Ao presidente da Agancy of Venorean Interest Negotiators.
Prezado Uncle,
Primeiramente eu agostaria de agradecer pela oportunidade que me concedeste. Agora que cheguei a um nível bastante satisfatório acredito que não poderia ter chance mais oportuna de continuar melhorando minhas habilidades do que me tornando um membro da AVIN. Confio nos vossos conselhos e tenho para mim que sua honra e moral são inquestionáveis, principalmente pelo que tenho ouvido dos venoreanos sobre a AVIN (pelo menos aqueles que sabem de sua existência), estou certo de que todas as missões ora concluídas tem uma boa razão, apesar de algumas delas, principalmente o caso “A File Between Friends”, parecer um pouco... discutíveis.
Enfim, conforme instruções, estarei relatando, a partir de hoje, dia 26/08/2012 ([OOC] = espero que a data real não atrapalhe o role-play), os meus trabalhos. Vou tentar descrever neste relatório somente o que for, de fato, relevante, muito embora eu faça questão de deixar registro de todos os meus passos (todas as informações são relevantes).
Em primeiro plano venho informar que estou, ao menos neste momento, impedido de concluir a missão que me atribuíste, o caso “A Crypt Mission”. De acordo com as orientações anexadas ao caso, o local mais provável onde se encontra a sepultura do portador do anel (Signet Ring) são as criptas localizadas no subsolo da chama “Isle of Kings”, logo abaixo do “White Raven Monastery”. Uma missão simples, sem muitos desafios, a não ser a burocracia para ingressar nas partes inferiores do monastério, porém há alguns anos atrás passei a me tornar devedor de Costello, o monge, hoje regente, do monastério, e também das terras da ilha, e tudo isso ocorreu por uma infelicidade, da qual me arrependo até os dias de hoje.
Ocorreu da seguinte forma: há tempos atrás minha cidade era Carlin, cresci com histórias de grandes batalhas e grandes terrores em terras não tão distantes dali. A oeste de Carlin, como bem sabes, encontra-se uma terra corrompida chamada de “Ghostland”, lar de seres decadentes originados dos corpos de muitos que ali encontraram seu destino. Por algum motivo o mau presente naquela localidade se tornava cada vez mais forte e eu, assim como inúmeros guerreiros e guerreiras se deslocavam até aquelas terras com o intuito de minimizar a crescente horda de ghuls, skeletons, e todo tipo de abominação.
Em uma das minhas peregrinações, enquanto me deslocava para o litoral do continente a oeste de Carlin, tive a felicidade de conhecer Dalbrect, um sujeito agradável de nome estranho. Nasceu em uma família tradicional de alta distinção que um dia já foi uma das mais ricas de Carlin. Ao que parece, a antiga tradição de dar nomes estranhos aos filhos permaneceu.
Dalbrect me contou dos feitos de sua família, que era formada em sua maioria por guerreiros. Em tempos remotos o mau presente nos limites de “Ghostland” era ainda mais intenso. Então sua família organizou uma tropa, reunindo os maiores guerreiros, e também as lutadoras de Carlin e atacaram “Ghostland”. Reza a lenda que durante uma hora inteira se podia ver guerreiros passando pelos portões oeste de Carlin.
Apesar da tropa (ou devo chamar de exército?) ser imensurável, os guerreiros não foram capazes de derrotar os mortos-vivos, que em meio ao combate simplesmente atacavam com dreno de vida sem nunca recuar. Após várias horas de combate, intercaladas entre ataques intensos e momentos de calmaria, a derrota dos moradores de Carlin se levantou do chão. Aqueles que agora se precipitaram contra os bravos guerreiros de Carlin eram os seus. Sangue de seu próprio sangue. Filhos reconheciam seus pais, irmãos reconheciam suas irmãs, porém todos já deformados transformados em ghols, e neste momento todos viram com nitidez qual era o fim que lhes aguardava.
Eu já estive em grandes lutas, e o estado psicológico dos soldados faz toda a diferença durante a batalha. Eu acredito que nem os maiores guerreiros teriam chance se fossem postos em uma situação em que se viam obrigados a matar seus familiares.
As histórias referentes a este acontecimento são as mais variadas. A maioria dos guerreiros fugiu, outros se deixaram levar pela onda de desespero sendo engolidos para sempre e aceitando o fato de que logo estariam de pé na forma mais decrepta possível. Os últimos... estes ergueram suas espadas, e ao mesmo tempo em que atacavam os demônios, mutilavam seus próprios sentimento. E nos golpes desferidos misturavam às suas lágrimas o sangue de sua família.
Ao nascer do dia, a luz do sol brilhava sobre o sangue enquanto os seres menos resistentes à claridade voltavam às suas tumbas cantando vitória. Os poucos guerreiros que sobraram retornaram a Carlin, onde foram recompensados pela bravura e consolados pelas perdas, os homens com prêmios, as mulheres com altos cargos.
Se eu acreditava ou não naquela história... bom, não precisei nem pensar nisso por muito tempo, pois alguns dias depois encontrei, em uma das cavernas de “Ghostland” um artefato que representava a prova da batalha. Era um “Family Brooch”, que pertencia à família de Dalbrect. Porém o que mais me intriga é que o artefato estava bem posicionado no interior de um dos sarcófagos ali existentes, apesar de todos os familiares terem morrido no campo de batalha, e nenhum deles ter sido devidamente enterrado.
Bom. Como é de se esperar, tão logo encontrei o broche, fui ao encontro de Dalbrect que ficou muito feliz em recuperar um símbolo de sua linhagem e com isso me concedeu permissão (não tão oficial) de cruzar o estreito e atingir a “Isle of Kings” com sua embarcação.
Ao chegar à ilha, conheci Costello, que por incrível que pareça não se incomodou com a minha presença no local. O grande problema é que eu desconhecia as normas do local, e durante os momentos em que tive o primeiro contato com os aposentos da construção principal, ao subir as escadas ingressei em um local proibido, e vários monges ali residentes me atacaram assim que me viram. Então cometi o erro do qual me arrependo. Eu revidei os ataques e como punição Costello me condenou ao pagamento de 10.000 (dez mil) peças de ouro. Além disso, como garantia do pagamento de meu débito, ele proibiu seus funcionários de me prestarem serviços, e isto incluía Dalbrect, que, apesar de nossa amizade, se recusava a me levar de volta ao continente.
Por óbvio eu não andava com um montante tão expressivo de ouro nos bolsos. Então tive que mandar uma mensagem a um de meus amigos, que também residia em Carlin, solicitando que trouxesse o valor correspondente, tendo a minha palavra de que seria restituído no mais tardar até que eu me encontrasse novamente no interior de minha cidade e com total controle sobre meus registros bancários.
Aguardei por dias até que meu amigo pudesse chegar com o ouro. É sabido que ele também teria que conseguir permissão para vir à ilha, e isso demandava tempo, Dalbrect somente levava nossas mensagens, se recusando inclusive a trazer o ouro em sua embarcação. Não posso culpa-lo, se quebrasse seu juramento para com o velho Costello somente para me ajudar, talvez eu mesmo perdesse meu respeito pelo marinheiro.
Durante os tempos de espera um infortúnio teve início. Aconteceu um desses terremotos ([OOC] = update) que ocorrem em períodos regulares de tempo. O terremoto em questão modificou muito da geografia de Tíbia, trazendo consigo criaturas nunca antes vistas e com isso novas tecnologias desenvolvidas pelas grandes cidades do continente. A notícia ruim é que novamente os terremotos provocaram estragos e pela salvação de Uman fomos transportados de volta ao Templo para evitar que fossemos engolidos pela tragédia.
Isso significava duas coisas, na corrente conjuntura dos fatos. A primeira é que eu estava livre do cárcere de Costello, e a segunda é que eu estava impedido de encontrar com ele. Dalbrect continuava a seguir estritamente as ordens de não me ajudar e mesmo que eu estivesse com todo o ouro e disposto a pagar por minha condenação não havia meios de chagar até o valho monge. Tenho que dizer que os métodos das antigas famílias de Carlin são bastante controversos, ou seria somente Dalbrect que agiria com tamanha rigidez?
Como bem sabes, Mestre, sem acesso a ilha, não tenho condições de vistoriar o sarcófago que provavelmente guarda o anel. Isso não quer dizer que não irei conseguir o artefato e cumprir esta missão como as anteriores, porém venho informar que isso pode demorar um pouco mais do que o esperado.
Pelos estudos que tenho feito, fiquei sabendo que existe a possibilidade de chegar ao subsolo da “White Raven Monastery” seguindo-se uma trilha nos interiores da “Ghostland”. É uma notícia animadora, mas nem tanto. Os monstros que lá se encerram são ainda mais poderosos que os da superfície... Dragon Lords, Giant Spiders e Banshees pelo que ouvi.
De toda sorte, quando for até lá, não deixarei de levar o ouro para pagar minha dívida. É bem verdade que quero voltar a ter livre acesso à ilha, mas também quero pagar pela atrocidade que cometi e me redimir junto aos monges do local. Bom... talvez eu diga que o fato de eu ter sido libertado da ilha foi intervenção das entidades divinas. Quem sabe ele não me libera de minha penalidade?
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