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Tópico: O Sangue de Crunor

Visão do Encadeamento

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    Capítulo 21 – Vingança.



    Havia uma confusão em La Roche-Ogre. Sir Simon Skeat reclamara com Richard Totesham que Vince Farz deixara de apoiá-lo em combate, e depois também alegara ter sido responsável pela morte ou ferimento de 41 soldados inimigos. Jacta-se de que vencera a escaramuça, e depois voltara ao seu tema de perfídia de Farz, mas Richard Totesham não estava disposto a suportar as queixas de Sir Simon.

    - Vocês ganharam o combate, ou não?

    - Claro que ganhamos! – Sir Simon piscou, indignado. – Eles estão mortos, não estão?

    - Então por que você precisava dos soldados de Vince? – perguntou Totesham.

    Sir Simon procurou uma resposta e não encontrou.

    - Ele foi impertinente – reclamou.

    - Isso cabe a você e eles decidirem, não eu – disse Totesham num abrupto gesto de dispensa, mas ficou pensando na conversa e naquela noite procurou Farz.

    - Quarenta e um mortos ou feridos? – raciocinou ele em voz alta. – Isso deve ser um terço dos soldados daquele porto.

    - É bem provável, sim.

    Os aposentos de Totesham ficavam perto do mar, e de sua janela ele via a água deslizar sob os arcos da ponte. Morcegos adejavam em torno da torre de fortificação que protegia o lado mais distante da ponte, enquanto os chalés que ficavam próximo ao mar eram iluminados por uma lua com contornos bem definidos.

    - Eles vão ficar desfalcados, Vince – disse Totesham.

    - Uma coisa é certa: eles não vão ficar satisfeitos.

    - E o porto deve estar lotado de bens valiosos.

    - É bem provável – concordou Farz.

    Muita gente, temendo os cavaleiros do diabo, tinham levado seus pertences para as fortalezas próximas, e o porto deveria estar cheio de bens deles. E o que era mais importante, Totesham iria encontrar alimentos por lá. Sua guarnição recebia uma certa quantidade de alimentos das fazendas ao norte de La Roche-Ogre, e mais era levada de Thais cruzando todo o continente, mas a devastação do interior pelos cavaleiros do diabo havia feito com que a fome ficasse perigosamente próxima.

    - Deixar cinqüenta homens aqui? – Totesham ainda estava pensando em voz alta, mas não precisava explicar seus pensamentos a um velho soldado com Farz.

    - Nós vamos precisar de nove escadas – disse Farz.

    - O que houve com as velhas?

    - Lenha para fogueira. O inverno foi muito frio.

    - Um ataque noturno? – sugeriu Totesham.

    - Lua cheia daqui a cinco ou seis dias.

    - Daqui a cinco dias, então – decidiu Totesham. – E eu vou querer os seus homens, Vince.

    - Se eles estiverem sóbrios até lá.

    - Eles merecem a bebida depois do que fizeram hoje – disse Totesham, entusiasmado, e depois dirigiu um sorriso a Farz. – Sir Simon estava reclamando de você. Disse que você foi impertinente.

    - Não fui eu, Richard, foi o meu rapaz, o Argos. Ele mandou o safado fritar o traseiro.

    - Eu acho que Sir Simon nunca foi homem de aceitar um bom conselho – disse Totesham, sério.

    Os homens de Farz também não eram. Ele os soltara na cidade mas avisara que se sentiriam péssimos pela manhã se bebessem demais, e eles ignoraram aquele conselho para celebrar nas tabernas de La Roche-Ogre. Argos tinha ido, com uns vinte amigos e suas mulheres, a uma estalagem, onde cantaram, dançaram e tentaram provocar uma briga com um grupo de cavaleiros, que foram sensatos demais para não aceitar a provocação e saíram de mansinho noite adentro. Um instante depois, dois soldados entraram, ambos vestindo casacos com o escudo de leões e estrelas do mago de Edron. Sua chegada foi vaiada, mas eles suportaram os apupos com paciência e perguntaram se Argos estava presente.

    - Ele é aquele safado muito feio, lá – disse Daniel, apontando para Argos, que estava dançando ao som de uma flauta e um tambor. Os soldados esperaram até ele acabar a dança e explicaram que Vince Farz estava com o comandante da guarnição e queria falar com ele.

    Argos acabou sua cerveja.

    - O negócio – disse ele aos outros arqueiros – é que eles não sabem tomar uma decisão sem a minha presença. Indispensável, é o que sou.

    Os arqueiros zombaram dele, mas saudaram animados quando Argos saiu com os dois soldados.

    Um deles era da cidade da Costa Verde, localizada ao noroeste de Thais, e tinha ouvido falar em Filars Porl.

    - Os carlinianos não desembarcaram lá? – perguntou ele.

    - Os bastardos a destruíram. Duvido que tenha sobrado alguma coisa – disse Argos. – E por que é que o Vince quer falar comigo?

    - Vai saber? – disse um dos homens. Tinha guiado Argos para os aposentos de Richard Totesham, mas agora apontou para um beco escuro. – Eles estão numa taberna ali no fim. É a casa com a âncora pendurada na porta.

    - Que ótimo – disse Argos. Se não estivesse meio bêbado, poderia ter percebido que Totesham e Farz não iriam convocá-lo a uma taberna, ainda mais a menor da cidade, na extremidade do beco mais escuro que dava para o mar, mas Argos não desconfiou de nada até chegar à metade da estreita passagem e dois homens saírem de uma porta. A primeira vez que ele os percebeu foi quando um golpe atingiu sua nuca. Ele caiu de joelhos, e o segundo homem deu-lhe um pontapé no rosto, e depois ambos dispararam pontapés e socos até Argos não oferecer mais resistência, permitindo-lhes agarrar seus braços e arrastá-lo pela porta para dentro de uma pequena ferraria. Havia sangue na boca de Argos, o nariz fora quebrado outra vez, uma costela estava partida e a barriga se agitava de tanta cerveja.

    Uma lareira estava acesa na ferraria. Argos, com os olhos semicerrados, viu uma bigorna. Em seguida, mais homens o cercaram e lhe deram uma segunda surra de pontapés, de modo que ele encolheu o corpo como uma bola, numa vã tentativa de se proteger.

    - Já chega – disse uma voz, e Argos abriu os olhos para ver Sir Simon Skeat. Os dois homens que o tinham ido buscar na taberna e que tinham parecido tão amáveis agora entraram pela porta da ferraria e despiram as túnicas tomadas por empréstimo que mostravam a insígnia do mago de Edron. – Bom trabalho – disse Sir Simon a eles, e depois olhou para Argos. – Reles arqueiros – disse – não mandam cavaleiros fritar o traseiro.

    - Um homem alto, um brutamontes com longos cabelos amarelos e dentes enegrecidos, estava em pé ao lado de Argos, pronto para chutá-lo se ele desse uma resposta insolente, e Argos ficou de boca fechada. Em vez disso, fez uma oração silenciosa para Elane, a deusa protetora dos paladinos.

    - Arriem o calção dele – ordenou Sir Simon, e voltou-se para a lareira. Argos viu que havia um grande ponte de cerca de um metro colocado sobre o carvão em brasa. – Você vai receber uma aula de cortesia – disse ele a Argos, que choramingou quando o brutamontes de cabelos amarelos cortou-lhe o cinto e arrastou o calção para baixo. Os outros homens revistaram os bolso de Argos, tirando moedas que encontraram e uma boa faca, e depois o viraram de bruços para que seu traseiro desnudo ficasse pronto para a água fervente.

    Sir Simon viu os primeiros traços de vapor subirem do pote.

    - Levem o pote até ele – ordenou a seus homens.

    Três dos soldados de Sir Simon mantinham Argos deitado, e ele estava ferido e fraco demais para enfrentá-los, então fez a única coisa que podia fazer. Gritou “assassinato”. Encheu os pulmões e berrou o mais alto que podia. Sabia que se achava numa cidade pequena que estava lotada de homens, e alguém deveria ouvir, então gritou, dando o alarma. “Assassinato! Assassinato!” Um homem chutou-lhe a barriga, mas Argos continuou gritando.

    - Pela espada de Banor, façam-no se calar – vociferou Sir Simon, e Colley, o homem de cabelos amarelos, ajoelhou-se ao lado de Argos e tentou enfiar-lhe palha na boca, mas Argos conseguiu cuspi-la.

    - Assassinato! – gritou ele. – Assassinato!

    Colley soltou um palavrão, encheu a mão com uma lama imunda e com um golpe meteu-a na boca de Argos, abafando o barulho que ele fazia.

    - Bastardo – disse Colley, e golpeou o crânio de Argos. – Bastardo!

    Argos engasgou com a lama, mas não conseguiu cuspi-la.

    Agora Sir Simon estava em pé junto dele.

    - Você vai aprender bons modos – disse ele, e ficou olhando enquanto o pote de água fervendo era transportado do outro lado do pátio da ferraria.

    Naquele momento, o portão se abriu e um recém-chegado entrou no pátio.

    - Em nome de Uman, o que é que está acontecendo aqui? – perguntou o homem, e Argos poderia ter cantado um Clamor à Elane em louvor a Elane se sua boca não estivesse cheia demais de lama, porque o seu salvador era o padre Hobbe, que devia ter ouvido os gritos aflitos e corrido pelo beco para investigar. – O que os senhores estão fazendo? – perguntou o padre a Sir Simon.

    - Isso não é de sua conta, padre – disse Sir Simon.

    - Argos, é você? – Ele se voltou para o cavaleiro. – Por Fardos, isso é da minha conta! – O padre Hobbe era genioso e agora perdera o controle. – Quem diabos o senhor pensa que é?

    - Tome cuidado, padre – vociferou Sir Simon.

    - Tomar cuidado! Eu? Eu vou mandar a sua alma para o inferno se o senhor não for embora. – O pequeno padre murmurou algo em voz baixa e uma esfera de magia negra surgiu na sua mão direita. – Vou mandar todas as almas para o inferno! Todos vocês! Fora daqui! Fora! Em nome de Fardos, vão embora! Vão embora!

    Sir Simon recuou. Uma coisa era torturar um arqueiro, outra totalmente diferente era meter-se numa briga com um padre cuja voz era alta o bastante para atrair ainda mais atenção e com uma runa de Morte Súbita em combustão, pronta para ser atirada. Sir Simon odiava magia. Então, o cavaleiro vociferou que o padre Hobbe era um bastardo intrometido, mas mesmo assim bateu em retirada.

    O padre Hobbe ajoelhou-se ao lado de Argos e tirou um pouco de lama de sua boca, juntamente com tiras de sangue espesso e um dente quebrado.

    - Pobre rapaz – disse o padre Hobbe, e então ajudou Argos a ficar em pé. – Eu vou levar você para casa, Argos, vou levá-lo para casa e limpá-lo.

    Argos teve que vomitar primeiro, mas depois, segurando o calção para que não caísse, cambaleou de volta para a casa de Jeanette, apoiado o tempo todo pelo padre. Uma dezena de arqueiros o recebeu, querendo saber o que tinha acontecido, mas o padre Hobbe os afastou.

    - Onde fica a cozinha? – perguntou ele.

    - Ela não vai deixar a gente entrar lá – disse Argos, a voz indistinta devido à boca inchada e às gengivas que sangravam.

    - Onde fica? – insistiu o padre Hobbe.

    Um dos arqueiros fez com a cabeça um gesto em direção à porta e o padre simplesmente abriu-a e como que carregou Argos para dentro. Sentou-o numa cadeira e puxou as velas fracas para a beirada da mesa, para ver o rosto de Argos.

    - Oh Crunor – disse ele. – O que foi que fizeram com você?

    Ele deu um tapinha na mão de Argos e foi procurar água.

    Jeanette entrou na cozinha, furiosa.

    - Vocês não deve estar aqui! Vão embora.

    Então, ela viu o rosto de Argos e sua voz falhou. Se alguém tivesse dito que ela iria ver um arqueiro de Thais gravemente agredido, ela teria dado vivas, mas para sua surpresa sentiu uma pontada de compaixão.

    - O que houve?

    - Sir Simon fez isso. – Argos conseguiu dizer.

    - Sir Simon?

    - Ele é um homem mau. - O padre Hobbe tinha ouvido o nome e veio da área de serviço com uma grande bacia com água. – É uma coisa ruim, miserável.

    Ele falava em thaisense.

    - A senhora tem uns panos? – perguntou ele a Jeanette.

    - Ela não fala thaisense – disse Argos. Sangue escorria-lhe pelo rosto.

    - Sir Simon atacou você? – perguntou Jeanette. – Por quê?

    - Porque eu mandei ele fritar o traseiro – disse Argos, e foi recompensado com um sorriso.

    - Ótimo – disse Jeanette.

    Ela não convidou Argos a ficar na cozinha, mas também não o mandou embora. Em vez disso, ficou olhando enquanto o padre lavava seu rosto e tirava sua camisa para prender a costela rachada.

    - Diga que ela poderia me ajudar – disse o padre Hobbe.

    - Ela é orgulhosa demais para ajudar – disse Argos.

    - Este mundo é pecador e triste – declarou o padre Hobbe, e se ajoelhou. – Fique quieto, Argos – disse ele –, porque isso vai doer como o diabo em pessoa.

    Ele agarrou o nariz quebrado e ouviu-se o som de cartilagem arranhando antes de Argos gritar de dor. O padre Hobbe colocou um pano molhado frio sobre o nariz.

    - Segure isso aí, rapaz, e a dor irá embora. Bem, na verdade, não vai, mas você vai se acostumar com ela.

    O padre estendeu a mão na direção do rapaz sussurrando algo e Argos sentiu seu corpo sofrer um solavanco e ossos que tentavam a voltar ao local de origem fazendo o jovem se contrair e gritar. Ele se sentou num barril de sal vazio, abanando a cabeça.

    - Mas Crunor, Argos, o que é que nós vamos fazer com você?

    - O senhor já fez – disse Argos – e eu lhe sou grato. Um dia ou dois, e eu estarei saltando por aí como um cervo primaveril.

    - Você vem fazendo isso há um tempo longo demais, Argos – disse o padre Hobbe, enfático. Jeanette, sem compreender uma só palavra, apenas observava os dois. – Uman lhe deu uma boa cabeça – continuou o padre –, mas você desperdiça sua inteligência, Argos, você a desperdiça.

    - O senhor quer que eu seja padre?

    O padre Hobbe sorriu.

    - Duvido que você fosse de muito mérito para a Igreja, Argos. É bem provável que você acabasse sendo um druida ancião, porque é inteligente e manhoso o bastante, mas acho que você seria mais feliz como soldado. Mas você tem dívidas para com Crunor, Argos. Lembre-se da promessa que fez a seu tio! Você a fez numa igreja, e seria bom para a sua alma cumprir aquela promessa.

    Argos soltou uma gargalhada, e no mesmo instante desejou não ter feito aquilo, porque a dor lancinante tomou conta das costelas. Ele soltou um palavrão, pediu desculpas a Jeanette, e tornou a olhar para o padre.

    - E como, em nome de Crunor, padre, eu deverei cumprir aquela promessa? E nem seque sei qual foi o bastardo que roubou o frasco de sangue.

    - Que bastardo? – perguntou Jeanette, porque ela entendera aquele termo. – Sir Simon?

    - Ele é um bastardo – disse Argos –, mas não é o único.

    E ele contou a ela sobre a lança, sobre o dia em que a sua aldeia tinha sido assassinada, sobre o tio morrendo, e sobre o homem que levava um estandarte mostrando três falcões amarelos num campo azul. Ele contou a história devagar, através de lábios que sangravam, e quando terminou Jeanette deu de ombros.

    - Então você quer matar esse homem, não quer?

    - Um dia.

    - Ele merece ser morto – disse Jeanette.

    Argos olhou para ela através de olhos semicerrados, perplexo diante daquelas palavras.

    - Você o conhece?

    - Ele se chama Sir Hälge Ed’Veque – disse Jeanette.

    - O que é que ela está dizendo? – perguntou o padre Hobbe.

    - Eu o conheço – disse Jeanette, séria. – Em Senja, onde ele nasceu, às vezes é chamado de senhor de terra e mar.

    - Porque ele luta nos dois? – tentou adivinhar Argos.

    - Ele é um cavaleiro – disse Jeanette –, mas também é um assaltante de mar. Um pirata. Meu pai tinha 16 navios e Sir Hälge Ed’Veque roubou três.

    - Ele lutou contra vocês? – Argos parecia surpreso.

    Jeanette deu de ombros.

    - Ele acha que todo navio que não é de Carlin é inimigo. Nós somos de Batalha.

    Argos olhou para o padre Hobbe.

    - Aí está, padre – disse ele –, para cumprir a minha promessa, tudo o que tenho de fazer é combater o cavaleiro de terra e mar.

    O padre Hobbe não tinha entendido o carliniano, mas abanou a cabeça, triste.

    - A maneira de cumprir a promessa, Argos, é problema seu. Mas Crunor sabe que você a fez, e eu sei que você não está fazendo coisa alguma a esse respeito. – Ele tocou com os dedos o orbe de madeira que usava presa a uma tira de couro pendurada no pescoço. – E o que é que eu vou fazer com relação a Sir Simon?

    - Nada – disse Argos.

    - Pelo menos, eu tenho que contar ao Totesham! – insistiu o padre.

    - Nada, padre. – Argos foi tão insistente quanto ele. – Prometa.

    O padre Hobbe olhou desconfiado para Argos.

    - Você não está pensando em se vingar, está?

    Argos se benzeu e sibilou com a dor na costela.

    - A nossa Mãe Igreja não nos manda virar a outra face? – perguntou ele.

    - Manda – disse o padre Hobbe em tom dúbio –, mas não desculpa o que Sir Simon fez hoje à noite.

    - Nós vamos afastar a ira dele com uma resposta delicada – disse Argos, e o padre Hobbe, impressionado, balançou a cabeça em sinal de que aceitava a decisão de Argos.

    Jeanette estivera acompanhando a conversa da melhor maneira possível, e pelo menos percebera o sentido das palavras que eles trocavam.

    - Vocês estão discutindo o que fazer com Sir Simon? – perguntou ela a Argos.

    - Eu vou matar o bastardo – disse Argos em carliniano.

    Ela fez uma careta para ele.

    - É uma idéia muito inteligente, thaisense. Você será um assassino e eles irão enforcá-lo. Então, graças a Bastesh, haverá dois thaisenses mortos.

    - O que é que ela está dizendo, Argos? – perguntou o padre Hobbe.

    - Ela está concordando que eu devo perdoar meus inimigos, padre.

    - Mulher de bem, mulher de bem – disse o padre Hobbe.

    - Você quer mesmo matá-lo? – perguntou Jeanette com frieza.

    Argos tremeu de dor, mas não estava tão ferido assim a ponto de não ficar contente com a proximidade de Jeanette. Ela era uma mulher decidida, ele reconhecia, mas ainda encantadora como a primavera e, como os demais homens de Vince Farz, ele alimentara sonhos impossíveis de conhecê-la melhor. A pergunta dela deu-lhe aquela chance.

    - Eu vou matá-lo – garantiu ele – e ao matá-lo, minha senhora, eu lhe trarei a armadura e a espada de seu marido.

    Jeanette olhou para ele de cenho franzido.

    - Você pode fazer isso?

    - Se a senhora me ajudar.

    Ela fez uma careta.

    - Como?

    E Argos explicou a ela e, para surpresa dele, ela não afastou a idéia horrorizada, mas balançou a cabeça num gesto de concordância relutante.

    - Pode dar resultado, mesmo – disse ela, depois de um certo tempo –, pode dar, mesmo.

    O que significava que Sir Simon tinha unido seus inimigos e Argos encontrara uma aliada.

    Nhaa! Não ficou lá aquelas coisas, mas essas férias estão mais ocupadas do que o normal.
    Bom, aí está.

    DIVIRTAM-SE CRIANÇAS!

    Sem mais;
    Asha Thrazi!
    Última edição por Kaoh; 07-01-2007 às 22:51.
    Langobardis
    Comunidade de Roleplay em Neptera. Venha conhecer!
    PALMEIRAS - Campeão Paulista 2008

    "Posso não concordar com o que dizes, mas lutarei até a morte pelo direito de dizê-lo" Mestre Voltaire

    Asha Thrazi!



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