. Concordou com a cabeça e repetiu a frase ensaiada do general, quase vomitando em sua face. Khas sorriu com superioridade.
    - Soube que conhece Kazordoon - Disse. McFist fez menção de falar alguma coisa mas Khas o calor com seu furioso e impiedoso olhar - Não me interessa se sim ou não. Mandei o espionar, sei que tem alguma habilidade com invasões e fugas. Preciso disso.

    O olhar e as rápidas palavras de Khas eram impactante para ele, e, ao mesmo tempo, o colocavam em uma posição complicada.
    - E pra que precisa? - Disse, levando à face um ar de desentendimento totalmente falso, mas na tentativa de fazer Khas perder mais tempo falando do maravilhoso plano que devia ter em mente. Sabia que pessoas como ele adoravam aquilo, então era um modo de ganhar pontos e, consequentemente, mais dinheiro.
    Khas riu.
    - Pra invadir o Colosso de Kazordoon.
    McFist não se surpreendeu. Ou pelo menos fingiu não se surpreender, pois internamente explodia com a idéia de invadir aquele lugar. A única forma de faze-lo seria entrar por aqueles que eram os olhos de Durin, que ficavam a uns cinqüenta metros do solo. Seria burrice tentar subir lá. Mas por dinheiro valia a pena arriscar a vida, e então engoliu a exclamação acompanhada de protesto que faria.
    - E pra que? - Disse com dificuldade. Sua resposta a simples frase cortante de Khas ainda estava entalada na garganta e teve a péssima impressão de que não ganhara pontos.

    - Me diga, já ouviu falar em Petra? - O tom de voz de Khas parecia caçoar dele. Mas ignorou e ouviu atento - e boquiaberto - aquilo que o general dizia sobre lendas e passados. Se perguntava onde ele entrava nisso tudo.

    ***

    Ava chegara ao depósito. Lugar para distração, comércio e segurança. Um complexo sistema de engrenagens e trilhos subterrâneos levava cofres de aço pesadíssimos a certas aberturas em mesas separadas por paredes. Os cofres eram levados por combinações que destravavam botões e alavancas que por sua vez moviam as pistas e correntes que levavam eles até quem queria guardar algo. Cada pessoa podia comprar um cofre e receber sua chave. Aquele sistema era tão complexo que a segurança estava garantida: bastava ter a chave e saber sua senha para ter acesso a seu cofre. Sistema daqueles não se via no mundo todo, razão pela qual aquele era o único depósito livre para viajantes de todo o Tibia.

    Ao lado do balcão onde se compravam pacotes e cartas - e onde havia uma caixa de correio azul toda amassada - estavam os causadores de tudo: quatro vagões perfeitamente alinhados paralelamente, apontados para a parede. Eram feitos de ferro, pequenos, lembravam bacias maiores. Tinham pequenas rodinhas presas aos trilhos e estavam perante uma longa queda pelas trilhas internas da montanha. Ligavam pontos importantes da cidade e foram feitos para facilitar os transportes. Por duzentas e cinqüenta moedas de ouro - um roubo! - se podia comprar um bilhete para viajar por eles. Um guarda especial fiscalizava a autenticidade deles e quando você entrava no vagão de seu destino, ele simplesmente puxava uma alavanca, fazendo você ir até onde queria.

    O sistema era muito complexo, assim como o dos depósitos. Havia pelo menos dezesseis daqueles espalhados pela cidade, interligados pelas rotas cruzadas de trilhos confusos. Era muito fácil burlar o sistema, bastava saltar do carrinho pelo meio da montanha, o que os tornava muito populares para fuga. O Imperador Kruzak de Kazordoon nada fazia a respeito das fugas. Dizia que os ferimentos adquiridos na fuga dos vagões já eram punições. Velho cretino, não sabia como aquele povo o aturava. Dirigiu-se ao guarda dos vagões. Seria rápido. Não havia sangue por ali, mas notou que não havia um vagão no terceiro trilho. Leu em uma placa sobre o túnel as palavras “Para a entrada da cidade”, e teve certeza que o vagão que devia estar ali naquele momento estava indo para longe. Se não já não havia chegado a seu destino. Seu único consolo era saber que o homem não poderia saltar do vagão. Ou poderia se complicar mais ainda com os ferimentos.

    - Com licença - Disse cordialmente ao guarda. Ele nem olhou, permaneceu encarando os vagões - Por acaso um homem alto, vestido de preto, mancando e aparentemente ferido pegou aquele vagão a pouco? - Apontou para o terceiro trilho. Podia estar se expondo visto que provavelmente era perseguido pelo assassinato daqueles guardas, mas contava com a idéia de que ninguém deveria saber daquilo ainda. Mas ai lembrou de Isimov e engoliu em seco. O guarda o analisou por breves instantes e ele teve a sensação que pusera tudo a perder. Decorreram segundos e o guarda balançou a cabeça. Maldição!

    Saiu correndo para o outro lado do vagão, onde havia uma escada conectada com o banco. Poderia ir por outro vagão e pular fora quando chegasse perto da saída, ou até descer correndo os trilhos. Mas sabia que poderia dar errado, e não tinha tempo para perder. Ia ir atrás de Henry. Não se daria ao luxo de falhar naquele instante. Desceu as escadas desembestado e rumou para o sul, por onde passaria pelo banco. Os corredores eram estreitos e escuros, sinistros. Dava medo andar por ali, pois não sabia de onde sairia uma ameaça. Mas medo era algo que não podia existir. Passou correndo pelo banco, mas parou abruptamente ao olhar para o balcão.

    Um homem com uma longa capa negra estava em pé sobre ele, uma faca em mãos. Tinha baixa estatura pelo que a fraca luz do ambiente lhe permitia ver. Do outro lado do balcão... Um corpo?! Banor! Era o corpo de Tezila, dona do banco. Mulher fofoqueira, enxerida. O assassino virou-se em sua direção, encarando-o pelo capuz. Decididamente aquele dia estava mais estranho do que podia.

    ***

    Longe dali, na entrada da cidade, ao lado de uma magnífica torre de pedra situada em uma ilha de mármore em meio a lava borbulhante, Henry esperava pacientemente o vagão do terceiro trilho. Se estivesse certo, dele sairia o homem que procuravam. Estranhamente vivo. Quem diria que aquele ser praticamente morto que encontraram na árvore anã estava bem vivo por ai, correndo e entrando em vagões para fugir. E se fugia, como ele muito bem sabia, devia ser culpado de algo. Pois é, a vítima virara foragido. Era engraçado até certo ponto. Dois foragidos atrás de outro.

    O tempo passava e nada chegava. Andava em círculos, perdendo a paciência que aprendera a ter mas já estava esquecendo. Precisava pegar aquele homem logo. Seria sua passagem de entrada para Dwacatra acha-lo! Mas não como preso. Se Ava havia pensado nisso ou não, não sabia nem queria saber. O fato é que se ele tivesse feito o que não devia teria um lugar garantido na prisão dos anões. E como era lá que estava Chronus...

    Era uma idéia louca, mas por Chronus era capaz de tudo. Sentia que Ava também, mas não se preocuparia com aquilo. Por enquanto. A vida toda perdera o que mais queria para ele, e não podia ser sua sina. Não iria perder a mulher que amava para aquele que tivera como irmão.

    Um estridente som metálico veio do túnel cavado nas paredes daquele lugar. Virou-se e viu um vagão chegando em alta velocidade. Abruptamente parou, pouco antes de se projetar para fora do seu esconderijo. Sabia que o fugitivo devia ter puxado a alavanca interna de freio. Ele desceria a qualquer momento. Ouviu uma voz.
    - Me pegaram - Disse, roucamente. Saiu um homem do túnel. Não era qualquer homem, era o homem deles. Mancava, com a mão no ferimento. Apoiou-se em um cavalete no fim dos trilhos. Ofegava - Um homem ferido não pode ir muito longe...

    Henry estranhava o homem. Porque alguém que tentara fugir implacavelmente se entregava daquele jeito?
    - McFist - Disse, estendendo a mão. Henry não a apertou, apenas olhava torto, sem entender nada. McFist sorriu - Um bom bandido sempre precisa de sua quadrilha, onde está seu amigo?
    Henry o agarrou pelo pescoço, fazendo-o ofegar ainda mais.
    - Não interessa - Disse, duramente - Agora Sr. McFist, vai me dizer por que estava no Colosso - Ele balançou a cabeça como se negasse - Não negue. Se falar o porquê, vai pra Dwacatra e me será útil - Henry olhou para a ponte de madeira que ligava os vagões à ilha de mármore - Já se não falar... Você queima.

    ---
    Nota: O capítulo pode parecer muito confuso. Mas só digo uma coisa: o título é a chave pra entender o capítulo.

    PS: Cliquem nos dragões da sign e nesse:

    Manteiga.
    Dezesseis anos depois, estamos em paz.

  9. #59
    Avatar de Rukex
    Registro
    24-01-2007
    Idade
    33
    Posts
    63
    Conquistas / PrêmiosAtividadeCurtidas / Tagging InfoPersonagem - TibiaPersonagem - TibiaME
    Peso da Avaliação
    0

    Padrão

    Muito boa a história, você poderia entrar mais em detalhes, assim a história iria ficar mais legal.
    http://sangha-vix.googlegroups.com/w...ueiro_zen1.gif

    Sem perdas, não existem vitórias.

  10. #60
    Avatar de Neal Caffrey
    Registro
    27-06-2006
    Idade
    33
    Posts
    3.043
    Conquistas / PrêmiosAtividadeCurtidas / Tagging InfoPersonagem - TibiaPersonagem - TibiaME
    Peso da Avaliação
    0

    Padrão

    Citação Postado originalmente por Rukex Ver Post
    Muito boa a história, você poderia entrar mais em detalhes, assim a história iria ficar mais legal.
    MEU DEUS, OLHA A SIGN DESSE CARA, SENHOR JESUS!

    @Topic
    Eu estou lendo aos poucos os capítulos e tá me surpreendendo. Vou voltar a acompanhar desde que você acompanhe também Por trás das Linhas Inimigas. Você tá me devendo também, pelO Incubo que você não acompanhou.

    Tá muito bom, até agora. Qualquer coisa, eu refaço um post.
    Abraços.

    Publicidade:


    Jogue Tibia sem mensalidades!
    Taleon Online - Otserv apoiado pelo TibiaBR.
    https://taleon.online
    Jason Walker e o Retorno do Príncipe
    Sexta história da série de Jason Walker e contando. Quem sabe não serão dez?

    Este fórum exige que você aguarde 120 segundos entre posts consecutivos. Por favor, tente novamente em 1 segundos.



Tópicos Similares

  1. Taverna | Marcos da Tecnologia(topico longo)
    Por user1221 no fórum Fora do Tibia - Off Topic
    Respostas: 14
    Último Post: 20-05-2009, 19:21
  2. Historia do tibia :D
    Por Grandparents no fórum Tibia Geral
    Respostas: 18
    Último Post: 28-01-2009, 21:49
  3. Inumeras Curiosidades
    Por RRoss no fórum Fora do Tibia - Off Topic
    Respostas: 41
    Último Post: 19-06-2008, 12:06
  4. Enciclopédia
    Por Lire no fórum Paladin
    Respostas: 60
    Último Post: 09-05-2008, 12:05

Permissões de Postagem

  • Você não pode iniciar novos tópicos
  • Você não pode enviar respostas
  • Você não pode enviar anexos
  • Você não pode editar suas mensagens
  •