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Tópico: Onda de Choque

  1. #11
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    Interessante. Eu não acho que haja problemas na história ser sobre Tibia, desde que não se envolva totalmente todos os elementos do jogo. Estarei acompanhando.

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  2. #12
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    Citação Postado originalmente por CRonaldo 10
    Eu não acho que haja problemas na história ser sobre Tibia, desde que não se envolva totalmente todos os elementos do jogo.
    Eu não disse que há esse tipo de problema, até porque, senão, eu nunca comentaria em cada capítulo que o Manteiga posta. Só acho que muitas vezes, vários aspectos do jogo não são conhecidos de todos. Um bom exemplo, sem dúvida, é o Elementals, que nunca jogou Tibia.

    Eu só pedi pra ele tentar deixar o mais claro possível esses lugares.

  3. #13
    Avatar de Neal Caffrey
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    Citação Postado originalmente por Hovelst Ver Post
    Eu não disse que há esse tipo de problema, até porque, senão, eu nunca comentaria em cada capítulo que o Manteiga posta. Só acho que muitas vezes, vários aspectos do jogo não são conhecidos de todos. Um bom exemplo, sem dúvida, é o Elementals, que nunca jogou Tibia.

    Eu só pedi pra ele tentar deixar o mais claro possível esses lugares.
    Não fiz para quotar você, Hovelst, eu fiz para quotar o Elementals. Sempre que alguém entra num tópico e vê que a história é sobre o jogo, fala a mesma coisa. No meu roleplay, aposto que Melgraon, Drasty e Elementals entraram para ver como ele estava se desenhando, mas ficaram com a mesma decepção ao verem que era relativo ao jogo.

    O que eu quis dizer, é que o povo radicaliza muito as histórias que têm a ver com o jogo. Óbvio, ninguém é obrigado a gostar, naturalmente. Mas eu acho que usar o ESPAÇO do jogo, como por exemplo suas cidades e locais, é o mesmo que criar uma outra cidade e nem sempre tem a ver 100% com o jogo. Não se preocupe, Hovelst, não foi você que eu quis quotar. E com certeza, o Elementals é um escritor muito melhor do que eu, mas eu só quis deixar minha opinião sobre esse tipo de história mais clara.
    Última edição por Neal Caffrey; 29-07-2008 às 14:17. Razão: erro de formatação
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  4. #14
    Avatar de Drasty
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    Olá, perdão pela demora.

    Gostei do capítulo. Não tenho como fazer grandes críticas a sua forma de escrever, já que é a primeira vez que te leio. O jeito é esperar e ver o que está a caminho. Entretanto, tenho algumas coisas que não gostei a comentar.

    Primeiro, o fato de você mencionar que os "brilhantes arquitetos" não deixariam brechas para ladrões como a personagem. Você diz isso e em seguida ele acha uma entrada, o que, para mim, ficou equivocado de certa forma. Lógico que eles podiam ter errado, mas eu realmente senti esse equivoco principalmente por causa dessa passagem "maior fortaleza do mundo" e pelo fato de ele ser um só.

    Segundo, o uso de artigos definidos. Como aqui:

    - Não olhe pra baixo - Murmurava para si mesmo o homem.
    Achei estranho você falar o homem já que nós leitores não o conhecemos. O mais comum seria "um homem", mas acho que isso deve ficar a seu critério, apesar de estranho.

    Bom, é isso. Esperando o próximo.

    Citação Postado originalmente por CRonaldo10
    Não fiz para quotar você, Hovelst, eu fiz para quotar o Elementals. Sempre que alguém entra num tópico e vê que a história é sobre o jogo, fala a mesma coisa. No meu roleplay, aposto que Melgraon, Drasty e Elementals entraram para ver como ele estava se desenhando, mas ficaram com a mesma decepção ao verem que era relativo ao jogo.

    O que eu quis dizer, é que o povo radicaliza muito as histórias que têm a ver com o jogo. Óbvio, ninguém é obrigado a gostar, naturalmente. Mas eu acho que usar o ESPAÇO do jogo, como por exemplo suas cidades e locais, é o mesmo que criar uma outra cidade e nem sempre tem a ver 100% com o jogo. Não se preocupe, Hovelst, não foi você que eu quis quotar. E com certeza, o Elementals é um escritor muito melhor do que eu, mas eu só quis deixar minha opinião sobre esse tipo de história mais clara.
    Não concordo e acho errôneo você me citar já que minha história antes era sobre Tibia, só mudei para ter mais liberdade. E sobre seu roleplay acho ridículo você falar que eu não olhei até porque você também nunca passou no meu. Seu roleplay é clichê puro e ainda acho que você e outros tem uma mentalidade "animê" na cabeça o que piora ainda mais o seu Roleplay. Já li quatro de seus capítulos, só não comentei porque não achei necessario ratificar o que os outros disseram.

    Não quero te criticar nem nada, você faz o que quiser. Apenas não me cite quando não souber melhor sobre mim e até sobre meu roleplay. Não tenho preconceito contra histórias de Tibia, só acho que eles devem ser inteligentes e inovadoras.

  5. #15
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    Achei o capítulo bem escrito, mas não senti necessidade de frizar mais nada, está normal.

    Citação Postado originalmente por CRonaldo 10 Ver Post
    Não fiz para quotar você, Hovelst, eu fiz para quotar o Elementals. Sempre que alguém entra num tópico e vê que a história é sobre o jogo, fala a mesma coisa. No meu roleplay, aposto que Melgraon, Drasty e Elementals entraram para ver como ele estava se desenhando, mas ficaram com a mesma decepção ao verem que era relativo ao jogo.

    O que eu quis dizer, é que o povo radicaliza muito as histórias que têm a ver com o jogo. Óbvio, ninguém é obrigado a gostar, naturalmente. Mas eu acho que usar o ESPAÇO do jogo, como por exemplo suas cidades e locais, é o mesmo que criar uma outra cidade e nem sempre tem a ver 100% com o jogo. Não se preocupe, Hovelst, não foi você que eu quis quotar. E com certeza, o Elementals é um escritor muito melhor do que eu, mas eu só quis deixar minha opinião sobre esse tipo de história mais clara.
    Antes de tudo, só porque eu critico bastante, não quer dizer que eu escreva bem. Creio que tu não lestes nenhum dos meus textos, até porque eu posto pouquíssimo(as histórias) por aqui.
    Mas as histórias de Tibia são sempre a mesma coisa, tomam o mesmo rumo; E a maioria não dá espaço pra quem não conhece Tibia, porque até nem me localizo na maioria das histórias.




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  6. #16
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    @Drasty
    Não vou discutir com você aqui pra não virar off-topic. O que piora ou não o meu roleplay, sou eu quem decido. Você com certeza não é o dono da verdade. Se você acha que é clichê, susse, cada um com a sua opinião. E não se engane, Sobre anões e elfos eu li, desde quando você ainda tratava sobre Tibia nele. Só não postei nada, porque eu ainda não fazia parte da seção. Pode ser que o meu roleplay não tome o rumo que você quer, mas ele está tomando o rumo que eu e todas as pessoas que postam nele querem.

    Mais alguma coisa? Private serve pra isso. Chega de floodar no roleplay do cara.

    @Elementals
    Pelo contrário, acho você um excelente usuário. Sei que você nunca jogou Tibia, sei que você não vai jogar nem tem curiosidade para saber como as coisas são, pra vc se localizar direito nas histórias. Eu acho que existem algumas histórias que são bem explicativas, sobre Tibia (veja Ferumbras), e nem todas são a mesma coisa. Peço desculpas se me expressei mal, mas não foi isso o que eu quis dizer. Sinto muito de verdade. Me perdoe.

    Muito mais fácil lidar com pessoas que têm educação.

    Como eu disse, private, pra qualquer tipo de argumentação ou contrariação.

    @Topic
    Como eu frizei, eu estarei acompanhando. Achei muito bem escrito e estarei de olho até o final fazendo as minhas postagens.
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  7. #17
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    Citação Postado originalmente por CRonaldo 10 Ver Post
    @Drasty
    Não vou discutir com você aqui pra não virar off-topic. O que piora ou não o meu roleplay, sou eu quem decido. Você com certeza não é o dono da verdade. Se você acha que é clichê, susse, cada um com a sua opinião. E não se engane, Sobre anões e elfos eu li, desde quando você ainda tratava sobre Tibia nele. Só não postei nada, porque eu ainda não fazia parte da seção. Pode ser que o meu roleplay não tome o rumo que você quer, mas ele está tomando o rumo que eu e todas as pessoas que postam nele querem.

    Mais alguma coisa? Private serve pra isso. Chega de floodar no roleplay do cara.
    Antes de mais nada desculpa Mateiga, mas depois eu peço para algum modera deletar esse comentário.

    Pra começar, se você mesmo me mandou mandar private porque não mandou? E outra, se EU acho que é clichê? Cara olha tua história... Eu não decidi nada sobre sua história, o rumo que ela está tomando é o mais óbvio e até quem não quer ver sabe. Não sou dono da verdade, mas mesmo assim não sou prepotente e não tenho medo da verdade. Você sabe que está sendo errado falando que eu prejulguei seu tópico, sabe tanto que desviou a atenção de seu argumento para minha pessoa.

    A questão não gostar ou não, é um fato. VOCÊ veio aqui e ensinou sobre mim e ficou sem ter o que falar e disse que eu SOU DONO DA VERDADE. Tirando o fato que você me excluiu totalmente de ser um leitor da sua história. Quando você aprender a respeitar todos talvez aprenda a consertar e evoluir com seus próprios erros.

    Desculpe Mateiga de novo.
    Última edição por Drasty; 30-07-2008 às 14:53.

  8. #18
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    Não vou comentar as brigas, as resolvam por pms. Em todo caso, pelo menos o tópico ganhou posts não? [+ mente fria]. Ok, sério agora, vim postar o segundo capítulo. É maior, mas não quer dizer que é melhor, porém dará uma continuação ao I.

    Capítulo II
    Os Viajantes de Kazordoon

    Chronus correu por mais alguns metros, rindo absurdamente alto, chegando até a espantar algumas aranhas que transitavam pela caverna abafada e circular, que fedia a corpos mortos e era tão escura como o manto de uma feiticeira.
    - Henry, dá pra me ajudar aqui? - Disse ela, ainda não contendo o riso, nem fazendo nenhum esforço para tal. Um homem mais alto e forte veio ao seu lado, rindo. Tirou uma longa e afiada espada das costas e cravou-a no chão, ao lado de uma pilha de pedras de onde se via uma corda cair em um buraco profundo. O guerreiro abaixou-se e agarrou na ponta da corda, puxando-a com força. Enquanto isso, Chronus ajudava-o de leve, sem tirar os olhos de seus músculos dos braços, expostos pela falta de uma camisa. Ele usava apenas uma armadura dourada, brilhante como as estrelas que dançavam no véu da noite.

    Segundos se passaram e a corda pairou no ar, caindo ao lado dos dois, que voaram contra uma parede. Da ponta da corda voou pelo buraco um terceiro elemento. Este caiu em meio à terra seca e fétida, desajeitado. Limpou suas vestes azuis e catou um chapéu emplumado de mesma cor, colocando-o sobre a cabeça. Arrumou uma mochila vermelha nas costas, tirando o pó dos sapatos negros.
    - Muito engraçado - Disse olhando fixamente para os amigos que riam - Sou um mago, não sou obrigado a ter músculos.
    - Mas subir em um buraco com uma corda não requer isso - Disse Chronus, desatando a rir. Era a mulher com o senso de humor mais estranho que ele já conhecera - Ava, sabe que é brincadeira!

    Ele a encarou com os braços cruzados, sério. Mas riu em seguida.
    - Ta bom, já saquei...
    - Vem cá - Disse Henry postando a mão no ombro do amigo bem forte, quase o enterrando na terra de tanta força - Porque não usou uma magia pra subir? Você sabe uma, não é?
    Avalanche nem respondeu. Ponderou por um instante e encarou um alongamento no final da gruta.
    - Vamos.

    ***

    Viajam juntos já a algum tempo. Conheceram-se em Darashia, enquanto Chronus arrumava confusão em uma feira livre. Claro, ela estava tentando deter um larápio que roubara uma das frutas de um dos feirantes, mas o cara nem quis saber e já a expulsou dali. Pra evitar mais encrencas ela saiu, esbarrando com Henry e ai vem toda aquela velha história. Conversaram, se conheceram e ficaram amigos, viajando pelo mundo.

    Avalanche era um homem alto, de uns vinte e poucos anos. Sua inteligência gerava inveja em muitos. Mas o que tinha de cérebro, faltava em músculos. E ele ligava pra isso, até demais. Por essas e outras - como por exemplo ele nunca conseguir mandar nas criaturas que conjurava - ele tinha a auto-estima mais baixa possível. Apesar disso, tinha um senso de humanitarismo absurdo, sendo capaz de morrer para salvar a vida de alguém. Por isso escolhera ser druida, para ter em mãos o poder de salvar vidas. Andava sempre com sua confiável mochila cheia de quinquilharias, de onde tirava a solução para tudo. Na cabeça, sempre estava seu chapéu. Presente de uma bela jovem que conhecera em uma de suas viagens. Viajava não por gosto, mas para ajudar quem achava pelo caminho. Já fizera missões no pântano da garra verde, no deserto de Jakundaf e até nas “planícies do caos”. Em todos esse pontos, fazia de tudo para ajudar quem precisava.

    Tudo que Ava era, Henry era o oposto. Egocêntrico, forte e pouco esperto, ele levava as mulheres ao delírio, e sabia disso. E gostava: sempre adorou se sentir desejado. Talvez porque os pais o rejeitaram, abandonando-o pelas ruas de Carlin. A vida na cidade o criou, ele teve que aprender sozinho como se virar. Por isso achava que conhecia a vida. Era um cavaleiro muito habilidoso, sempre usando sua poderosa e cortante espada, ligeiramente negra com uma lâmina desbotada muito antiga, mostrando um misticismo em seu brilho. Sentia-se seguro com sua arma, ao contrário de muitos. Mas se visse um morto de fome na rua, era capaz de ignora-lo. Pra compensar, era otimista até demais, sempre vendo o lado bom de tudo. Mesmo sabendo que não existia.

    Chronus por fim era uma exploradora nata, estava no sangue. Filha de um ladrão com uma paladina de Ab’Dendriel, se criou entre os elfos, ouvindo histórias sobre coisas fantásticas que sonhava ver um dia. Por isso ingressou na Sociedade Exploradora. Para ter o prazer de viajar pelo mundo, conhecer lugares e pessoas que nunca imaginou ver. Lutava por justiça, mas não por igualdade. Acreditava que tudo precisava ser como deveria, mas não necessariamente bom para todos. Se alguém tinha que sofrer com certa decisão, paciência. Não gostava de se definir em uma vocação só, mas o que disse ao Oráculo era sua opção: paladina, como a mãe. Apesar disso, não tinha o menor talento com arcos e acabava apelando para as clavas.

    O grupo permanecia junto por companheirismo e por um pacto de vida e morte. Chronus salvara Ava de um dragão certa vez, e este salvara Henry de uma peste que pegara anos atrás. Essa dívida os mantinha sempre unidos, atentos para salvar a vida daqueles que eram suas famílias. Quando um tinha que ir a tal lugar, iam todos. Chronus explorar, Ava salvar vidas e Henry proteger os amigos. E em suas viagens, sempre se ajudavam.

    Estavam agora em Kazordoon. Chronus precisava falar com o vendedor de armaduras local - que nem sabia o nome - sobre uma armadura de defesa incrível, prateada como a lua com detalhes dourados como o sol. Era a harmonia perfeita entre dia e noite. Fora forjada pelos mais antigos mestres anões e tinha um valor inestimável por sua raridade. Chronus ouvira boatos de que apenas o mais nobre dos heróis a teria em mãos um dia, e aquilo era a maior razão de sua jornada. Sentia que precisava por as mãos na armadura. Mais por meta, por missão. Mais por valor sentimental que monetário.

    Naturalmente, Ava seguiu-a pois ouviu falar das condições de vida péssimas de quem viajava a Kazordoon. Era uma cidade traiçoeira, onde andar despreparado podia ser a sentença de morte de qualquer um. Henry os seguira justamente para protege-los disso.

    Desceram em um outro buraco, próximo ao primeiro. Se viram em uma clareira entre as montanhas. Do outro lado, uma grutinha com um buraco. Mais adiante, em frente, um amontoado de árvores paralelas anunciava a presença do maior orgulho arquitetônico dos anões. O Colosso de Kazordoon. Uma enorme construção simbolizando o grande herói que eles idolatravam: Durin. Duas torres paralelas de pedra e mármore se erguiam, sendo as pernas do guerriero divino. Seus braços se cruzavam na altura do peito, ocultando a longa barba. Na cabeça, os olhos eram verdadeiras fendas iluminadas. Tinha uns cinqüenta metros de altura e levara anos para ser finalizada. Era a maior demonstração de que aquela cidade tinha história para contar.

    - Banor! - Gritou Chronus, que seguia alguns metros em frente aos seus companheiros que conversavam animadamente sobre lendas da cidade - Vejam isso! - Ela parou abruptamente, e os distraídos Henry e Ava colidiram com ela, forçando-a para frente. Os três olharam fixamente para uma árvore de tronco forte, com folhas arredondadas agrupadas em tufos grotescos na ponta de galhos mirrados. Ela devia ter metade da altura de uma árvore comum. Entre os tufos e galhos contorcidos estava um homem, todo de preto, preso. Seus membros estavam moles e sua cabeça caída sobre um galho. Seu corpo estava perfeitamente encaixado entre dois galhos pontiagudos. Estava desacordado e sua face permanecia oculta por um capuz. Chronus deu um passo à frente.

    - Não - Disse Henry postando-se em frente à amiga - Pode ser um bandido de tocaia.
    - Em cima de uma árvore? - Ela respondeu ironicamente sem tirar os olhos do corpo - Fala sério Henry.
    Ele fuzilou-a com o olhar e virou-se para Avalanche.
    - Estou certo, não estou?
    - Duvido - Disse o druida, caminhando junto á árvore. Escalou-a sem muita dificuldade, vez ou outra deslizando acidentalmente. Encarou o corpo e vasculhou em seu tronco, removendo alguns trapos rasgados. Ergueu os olhos e observou que parte do capuz que cobria-lhe o rosto estava rasgado, perfurado. Voltou a baixar os olhos para o outro e percebeu uma rodela de sangue manchando a camisa negra e pingando em seus dedos - Está ferido.

    - Mas está vivo? - Indagou a paladina, com as sobrancelhas levemente erguidas e um tom de preocupação na voz. Olhava a cena por cima dos ombros de Henry, que permanecia em sua frente.
    - Por sorte - Ele pegou alguns trapos jogados ao lado do corpo e os encarou - Parece que arrancou alguns pedaços de vestes para estancar o sangramento. Mas acabou perdendo a consciência - Ele fez uma pausa, levando uma mão ao queixo - Não sei por quê.
    - Como foi parar ai? - Tornou a questionar Chronus, dessa vez apoiando-se nos braços do cavaleiro.
    - Que preocupação toda é essa? - Disse Henry encarando-a nos olhos e vendo um profundo temor neles. Virou a face para a árvore - É meio óbvio que caiu ai, não é?
    - Só se for do Colosso - Argumentou Avalanche, virando-se encarar a enorme estátua colossal - Mas duvido que alguém sobreviva dessa queda...
    - Bem, se ficarmos debatendo aqui ninguém vai mesmo - Retrucou a outra, passando por baixo dos braços estendidos de Henry - Mas se o levarmos para a cidade quem sabe?

    ***

    - Não é totalmente um caso perdido - Averiguou Isimov, coçando a testa e encarando o corpo com interesse - Onde acharam?
    - Caído sobre uma árvore anã, logo perto dos pés do Colosso - Repetiu pela milésima vez Avalanche, que dissera aquilo a todos os guardas que achara pelo caminho. Todos mostrando muito interesse em Chronus...
    - E como foi parar lá?
    - Isso é o que todos queremos saber - Respondeu Henry prontamente, antes que Chronus pudesse dar uma de suas explicações baratas.

    Estavam no templo de Kazordoon, situado no quarto andar abaixo do solo. Era uma construção limitada, retangular, feita de tijolos. Era decorada com estátuas de grandes anões que ora foram lenda pelos corredores da cidade, mas que hoje não passavam de um amontoado de pedras e placas de ouro com histórias que ninguém queria ouvir. “Essa nova geração” praguejava Isimov toda vez que via jovens anões ignorando sua cultura, negando sua própria identidade.

    Sobre o piso de mármore e entre seis pilares paralelos de concreto jazia uma mesa de madeira plana, presa ao chão. Era clara como a luz do sul e polida como o próprio piso do local sagrado. Sobre ela estava o corpo encontrado na árvore. Os quatro encontravam-se ao redor da mesa, encarando o corpo formulando respostas para tantas perguntas inquietas que queriam fazer mas tinham medo. Isimov apurou os ouvidos e direcionou os olhos azuis por entre a cabeleira ruiva que caía em sua testa para a única entrada ao templo: um corredor largo escuro. Por ele apareceu a silhueta de um anão, muito bem armado e protegido por armaduras e escudos. Entrou na sala fazendo alarde com o tilintar de suas proteções.
    - Isimov fui notificado de que... - Mas parou de falar ao dirigir os olhos a Chronus, que não parava de encarar o corpo. Engoliu em seco, puxou a espada e correu até ela, pegando-lhe o pulso com força e colocando-o em suas costas, jogando-a contra a mesa e a obrigando a bater a cabeça nela, poucos centímetros do braço esquerdo do corpo. Henry tentou reagir e Ava ficou perplexo com a cena. Isimov apenas olhava - A senhorita está presa.
    Última edição por Manteiga; 06-08-2008 às 15:03.
    Dezesseis anos depois, estamos em paz.

  9. #19
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    Ótimo. Você conseguiu fugir bastante à temática Tibia, trazendo situações inovadoras. Você conseguiu fazer com que eu lesse todas as descrições e não enjoasse da história no meio do caminho, como acontece com muitas outras histórias que levam grandes narrativas. Gostei muito dos três personagens introduzidos, a descrição deles me fizeram os imaginar perfeitamente como você os deve ter feito em sua cabeça. Só existem alguns pequenos erros, em quantidade realmente elevada, de gramática, acentuação e algumas coisas que você não prestou atenção, como por exemplo nesta passagem.

    - Muito engraçado. Disse olhando fixamente para os amigos que riam - Sou um mago, não sou obrigado a ter músculos.
    Observe o pequeno erro na parte em negrito. Obviamente, foi apenas uma falta de atenção, nada além de um erro comum dos escritores. E quanto ao problema de acentuação e pequenos problemas de gramática, dou-lhe como exemplo uma passagem logo no início do texto.

    [...] que fedia a corpos mortos e era tão escura como os manto de uma feiticeira [...]
    Veja a parte em negrito. No restante do texto, senti um leve prazer em observá-lo pelo seu modo de o escrever. Me parece muito inteligente, e conseguiu prender a minha atenção da primeira até a última palavra. Só recomendo que você o revise antes de postá-lo, pois existem muitos erros de falta de atenção, como este último - os manto -, os quais são um pouco prejudiciais aos leitores e ao próprio escritor.

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  10. #20
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    Sinceramente, Manteiga? Não gostei de total.
    Você descreveu a personalidade inteira dos personagens - coisa que deveria ocorrer aos poucos, com as ações dos próprios. E além disso, uma personalidade como a do Ava não existe. Ninguém é tão - por assim dizer - herói. Sempre os outros ficam em segundo plano. De resto, até curti. As descrições, os personagens (fora o Ava, e não tanto pois tu já entregastes tudo sobre eles) ficaram bem legais.
    Apesar disso, tinha um senso de humanitarismo absurdo, sendo capaz de morrer para salvar a vida de alguém. Por isso escolhera sem druida, para ter em mãos o poder de salvar vidas.
    Erro de digitação. Sem ao invés de ser.
    Estavam agora em Kazordoon. Chronus precisava falar com o vendedor de armaduras local - que nem sabia o nome - sobre uma armadura de defesa incrível, prateada como a lua com detalhes dourados como o sol
    Isso é uma história, não Tibia. Poderia ser uma armadura explêndida, totalmente coberta e tal, mas não teria mais defesa do que as outras. E aliás, cotas de malha são mais úteis para tempos como estes.
    - Em cima de uma árvore? - Ela respondeu ironicamente sem tirar os olhos do corpo - Fala sério Henry.
    Não seria ' Fala sério, Henry. '?
    - Bem, se ficarmos debatendo aqui ninguém vai mesmo - Retrucou a outra, passando por baixo dos braços estendidos de Henry - Mas se o levarmos para a cidade quem sabe?
    Não seria ' Bem, se ficarmos debatando aqui, ninguém vai mesmo ' e ' Mas se o levarmos para a cidade, quem sabe? ' ?
    Fora isso, me mantive bem atento à história.
    Se tiver tempo, dê uma visitada em GRIM, uma história que comecei!

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