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Tópico: Mantendo O Segredo

  1. #1
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    Padrão Mantendo O Segredo

    Oi.

    Não sei se alguém lembra de mim mas, há muito tempo atrás, escrevi uma história aqui chamada "A Ladra Lwuida". Só que agora - não sei quantos anos depois - resolvi voltar a escrever essa história, agora com outro nome.

    Espero que gostem.


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    Última edição por Deanita; 20-11-2008 às 19:43.
    Love must be forgotten.

  2. #2
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    Capítulo 1 - A Ladra Lwuida


    Na populosa e agitada cidade de Asemorfät, o comerciante de grande massa corpórea gritava com raiva pros outros.
    - Ladrão!!!!

    A menina corria como o vento. Seus cabelos lisos eram jogados para trás revelando seu belo rosto pálido. Com comida e pequenas pedras preciosas em mãos, ela corria para se salvar do homem que gritava.

    Todos olhavam para ela e, por onde passava, pessoas corriam atrás.
    Seu nome? Katarine Louret, mas não era assim que a chamavam. Por todas as ruas de Asemorfät era apelidada de Lwuida.

    Mas como num passe de mágica, ou esperteza, ela sumiu como se fosse fumaça.
    Lwuida tinha uma pequena fama na cidade mas apesar disso, poucas pessoas viam seu rosto.

    Chegando na gruta em que habitava, ela tira seu casaco de pele de urso pois fazia frio na cidade à noite, ainda mais por ser uma cidade desértica, e a gruta era quente. Por trás do casaco, suas belas e grandes pernas podiam ser notadas. Um perfeito corpo também. Seus lábios eram rosados e finos, olhos verdes e um rosto estupidamente simétrico.

    Lwuida se preparava para dormir na cama dentro da gruta. Era um lugar muito diferente, situava-se perto de Asemorfät numa montanha e sua entrada era totalmente escondida e camuflada.

    Ela sentou na confortável cama, que comprou com o dinheiro do roubo, e se despiu. Ela gostava de dormir nua, depois de tanto dia de roubo e cansaço ela merecia uma bela noite de descanso.

    Mas não foi assim que aconteceu.
    - Levante os braços! - gritava alguém do lado de fora.
    Lwuida estava assustada. Não entedeu como a milícia de Asemorfät conseguira chegar ali.
    - Vamos, saia! É uma ordem.

    Asemorfät era uma cidade muito avançada e parada no tempo ao mesmo tempo. Suas leis e tecnologia eram de ponta, mas a população era tão grande que existia até uma palavra para resumir a cidade "Pouco para muitos".

    Poderia ser algum inimigo seu. Mas Quem?
    - Saia logo, ou invadiremos! - se levantava a voz mas uma vez.

    Lwuida estava sem saída. em sua gruta, não havia outra entrada.
    - Saia logo! - E toda a milícia quebrou a falsa pedra que cobria a entrada da gruta.
    - Ei como podem invadir assim! Estou nua! - dizia ela, com os cabelos lisos negros sobre o rosto rosto.

    Lwuida logo pensou que eles podiam estuprá-la. Pensou em fugir.

    Usando suas habilidades, a ladra correu como o vento, mas logo cansou, ela havia gastado muita energia durante o dia. Então corria mas lentamente, quase parando a cada metro.

    Ela corria para o deserto. Olhou para cima, viu uma grande pedra redonda. Olhou um pouco abaixo, uma corda. Ela viu que a corda estava sendo segurada na pedra. Pensou em puxá-la, e puxou. A pedra estava rolando e pegava mais velocidade conforme rolava.

    Lwuida bufava de cansaço. A pedra roalava e soltava poeira.
    Ela voltava a correr, só que dessa vez, bem mais lentamente. Ela olhou para trás e viu que pedra acertou o homens que foram "esmagados" pela mesma.

    Veio uma sensação de alívio, mas a pedra continuava a rolar porém agora, em sua direção. Ela tentava correr mais rápido mas tinha muitas fadigas e andava cada vez mais lentamente.

    A pedra estava descendo a montanha e indo para o deserto asemorfateano. Seu raciocínio que a salvou nesse momento... por enquanto. Havia uma pequena entrada na montanha que dava para se esconder do caminho da pedra então, ela entrou.

    A pedra vinha só passando e passando pelo caminho para o deserto. Ela se segurou na pequena entrada. Mas algo inesperado aconteceu. O grande bloco de pedra passou por cima de uma bem menor, uma pequenina pedra voou no ar, que acertou a cabeça de Lwuida deixando-a desmaiada. Ela caiu e também começou a rolar montanha abaixo.

    Ela se machucava ao rolar. Rolou até parar na parte do começo da divisa do deserto com a floresta, lugar que nunca tinha pisado antes, desacordada.

    - Ai minha cabeça! - dizia a menina acordando.
    - Vejo que acordou. - vinha uma voz detrás dela.
    Ela olhou para onde estava. Viu plantações, um lago cristalino, tudo isso cercado por uma interminável e linda floresta. Olhou para trás e viu um homem. Ele vestia roupas simples e largas. Sua pele, pálida como a dela, olhos castanho-claros e cabelos da mesma cor e um pouco longos. Sua sombrancelha era grossa e ele era magro. Logo se assustou.
    - Quem é você?
    - O homem que te achou machucada no fim da floresta. Mas agora você já está bem... suas feridas cicatrizaram e eu te coloquei umas roupas. Não sei se ficou confortável, mas eram as únicas que podia lhe arranjar.

    O homem parecia ser bondoso apesar de simples. Mas ainda passou por sua cabeça que ele pudesse ter feito alguma maldade.
    - Você não...
    - Não, não fiz nada do que pensas. Apenas te achei quando caçava algumas galinhas e bois pela florestas.
    - Por quanto tempo estive aqui?
    - Dois dias e três horas. Você tem uma cicatrização bastante rápida, poderia te garantir que se você não tivesse essa cicatrização, ainda estaria toda ferida e tomando meus cuidados

    Quem seria aquele homem? E qual seria aquele lugar?
    - Qual o teu nome?
    - Meu nome? Meu nome é Alca... Alca Patrön.
    - Onde estou?
    - Na baixa floresta de Barmstrad
    - Barmstrad??? Eu estou em Barmstrad?
    - Sim... te encontrei toda machucada perto do deserto de Asemorfät, na parte que fazia divisa com a floresta, acho que a uns cinqüenta quilômetros daqui, ou mais...
    - E você veio me trazendo de lá até aqui?
    - Sim.
    - E eu pelada?
    - Sim. Mas fique despreocupada, nunca iria fazer isso com ninguém.

    Ela estava envergonhada e com raiva. Havia sido achada por um homem e ainda mais, o lugar era totalmente calmo e silencioso, perfeito para qualquer crime. Ela olhou para cara do homem. Sua cara de bom homem fazia ela esquecer de tudo que ela poderia pensar. Logo, quis saber mais sobre Alca.
    - E o que você faz aqui?
    - Vivo. - dizia ele lavando a alface que pegava de sua plantação.
    - Vive sozinho?
    - Sim... há tempos não recebo uma visita, para passar o tempo, às vezes falo com os animais?

    - Druida?
    - Não posso dizer que sim. Sei algumas coisas do druidismo, mas apenas para sobrevivência própria.
    - Então como fala com animais?
    - Eu apenas falo com eles, mas não sei se eles me ouvem.
    - E o que fala com eles?
    - Da minha vida, das peste que as vezes vem na minha plantação, dos meus remédios, das minhas descobertas químicas, etc.

    - Mmmm... e o que come aqui?
    - Carne de boi e de galinha, frutas do meu pomar e vegetais da horta.
    - E a água de onde vem?
    - Tiro mais água do lago, mas eu fiz um poço por onde vem água bem limpa.
    E assim a conversa foi seguindo. Ele era um homem bem calmo, elegante e introvertido, mas simpático ao mesmo tempo.

    - E você? Qual teu nome que também não sei?
    - Katarine.
    - Katarine? Só Katarine? - falou o homem, brincando.
    - Katarine Louret... - dizia ela rindo.
    - Mmmmm.
    - Mas sou mais conhecida como Lwuida.
    - Então é uma pessoa de muitos amigos?
    - Infelizmente não. Você pode se assustar, mas sou bem conhecida por ser uma ladra.

    O homem deixou escapar sua face de espanto.
    - Ladra?!
    - Eu sabia que iria se assustar... Ai! O que tive na cabeça?
    - Uma pancada forte! Abriu um corte mas, eu costurei. Daqui a uma semana isso deve estar bom.
    - Uma semana?! - Falou ela assustada.
    - Sim, a pancada foi muito forte e, sem querer me intrometer, como você conseguiu ficar tão ferida desse jeito? arranhões, machucados, pancadas que levaram a cortes na cabeça... por onde andou?

    Ela ficou meio receosa em contar.
    - Ei, me fale, eu juro que não conto a ninguém! - dizia ele.
    - Perseguição...
    - Se não quer contar não sou eu que vou lhe obrigar. Vai querer entrar na casa ou vai ficar aí sentada? Estou preparando o jantar, daqui a pouco anoitece.
    - É verdade, eu preciso de comida, tô com muita fome!
    - Então vamos, entre.

    Era um casa bem simples. Feita de uma madeira que tinha um odor bom, bem cuidada, aparentemente sem presença de cupins. Haviam muitas estantes com vários livros, de praticamente todos os tipos, estavam todos arrumados, sem um fora do lugar. Havia uma entrada que dava para a cozinha. O aroma do que ele cozinhava era bom, temperos dos mais variados tipos. Além de uma coisa bem avançada para a época: Um recipiente que deixava as coisas geladas.

    Lwuida olhou para uma porta aberta. Era o quarto do homem, muito bem arrumado e de bom gosto, bem caseiro. Olhou para outra porta aberta: um outro quarto. Mas para que um outro quarto para um homem que mora sozinho? Lwuida olhou para a porta e viu escrito "Salid Patrön". Ficou pensando por alguns segundo mas olhou para uma porta fechada. Era uma porta comum mas havia uma inscrição: "A sala da arte da junção de substâncias". Só poderia ser seu laboratório.

    Ela olhou para o lado de fora e viu que já estava de noite. O homem saiu da cozinha e chegou perto dela. A mesa se encontra na cozinha e tinha apenas duas cadeiras
    - A comida está pronta. Pode se servir!
    Ela estava morrendo de fome, mas não queria passar vergonha. A comida parecia apetitosa.
    - Sei que está com fome. Pegue o quanto for necessário.
    - Alca.
    - Fale.
    - Quem é Salid Patrön?

    O homem tosse. Ficou nervoso a ponto de se engasgar com a comida.
    - Onde viu esse nome?
    - Na porta de um dos quartos da casa.
    - E-ele é meu irmão que sumiu há muito tempo.

    Não parecia que o homem falava a verdade. Era a primeira coisa ruim que Lwuida notou nele. Parecia que o homem escondia algum segredo sobre Salid Patrön.

    Eles comeram. O homem tinha um um hábito de lavar boca com uma pasta especial que ele dizia fazer com que os dentes ficassem mais fortes.

    - Bom, Katarine, se quiser pode dormir no...
    - Quarto do Salid?
    - Sim...

    Alca foi o primeiro a se deitar. Fechou a porta de seu quarto e se apagou. Lwuida ainda ficou pensando em quem seria Salid Patrön.

    De madrugada, um vulto passaeva pela casa. Foi na cozinha, pegou alguma coisa no recipiente que chamava de gelador, cozinhou no fogo à lenha e começou a comer. Parecia ser uma galinha.

    Lwuida somente cochilava e voltava a acordar, ela não conseguia pregar os olhos porque sempre vinha a mesma pergunta em sua cabeça. Como a casa não era dela, ela não ousava a levantar-se e andar pela casa. Mas porque não poderia? O dono estava dormindo mesmo. E assim ela abriu a porta do quarto.

    Estava totalmente escuro mas ela percebeu que parecia vir uma luz de vela da cozinha. Subitamente, a luz se apagou, agora sim estava tudo escuro.

    Ela andava com passos silenciosos, até que os dois gritam. Lwuida foi pega no flagra andando pela casa de madrugada.

    O vulto parecia falar algo.
    - Katarine?
    - Alca?
    - Sim. Ainda bem que é você. Já ia pensando que fosse um invasor de terras.
    - Mmmm. - dizia ela sem graça por ser descoberta. Por sorte estava tudo escuro e sua cara não aparecia.
    - Bom, estava comendo lá na cozinha quando a vela se apagou. Droga! Agora não tenho outra!
    - Alca, no quarto há uma... Posso pegar?
    - Ah, sim sim, claro.

    Lwuida foi até o quarto de Salid, apalpando nas paredes de madeira. ela sabia onde a vela estava, a tinha visto mais cedo, só que no escuro tudo fica mais difícil. Ela chegou até a derrubar algumas coisas que estavam em cima de uma mesa. Foi apalpando e apalpando até encotrar a vela. Depois deu um grito para Alca.
    - Achei!
    - Traz pra mim!

    Ela foi botando as mãos para frente até que achou o braço do homem. Ele pegou a vela e a acendeu com um esqueiro, coisa rara na época.

    A luz se fez porém, era pouca. Alca olhou para Lwuida. Arriscou fazer um convite.
    - Katarine...
    - Oi?
    - Gosta de química? Alquimia? Experiências científicas?
    - Não muito, mas me interesso.
    - Quer ir ao meu laboratório?
    - Ótima idéia. Não tenho nada pra fazer mesmo. - disse ela brincando.
    - Opa! Então vamos!

    Alca então, segurando a vela, orientou Lwuida até a porta do laboratório. Ele pediu licença, pegou a vela e a colocou perto da massaneta da porta. Parecia ter um compartimento. O fazendeiro abriu e fez uma senha. A porta se abriu.

    Com o pouco de luz da vela, podia se ver algumas tochas apagadas e uma escada, como se fosse para um porão. Alca foi andando na frente e acendendo as tochas, com o fogo da vela. Lwuida foi atrás, com um certo "frio na barriga". À medida que Alca acendia as tochas o local ia ficando mais claro e cada vez mais ofuscava o brilho da vela. Aluz chegou a ficar branca e pegava em todos os lugares. Parecia que o homem também conhecia óptica.

    - Posso te fazer um pedido? - Disse Lwuida
    - Claro!
    - Me chame de Lwuida, por favor. Há tempos não me chamam de Katarine, fui mais acostumada e ser a "Lwuida" do que a "Katarine".
    - Como quiser Kata... Ops, Lwuida. - Falou o homem brincando.

    Ela aceitou a brincadeira com um sorriso

    Descendo mais ainda, ela percebeu que chegou no final da escada, e ela era grande. Havia uma outra porta. Ele apertou a massaneta e porta se abriu. Um lugar iluminado foi revelado. Era cheio de tubos de ensaio, frascos e muitas otras coisas. Termômetros, provetas, inúmeros objetos. Por que aquele homem precisava daquilo, se ele morava sozinho e suas descobertas não seriam aplicadas e nem divulgadas em nenhum lugar?

    Lwuida cada vez mais ficava mais interessada pelo homem. Mas ele era bem misterioso, ela não conseguia esquecer de Salid Patrön.

    Quem será que foi, é ou será Salid Patrön?
    Love must be forgotten.

  3. #3
    Avatar de Lorofous
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    Ainda não li o capítulo todo pq é grande pra kirilhous
    Mas te digo uma coisa: Boa a história...
    A descrição da personagem ficou tão boa, que cheguei a ficar excitado com a garota...
    Depois lerei o resto.
    Abraços do


    “I'm a traveler of both: time and space."

    Extenção
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  4. #4
    Avatar de RolissOO
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    Eu não costumo muito comentar as histórias que leio, porém essa me chamou MUITA atenção, gostei muito da história! Por favor continue-a :o

  5. #5
    Avatar de Legendary Claus
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    Bom... Li inteiro seu capítulozão ajauehuaeh....

    Gostei muito da história, muito mesmo...

    Clichê? Em momento algum... História inovadora e totalmente original...

    Bem escrita e com raros erros de português...

    Tá nos favoritos, espero segundo capítulo...

    Abraço!




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  6. #6
    Avatar de Deanita
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    Capítulo 2 - Alca, Um Gênio Misterioso


    - Alca... Que lugar! - disse ela impressionada.
    - Diferente e belo, não acha?
    - Sim!
    - Mas por que tem tudo isso aqui?
    - Gosto disso, tudo me faz sentir bem esquecer do meu passado.

    Lwuida se lembra outra vez da pergunta. Ela queria saber de qualquer jeito:
    - Desculpa perguntar outra vez mas quem é Salid Patrön? Eu já sei que não é seu irmão... Deu pra perceber quando você falou aquela mentira.
    - Esse é o meu passado! E como eu disse, quero esquecê-lo! Sim, é mentira o que disse sobre ele, porque na verdade...
    - Na verdade?
    - Falei demais. Esqueça tudo, por favor. - falou o homem, quase chorando.

    Mas por pouco tempo foi quase chorando. Depois, Alca derrama sua primeira lágrima. O choro de homem era frio, fazia sentir pena. Parecia que ele carregava uma forte culpa, uma angústia tremenda. Seu choro passava tristeza.

    Mas como? Como um homem aparentemente tão inteligente, sensato, de coração limpo, pode carregar tamanha culpa, tamanha angústia, tamanha tristeza? Lwuida, cada vez mais interessada pelo homem e seu mistério tentou o ajudar.
    - Alca, me conte tudo sobre seu passado. Desabafar com alguém pode ser o começo pra arrancar tudo de ruim que está aí, dentro de você.
    - Se eu te contar... Vai ser a primeira pessoa a querer me matar para não correr riscos.
    - Riscos? Que riscos?
    - Você não querer saber. Você só vai ter vontade de me matar e me matar, assim como todas as pessoas que sabem sobre esse nome
    - Alca, me fale tudo, tudo que te atormenta, tudo que te faz sentir mal.
    - Mas...
    - Mas nada, seu não me contar, você vai ficar aí chorando pelo resto da vida! E outra... Se não contar, irei embora, irei para Barmstrad, volto para Asemorfät mas aqui eu não fico!

    O homem, que estava encostado numa das mesas, abaixou a cabeça, enxugou as lágrimas e começou a falar.
    - Está bem... Você ganhou! - dizia ele ironicamente.
    - Então vamos, diga!
    - Por favor, agora intenda meu lado. Eu irei te falar, mas não posso te garantir que falarei agora. Isso meu causa uma enorme dor no peito! Quando lembro disso, não consigo pensar em mais nada! Foi por isso que não durmir hoje, foi por isso que em quase todas as noites eu não durmo!

    Lwuida pareceu entender o sofrimento de Alca. Ela olhou para a cara do homem, que estava de olhos fechados. Podia se perceber algumas lágrimas nela também.

    O homem ainda chorava. Dois braços se estenderam. Ela o consolou.

    Lwuida o abraçou forte e ele tremendo, fez o mesmo. Mas que seria esse mistério? Por que seria Alca, um homem tão triste, solitário e odiado? O que ele poderia ter feito de ruim, se ele relamente fez algo de ruim?

    - Alca, se não quiser me contar agora, não precisa... Acho que falei aquilo da boca pra fora. - disse Lwuida

    O homem apenas enxuga mais uma vez suas lágrimas e subia as escadas, calado, cabisbaixo.

    Lwuida ainda ficou em baixo, mas logo depois subiu, derramando poucas lágrimas. Alca deitou e apagou, dessa vez era de verdade, ele conseguiu dormir. Ela também já estava meio cansada e se deitou.

    O dia amanheceu, logo que acordou, um bom cheiro entrava pelas narinas de Lwuida. Ela se levantou e foi até cozinha. O homem fazia a comida.
    - Pão caseiro? - perguntou ela.
    - Nossa, Acordou? Sim, é um pão caseiro, uma velha receita que aprendi com minha mãe.
    - E você tem mãe? - disse ela brincando.

    Ele soltou uma leve risada enquanto mechia no fogão a lenha.
    - Sim, é claro que tive!
    - Não me diga!?
    - Hum, aposto que se você conhecesse me mãe ia se dar bem com ela, ela era brincalhona como você... Mas ao contrário de todos da minha família que eram faladeiros, gostavam de sair para praias, eu sempre fui quieto e caseiro.

    Dizendo isso, Alca tira o pão do fogão. Parecia apetitoso.
    - Bom... Eu não bebo café, desculpe-me se não tenho.
    - Que nada, nem se preocupa, não. Também não sou muito chegada!
    - Ainda bem! Melhor que não passo vergonha!

    E eles foram comendo e conversando, pareciam velhos amigos.

    - Ah, uma coisa. Me conte mais sobre você, a única coisa que sei foi que você é uma ladra que veio parar por aqui nua. - Disse o homem brincando e sorrindo.
    - Hmmm, será que é eu que devo falar mais sobre mim? Tem certeza disso? - Repondeu ela brincando, com uma pergunta.
    - Ah, você já sabe que eu moro aqui, tenho muitos livros, um laboratório, e mais
    um monte de coisas!
    - Mas mesmo assim não sei muito sobre você. E... Eu também nao tenho muito pra falar de mim. Nossa, esse pão é maravilhoso! O que colocou nele?
    - Trigo, água e tudo que se põe num pão. O negócio é que eu faço diferente.
    - Você cozinha muito bem!
    - Cozinho nada! Isso é o que eu como todos os dias sozinho aqui falando com os animais, às vezes acho que alguém ter mandado você aqui foi um milagre!
    - Milagre? Milagre foi eu ter parado aqui e ter me desapegado de coisas materiais. Você acredita que antes eu era um tanto supérfula?
    - Você não me pareceu assim...
    - Realmente, Quando me vi com essa roupas, machucados curados e esses pontos na cabeça, inconsientemente, eu fui me acostumando que não é só de dinheiro que se é feliz.
    - Hmmm, e se acostumou rápido pelo jeito.
    - Hehe, sim. - Disse ela com um lindo sorriso.

    E eles riam. O homem, nesse dia, parecia estar mais divertido. Para um homem que vive solitário, ele era muito informado. A vida de Alca era simples, o que aquele homem poderia fazer se ruim? Por que alguém queria matá-lo?

    Lwuida já havia comido. Alca estava arrumando a mesa quando a porta da casa foi derrubada. Lwuida ficou subitamente espantada. Alca quando olhou para a porta, teve um susto tremendo.

    Ela, que estava na frente dos homens, foi jogada para o lado enquanto os homens de grande porte e bem armados pegavam Alca.

    A ladra, meio tonta, viu pouca cosia. Sua última visão foi vendo Alca sendo levado algemado pelos homens nas costas, dizendo.
    - Barmstrad, vá para lá!!!

    O corte na sua cabeça era profundo, o que fez ela desmaiar.

    Sua visão outra vez foi habilitada, assim como todos os outros sentidos. A dor na cabeça era mais forte apesar dos pontos, que não se desfizeram.
    - Caramba!

    Xingou muitos palavrões por causa da dor.
    - Merda! Tava muito bom pra ser verdade. Agora to perdida...

    Ela olhou para a porta, estava aberta. A casa, organizada porém a cozinha estava totalmente fora do lugar. Estantes!? Sim! Livros, altas, mapas! Ela poderia se localizar e sair dali. E começou a procurar.

    Chegando em Barmstrad, sendo carregado num carro da milícia, Alca estava indignado. Fora preso e sem ninguém para ajudá-lo. Onde está Lwuida, será que ela virá?
    - Vamos,homem! Ninguém mandou fazer tantas coisas contra nós! - Dizia um dos guardas.
    - Eu não fiz nada!
    - Ha! Pare de mentir, homem!
    - Eu não fiz nada!
    - Bom, não vou discutir com você, quem vai te interrogar vai ser o delegado! E se prepare, ele não tem andado de bom humor!

    Alca estava apavorado porém, tentava não demonstrar.

    Lwuida, na casa do homem, procurava os mapas.
    - Mapas, mapas! Onde estão vocês?

    Ela viu que, procurando com rapidez, ia ser difícil de se achar. Usou mais uma de suas técnicas. Se concentrou, fechou os olhos e procurou de novo. Desta vez, achou.
    - Aí!

    Era um mapa bem simples, feito de um papel bem frágil e meio amarelado. Ele indicava as posições da casa de Alca, de Asemorfät e de Barmstrad. Lwuida logo entendeu o mapa. Olhou para a cozinha, estava com fome. Comeu umas maçãsn e pegou outras frutas e alimentos, mas onde guardá-los? Foi ao quarto de Alca. Uma estranha foto. Existia foto naquela época. Dois Alcas? Não era possível. Olhou mais de perto. Sim, sim! Dois Alcas! Arrancou a foto da elegante moldura. Procurou alguma bolsa. Abriu o armário e achou. Não era muito grande mas parecia bem resistente. Tinha até um cantil.

    Voltando a cozinha, pegou os alimentos. Na sala, olhou mais um pouco para a jeitosa casa. Foi em direção a porta.
    - Adeus! - Disse ela já fora da casa.

    Saindo da casa, ela pega água no lago e põe no cantil. Ainda estava indecisa. Iria atrás de Alca e descobrir seu mistério, ou voltar a Asemorfät e continuar sua antiga vida? Pensou um pouco. Escolheu a segunda.

    Na delegacia de Barmstrad, o homem barbudo e corpulento e aparentemente arrogante, esperava Alca sentado. O fazendeiro, algemado, sentou-se na cadeira, de frente para uma mesa e para um homem.
    - Muito bem, Salid Patrön... Pronto para pagar por tudo que fez? - Disse o homem, ironicamente.
    - Eu não sou essa pessoa!
    - Certo, Salid. Você pensa que eu tenho cara de besta!?
    - Eu não sou essa pessoa!
    - Então faremos de conta que não.

    O homem não sabia mais o que fazer. Só pensou em Lwuida. Ela teria que vir, se não a vida dele, não seria mais vida.

    Lwuida andava de volta a Asemorfät. Parou, olhou para cima, estava no entardecer. Céu alaranjado. Pensou em Alca. Pensou em tudo que passou com o fantástico homem. Olhou para baixo, chorou. Olhou para o lado. Correu outra vez porém agora, para Barmstrad.

    - Bom, Salid. Você sabe que sua ficha não é nada limpa, né?

    Alca se cala. O homem não se contenta em ficar sem resposta.
    - Intão nao vai responder? Pois bem, vou lhe falar então. Condenado por: tortura, danos físicos, danos mentais, homicídio culposo, atentado a saúde pública, entra muitas outras coisas. Sabia disso, não sabia? É claro que sim!
    - Eu não fiz isso.
    - Então o grande sábio e químico, Salid Patrön, não sabe disso?
    - Eu não sou essa pessoa! - Gritou Alca.
    - Fale baixo, Salid. Agora você está sob meu poder. Você não tem idéia das maldades que fizeste conosco, com o nosso povo.
    - Eu não tenho esse nome! Meu nome é Alca Patrön!
    - Hahahahahahaha! Alca Patrön?
    - Isso mesmo...
    - Gente como você me irrita! Bom, Salid, você já deve saber de que quando sair daqui vai ir direto para a cadeia, não?
    - Eu não posso ir para a cadeia porque não sou essa pessoa!

    A velocidade de Lwuida era tremenda. A técnica utilizada permitiu ela de se locomover mais rápido. Consistia em fazer o vento bater em sua pernas numa grande velociade, que a empurrasse para frente, gastando a mesma energia que uma corrida normal só que com velocidade maior. Já estava vendo Barmstrad.
    - Espere, Alca! - Pensava.

    Voltando ao interrogatório, que mais parecia briga.
    - Você não sabe como tenho nojo de sua cara, Salid. Bom já perdi meu tempo demais te falando tudo isso. Meus guardas disseram que você estava acompanhado de uma mulher na sua casa na floresta, seria ela a esposa de Salid Patrön? Ou apenas mais uma daquelas prostitutas que dormem com criminosos apenas por fama?
    - Não fale assim!
    - Mmmm, quer dizer que é uma pessoa importante para você? Creio que você ficaria muito triste com a morte dela... Talvez somente assim você entregaria tudo e poderíamos te prender sem maiores preocupações. Aliás, qual o nome dela?
    - Não vou responder!

    O homem pegou um chicote. Nas costas de Alca, depois do estalo, apareceu o vermelho.
    - Aahhhh! - Gritou o fazendeiro de tanta dor.
    - Qual o nome dela?
    - Não vou responder!
    - Quer outra dessa?
    - Não vou responder!
    - Você é quem sabe! - Outra vez ergueu o chicote, desta vez, no abdômem de Alca. - Vai responder ou não?
    - Aahhhh! Ka-Katarine...
    - Katarine? E o sobrenome?
    - Louret.
    - Katarine Louret?

    O homem andou até porta.
    - Guarda, veja se Katarine Louret tem ficha criminal aqui em Barmstrad. Se não tiver, procure de outras cidades.

    Depois o homem volta a escura sala com o homem chicoteado duas vezes.
    - Não precisa procurar a Lwuida!
    - Mmmmm, então ela tem até apelido? Espere mais um pouco.

    O homem voltou a porta. Falou com o guarda novamente dessa vez do apelido "Lwuida".

    Lwuida estava na entrada de Barmstrad. O luar da cidade era lindo. As casas muito belas, feitas de madeira e pedra basicamente. Um clima bem aconchegante. Se via no morro a periferia, que dava um toque mais especial.

    Viu uma senhora. Tinha uma cara bondosa apesar de parecer triste e cansada.
    - Ei senhora!

    A velha olhou para trás.
    - Diga minha filha?
    - Onde fica o centro militar de Barmstrad?
    - Va andando pela direita nessa rua, depois siga reto na quarta entrada para a esquerda.
    - Obrigada. - Lwuida já ia se distanciando da senhora, sua triste face deixou Lwuida emocionada - Senhora?
    - Sim, filha?
    - Precisa de ajuda?
    - Ah minha filha, muito obrigada mas não preciso, não... A única coisa que eu queria era que Salid patön fosse preso e condenado a prisão perpétua. Dizem que ele chegou na cidade há algumas horas.
    - Salid Patrön?
    - Sim, Pôr que? Conhece-o?
    - Não, não, achei parecido com o nome de outra pessoa que conheço. - Disse Lwuida disfarçando.
    - Bom, muito obrigada. Vou ir se não, não dou os parabéns ao meu filho hoje, é aniversário dele. Adeus garota.
    - Adeus senhora...

    Ela estava pasma. A senhora falou de Salid Patrön. Lwuida cada vez mais precisava achar Alca.

    - Ah, Alca, preciso te achar, homem! - Pensava em voz alta.

    Na escura sala, o homem olhava atentamente para Alca. A porta se abrira revelando um feixe de luz fraca. Ele se levanta e vai em direção a porta. Pega os papéis.
    - Katarine Louret? Vejamos... - Ele lê as folhas - Bom, Salid, acho que sua amiga não é uma boa companhia... Ladra de Nível 7 de 10, mais conhecida como Lwuida, costuma roubar joalherias e museus com crimes quase perfeitos...
    - Ela não é mais assim! Você por acaso já pensou no que leva alguém a roubar?
    - E você já pensou no que leva alguém a ser comparado com um monstro? Pois eu acho que sim, não é? - Dizia o homem, ironicamente.
    - Não, você tá errado! Nunca pensei nisso! - Disse Alca, enfrentando o homem.
    - Cale-se! - outra vez o chicote acerta o fazendeiro, em sua perna.
    - Se pensas que com o poder da força bruta pode ser a sua glória, faça sua glória em você mesmo!

    Barulhos são ouvidos de dentro da sala, parecia alguma coisa estar se quebrando. Espere, não só uma coisa mas sim um construção inteira se quebrando. O delegado se levantou espantado. O tumulto parecia ter se acabado, mas ele foi verificar. Abriu a porta. Um aperto no pescoço, seguido de uma cotovelada na cara fez o delegado desmaiar.
    - Katarine?
    - Lwuida! Quantas vezes já pedi para me chamar de Lwuida?
    - C-como entrou aqui?
    - Sem tempo para perguntas. Vamos fugir!

    Ela pegou as chaves de cima da mesa e abriu as algemas do homem. Assim
    ele sairam correndo, indo para a periferia da cidade.
    - Alca, sugiro que vamos para a parte florestal da cidade... Se ficarmos por aqui ainda podem nos achar... Aguenta correr?
    - Sinceramente não... A chicoteada na perna ta doendo demais.
    - Caramba! Espere... - Olhou nos arredores - Merda! Não conheço essa cidade.
    - O que tá tentando achar?
    - Um esconderijo.
    - Podemos dormir numa taverna-hotel. Não é de uma qualidade boa mas é que podemos ter.
    - Como não temos outra opção...

    Haviam várias tavernas na periferia de Barmstrad. A que eles escolheram era bem simples. Feita de pedra com uma porta de madeira. Na entrada, um balcão típico do lugar e as mesas e cadeira de paraju. Atrás, iluminado pelo fogo das tochas, estava o balcão do hotel.

    Quando entraram foi uma grande gritaria como sempre. Gente jogando, bebendo, dançando, tocando e tudo mais.

    Eles foram para o balcão do hotel. Um gentil homem tomava conta.
    - Bom dia senhores, procuram um quarto?
    - Sim.
    - De que tipo?
    - Duas camas de solteiro.
    - Hmmm. 5 moedas de prata.
    - Certo!

    Lwuida tirou do bolso as moedas e entregou ao homem. Em troca, ele deu as chaves e o número do quarto.

    O acesso aos quartos se dava por uma escada do lado do balcão. Era iluminado por tochas também e tinha um sistema de ventilação. Viraram à esquerda e acharam o quarto. Número 8.
    - É aqui.

    Um quarto bem simples e assim como o resto da taverna, com paredes de pedra. As camas era bem feitas apesar de simples. Colchões razoavelmente confortável, muito bom para uma taverna. Tinha também pequenas tochas nas paredes.

    Lwuida deitou, o dia hoje foi cansativo. Alca também se deitou.
    - Boa noite, Alca
    - O mesmo para você.

    E dormiram.

    - Mestre! - Dizia um estranhíssimo ser com uma voz forte.
    - Sim?
    - Tenho uma boa notícia a lhe dar.
    - Sobre?
    - Salid Patrön...

    Um copo cai no chão. E quebra. O homem se levanta.
    - Não acredito! Depois de tantos anos tenho notícias daquilo de novo!
    - Quer ouvir o que tenho a dizer?
    - Sim, claro. Diga.
    - Na baixa floresta de Barmstrad ele foi capturado hoje à tarde. Depois fugiu da delegacia. Isso significa qu...
    - Que ele não está muito longe! Aliás aquilo também pode ser chamado de humano, deve estar dormindo agora.
    - Ainda tenho mais coisas para falar.
    - Fale, fale.
    - Os guardas disseram que uma mulher ajudou ele a fugir.
    - Uma mulher?
    - Sim. Mas também falaram que ela era uma ladra muito perigosa. É conhecida como... "Lwada"... Deixe-me ver... Lwuida, é conhecida como Lwuida.

    O homem senta de novo na poltrona.
    - Ric, me faça um favor. Mande todos os meus empregados atrás dele agora, neste momento. Mandem eles procurarem em Barmstrad e ao redor de lá.
    - Certo.

    O estranho homem sai da estranha casa, que tinha uma beleza um tanto quanto diferente.
    Love must be forgotten.

  7. #7
    Avatar de RolissOO
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    Porr* que história foda.. to gostando d+!
    continua please!

  8. #8
    Avatar de zack746
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    Eu acabei de ler os dois capitulos...

    Achei legal, mais tô sentindo que tá faltando alguma coisa. As vezes a descrição tá uma maravilha, só que em alguns momentos fica rápido demais, normalmente em momentos críticos onde você poderia explorar as emoções, tipo a cena do interrogatorio, ele fala que não vai falar nada, leva duas porradinhas e fala na hora, fica meio estranho um cara com uma descrição daquela fazer isso.

    Tente descrever mais, ainda toh sentindo que foi muito rápido, até a propria ladra falou que se adaptou muito rápido, meio paradoxal.

    Continue, e tente escrever textos menores mais que seja mais profundos, textos longos cansam facilmente, e a divisão de cenas no interrogatorio não ficou bom.

    Bye bye and Good Luck.

  9. #9
    Avatar de Deanita
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    Capítulo 3 - Pele De Crocodilo

    Ele parecia mais um monstro do que gente. Seus cabelos, longos, negros e lisos. Sua pele numa cor amarelo-escura e aparentemente áspera. Ric era seu nome. Roupas que cobriam quase todos o seu corpo, estilo "detetive".

    Ele ia saindo olhando para a imensa casa. No quintal da mesma, árvores secas e esculturas feitas a partir de arbustos. Ela possuia um tipo de torre que fazia a casa parecer uma catedral.

    Estava frio e ele sumiu dentro da neblina.

    Da neblina, Ric aparece novamente num pequeno casebre feito basicamente de madeira. Dentro dele, uma escada que dava acesso à parte de baixo do casebre. Lá, homens fortes e com armaduras.
    - Vão até Barmstrad e procurem por este homem.

    Ele mostrou a foto de Alca.
    - Não procurem comente pela cidade assim como envolta dela também. Andem depressa, Barmstrad está a mais ou menos um quilômetro daqui. Vão!

    Todos eles se levantaram e foram em direção a Barmstrad.

    Ric calmamente anda até a entrada do casebre. Lá, anda novamente entre as neblinas e desaparece outra vez.

    Aparece novamente em frente a uma formosa casa. Paredes bonitas feitas de um tipo de tijolo bem diferente. Abre a porta e entra. Um órgão o esperava. Ele sentou, e começou a tocar e a cantar. Um grande talento musical, ele tinha.

    Canções tristes. Também tocou góspel, era bem religioso apesar de não parecer.

    Cantou uma bela porém triste música.

    Aposentou o órgão, foi se deitar. Por que ainda deveria obedecer àquela pessoa? Não era justo. Mas mesmo assim dormiu, aliás não tinha muito a fazer, sua diversão era tocar o órgão.

    O homem acorda. Mas ainda estava deitado. Seu quarto se localizava na parte de cima da casa.

    Tinha acordado, estava sem sono. Pensou em muitas coisas.
    - "Não deveria ter feito isso com eles... Alca não pode pagar por coisas que não fez, apesar de ter escolhido ter a culpa. Mas esse é meu trabalho, se me demitir não sei do que vou viver... Aliás, ninguém aceitaria trabalhar com um monstro. Músico? Não, ninguém também iria querer ouvir músicas de um monstro. Acho que o jeito é continuar, se não, do que vou sobreviver? Mesmo indo contra meus princípios, ainda vou ter que trabalhar para ele." - Ric pensava.

    Tirou o edredom e desceu da cama. Estava frio. Colocou um casaco bem confortável e quente, feito de um tecido não muito tradicional.

    Foi ao oratório e rezou em latin o "Pai Nosso". Ele pedia por perdão.

    Desceu as escadas. Voltou ao térreo e foi até a biblioteca. Era gigante. Na noite, o tom azul a deixava mais assustadora e bonita. Procurou por livros de histórias da quais já tinha lido muitas delas. Pegou uma que não havia lido.

    Voltou à sala, acendeu a lareira e se fez a luz, além de aquecê-lo. Abriu o livro, que era bem grosso e começou a ler.

    Exatos trinta minutos lendo. Não aguentou de tanta angústia, ele tinha que ajudar Alca. A essa hora ele já devia ter sido pego.

    Subiu as escadas, foi até o quarto. Tirou o casaco e pôs sua roupa tradicional.
    - "Eu só posso estar ficando maluco por fazer isso." - Pensava.

    E saiu da bela casa.

    Em Barmstrad, os homens descobriram os passos de Alca e Lwuida. Acharam até a taverna onde estavam.

    Eles bateram na porta. Alca acordara.
    - Ai meu Deus!

    A porta parecia estar sendo arrombada.
    - Katarine! Katarine! Acorda!!!

    Lwuida estava dormindo pesado. Alca levantou e foi até a cama dela e a empurrou de leve.
    - Acorda, Katarine!

    Ela acordou.
    - Ahn? O-o que foi? - Dizia ela ainda sonolenta.
    - Tem gente querendo nos pegar. Eu não sei o que fazer!
    - Ai meu Deus! Pelo amor de Deus!

    E porta foi arrombada.
    Os sete homens apareceram, todos bem armado e protegidos. Olharam sedentos para Alca. Mostraram a foto, era ele mesmo. Foram atrás do homem.

    Fumaças, desaparecimentos. Alca e Lwuida sumiram.

    - Alca Patrön! Muito tempo não acha?

    Alca ouviu uma voz conhecida no lugar onde ele nem sabia qual era.
    - Vai dizer que não me conhece, Alca?
    - R-Ric? - Disse o fazendeiro.
    - Quem é ele, Alca? Eu não estou vendo ninguém!
    - Vejo que tenho de me apresentar.

    O Homem sai de um lugar escuro. Estava cabisbaixo. Ele levanta a cabeça e mostra seu "monstruoso" rosto.
    - Ric, Ric Artar! Lembra de mim agora, Alca?
    - Saia daqui! Não farás mal nenhum nem a mim nem a ela!
    - Alca... Eu tenho certeza que você não teria a coragem de me machucar. Na verdade estou aqui em paz.
    - Só porque tu rezas à noite por todos os pecados que fazes durante todo o dia não significa que tens paz ai dentro.
    - Você também esqueceu quem são aqueles homens, não Alca?

    Alca lembra do rosto dos homens. Eram os mesmos.
    - M-mas você não comanda eles?
    - Sim.
    - Sinceramente não entendo... Por que você foi contra uma ordem que você mesmo deu?
    - Sempre soube que você é uma boa pessoa, Alca, muito diferente de...
    - Diferente de quem? - Interrompe Lwuida.
    - Ainda não contou a ela?
    - As vezes parece que você fala com ironia!
    - Na verdade não parece, eu falo com ironia. Não é porque eu quero e sim porque é um costume.

    A ladra estava amedrontada. O misterioso e monstruoso homem parecia ser bom, mas não retinha pequenas expressões malígnas.
    - Vou levá-los para minha casa.

    Uma neblina densa aparece novamente.

    Eles aparecem agora, na casa do órgão.
    - Lembra da casa, Alca?
    - Eu não vou entrar aí! E você, Katarine?

    Lwuida estava amedrontada e paralizada.
    - Katarine?
    - O-oi?
    - Se quiserem dormir no lado de fora é só falarem que eu trago um cobertor. Mas garanto que dentro da casa está muito mais quente. - Disse Ric.

    Alca parou, pela primeira vez demonstrava uma cara mal-humorada, de desconfiança, maliciosa.
    - Por que deveria entrar? Aliás, não era você que dava as ordens para aqueles homens me pegarem?
    - Alca, sabes muito bem que eu não faço isso por vontade própria. Mas fica tranquilo, não obedeço mais ordens de ninguém, só do meu Deus.

    Alca chama Lwuida que não conseguia falar uma palavra, ainda não sabia o porque. Eles entram na casa, ainda desconfiados.

    O homem foi mais adentro. Pegou um violino e entregou na mão de Alca.
    - Ainda sabe tocar?
    - Sim.

    - O que foi? Está com medo da minha cara? - Falou Ric, ironicamente.

    Parecia ser isso que a incomodava.
    - Eu creio que uma coisa te ajudará a esquecer do meu rosto e me ver como outra pessoa.

    Ele deixa o violino com Alca e entra mais para dentro da casa. Escura, ela estava. Ele voltara com uma Bíblia em mãos. Aberta.
    - Leia este salmo.

    O salmo falava de não se importar com a aparência exterior de uma pessoa. Um exemplo disso seria Satanás que apareceria sempre com um belo rosto mas por dentro era puro mal.
    - Estás mais tranqüila agora? - Um momento de silêncio. - Bom Alca, vamos tocar, a música pode dar a ela calmaria.

    Alca preparou o violino, era um tanto lindo. Feito com uma madeira que a cor parecia mogno. Talvez fosse até pau-brasil. Ric foi em dieção ao órgão.
    - Ah, Alca! Ainda lembra daquela música?
    - Sim...

    E começaram a tocar. Alca tocava o violino como se há anos já tivesse aprendido a tocar.

    Lwuida ouvia a música e ficava mais tranqüila, como Ric disse. Eles tocavam de olhos fechados, dava mais emoção.

    E ficaram minutos tocando a mesma música, que parecia não ter fim.

    Até que subitamente, Ric para de fazer seu som. Pressentira algo. Só podia ser ele.
    - O que foi? - Perguntou Lwuida.

    Ele tira o violino da mão de Alca.
    - Não da pra te entender. - Falou o fazendeiro.
    - Depois entenderão.

    Levou o violino até o depósito. Voltou falando coisas estranhas e com voz baixa.
    - Se ele vier aqui eu estou perdido. Onde posso esconder esses dois?
    - O que foi, Ric?
    - Subam! Se escondam onde quiserem!
    - Porque?
    - Não me perguntem nada, apenas subam e se escondam.

    Eles atenderam à ordem do homem.

    Se passou um tempo e a porta se abriu. Era quem Ric pensava.
    Love must be forgotten.

  10. #10
    Avatar de RolissOO
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    vc vai para mesmo com essa história?:wscared:
    tava tão boa.. continua!

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