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Tópico: O bruxo e o feiticeiro

Visão do Encadeamento

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  1. #9
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    Padrão A Hydra

    Capitulo 9 : A Hydra


    Suon iniciava sua perseguição a Fafnar, brilhando radiantes no céu.
    A relva molhada com o orvalho permanecia intacta enquanto uma cachoeira caia violentamente. Um corpo estirado tinha seus pés molhados pela límpida água provida da cascata. Ele parecia dormir o sono eterno, mas a morte para ele não havia ainda chegado.
    Um enorme dragão repousava em cima da cachoeira em seu ápice de paz, numa meditação que até os grandes sábios invejam. Este ser, portava-se com grande classe e seu poder espiritual, era de tal grandeza que assemelhava-se a um rio caudaloso que empurra o mar em seu deságüe, pararia o fluxo da cachoeira com apenas uma palavra provida da suas bocas.
    Sua pele era verde como a vegetação, seu olhos eram tenros como a terra e tinha três cabeças, cada qual com um poder natural: a primeira poderia lançar jatos d’água com tamanha força da própria cachoeira; a que se situava no meio poderia desferir mordidas implacáveis; e a terceira, e última, era a mais poderosa dentre as outras, controlava o mais poderoso veneno do continente.
    A verdade sobre aquele ser místico nunca foi obtida pois foram poucos que viram-no, e muito menos os que sobreviveram após vê-lo.
    Apenas um homem sobreviveu após ver a criatura. Era, simplesmente, o mestre do humano que estava caído aos pés da queda d'água.

    Grifft acorda em um ápice de apnéia, os olhos turvos, uma forte dor de cabeça, as pernas bambas e um rebuliço dentro do estômago. – aonde estou? O que aconteceu? Ahh! Que dor de cabeça insuportável! – o cérebro de Grifft estava confuso e isto se mostrava aparente em seu semblante.
    Ele se sentou e começou a forçar a mente para ver se conseguia lembrar-se. – onde estou? E por que estou aqui? Minha mente anda, mais não chega a nenhuma conclusão... Espera! Me lembro de meu mestre e eu termos saído da casa de Rose e, logo após,... – Exori vis! Exevo gran mas vis! Ah! Mestre.... Os pensamentos se chocavam numa mistura confusa. Várias magias brilhavam e ressoavam na mente de Grifft, mas nada daquilo o lembrava de ter caminhado até ali, também não lembrava-se de seu mestre tê-lo avisado que iria a algum lugar. A única coisa clara em sua mente, naquele momento, era uma frase sem qualquer nexo: "Que seu espírito evolua meu amigo-irmão."
    Saindo do turbilhão de pensamentos, Grifft resolveu se levantar e olhar em volta. Viu o poço de águas cristalinas, as borboletas voando num bater de asas musical, a cachoeira chocando-se com água completando a melodia e as árvores dançando aquela música com o vento. Se despiu e banhou-se naquela apresentação da natureza, lavando seu corpo e seu espírito.
    – O-que é... O que é...Aquilo...– Grifft não acreditava no que seus olhos viam ao topo da cachoeira. Um enorme dragão jazia adormecido. – É o dragão de água, hydra é seu nome, as lendas eram verdadeiras, até que enfim matarei minha sede de sangue.
    Grifft procurou seus objetos e encontrou sua armadura jogada em um canto e sua mochila contendo runas depositada de forma casual abaixo do escudo. Rapidamente vestiu-se e começou a subida no íngreme paredão de rochas situado ao lado da cachoeira. A escalada foi sofrida pois as pedras eram escorregadias devido ao constante contato com a água da cachoeira.
    Enfim, quando chegou ao topo, encarou a criatura com ferocidade, como se esta fosse sua alimentação para não morrer.
    Preparou-se para atacar. Sua respiração ressonava de forma pausada e lenta, sua mente estava limpa como a água que envolvia o animal e seu corpo estava rígido como um pedaço de metal; na sua pele, as cicatrizes das batalhas passadas eram vistas, podendo compará-las com as marcas das runas que ele empunhava. Todos os pêlos do seu corpo estavam eriçados. O medo daquela criatura era visível.
    Uma bola negra se formou nas mãos de Grifft e neste mesmo instante foi lançada.

    A magia voou até a Hydra, e foi interceptada e engolfada por uma onda de água que se levantou a meio metro de distância de seu alvo. A massa de água ficou enegrecida e foi lançada contra o provocador do distúrbio.
    Grifft se viu lançado a muitos metros de distância pela força do golpe. – O que foi isso? Eu vi o dragão sendo atingido e, no outro segundo, eu estava sendo levado por um turbilhão de águas em fúria.A criatura se levantou e, da sua boca, uma rajada de água foi lançada, rebatendo Grifft para mais longe, atordoando-o.
    Após alguns segundos de recuperação, levantou sua cabeça e olhou em volta. Decidido, correu ao encontro da Hydra.
    – Utani gran hur!... Maldita! Exevo mort hur!
    A magia acertou em cheio o dragão, sangrando-o o peito.
    - Uctamos mort vas. Gritou a hydra.
    De repente, contra todas as crenças de Grifft, a cachoeira parou de cair. Seus olhos brilhavam e tremiam diante daquele súbito silencio. A música da natureza havia parado, o principal instrumento não tocava mais.
    Voltando a visão confusa para o dragão, assustou-se ainda mais. Este, estava planando a 2 metros de altura, com o rio abaixo de si flutuando às suas costas, e seu corpo brilhando como a luz de Suon.
    – Mort vas La myer.
    - Pare! – O chão estremecera com a voz que provinha de todos os cantos da planície, interrompendo a Hydra.
    – O que foi isso? Eu morri e estou num continente estranho!? – Grifft não acreditava em seus ouvidos.
    A Hydra pousou no lugar que antes meditava. A cachoeira continuou estática.
    – Porque em vez de matar ou morrer para esta criatura, não aprende com ela?
    – Quem é você? – Disse Grifft
    – Sou o que todos temem e que, neste solo, todos obedecem!
    Grifft viu a cachoeira se desfazer, recomeçando a bela melodia, e uma mão gélida tocar seu ombro.
    – Vamos conversar.

    corretor davidson gomes. meu pé de coelho.
    SEGUINDO A LUZ
    Última edição por wicht'druid; 14-06-2007 às 16:38.
    Um dia um homem me falou que a vida é um simples prazer em estar vivo! A partir deste dia aprendi a viver
    leiam the best
    O BRUXO E O FEITICEIRO
    http://i9.tinypic.com/4uawxhi.jpg
    Ataquem me pedras, com toda a força do teu coração eu lhes peço, pois com elas construirei meu novo caminho



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