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Tópico: A história de John Silan

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    Capítulo 2 – O alvo

    Aquele Sorriso de sempre. Uma fogueira em frente à casa e alguns amigos, inclusive Sig, estavam reunidos. Eric suspirou aliviado. Tinha conseguido ocupar o filho durante um dia todo, enquanto sua mulher preparava tudo para a festa surpresa de John.
    - Surpresa! – gritou a mãe de John, acompanhada do coro que os convidados faziam-.
    - Nossa Lyndis! Ficou mesmo bonita a surpresa! – exclamou Eric – Minha querida, tudo que faz parece ter um toque divino.
    - Não fale assim meu amor, fiz tudo pensando em nosso filho, afinal hoje é o dia dele.
    Lyndis era esposa de Eric Silan e também mãe de John. Fazia tudo com um grande sorriso estampado na face. Tinha olhos marrons, cabelo castanho claro, um corpo escultural, o que lhe rendia vários elogios. Nunca gostou de violência, porém era uma forte druidisa que estava sempre pronta a ajudar quem precisasse. Os druídas e druidisas eram pessoas com o dom mágico da cura. Não eram muitos na região de Terris. A família de Lyndis era de druidas, portanto a arte da cura, bem como algumas habilidades e magias elementais lhe foram ensinadas pelos pais.
    Tudo funcionou perfeitamente, todos os convidados estavam lá, inclusive o ancião do vilarejo, um velho cavaleiro sempre com suas duas maças guardadas na cintura.
    John nem sequer conseguia falar algo, tamanha emoção. Quando voltou a si, a primeira coisa que fez foi abraçar os pais, que já estavam prontos para tal.
    - É lindo ver uma família tão unida. O pequeno John têm muita sorte de ter nascido neste meio - Comentava Norman, o velho cavaleiro-
    Norman era o ancião e o chefe do vilarejo de Terris, o mesmo próximo à casa de Eric e Lyndis. Usava uma espécie de túnica azul , com detalhes em ouro. Era pai de Sig.
    - Agora ele já pode aprender a atirar na escola do vilarejo... – disse o ancião-
    - Amanhã mesmo eu o levarei até lá – concordou o pai-.
    A noite era muito agradável. Uma fogueira ao centro, afastada dela havia uma grande mesa com muita carne de boi, urso e frango. Por ali estavam alguns amigos do casal e alguns moradores do vilarejo. Tudo ia bem alegre até o momento em que Eric percebeu algo estranho. Era outono, e as folhas caiam facilmente das árvores, porém o Arqueiro percebeu que em certa região do jardim haviam folhas demais, visto que a mulher havia limpado o lugar naquele mesmo dia. Notou também que as folhas continuavam a cair naquele mesmo lugar. Algo estava naquela região da árvore fazendo peso para que elas se desprendessem dos ramos. Talvez um macaco? Uma criança?
    Nunca vira um macaco, não pelos arredores da região de Terris. Uma criança? todas estavam junto com John comendo e brincando. Mesmo assim foi conferir, com dúvidas: talvez um penetra indesejado?
    - Já volto –disse ele se afastando dos amigos-. Esqueci de guardar a armadilha para os passarinhos.

    Fixou os olhos na copa das árvores. muitas folhas já haviam caído, bastou forçar o olhar para ver que era um homem com uma roupa toda preta, equilibrado nos galhos. Quando percebeu que não estava chamando atenção das pessoas da festa, puxou uma faca da bota e perguntou:
    - Hei homem! O que diabos fazia escondido nas árvores observando a minha casa?!
    O homem de preto continuou estático.
    - Por que isso agora, resolveram aparecer espiões toda semana! - pensou Eric-
    Antes que terminasse seu pensamento, foi atingido no braço por uma faca vinda dos galhos onde estava o homem. Este havia se impulsionado na direção da floresta com o objetivo de fugir.
    Eric certamente não queria que o intruso escapasse, não sem antes tê-lo para interrogatório, então partiu em disparada na direção do homem que fugia pulando de galho em galho.
    Enquanto corria, puxou a faca do braço sentindo um pouco de dor. Usou-a, atirando no fugitivo. Errou. Pegou sua faca que sempre levava na bota e antes de atirá-la, analisou os ritmos em que as folhas caiam, com o objetivo de premeditar o próximo ponto de apoio do fugitivo e acertá-lo. Assim fez, porém calculou mal e não pegou em cheio o homem, que deu um gemido de dor, perdendo o equilibrio. Despencou da árvore alguns metros à frente de Eric. Assim que caiu, parou. tirou a faca que estava encravada na batata da perna.
    - Quem é você? - perguntou Eric-.
    - Sou a isca - respondeu o homem-
    - Vamos, me diga. O que fazia lá em meu terreno?
    - Eu estava lá apenas para chamar a sua atenção.
    - Não está dizendo coisa com coisa... - resmungou Eric-.
    - Está aqui -disse o homem apontando o bolso de sua roupa-.
    - Do que está falando? -perguntou o arqueiro-.
    Neste momento o homem virou-se e colocou-se a correr.
    - Ei! -gritou Eric, já voltando a perseguí-lo -
    O arqueiro pegou seu arco, sorte que não o guardara quando chegou em casa. Puxou uma flecha da cintura. Logo a terra acabaria e o fugitivo iria embora nadando rio abaixo. O arqueiro estava cansado do dia que teve com seu filho fora de casa e já estava ofegante após correr muitos metros atrás do suposto espião. Não podia errar o tiro, senão jamais alcançaria o sujeito. Ajeitou a flecha no arco, mirou com calma, fixou a mira por alguns segundos e atirou. Conseguiu acertar a perna do espião, esta que já fora lesionada pela facada. Tendo dois golpes no mesmo local, o homem perdeu o equilíbrio e caiu no chão, derrotado.
    - Hei homem! –dizia Eric, nervoso-. Vou perguntar denovo! O que diabos fazia escondido nas árvores observando a minha casa?!
    - Idiota –disse o sujeito abrindo um pequeno sorriso-.
    Tirou a flecha da perna e, surpreendendo Eric, enfiou-a no peito. Continuou fazendo seu sorriso por mais alguns instantes até ficar mole. Morto.
    O arqueiro, inconformado, tirou a flecha do peito do homem e tentou reanimá-lo, sem sucesso.
    - O que este sujeito queria nos espionando?! –pensou-.
    Pegou o corpo, com a intenção de jogá-lo no rio, mas lhe veio em mente a frase do homem, agora morto.
    - o seu bolso! -pensou-.
    Começou a revirar a vestimenta do espião com o intuito de encontrar alguma pista. E a encontrou. Era um pequeno bilhete, como se fosse uma ordem para ser cumprida pelo espião. “Descubra quem é John Silan e mate-o se for possível; caso contrário, apenas me reporte quem deles é que eu irei pessoalmente fazê-lo.”
    Os olhos de Eric arregalaram-se. Guardou o bilhete, empurrou o corpo no rio e começou a correr de volta para a sua casa, temendo que fora tudo uma armadilha para tirá-lo de lá enquanto o homem do bilhete fazia o “serviço”.
    - Ele me disse! Uma isca! Ele era uma isca! -falava Eric sozinho enquanto corria-.
    Por que John? Logo seu filho? Quem poderia estar interessado em dar um fim num pobre garoto de 12 anos, inofensivo? Coisas que o pai do garoto pensava, enquanto fazia o caminho para casa, desesperadamente.

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    Última edição por Claudio Di Martino; 15-07-2008 às 18:53.
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