Cara... volto eu, seis anos depois, procurando meu nick na net, e acho esse post. Meldels, eu era MUITO mais inteligente que agora... Com exceção na gramática.
Pensei em terminar a história, em homenagem ao meu eu de 6 anos atrás~ Talvez não termine, mas me sinto melhor em dar uma pequena continuação à minha pobre narrativa.
A propósito, meu role-play não melhorou, se é que não piorou.
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Capítulo IV - O demônio e o mal.
Ao aproximar-se dos homens, ela sentiu o cheiro forte de sangue emanando do massacre. Os ossos expostos dos lobos perfurando suas peles, vários olhos que lançaram-se da cabeça da aranha ex-portadora deles; por um momento, ela sentiu seus pés sair do chão, o calor do dia deixar sua pele e só sentir o mesmo cheiro, o cheiro de sangue, cheiro de dor, cheiro de memórias cruéis que ela deveria esquecer, o frio da noite batendo em seu rosto, o barulho de ondas quebrando a costa da praia, uma linda mulher com cabelos do azul mais puro e claro que reluziam à luz da lua cheia, de olhos azuis vívidos e orelhas pontudas a abençoando enquanto dizia "Que Glórienn a proteja de suas próprias lembranças...".
O calor bateu em seus ombros, o chão encontrou seus joelhos enquanto ela sentia os olhares curiosos dos homens verdes perante a figura que do nada surgiu e por nada caiu.
Um tanto quanto desconfiado, um deles aproximou-se de clava levantada, pronto para contra-atacar qualquer reação, que não veio.
Ele esperou, chegou mais perto, esperou, e a pequena criatura mantinha se de joelhos na grama ensopada de sangue, à luz do crepúsculo, escondendo seu rosto com suas pequenas mãos.
Caiu uma gota de sangue da clava do demônio verde, ao mesmo tempo que ele dava os maiores pulos para trás que suas pernas gordas lhe permitiam, seguindo seu instinto de guerreiro e de sobrevivência.
A menina abaixa suas mãos vagarosamente, mãos em que não caberiam uma maçã, mas que carregavam todo o ódio que Gaia poderia ter dos humanos; levantou-se, a cabeça abaixada, seus longos cabelos cobrindo seu lindo rosto infantil manchado de sangue do contato com suas mãos.
Um segundo depois, um vulto usando uma longa batina marrom segurou o o pulso da menina, que segurava uma pedra a dois centímetros do olho de um demônio que ainda não percebera o movimento de nenhum dos dois.
O demônio viu, caiu pra trás, os outros demônios gritaram e avançaram em direção ao companheiro caído enquanto o vulto murmurava:
- Glórienn, acabei de salvar demônios de uma de vossas filhas.
Continua?~