Hoje, entre um gole de vinho e outro, Oriuny conta como foi sua primeira viagem à Venore.
Caso tenha perdido o inicio dessa aventura, ela começa aqui: https://forums.tibiabr.com/threads/5...=1#post7012142
Spoiler: Capítulo II - A febre do pântano em Venore
A primeira parte da viagem até Venore foi exaustiva como previsto. Os ferimentos que Menicc trouxe consigo da caverna de Wasp em AB’Dendriel ainda o incomodavam e o druida estava especialmente apreensivo em estar novamente viajando. Quando chegara na cidade élfica há algumas semanas, os planos de Oriuny eram claros como a neve que seu mestre produzia a cada conjuração mágica. “Ficarei em AB’Dendriel treinando com Ireas Keras até me torne completamente autossuficiente.” Ilusão a dele.
Seguir pelas montanhas exigiu fisicamente dos dois aventureiros que logo se depararam com a fome, a fadiga e principalmente a sede. Durante os pouco mais de dois dias de viagem, só encontraram um ponto onde puderam se hidratar e se refrescar. O sol forte e a falta de vegetação em algumas partes do caminho, o castigavam ainda mais.
A opção de evitar as planícies, e o possíveis confrontos contra Orcs, fora em partes bem-sucedida, no entanto, não lhes garantiu total segurança. Essa realidade logo se apresentou a dupla que travou incansáveis batalhas contra os famigerados Goblins. Apesar de serem criaturas relativamente fracas fisicamente e de pouquíssima inteligência, se concentravam em grande número. Femor Hills é habitada por essas criaturas verdes e os aventureiros desavisados descobrem isso dá pior forma.
A viagem durou pouco mais de dois dias até que, enfim, chegaram a monumental Kazzordon, a cidade construída sob as rochas. Logo após se situarem, Oriuny foi imediatamente até os correios para avisar Ireas Keras e Thard de seu progresso, Menicc por sua vez foi atrás dos suprimentos que lhes garantiriam a sobrevivência na segunda parte da viagem.
Depois de algumas horas, prontos para partirem na manhã seguinte, se encontraram na taverna local onde tomaram algumas canecas de cerveja artesanal. O taverneiro que lá trabalhava, e produzia a cerveja que brindava o sucesso parcial da jornada, os acompanhava na celebração. Apesar de cordial e carismático, pelo menos acima da média dos demais anões, conhecidos por sua truculência, ele não conseguiu manter Oriuny e Menicc na taverna até muito tarde. Ambos estavam focados na viagem e não se deixaram levar pela situação.
- Vamos Ori, precisamos descansar! - Encerra Menicc, de maneira assertiva, a conversa do druida com o fanfarrão taverneiro.
A noite de sono foi impagável e os dias de exaustão ficaram para trás.
No dia seguinte partiram cedo, logo após o raiar do sol. Não demorou para se depararem com a primeira adversidade, um grupo de saqueadores anões se reunia na ponte ao sul da cidade de Kazoordon. Oriuny até tentou dialogar, mas logo percebeu que precisariam lutar por suas vidas e pertences.
Passado o primeiro contratempo, finalmente chegaram ao tão temido pântano.
Os pântanos localizados nos arredores de Venore foram ainda mais impetuosos que os Goblins que viviam em Famor Hill. Dezenas de Marsh Stalker, Salamander, Emerald Damselfly e os horripilantes Swampling os feriam constantemente e seus suprimentos acabavam com uma rapidez preocupante.
- Vamos sobreviver Menicc, tenha fé em Crunor, ele não nos abandonará! - Fala o druida se levantando do chão após ser golpeado violentamente por um de seus inimigos.
Oriuny, no entanto, pedira proteção contra o inimigo errado e logo o maior desafio dos dois viajantes se apresentou a eles. Um oponente poderoso e invisível, a febre do pântano.
O cansaço do meio-elfo havia sido negligenciado até aquele ponto da viagem, quando finalmente ele dobrou seus joelhos e foi ao chão. A exaustão era latente em seus olhos que, com as mãos apoiadas no chão, olhava fixamente o solo. Oriuny, mais a frente, sorria ao ver as construções de Venore no horizonte.
- Menicc, estamos chegando! - Afirma o druida sem perceber o estado físico de seu companheiro.
Seu semblante de felicidade foi brutalmente arrancada de sua face quando olhou para trás e viu seu primo entregue a exaustão.
Daquele trecho em diante a missão era sobreviver. Oriuny gastou toda sua energia vital e espiritual para manter seu primo em condições de chegar até a cidade, Menicc apenas dava um passo após o outro sem esperanças de grandes melhoras.
Chegando em Venore foram recepcionados por Alwin que prontamente se colocou a disposição para ajudar. Enquanto Menicc e Oriuny se deslocavam lentamente pelas ruas da cidade até o templo, Alwin correu até o líder da guilda dos druidas de Venore, o Sr. Smiley. Ao se encontrarem no templo Oriuny finalmente saiu de cena, não havia mais nada que ele pudesse fazer se não sentar e esperar. Foi o que fez e no chão do tempo, encostado em um dos pilares de mármore, apenas observou o trabalho do monge Yberius e do druida Smiley. Após algumas horas de trabalho árduo, o meio elfo estava finalmente estável.
- Garoto, seu primo ficará bem, mas ele precisará de cuidado extensivo e não podemos oferecer isso a ele, sugiro que ele seja remobilizado para sua cidade natal, como você disse, a mãe dele mora lá, e AB’Dendriel tem excelentes druidas. - Orienta o monge.
- Como o caso dele requer cuidados imediatos, conseguiremos fazer o transporte dele por barco. Chegará lá em um dia, será mais seguro. - Complementa o líder Smiley.
- Quanto a você, sugiro que trate seus ferimentos e passe alguns dias em Venore antes de seguir viagem. - Adverte Yberius antes de se retirar juntamente com Smiley levando Menicc até o porto da cidade.
Oriuny assente com a cabeça e segue ao lado da maca conversado com seu primo que aparentava estar melhor.
- Sua mãe cuidará de você. Chego em alguns dias. De qualquer forma mantemos contato por carta, vou avisando à vocês dos meus progressos na viagem. Você ficará bem! - Conforta Oriuny com um sorriso sincero.
Com a participação de Menicc
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