Acordo com a cabeça explodindo em dores. Percebo que ainda estou de posse dos meus pertences, o que me deixa um pouco aliviado; o cômodo em que me localizo está muito mal iluminado, sendo visível apenas 3 perguntas escritas na parede:
Que tipo de brincadeira é essa? Preciso descobrir uma forma de sair daqui... Mas essa sala não parece fornecer muitas alternativas; além das perguntas na parede o que tem de mais interessante aqui é uma quantidade infernal de areia. Será que fui trazido para alguma das cidades do deserto? Não é possível que tenha ficado tanto tempo desacordado...O QUE MANTÉM O MESMO TAMANHO INDEPENDENTE DO PESO?
ALGO ESTÁ SEMPRE ADIANTE, MAS JAMAIS CONSEGUIMOS VER. O QUE É?
É ALGO INEVITÁVEL, AGUARDADO, PERPÉTUO E ESCURO, E VEM A RICOS E POBRES A QUALQUER MOMENTO, COM OU SEM AVISO. O QUE É?
O tempo vai passando, e eu não sei o que fazer. A dor de cabeça melhorou um pouco, mas não tive sucesso em encontrar mais pistas de como sair daqui; além disso, essas perguntas sem sentido ficam dançando em frente aos meus olhos... Será que quem me prendeu aqui espera que eu as responda? Que brincadeira mais idiota. Mais algum tempo se passa -- não sei dizer se foram minutos ou horas -- e minha cabeça volta a doer, talvez por tanto eu ter pensado nessas malditas perguntas. Estava deitado, com o rosto virado para a parede, já quase adormecendo, por mais que eu lutasse contra isso. Quando já estava prestes a fechar os olhos, a resposta para a primeira pergunta veio de súbito a minha mente; era algo tão corriqueiro para um comerciante como eu que fiquei frustrado por ter demorado tanto para perceber: A balança, tão usada por mim para pesar variadas mercadorias -- de leves peles de minotauros até grandes e pesadas armaduras -- variava de peso constantemente, apesar de manter sua forma e tamanho originais.
Subitamente me animei ao descobrir a primeira resposta, e consegui ficar mais alerta para pensar nas outras duas. Algo que está sempre adiante, mas não posso ver... Será a minha sombra? Não, ela pode estar atrás de mim, e eu também posso vê-la... O horizonte, talvez? Eu posso vê-lo também, que burrice... Minha paciência já estava se esgotando, quando consegui pegar uma linha de raciocínio interessante: O passado de honras e glórias de minha família, todas as nossas riquezas e o respeito de todos no Reino com os guerreiros mais fortes de cada geração... Isso ficou no passado, é algo que eu posso olhar para trás e pensar numa forma de ter isso de volta. Mas, o que vem pela frente é incerto e depende do que eu farei hoje para que possa acontecer; o futuro! Claro! Está sempre por vir, apesar de nunca sabermos o que ele irá trazer.
Animado com a última descoberta, a terceira pergunta pareceu-me bem mais simples que as outras. O que todos esperam, independentemente de suas riquezas, conquistas, honra ou lealdade... Algo que atinge Reis e mendigos da mesma forma, sem distinção... A morte, é claro!
Pensei em entalhar as respostas na parede, mas não consegui imaginar uma forma de isso dar certo. Quem quer que tenha me prendido ali queria OUVIR de mim as respostas, tenho certeza! Portanto, juntei todas as minhas forças e gritei a plenos pulmões, como minha última esperança de sair dali:
BALANÇA!
FUTURO!
MORTE!
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