Introdução
Olho pelo canto do olho e só vejo borrões. As coisas passam tão rápido quanto um raio e me dá a leve impressão de voar. Me concentro ao que está em minha frente, porque afinal, não é bom estar em alta velocidade e cair de cara no chão. Eu tenho que chegar em Plet rapidamente, pois tive algumas armas encomendadas e consegui adiar e uma semana meu horário de entrega. Essa parte do continente é controlada por um grupo de assassinos que, de tão longa sua dinastia, ninguém sabe como e nem quando surgiu. O mais engraçado é que foram eles que encomendaram minhas armas e, se eu fizer algum erro tanto na fabricação, quanto na entrega, eles me matam (e minha família). Tenho que proteger essas caixas de qualquer jeito.
Meu nome é S. Somente S, isso mesmo. Sou conhecido por essas partes do mundo como Sr. S. Sou de uma longa linhagem de Ferreiros-Guerreiros e sempre fomos procurados pelos nossos serviços de alta qualidade. Temos uma família inimiga de elfos. Eles fazem equipamentos mágicos mas de péssima qualidade. Nós não temos magia, mas temos a experiência de gerações.
Sempre que vamos para PLeb, a capital, há discussões sobre quem é melhor. Os elfos falam "Oh, nossos itens são mágicos e a magia move o mundo. Blá, blá, blá." e nós contradizemos "E daí ?! Nós temos os melhores equipamentos e armas que vocês jamais possam imaginar..." E discutimos por horas, dias. Quem sabe meses...
Sou considerado o melhor ferreiro da família sendo até comparado até à Brings, deus da Ferragem. E também sou o principal alvo da Vs'Taer, a família dos elfos. Todas as vezes que vou entregar alguma encomenda sempre há um tentando me botar para baixo moralmente. "BURRO DE CARGA !" ou "ESCRAVO !!" Faço de conta que não ouço e sigo direto para o meu destino, afinal nosso lema é "Qualidade, tempo e Experiência da Idade". Lindo, não ?!
Capítulo 1 - Abertura
Corro no que é chamado no nosso mundo de Grande Verdão. É um grande deserto. De grama. Conta a lenda que Corns, deus do Calor teve uma briga com Troks, deus do gelo, pois Corns queria usar seu poder sobre o deserto gelado de Troks. Conseguiu boa parte, mas Gina, deusa das Plantas, interviu nisso e cobriu todo o deserto de Corns. Como nesse deserto havia o que era chamado de "areia viva", uma espécie de criatura que se alimentava de areia e, bem, era feito de areia, as plantas sufocaram essas criaturas e Corns ficou revoltado. Tentou diversos ataques contra a Floresta Azul de Gina, mas foi impedido logo pela a Assembléia Maior, um grupo feito pelos deuses mais poderosos, e foi recluso num canto fora do nosso planeta e agora alimenta a Terra com seu calor.
Eu não acredito muito nessa história, mas quando se é criado desde pequeno ouvindo ela, você se acostuma.
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Um sobretudo marrom já bem usado mais parecendo um trapo, botas de couro, uma camisa de algodão, uma calça de algodão também. Ah ! E cirolas de lã. Bem, estou vestido assim e isso é uma das minhas mais fortes características, é como se fosse um uniforme. Todos me reconhec...
Preto, tudo escuro.
Abro os olhos e vejo um pássaro roxo levando minhas caixas embora.
- VOLTA AQUI, ANIMAL DOS INFERNOS !! - gritei
Tchik !
- AI !
Olho pro meu braço e vejo uma flecha de aço encravado nele. Olho pro céu e vejo o pássaro acho que indo para o leste... Tudo... borrado.. a. a... Aaaaaaah....
Capítulo 2 - O Começo da Tormenta
Acordo amarrado num cadeira, está tudo doendo e me sinto mal. Num estrondo a pesada porta de madeira se abre e do outro lado dela aparece um elfo gordo vestido com trajes militares específicos dos elfos :
- Seu bastardo! VOCê MERECE MORRER PELO QUE FEZ !
- O que eu fiz ? Aah ... - pergunto com uma certa ironia
- AINDA PERGUNTA ?! PODEM DAR UMA LIÇÃO NELE ! -grita o elfo fazendo um sinal para os brutamontes que estavam do meu lado.
Ele fecha a porta num estrondo e recebo um soco na cara. Simples, assim. Os trogloditas começam a me bater até eu desmaiar.
Preto, tudo escuro novamente.
Continuo amarrado na cadeira, mais doído ainda. Começo a escutar algumas vozes.
- ONDE VOCÊ BOTOU AS CAIXAS , IMBECIL ?!
- EU AS PERDI NO DEPÓSITO, SENHOR. MIL DESCULPAS !
- SEU IMBECIL ! VÁ PROCURAR, JÁ !
- OK, SENHOR !
Começo a rir um pouco da situação, logo depois do breve momento de descontração, uso todas as minhas forças e vou pulando com a cadeira até a porta. O Elfo Gordo volta quase destruindo a porta :
- AAAAAHA ... ?
- Oi !
Me jogo em cima do idiota com tanta força que a cadeira arrebenta e eu ganho liberdade. Continuo a andar no túnel todo de terra. Onde eu estava parecia uma base improvisada. Não tinha um acabamento digno da cultura élfica sendo grotesco até para os padrões orcs. Olho para trás e vejo o elfo acordando do ataque. Caminho calmamente ao seu encontro e dou-lhe um chute na cara.
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