Vamos começar as disputas da Chave 5!
Lembrando que os textos são postados de forma anônima. Os escritores não podem dizer qual é seu texto!
Para votar, basta identificar qual a disputa e qual o texto escolhido. Todos usuários podem votar, mas apenas aqueles com uma justificativa plausível serão levados em conta. Votos de usuários fantasmas também serão desconsiderados. E lembrando que a votação popular será apenas um dos pesos da nota dos textos, e o vencedor final será decidido por membros da Equipe TibiaBR. Por último (e talvez o mais importante):
Agora, dito isso, vamos aos textos!
Disputa A
shionk x Jubsmon x Maximos Super x Sombra de Izan
Tema: Nargor, a ilha dos piratas
Spoiler: Texto 1Mistério de Uma Vida
O ano era de 1510 e ao sul de Thais vivia o jovem aventureiro em uma misteriosa ilha chamada Meriana onde se encontrava o lindo povoado de Sabrehaven. Nosso jovem aventureiro Raymond Striker vivia em Sabrehaven já a algum tempo sendo bem conhecido neste pequeno povoado.
Raymond Striker filho de um pirata que anos atrás chegará quase morto em Sabrehaven. Contam os moradores mais velhos que só deu tempo de seu pai dizer “salvem o meu filho eles não desistirão de acha-lo”. Raymond Striker cresceu na vila ouvindo vários rumores de uma ilha cercada por piratas a sudoeste, dizem que é de lá que seu pai veio “do sudoeste, do sudoeste”. Era uma tarde de domingo mais um dia normal em Sabrehaven todos realizando suas tarefas, quando desembarca três jovens aventureiros vindos de Thais a mando de uma marinheira que fora ferida gravemente por um suposto exército pirata que invadiu a sua rota.
Um dos jovens aventureiros era formado na classe Elite Knight apelidado de Flor Amor Irmao e sua companheira de viajem formada na classe Elder Druida apelidada de Flor Amor Irma e também a Elder Druida apelidada de Maria Pixote os três formavam a equipe chamada por muitos de Força da Luz eles tem fama de serem imbatíveis pois seu ataque e suporte são perfeitamente sincronizados, protegendo corpo e alma com a força do seus corações.
Logo após a chegada da Força da Luz em Sabrehaven fora marcada uma reunião com todos os moradores. Flor Amor Irmao deu um passo à frente e contou aos moradores que ele e os outros integrantes da Força da Luz estavam ali a mando da sua chefe Jenyzz, que estava se recuperando de graves ferimentos causados por um ataque pirata na rota Thais – Liberty Bay.
Força da Luz estavam se hospedando em Meriana Beach e todos os dias logo de manhã vasculhavam a ilha em busca de pistas que o levassem a alguma informação sobre os piratas. Já era noite e Flor Amor Irmao estava totalmente desesperado, a curiosidade estava enorme, e reparou que as luzes da casa de Raymond Striker ainda estavam acessas, decidiu ir na casa do nosso nobre guerreiro averiguar o que estava ocorrendo. Chegando lá viu Raymond Striker com um monte de papeis na mesa e um desses papeis deu para perceber que era um pedaço de mapa. Flor Amor Irmao então decidiu perguntar:
_O que é esse pedaço de papel?
Raymond respondeu:
_ Não sei ao certo só sei que pertencia ao meu pai.
Flor Amor Irmao pediu o mapa emprestado por alguns dias e Raymond mesmo com grande tristeza acabou emprestando.
Na manhã seguinte Flor Amor Irmao acorda suas companheiras de viajem mostrando a misteriosa parte do mapa que havia pegado emprestado de Raymond, analisaram o mapa de todas as formas e nada descobriram, então decidiram partir novamente para Thais para receber alguns conselhos da mestre Jenyzz que ainda estava em recuperação fazendo sua fisioterapia com vários rapazes experientes. Passaram vários dias no mar até que finalmente chegaram tranquilamente sem nenhum imprevisto em Thais. Flor Amor Irmao correu em direção a casa de Jenyzz dizendo que havia encontrado um pedaço de um suposto mapa. Jenyzz ao bater o olho no mapa percebeu que a região mapeada era supostamente a lenda da Ilha de Nargor ao qual ouvira dizer que nenhuma embarcação voltou de lá com vida. Partiram em rumo a Sabrehaven novamente.
Mais alguns dias angustiantes no mar. Após alguns dias finalmente chegaram a Sabrehaven e marcaram novamente uma reunião com todos os moradores da vila. Jenyzz começou dizendo:
_ Pessoal descobrimos um mapa com a possível localização da Ilha de Nargor e pelo que tudo aponta é de lá que vem os ataques piratas da região. Alguém tem alguma informação que ainda não sabemos?
Uma pessoa grita do fundo:
_ É o Raymond, é ele que está trazendo todos esses ataques a região. Desde pequeno sabemos que ele era filho de pirata, seu pai estava totalmente vestido de pirata no dia que o achamos quase morto e ele também era caolho. Ele é filho de um pirata!
Raymond surpreso diz:
_ Sempre estranhei os pertences que meu pai deixou, percebia que não era pertences natural de Meriana, mas nunca imaginei que seria de piratas. Então os piratas devem estar me caçando?
Jenyzz grita:
_ PARA TUDO LUXO! CONSERTEZA É VOCÊ QUE ELES QUEREM MEU BEMZINHO. AMANHÃ VOCÊ IRA PARTIR COM NÓS. PRECISAMOS RESOLVER ESSA SITUAÇÃO!
Flor Amor Irmao assustado diz:
_ Pessoal voltem todos agora para suas casas e amanhã de manhã levantem todas as defesas possíveis.
Um velho usando saia e com uma máscara no rosto de olhos verdes chamado de Chondur diz:
_ Os mais antigos diziam que o pai de Raymond veio do Sudoeste.
Jenyzz responde:
_ Obrigado Chondur pela dica, iniciaremos procurando a Sudoeste. E muito obrigado a todos por cooperarem desta vez.
“Amanheceu peguei a viola botei na sacola e fui viajar” Flor Amor Irma acordou toda animada, Maria Pixote como sempre demorou vinte minutos só para sair da cama, Flor Amor Irmao todo ansioso dormiu somente uma hora na noite inteira ainda estava exausto, Jenyzz como sempre acordava seduzindo geral, Raymond ainda estava entediado por saber que teria que sair de Sabrahaven. E assim amanheceu mais um dia em Sabrahaven e hoje seria o início do fim da aventura dos nossos jovens?
Todos se arrumaram, colocaram tudo no navio, mas antes de sair Flor Amor Irmao colocou a bandeira com a imagem que representava a Força da Luz, uma bandeira roxa com uma luz brilhante representada no centro. Partiram dando tchau e deixando esperanças para os que esperavam pelo amanhã.
Demoraram três dias seguindo sempre a sudoeste mas finalmente TERRA A VISTA era o que gritava Maria Pixote do alto do mastro. Ao chegarem mais perto foram avistando várias bandeiras com símbolos piratas e milhares de restos de navios naufragados. Pararam o navio e ficaram analisando a área de uma distância segura, foi avistado vários piratas ao redor da praia tomando sol e bebendo vinho. Do nada um barulho de estrondo vindo de trás assustaram nossos jovens aventureiros, Maria Pixote alarmou:
_Piratas! Vários piratas, milhares de piratas! Atrás de nós! Corram!
Jenyzz rapidamente faz o barco entrar em movimento, mas os piratas já estavam muito perto e conseguem acertar um tiro fazendo o casco do navio trincar. O navio pega velocidade e conseguem se afastar um pouco.
Flor Amor Irma diz:
_Ainda bem que nosso barco tem mais apetrechos que o deles, conseguimos manter mais velocidade que eles.
Surge dois navios piratas bem a frente e lançam tiros e mais tiros nos jovens. O navio começa a dar sinal de que algo está errado, Jenyzz desvia o navio em direção a ilha.
Jenyyz:
_ Pessoal já era o navio está afundando, vou tentar levar ele ao máximo perto da terra firme. Peguem tudo que conseguir de necessário. Agora!
Todos correm em busca de suas mochilas e voltam rapidamente a tempo de ver mais um tiro de canhão acertando em cheio a parte trincada do navio, fazendo abrir uma grande rachadura. O navio começa a afundar mais rapidamente. Todos correm para o bote salva-vidas é quando Jenyzz repara que Maria Pixote estava com um Teddy Bear em suas mãos e começa a rir, o riso contagia a todos fazendo a situação ficar mais tranquila. Todos focados começam a remar, usando todas as suas forças. Finalmente chegam a terra firme, foi quando o navio explode e em meio a fumaça os piratas os perdem de vista. Eles rapidamente entram em um buraco o que os leva para o interior da ilha. Dentro da caverna acham um documento pregado a uma pedra escrito: “Sined Auror passou por aqui. Sigam em frente e subam a abertura no teto”.
Descansaram um pouco para recuperar o folego e do nada Raymond começou a chorar dizendo:
_ Isso que está ocorrendo é minha culpa, eu não deveria ter nascido, eu odeio meu sangue pirata, farei de tudo para mata-los, a partir de hoje esse é objetivo da minha vida. Exterminar todos os piratas!
Após o discurso meloso de Raymond nossos aventureiros seguem em direção a abertura no teto e a acham facilmente. Com um pouco de dificuldade conseguem subir e avistam criaturas verdes chamadas de slimes Flor Amor Irma e Maria Pixote lançam exori flam acabando com elas rapidamente. Novamente acham mais uma abertura no teto e sobem. Ao subirem acham uma sala parecida com um deposito. Eles avançam lentamente e avistam Piratas Marauders. Raymond então diz que achou uma vez nos documentos do seu pai a descrição da frota pirata que era dividida em classes de:
Pirata Marauder:
Como armas eles usam tudo que podem atirar e pilhar e que servem para esse propósito. Sua agilidade compensa sua falta de armadura. Claramente fraco e covarde, seu número pode amedrontar mais que sua habilidade.
Pirata Cutthroat:
Seus ataques máximos são um produto desta atitude como são seu uso de armas altamente explosivas que são tão perigosas ao operador como a seu oponente. Combine esta atitude e armamento com seu amor para quantias incríveis de álcool e um temperamento doente.
Pirata Buccaneer:
Normalmente não são amados e sim temidos pelos membros da tripulação, eles frequentemente duelam entre si e sempre procuram uma oportunidade de explorar qualquer fraqueza que seu capitão talvez mostre. Por receber uma parte boa do despojo, seu equipamento são muito bons e eles normalmente manejam algumas armas decentes e uma armadura boa.
Pirata Corsairs:
São os líderes dos piratas. Comandam seus próprios navios e guiam as suas tripulações com uma mão de ferro. Explora qualquer fraqueza de seus inimigos. Suas habilidades lutadoras são apoiadas por suas armas e armadura que são, naturalmente, o melhor os piratas eram capazes de pilhar durante seus muitos anos de pirataria.
Raymond ainda diz que existem o nome Pirate Skeleton e Pirate Ghost nos documentos mas não tinha nenhuma descrição sobre essa classe pirata. E que no final do documento menciona “Tomar cuidado com os quatro grandes”. Após a descrição detalhada das classes pirata Jenyzz monta o plano de ataque, defesa e suporte. Jenyzz diz:
_ Raymond daqui pra frente e muito perigoso, fique aqui e se não voltarmos logo, arrumo um jeito de fugir.
Raymond obedece e monta acampamento discreto próximo ao buraco. Jenyzz e seus companheiros de equipe avançam pela ilha mapeando quase que completamente toda a ilha, sempre se esquivando de todos os piratas que acham pelo caminho, até que encontram dois navios parados na parte central da ilha e vários piratas descendo. Havia cerca de doze mil piratas no local. Eles pareciam estar se reunindo mas para que? Não demorou muito e mais dois navios atracaram no porto dos piratas e de lá desceram quatro piratas vestidos totalmente diferente de todos os outros. Seriam os “quatro grandes”?
Logo um deles começaram a falar:
_Como todos vocês sabem temos que achar o filho do Pirata Bebey logo, ele possui a joia que nos foi roubada a anos. E pelo que fui informado o filho de Bebey estava no navio que afundamos hoje de manhã. É hoje que recuperamos a nossa honra de piratas!
Jenyzz percebendo que eles iriam se dispersar por toda a ilha grita em voz alta:
_ É hoje que todos vocês piratas serão eliminados! Força da Luz ao ataque!
Os quatro grande começam a rolar no chão e rir intensamente. A risada deles contagia todos os outros piratas e Jenyzz se sente reprimida.
Um dos quatro grande diz:
_Doze mil contra um pequeno grupo intitulado “Força da Luz”? Vocês são demais! Vão morrer rapidinho, vou até me deitar aqui.
Jenyzz fica enfurecida pega o seu arco e pronuncia as palavras mágicas:
_Utito tempo san!
Flor Amor Irmao pula no meio dos piratas e pronuncia:
_Utito tempo.
Em 10 segundos Jennyz e Flor Amor Irmao mataram cerca de quatrocentos piratas. Flor Amor Irmao, Jennyz, Flor Amor Irma e Maria Pixote estavam batalhando feito loucos. A cada ferida que Flor Amor Irmao e Jenyzz recebia, Flor Amor Irma e Maria Pixote curavam quase que instantaneamente. A formação estava perfeita! Do nada os quatro grande ne um ataque sincronizado acertam Flor Amor Irma e Maria Pixote pela costa fazendo as duas caírem no chão e começarem a gemer pedindo por ajuda. Flor Amor Irmao usando o seu escudo consegue chegar até Flor Amor Irma e usa nela uma poção de mana, ela ferida porem destemida consegue pronunciar mais um exura gran mas res, fazendo a energia de Maria Pixote e de todos os outros voltarem. Se posicionam atrás de Flor Amor Irmao que neste dado momento estava servindo praticamente como um muro humano. Ficaram encurralados em um canto. Flor Amor Irma, Jenyzz e Maria Pixote dava todo o suporte possível para Flor Amor Irmao. Estavam conseguindo segurar o ataque, só que não estavam conseguindo atacar. Eis então que Jenyzz avista Raymond próximo aos quatro navios dos piratas implantando bombas nos navios. Após alguns minutos Raymond grita:
_Estou aqui seus idiotas! E vou matar todos vocês!
A atenção de todos os piratas vira-se para Raymond. Jenyyz grita:
_Corre Raymond! É agora ou nunca!
Raymond acende o pavio e todos os piratas começam a correr em direção aos navios sem saber das bombas. Aproveitando a dispersão dos piratas Força da Luz encontra brechas para iniciar novamente o seu ataque. Maria Pixote e Flor Amor Irma abrem suas bolsas e pegam enorme quantidades de poção de mana usam em si mesmas e concentram todo o seu poder e pronunciam as palavras mágicas:
_ Exevo Gran Mas Frigo!
Com essa grande magia se foram mais de dois mil piratas, mortos por um congelamento, enorme e doloroso - essas três palavras descrevem perfeitamente o feitiço mais poderoso de uma druida. Restando cerca de cinco mil piratas os quatro barcos explodem matando mais quatro mil. Com todos os barcos totalmente destruídos os quatro grandes resolvem finalmente entrar em campo de batalha. Jennyz começa a rir e com uma leveza em seu olhar concentra suas energias para mais um Utito Tempo San.
_Utito tempo San!
A flecha sai do arco com uma velocidade aproximada de dois mil quilômetros por hora, atravessando o corpo dos quatro grandes que estavam enfileirados. Flor Amor Irma e Maria Pixote soltam mais um Exevo Gran Mas Frigo finalizando com os outros mil piratas.
Enfim todo o exército dos piratas tinham sido eliminado? Certamente que sim, pelo menos por enquanto. Todos sorriem, aquele dia entraria para a história “O dia da destruição dos piratas”.
A equipe se reuniu e passaram a noite acampados, logo de manhã começaram a pegar tudo que conseguiram dos corpos dos piratas mortos, conseguindo juntar cem tapa-olho, cem pernas de pau, cem ganchos e ainda pegaram as melhores partes da roupa dos quatro grandes. Após muito tempo vasculhando ainda a ilha, conseguiram achar um navio bem velho ao qual deram uma reformada e assim conseguiram sair da ilha. Mas antes de sair Raymond teve a impressão de ter visto um novo navio se aproximando de Nargor. Seria novos piratas? Bom ele sabia que piratas haviam por todo mundo então possivelmente sim, seria uma nova tripulação e que ele nunca desistiria de eliminar todos. A noite caiu e nossos jovens aventureiros dormiram tranquilamente depois de muito tempo.Spoiler: Texto 2O Corsário de Sangue
Então esta ela é protegida naturalmente por rochedos no leste, oeste e no norte, pelo sul seu acesso se torna praticamente impossível devido aos postos de observação, então pelo mapa não há como invadir sem por em riscos a embarcação.
- E se formos a nado? - falou Larika sem pensar.
- Cala boca seu filhote de baiacu, outra interrupção e corto sua língua fora! - falou bruscamente enquanto dava uma punhalada com sua faca na mesa.
A fama de carniceiro que o Corsário de Sangue tinha era imensa, tanto que após trucidar o meio irmão do chefe pirata de Nargor sua cabeça ficou a prêmio, dez mil moedas de ouro para quem a trouxesse, foi o necessário para transformar de pirata em um mercenário este fora da lei.
- Até parece que não sabe que Nargor é cercada por uma barreira natural de corais e bancos de areia? Tomara que nosso contato em Meriana nos ajude nessa invasão!
E seu contanto logo se apresentou, Sebastian, um jovem pirata vestido com camisa roxa e um longo chapéu, claro que sua espada estava devidamente embainhada na cintura.
- Meus olhos me enganam! - falou o Corsário enquanto se levantava para um abraço.
- Já faz muito tempo meu amigo, você me ajudou muito daquela vez, talvez seja tempo de retribuir o favor!
- Conhece uma passagem segura para Nargor?
- Como a palma de minha mão!
Assim com um guia o grupo se formou, eram cinco no total, o Corsário de Sangue, Sebastian o guia, Marlusco um marujo que vivia bêbado, Murat especializado em arpões e por último e não mais importante Larika jovem impulsivo aprendiz de pirata.
Remaram por cerca de meia hora até avistarem a ilha de Nargor, Sebastian falou para se abaixarem e se encarregou de modular o curso da jangada em direção a uma pequena praia ao norte da ilha.
- Esta passagem segue pelo único esgoto de Nargor, vocês acompanhem o curso até chegar às aberturas para as latrinas, deve ter algumas criaturas fracas no caminho, nada que os atrapalhe, o maior trabalho será de subir aquele andar!
- Que male pergunte, como que você descobriu esse caminho?
- Errr nem sempre são só as fezes que caem nas latrinas!
- Já estava imaginando!
- Boa sorte para vocês, irei aguardar aqui!
No combinado Sebastian não desejava se expor dessa maneira, ser visto sem ser convidado iria lhe trazer grandes problemas perante a sociedade dos piratas.
O local era escuro e muito úmido, caminharam com cautela e logo se depararam com algumas criaturas, duas tarântulas avançaram contra o Corsário, dois giros de sua espada e já as havia eliminado, alguns slimes apareceram e Murat tratou de utilizar seus arpoes para transforma-los em gosmas, Larika até o ajudou em um ataque e Marlusco tomou um gole de rum e acendeu uma tocha.
- Assim é bem melhor!
- Será que a nossa surpresinha terá efeito?
- Que surpresa? Perguntou Larika.
- Raios! Parem de fazer bobagens! Nada de iluminação e nada de perguntas tolas! - falou bruscamente o Corsário.
Mais a frente encontraram um pequeno faixo de luz, a subida era muito alta e precisaram amarrar a corda a um arpão para que Murat o arremessasse, foi preciso cinco lançamentos para acertar o alvo, esticaram a corda e o Corsário falou:
- Larika essa missão é com você!
- Mas por que eu???
- Por que se cair não perderemos nada que precisássemos!
Larika tinha feito uma cara de tristeza ao ouvir isso, mas Marlusco falou:
- Garoto tolo, você sobe por que é o mais leve de nós!
Um aceno de cabeça foi o sinal de entendimento, mas a subida iria ser muito difícil, uma braçada por vez era o que pensava e quando menos reparou já estava tocando no arpão.
Subiu com pouco de nojo pelo buraco e carregou a corda até onde estava uma pesada pedra, era com certeza mais pesada que todos, mas serviria a seu proposito.
Não demorou a que todos subissem, por último ficou Marlusco, teve que ser puxado pelos demais devido sua capa carregava muito peso, a bebida era sua companheira perfeita.
Assim que retiraram a corda da pedra foram para fora da antessala e ouviram que estava ocorrendo uma festa, o saque que os piratas fizeram devia ter rendido bons resultados, o Corsário tapou o rosto e fez sinal para que fossem cautelosos.
O motivo daquela expedição era um saque ocorrido há pouco tempo, os piratas por sorte ou por informações privilegiadas atacaram e saquearam um importante carregamento de Liberty Bay para Thais, neste carregamento havia algo de muito valor para o Rei, tanto que organizou uma missão para reaver a carga, mas todo o meio a seu alcance estava fora de ter sucesso na empreitada, foi necessário usar dos agentes da inteligência persuadirem uma pessoa com conhecimento e coragem para tal feito, ao Corsário além das recompensas, um perdão real também foi incluído no pagamento.
Como já sabia o caminho para o local que as pilhagens eram guardadas, o Corsário guiou o grupo pela rota mais rápida, um pouco a frente da sala que saíram encontrou um grupo de piratas descansando perto de uma fogueira. Marlusco se adiantou e catou uma garrafa de rum e a bebeu falando:
- Tem que aproveitar esses momentos!
Os piratas olharam com uma cara estranha para ele, mas nem reclamaram, era um pior que outro.
- Você é mestre em disfarce! - falou Larika
- Seja você mesmo garoto! - respondeu Marlusco
Não demorou muito para chegarem a seu destino, como a sala era protegida por duas sentinelas, logo Marlusco começou a andar cambaleando em direção a eles.
- Alto lá, seja lá quem você for!
- Pra que tanta violência, só trouxe umas garrafinhas. . . !
- Ai sim!
Neste momento o Corsário atacou um com uma adaga e Murat acertou outro com um arpão. O Corsário abriu a porta e apontando para um baú de ferro falou:
- Vocês dois peguem aquele baú de ferro, é ele que viemos resgatar!
Nisto Larika sai correndo em direção ao tesouro.
- Olha tem muito tesouro aqui!
- Volte aqui garoto tolo!
Porém Larika continuou olhando os tesouros, quando retiraram o baú da câmara a porta se fechou trancando Larika lá dentro, um sino começou a ser tocado de longe.
- Temos que ir, o alarme deve ter sido acionado!
- E o garoto?
- Ele vai encontrar uma saída!
Foram apressados em direção à saída, quando encontraram o grupo de piratas da fogueira eles já o esperavam com armas em punho, um pirata alto e com uma vestimenta negra falou:
- Ora se não é o Corsário de Sangue!
- Então será hoje que terei minha vingança! - respondeu ao Capitão da Capa Preta enquanto desembainhava sua espada.
É o que veremos! - olhou para os outros e falou em voz baixa:
- Quando terminarem jogue o baú no buraco que desse cuido eu!
Um balançar de cabeça foi à resposta.
Murat e Marlusco olharam para o grupo de piratas e riram, Marlusco falou:
- Dois para ti e nove para mim!
- Está confiante hoje?
Murat jogou um arpão no primeiro pirata e os outros recuaram quando viram o corpo cair, jogou outro acertando a perna de outro pirata, assim deram mais um passo para trás, então Marlusco tomou um gole de rum e catando uma tocha soprou fogo contra os piratas que se protegendo recuaram para outra sala, aproveitando a oportunidade eles trancaram a porta com um pedaço de madeira e iam entulhando os objetos que tinha por perto.
- O bafo tá forte hoje!
- Está na medida!
- Vamos lá com o baú!
As habilidades de luta entre o Corsário e Capitão da Capa Preta eram equilibradas, um atacava por cima e o outro cortava pela horizontal, mas em um descuido o Corsário foi atingido no braço e o Capitão falou:
- Renda se Corsário que serei piedoso em sua morte!
- Nunca!
O Corsário atacou de cima para baixo e o Capitão defendeu dando um passo para trás, o Corsário chutou a perna do Capitão e jogou sua adaga no peito dele, o Capitão olha desacreditado no que estava acontecendo, antes que tomasse alguma atitude o Corsário enfia sua lamina em no coração do inimigo.
Enquanto retirava sua espada do corpo desfalecido viu que os outros retornavam para ajuda lo.
Nisto um grupo de piratas veio da direção da saída impedindo a passagem da antessala, o Corsário sabia que um grupo de três não teria menor chance contra dez piratas naquele local aberto, mas teria que tentar, morreria de qualquer jeito.
Uma massa veio correndo e se juntou ao grupo de piratas que bloqueavam a saída, ficaram num circulo ao redor dos três invasores e um deles falou:
- Rendam-se, vocês não tem a menor chance de escapar!
- Prefiro morrer lutando que me entregar!
- Você fez sua escolha, ataquem!
Por um momento todos os momentos de sua vida passaram por sua cabeça, desde os abusos da coroa que confiscaram todos seus bens, o momento que se tornou um pirata e quando foi forçado a virar um mercenário, até a esperança de uma vida nova passou por sua cabeça, mas pensamento não salvaria sua vida então gritou:
- Venham seus porcos, terão suas mortes em minha lamina, tirarei mais do que seu sangue!
Para sua surpresa os piratas vacilaram e recuaram, talvez sua fama seja devastadora a não precisasse nem lutar, mas sabia que estava enganada, uma luz veio da porta que trancaram e numa explosão ela se despedaçou, uma figura nada estranha veio acompanhado de outros piratas batendo palmas cortando aquele momento único.
- Ai estão vocês OS TRAIDORES, mas pelo que vejo não carregam nada de valor!
O Corsário o olhou com espanto nos olhos, não seria aquele que vestia um manto verde, não podia ser, mas era.
O pirata que tinha ordenado o ataque falou:
- Eu não recebo ordens de um fedelho, rápido homens matem esses bastardos!
Num movimento de braço como se empurrasse um escudo Larika lançou os piratas daquele grupo para longe, como se um soco potente acertasse a cada um:
- Cala a boca seu filhote de baiacu, mais uma interrupção e te faço em pedaços!
O pirata audacioso se levantando pediu desculpas, não sabia que com Denson Larika tinha retornado.
- Ora ora, o Corsário de Sangue, sempre desejei sujar sua imagem e terei o prazer de fazê-lo!
O Corsário não conseguia se mexer e Larika avançou e tirou a espada dele e a embainhou, colocou a mão em seu ombro e o levou ate as latrinas e falou:
- Pulem!
Como marionetes eles pularam no buraco da latrina, os piratas riram pela ironia de seu novo chefe, sabiam que o buraco era tão fundo que nem o cheiro de suas fezes chegava a perturbar.
- Será que sobreviveram?
- Quer pular lá e descobrir?
O pirata tapou a boca, sabia que com Denson Larika não se brincava.
A jangada estava ganhando distancia da ilha de Nargor, mas por um momento o Corsário de Sangue fitou a ilha, sabia que lá longe também estava sendo observado.
Disputa B
Xuxuz x anamil x Gabriellk~
Tema: Ashar'tel, a árvore sagrada de Ab'Dendriel
Apenas o usuário Gabriellk~ entregou seu texto, logo não haverá votação nesta disputa.
Spoiler: Texto 1Lágrimas
— O que está dizendo, Corak? Você já a vê - disse o mestre elfo, divertido.
Fora a primeira vez que aquele assunto surgira ali, naquele lugar, entre aquelas duas pessoas. Também fora a primeira vez que o elfo dera uma resposta diferente à pergunta costumeira, que tantos viajantes faziam e que seus ouvidos já estavam velhos de tanto escutar.
Corak pensou que o mestre elfo, cujo nome era Zaephros, parecia particularmente imponente aquele dia. Sentavam-se ambos sob os galhos frescos de árvores altas e vistosas, naquele bosque longínquo, quase secreto. Ele mantinha as pernas cruzadas e as costas eretas, e era impressionante como não ficava deslocado enquanto imerso na paisagem florestal. Suas vestes brancas e o cabelo dourado eram contrastantes com os tons do bosque, e ainda assim de alguma forma o elfo era tão parte dele quanto qualquer galho ou folha. Há muito Corak percebera que, apesar da semelhança física – exceto pelas orelhas – havia diferenças fundamentais entre suas espécies. A floresta fazia parte dos elfos, de um modo que os humanos ignoravam.
Corak pouco sabia sobre o mundo então, e não podia imaginar o que significava um elfo adotar um humano quase como um filho próprio, e mais, revelar-lhe os segredos de sua espécie sem hesitação. Despir sua cidade e deixar que Corak a visse como realmente era. Ensinar-lhe a ser um druida, e a seguir os caminhos de Crunor. Por toda a sua vida e até a morte, Corak foi ignorante da magnitude daquele gesto. Se não o tivesse sido, talvez tivesse agido de outra forma. Não que não gostasse do mestre. Na verdade, amava-o como a um pai, pois não tinha nenhum outro. Mas as crianças geralmente só percebem os tesouros que possuem depois que crescem e os perdem. E o maior tesouro de todos estava contido naquela pergunta, adiada por muito tempo, até que Corak tivesse coragem de fazê-la.
— Mestre, será que posso ver Ashar’Tel?
Não houve hesitação na resposta do elfo. Ele nunca teria lhe negado aquilo.
— O que está dizendo, Corak? Você já a vê.
Corak levantou os olhos semicerrados, mirando algum ponto indefinido, talvez atrás do mestre, ou em algum canto qualquer. Durante um breve momento, procurou desnorteado por alguma coisa, fosse o que fosse, que houvesse de diferente na familiar clareira. Mas sua procura cessou quase imediatamente, quando observou, com olhos que se arregalaram no mesmo instante, aquilo que sempre havia estado ali.
Sim, porque ele então soube que aquela árvore, e o que ela representava, sempre estiveram ali naquele bosque, talvez desde a aurora do mundo. Naquele momento, isso lhe pareceu óbvio. Agora ele via, com crescente exaltação, o que sentira desde a primeira vez que pisara naquele solo. Via a razão da inexplicável e calma paz que sentia, sempre que se sentava com o mestre elfo, seu mentor, sob aqueles galhos antigos e invisíveis, aprendendo sobre a natureza e como lhe pedir ajuda nas dificuldades. Percebia o porquê de seu passado amargo, nas ruas das cidades dos homens, parecer remoto e inofensivo, como se pertencesse à outra pessoa em outro mundo, quando ali estava aprendendo suas lições. Descobriu de onde vinha a presença divina, protegendo-o do alcance daqueles que perderam a floresta.
A árvore, mera representação de algo muito mais grandioso e incompreensível, era bela. Ah, como era bela! Como nenhuma outra em qualquer outro lugar do mundo, pois só ali ela crescia, e só ali poderia crescer. Corak levantou-se quando pôde enxergá-la, maravilhado. O mestre ria e apontava com a mão estendida, como um pai que mostra ao filho um presente muito esperado. Ashar’Tel era mais alta que uma sequoia, grossa como um baobá e muitas vezes mais impressionante que árvores mundanas. A copa era de tamanho inacreditável, facilmente sombreando toda a clareira e boa parte do bosque além. As folhas, de tons azulados e roxos, deveriam ser enormes, embora mensurar fosse difícil, pois os primeiros dos milhares de galhos só brotavam em uma altura vertiginosa. Nem mesmo uma folha caía, e não haviam caído desde sua criação. Fantásticos frutos, dourados e talvez maiores do que um homem, pendiam aos montes por entre os galhos e folhas. Corak pensou que os frutos brilhavam ligeiramente, embora ele admitisse que talvez fosse apenas seus sentidos pregando-lhe peças diante do inacreditável. E ainda mais inacreditável foi o que se sucedeu então.
O mestre elfo ergueu ambas as mãos em forma de concha, enquanto erguia o pescoço para olhar a árvore lá no alto. Esperava a chuva, que caiu mesmo o céu estando limpo e completamente azul. Por aquilo, Corak também esperara. Desejava aquele momento mais do que tudo.
A chuva vinha da própria Ashar’Tel. Porejava de suas folhas, galhos e frutos; grandes lágrimas vítreas que refletiam a luz solar enquanto voavam velozmente para o chão. Molharam o solo em volta, formando poças, e caíram sobre eles. Corak não se importou, ergueu as mãos em forma de concha também, rindo, por nenhum motivo além da satisfação de estar ali naquele momento. Sentiu-se cheio de vida quando as gotas de respiração de Ashar’Tel preencheram a concha de suas mãos. Esperou até que transbordasse, para então deixar que caíssem, e assim o fez por várias vezes. Mas não chegou a beber, nem mesmo uma gota.
Corak lembrou-se das histórias de Ashar’Tel contadas pelos elfos. Os efeitos das lágrimas poderiam ser impressionantes. Naquele instante, aquele súbito pensamento invadiu-o, deixando-o imóvel. O mestre, que até então partilhava da alegria de seu pupilo, notou que Corak de repente parara de rir e fitava cabisbaixo as poças de água que se formavam sob seus pés. Ao observá-lo, a expressão do elfo anuviou-se. Corak fitava a água com a expressão inquisitiva e curiosa, talvez com um que de amedrontada, da criança que observa um objeto desconhecido e pondera se deve ou não tocá-lo. Perfeitamente natural, não fosse aquela incômoda sensação momentânea de que algo mais havia estado naquele rosto que olhava para o chão, parcialmente obscurecido pelos cabelos lisos e molhados. Algo nunca antes visto pelo mestre naquela face.
— Mestre, posso beber a água?
Uma ruga de preocupação apareceu brevemente na testa lisa do elfo.
— Você sabe que não, Corak. Estou surpreso que tenha perguntado assim mesmo, após tudo o que aprendeu comigo e com os outros elfos.
Zaephros viu uma centelha de raiva distorcer as feições de Corak por um momento, arqueando suas sobrancelhas e comprimindo os lábios. Preocupou-se, pois era a mesma expressão que centenas de homens portavam quando os elfos negavam-lhes a árvore. O que eram aqueles demônios, primeiro o da cobiça, agora o da raiva, que viu surgir à tona em sua expressão? Teriam eles sempre estado ali, escondidos, apenas esperando serem acordados?
— E por que não, mestre?
— As lágrimas puras de Ashar’Tel não foram feitas para que eu ou você bebamos, Corak. Seu propósito é outro, e se você algum dia esquecer-se disso, seria inimaginavelmente tolo.
Aquilo bastou. A expressão de Corak desanuviou-se.
— Está certo, mestre. Desculpe ter perguntado, não sei o que deu em mim. É claro que eu sei o que acontece se eu beber.
— Não há problema em perguntar, Corak. Apenas lembre-se que Ashar’Tel é em grande parte incompreensível até mesmo para a minha raça. Só podemos imaginar a extensão dos efeitos que ela tem sobre o mundo. Não seria a mim ou aos outros elfos que você poderia ofender caso fizesse algo imprevisto. Seria algo muito maior que qualquer um de nós.
— Sim.
— Então, estamos entendidos?
— Estamos, mestre.
Ambos sorriram, aliviados com o término do momento tenso.
— Então, terminamos com as lições de hoje. Saiba, Corak, que não somos nós elfos que decidimos a quem Ashar’Tel aparece ou não. Quem decide é ela mesma, ou aquele que a habita. Nós apenas ouvimos e atendemos seus pedidos, quando somos capazes de compreendê-los. Entende o que isso significa?
— Entendo, mestre – e entendia mesmo. Naquele momento, Corak sentiu a presença da árvore, ou a do próprio Crunor, dentro de si, tão cheia e vital. Deu-se conta do privilégio que lhe tinha sido concedido, e sentiu-se envergonhado por estragar o momento com seus pensamentos cobiçosos.
Corak e o mestre despediram-se, e seguiram caminhos diferentes. O jovem ia voltando para sua casa, já ansiando pelas lições do próximo dia. Um melancólico ar crepuscular tomou conta do mundo à medida que o gentil e cálido Suon perseguia sua irmã Fafnar, quente e feroz, mais para baixo da linha do horizonte. Corak abria caminho pelo labirinto de folhas, maravilhado por enxergar a floresta com detalhes que nunca antes percebera. Galhos, folhas, flores e plantas inteiras que ele tinha certeza de que nunca vira antes agora saltavam à sua visão, todas coloridas vivamente. Vagalumes e outros insetos pequenos abundavam, parecendo maiores e mais vivos do que nunca. Ele refletiu, então, que nunca vira Ab’Dendriel em sua forma real antes. A cidade que a maioria dos humanos via era bela, sim, mas como a beleza do diamante falso. Aos olhos desatentos, poderia parecer tão brilhante e genuíno como o real, mas falta-lhe a essência que só o verdadeiro tem.
Então, quando a noite caiu e Corak estava à porta de casa, lembrou-se das lágrimas. Suprimira o pensamento desde que conversara com o mestre, mas agora ele retornava, qualquer que fosse o motivo. Um sentimento que ele desconhecia havia estado em seu coração naquele momento em que olhara para as poças, e ele sabia que teria de lidar com ele em algum momento. Pensou em que poderes aquelas lágrimas divinas poderiam conter, e se lembrou da sensação, da irresistível vontade de bebê-las. Não era verdade que o mestre dissera que nem mesmo os elfos imaginavam o que poderia acontecer caso alguém bebesse a água pura? Ora, que sabiam eles? Eram muito medrosos para experimentar e comprovar por si mesmos.
Ao abrir a porta, o interior de sua pequena casa revelou-se, escuro e sombrio. Naquele momento, as paredes, de troncos de árvores, pareceram frias como as fortalezas de pedra dos humanos. Como se um balde de água gelada lhe fosse jogado na cabeça, Corak se deu conta dos absurdos em que pensava. E teve medo. Teve medo ao entrar em sua casa, que de alguma forma parecia fria e morta como gelo. Teve medo ao constatar que afastara a presença de Crunor, agora fraca e distante. E, acima de tudo, temeu que aquela cobiça crescesse dentro dele como uma erva daninha, e o consumisse.
Naquela noite, Corak fez uma escolha. Decidiu alimentar aquela pequena criaturinha mesquinha, enquanto revirava-se inquieto na cama, insone. E ela cresceu, tornando-se uma besta faminta. Afinal, se Crunor tinha deixado que ele visse a água, deveria ser porque também quisesse que ele a bebesse. Talvez sua vontade fosse ter Corak ainda mais próximo dele. Mostrar-lhe a floresta da forma como ela realmente era; da forma que até mesmo os elfos ignoravam. Corak queria a água, mas o mestre não permitiria e ele não conseguiria forçá-lo a ceder. Quando percebeu isso, uma raiva que jamais conhecera corroeu-o inteiro, como um rato faminto. Não sabia de onde aquilo vinha, mas precisava agir, ou pensou que explodiria, angustiado, em mil pedacinhos que se espalhariam por todo lado. No meio da noite, o quarto parecia ainda mais frio, mas ao mesmo tempo era sufocante e claustrofóbico. Não podia continuar ali.
Ab’Dendriel dormia, pacífica. Por todo lado, grandes árvores transformadas em casa assomavam, completamente escuras e silenciosas. Corak correu, furtivo e apreensivo, na direção do bosque, onde ficava aquela clareira familiar. Enquanto ia em direção a ela, percebeu como Ab’Dendriel parecia fria e tristonha à noite. A lua pálida iluminava os campos e bosques, tingindo de bela luz prateada a vegetação. No entanto, era uma luz morta, diferente daquele ar cheio de vida que a paisagem adquira de dia. Os insetos e pequenos animais escondiam-se, e não havia nenhum vagalume. O ar era estagnado, como o de uma tumba. O único som era o dos passos apressados de Corak.
Ashar’Tel agigantava-se ao longe, visível de qualquer canto da cidade. Ao contrário do resto da paisagem, ela era duas vezes mais bela de noite, com suas folhas gigantes e os frutos vistosos, que agora realmente pareciam brilhar. Chamava por Corak, com um levíssimo sussurro que se intensificou tão logo ele aproximou-se. Vinha de seu caule, do tronco, das raízes grossas que percorriam imensuráveis distâncias abaixo da terra. Vinha de dentro do próprio Corak, que estava demasiado surdo para escutá-los, mesmo quando retumbaram ruidosamente em seus ouvidos, pedindo-lhe que reencontrasse o tesouro que perdera, pouco depois de tê-lo ganhado.
Então, quando se encontrou debaixo da árvore, ela pareceu-lhe insossa quanto qualquer outra. Na verdade, tudo agora era sem graça; ele não era mais capaz de ver a beleza da floresta. Só via as lágrimas, que caíam parecendo negras na escuridão do bosque. Antes que mudasse de ideia, Corak olhou para cima e abriu a boca, ávido, deixando que as gotas preciosas lhe caíssem nos cabelos, na cabeça, e por fim em todo o corpo. Matou sua sede imensa com a água de Ashar’Tel. Bebeu até que se sentisse cheio, sentindo aquele sabor indescritível, doce, vivo e selvagem. Por alguns momentos, Corak experimentou um contentamento extremo, e não pode evitar rir, até chegar as gargalhadas, enquanto ensopava-se até os ossos.
E foi então que seu contentamento desapareceu, como se nunca houvesse existido, e sua boca distorceu-se em uma expressão de puro temor. As gargalhadas ficaram entaladas na garganta, substituídas por um grito pavoroso. Toda a água de Ashar’Tel desaparecia. Em poucos instantes, Corak estava completamente seco. A única lembrança da água que lhe restou foi um forte amargo no fundo da garganta. O momento mágico de poucos instantes atrás agora parecia ter ocorrido há milhões de anos, ou talvez nunca tivesse existido. Fora falso, sempre fora. Ele soube daquilo naquele mesmo instante, e arrependeu-se profundamente. Cambaleou, sôfrego e engasgando, na direção da árvore, com os braços estendidos, desejando novamente a presença reconfortante de Crunor em seu coração, mas ela agora estava fora de seu alcance.
Pouco precisa ser dito sobre o triste acontecimento seguinte. Só sei que, naquela noite, Corak foi-se embora. Foi-se embora enquanto perdia as forças e encolhia-se no chão, tremendo convulsivamente. Mudando. Não que tenha morrido, mas perdeu a floresta, e com ela o seu espírito.
Pela manhã, elfos enojados arrastaram para fora de Ab’Dendriel a coisa que encontraram sob a grande árvore. A maioria estava apenas curiosa sobre a origem daquilo, pois nunca haviam visto um ser daquele tipo. Mas entre eles havia um elfo, de nome Zaephros, triste por reconhecer o que ele havia sido. E no futuro, quando perguntado por seus semelhantes sobre seu pupilo humano, ele apenas diria, com lágrimas caindo-lhe sobre o colo: “Ele foi embora para sempre”.
Disputa C
jvictormata x versusmd x striker'zin
Tema: Northport, o vilarejo dos pescadores
Spoiler: Texto 1Em busca de grandes aventuras, o explorador Zarabustor, cidadão de Carlin, decide abandonar a serenidade e partir rumo ao norte.
- O que será que tem naquelas terras? – cogitou. – Antes de partir, devo levar algumas poções e suprimentos. Não posso me arriscar.
E, assim, a aventura começa. Após se despedir de seus amigos e levar consigo, em sua mochila, um estoque de poções e comida, Zarabustor trilha seu caminho pelas árvores, seguindo, constantemente, para o Nordeste.
Já estava quase anoitecendo, uivos dos lobos poderiam ser ouvidos a uma distância bem próxima. Mas, afinal, o que seriam lobos para um valente aventureiro? Decide, sem medo, prosseguir: dali já podia avistar um pequeno vilarejo e uma mulher na entrada, que parecia estar chorando.
- Olá! por que uma moça tão bela como você está triste? - ele questionou à moça.
- Meu marido... ele acha que eu estou louca! – respondeu com um olhar bastante triste.
Sem deixar ser levado pela curiosidade, Zarabustor procura saber o motivo daquela celeuma toda.
- Não fique assim, pode desabafar comigo! A propósito, deixe-me apresentar: sou Zarabustor, cidadão de Carlin e destemido aventureiro!
- Oh, que belo nome! – respondeu, tentando esconder a tristeza em seu rosto. – Sou Marlene, moro aqui em Northport.
- Escute: alguns dias atrás eu estava nas docas, tarde da noite, procurando pelo navio do meu marido – prosseguiu Marlene, sem interromper. – Quando, de repente... avistei uma enorme figura se movendo.
- Algo que assimilava muito a uma serpente marinha, eu... – um olhar terrível se formava no rosto de Marlene enquanto ela prosseguia. – ...eu não consegui ver muito bem por causa da névoa, mas avistei dois olhos, vermelhos como o fogo, através da névoa.
Perplexo, Zarabustor criava expectativas. Tentar descobrir o que seria essa “criatura” e a sua origem seria uma aventura e tanto. Empolgado, porém preocupado, decide ajudar Marlene.
- Certo! – respondeu com empolgação. – Irei atrás dela, provarei ao seu marido que a criatura realmente existe.
- Oh... Zarabustor! – respondeu preocupada. – Prometa que irá voltar vivo! Tem um barco ancorado ali no cais, você pode usá-lo, leve também essa capa de couro de mamute.
- Eu prometo! – respondeu com um sorriso confiante estampado em seu rosto.
Já era noite, o vento soprava forte à medida que se aproximava do Cais. Desancorou então o barco e, com mochila em costas, começou a remar.
- Boa sorte, boa sorte! – Marlene gritava enquanto o barco se afastava do cais.
Cerca de uma hora depois, já distante do vilarejo de Northport, nada havia sido encontrado ainda. Morrendo de frio, Zarabustor já estava pensando em desistir da busca. Ele estava no meio do nada: só havia água e uma imensa névoa ao seu redor. Mas continuava remando, constantemente, para o norte.
Já estava muito tarde. Horas e horas se passaram remando a esmo para o norte, sem sucesso algum. A correnteza estava forte para oeste. Zarabustor estava muito cansado, precisava dormir, mas, com a ajuda dos suprimentos que levava, continuou tendo forças para remar. Até que, de repente, a névoa estava começando a se dissipar, e uma pequena costa rochosa começava a surgir em seu campo de visão.
Aquela costa não parecia nada confortável: o piso era escorregadio, e estava coberto por gelo e neve. Teria de dar um jeito de ancorar ali para dormir. Tirou da sua mochila a capa de pele de mamute que Marlene havia entregado a ele e revestiu-se nela - aquilo deveria reter boa parte do frio. Arrumou então uma maneira de ancorar o barco ali mesmo: amarrou uma corda em sua extremidade, com a outra extremidade da mesma amarrada em uma espécie de estaca, fincada ali no gelo.
Reuniu um pouco de madeira, com o intuito de fazer uma fogueira e, aos pés do fogo, adormeceu. No dia seguinte, atordoado com a camada de gelo que havia se formado sobre ele, vasculhou ao redor e tristemente notou a ausência de seu barco e a presença de pegadas na neve. Supôs que a camada de gelo o camuflara e evitasse a ele perda maior.
Seguiu as pegadas e, então, encontrou um pequeno porto que os moradores de Northport haviam montado próximo dali. Havia uma pequena aglomeração em torno do porto. Ao chegar, mal reivindicou o barco e já foi atacado por uma flecha, cuja lâmina transpassou seu peito.
- Peguem o ladrão, ele não pertence a Northport, para ter essa capa e um barco como este, só pode ter roubado! – gritaram.
Desferiram outro golpe, desta vez em seu braço, impedindo-o de utilizar muito da força física. Abandonaram ele à beira da morte e retornaram a Northport sem deixar a ele qualquer forma de retorno. Ficou ali, abatido sobre o gelo, sem quaisquer sinais de força.
Com o passar do tempo, foi recuperando-se, mas sabia que estaria fadado a não ser mais um guerreiro. O ódio consumiu-o, a essência de sua alma foi corrompida. Longe da civilização e com os anos a correrem, adquiriu uma aparência velha e decadente, mas, junto à loucura que agora se apossava de sua mente em companhia à solidão quase eterna, tendo apenas um velho livro de magia como companheiro, ganhou imenso poder.
Zarabustor não precisava mais de lenha para fazer uma fogueira, pois era, agora, capaz de produzir e controlar o próprio fogo, o seu espirito destrutivo era, agora, o mesmo da chama. Os raios das tempestades no céu agora seguiam o seu comando. Tornou-se apto a controlar os elementos da natureza, principalmente o fogo – A chama exercia uma influência mais forte em sua mente, podendo ser controlada com uma tremenda facilidade.
Decidiu que já era hora de voltar a Northport e planejar sua vingança. Não muito longe, ele podia avistar dois olhos refletindo um brilho vermelho e incessante: justamente como Marlene havia descrito. Era uma serpente marinha e, desta vez, poderia ser vista claramente através da névoa. Tenta, então, fazer um chamamento:
- Uitsh! Telma Aknor Sanctus! – pronunciou
Aos poucos, a serpente marinha – uma enorme besta de cerca de 8 metros de comprimento – se aproximava dele. Conseguia manipulá-la sem dificuldades. Zarabustor monta sobre sua árdua escama e, como se fosse um cavalo, guiando a temerosa serpente pelos mares, em direção a Northport.
Quando Zarabustor se aproximava da superfície de Northport, em cima da serpente marinha que controlara, notou a presença de um grande número de pessoas pela cidade, era uma época de festas em comemoração a fartura de peixes. Alterou sua forma se tornando invisível e passou pela vila sem ser percebido, refugiou-se então nas cavernas ao sudeste para planejar sua vingança. Lá ganhou mais poder, tornando-se uma ameaça extrema não só para a vila dos pescadores, mas para vários reinos do tibia.
Tanto a Rainha Eloise de Carlin, como os nobres elfos de Ab’Dendriel estavam agora cientes da ameaça eminente que velho mago se tornara. Eles podiam sentir um forte poder mágico sendo emanado. Zarabustor estava pronto em poder e exército para partir contra Northport e lançar sua vingança contra aqueles que no passado desejou ajudar e em troca fora atacado.
Reuniu desde lobos e rotworms até os temíveis dragões que naquelas cavernas habitavam. Quando finalmente foi a superfície, foi surpreendido pelo poder dos elfos e do exército de Carlin que havia sido enviado pela rainha Eloise. Grandes perdas estes sofreram, mas, por fim, a antiga magia élfica e a coragem e força dos guerreiros de carlin foram maiores e Zarabustor foi derrotado, e a ele fora aplicada uma sentença.
- Você, estranho mago, não ouse a botar seus pés em Northport nunca mais! – gritava um dos generais do exército de Carlin, consciente de que Zarabustor podia ouvi-lo. – Caso retorne novamente à superfície, a Rainha Eloise não terá piedade de você!
Humilhado e sem outra alternativa, refugiou-se no subterrâneo, e, graças aos seus poderes de cura, se recuperou aos poucos. Criou uma série de labirintos para ocultar sua localização. Desceu até as profundezas do abismo e lá fundou Demona, o seu covil do ódio, onde criou uma biblioteca do horror, enchendo livros com sua feitiçaria macabra. Mesmo com a paz reinando em Northport, ainda é arriscado sair muito tarde, pois, nas sombras da noite, muitos são atraídos para as cavernas pelo chamado do mago e acabam sendo persuadidos a tornarem-se seus discípulos.
Conhecidos como WARLOCKS, seus seguidores assombravam e protegiam Demona. Eram capazes de dar a vida às pedras e transformá-las em golems. O que Zarabustor pretendia fazer a seguir, pouco se sabe, mas seu número de seguidores só aumentava, e logo não haveria exército que pudesse impedi-los.
Marlene, sem saber que aquele mago que tanto amaldiçoara Northport era o mesmo que havia sido enviado para buscar informações sobre a Serpente marinha, questionava o paradeiro daquele rapaz.
- Já faz muito tempo que Zarabustor partiu e não voltou... – refletia, com uma triste impressão. – eu...eu simplesmente sou a culpada disso tudo.
No mesmo instante, uma voz ecoou em sua mente:
- Marlene, o meu destino não foi selado ainda... mas o de Northport já foi!Spoiler: Texto 2E naquele lindo pôr do sol em um dos píeres de Northport, o filho do do Capitão de Navios dos pescadores de idade mediana entre 10 e 12 anos, pergunta:
- Pai, porque moramos aqui e não em uma cidade grande como Carlin ou Thais?
- Meu filho! - indagou o pai. - Você já está treinando para ser um guerreiro do Rei Tibianus que é o seu sonho, creio que já está mais do que na hora de saber porque moramos tão longe da nossa grande cidade natal de Thais.
- NÛs somos de Thais, papai?! - O filho surpreso explanou.
- Claro que somos, e vou lhe contar porque vivemos aqui neste belo vilarejo de pescadores de Nortport.
E o pai começou a contar a história do vilarejo.
Ele contou que no passado também foi um grande guerreiro do exército exploratório do Rei Tibianus. Este exército era incumbido de explorar as terras Tibianas atrás de riquezas, recursos e novos locais onde se poderia construir novas cidades para expandir o território do rei. Mesmo sabendo da inimizade entre o reino de Carlin dominado pelas mulheres e o Reino de Thais, o exército deveria continuar a explorar pelo continente com seu objetivo primário. O exército recebeu uma ordem através de um mensageiro que deveriam atravessar as planícies de Femor Hill's e explorarem o norte de Carlin sem que a corte da Rainha Eloise soubesse de algo.
Tudo estava indo bem até houve um incidente. Um grupo muito grande de Orcs estavam marchando em direção ao que parecia ser a cidade de Carlin para mais um ataque. Surpreendidos, o exército exploratório tentou se defender do grande bando que vinham como loucos pela mata semi-aberta ao norte de Femor Hill's. Parte do exército em sua fuga voltou para Femor para despistar os orcs.
- Onde está Graubart?!!! - Gritou Mortimer, o chefe do exército.
- Não sabemos senhor, vimos ele correndo em outra direção depois de ter sido ferido por uma lança de orc.
Mortimer tinha ficado muito triste com a notícia do seu guerreiro mais valente e também seu grande amigo perdido. Ele já poderia até ter morrido nas mãoos de algum orc com boa pontaria.
Sem saber o que fazer naquele instante, Mortimer ordenou que o seu exÈrcito ficasse por ali enquanto pensava no que fazer. No dia seguinte decidiram que o mais correto era voltar para Thais e retornar com um exÈrcito mais forte para encontrar Graubart caso estivesse vivo e aniquiliar qualquer ameaÁa orc pelo caminho. O exÈrcito ent„o se dirigiu em paz para a cidade dos Goblins com o intuito de conseguir comida para a viagem de volta. Após algumas dificuldades conseguiram convencer os Goblins a trocar alguns itens como anÈis e amuletos por comida e seguiram a viagem de volta em direção a Thais.
Sem que soubessem, bem longe dali, Graubart ainda estava vivo e escondido entre as árvores ao norte de Femor Hill's. Ele não poderia voltar pelo mesmo caminho para tentar encontrar seu exército pois a movimentação de orcs ainda era muito intensa em meio a floresta. Então ele decidiu continuar ao norte, no meio de floresta encontrou uma mulher sendo atacada por uma matilha de lobos e sem hesitar ele lutou contra os raivosos caninos e salvou esta mulher. A mulher era uma guerreira amazona e tinha feito um juramento de nunca ajudar um homem se não fosse autorizado pela rainha. Mas como estava longe da cidade e grata pelo feito do rapaz, decidiu ajudá-lo. Levou Graubart em uma cabana que tinha ao extremo norte onde as amazonas faziam uma pausa nas suas expedições fora dos muros de Carlin quando precisavam caçar trolls e orcs para arrancarem seus couros para fazerem utensílios domésticos.
Nessa cabana o homem se recuperou e muito grato pela mulher, acabou se apaixonando por ela, seu nome é Legola, uma paladina e líder da guilda dos paladinos de Carlin. Graubart estava em saber sua identidade depois de tê-la salvado. Mas ela tinha dito que foi picada por uma Vespa selvagem durante sua caçada e estava desorientada por causa de seu veneno perigoso e por isso estava sem força para lutar contra os lobos.
Graubart jurou que não contaria para a corte de Thais que teve um contato amistoso com uma guerreira de Carlin, que jurou o mesmo e decidiu partir. Graubart segurou seu braço e disse que estava apaixonado por ela. Disse que estes 2 dias que ficou com ela tomando conta de seus cuidados foram extremamente prazerosos. Legola também tinha ficado balançada com a educação e afeto de Graubart e aceitou ficar mais uma noite com ele. Os dois tiveram uma bela noite de amor e no outro dia, logo pela manhã Legola foi embora antes que Graubart Acordasse.
Graubart ficou triste quando acordou e não viu sua recëm-amada por perto. Decidiu pegar suas coisas e partir também. No meio do caminho conseguiu se encontrar com Mortimer e o exército real. Mortimer muito feliz de ver seu grande amigo novo pediu que levassem ele de volta para o reino de Thais enquanto o exército real atacasse os Orcs e quem aparecesse no caminho. Graubart informou que os orcs já tinha ido embora após a derrota para Carlin. Que a cidade estava muito fortalecida e não seria boa idéia atacar e convenceu todos a voltares e preparar um novo exército exploratório para continuar aumentando o reinado de Tibianus. Mas no fundo, o que ele queria mesmo era preservar sua amada Legola.
Com o passar dos meses, Graubart recebeu uma carta de um mensageiro secreto que dizia ser de Legola. A Carta dizia que ele deveria voltar ao local que ficaram juntos e que deveria ir sozinho. Graubart partiu, mas sem saber, Mortimer estava seguindo-o para saber o que seu amigo faria. Quando chegou ao local encontrou um Bebê na cama que dormiu com Legola e uma carta. Nela, estava escrito que era um filho do casal, mas que pela lei Amazona, sempre que um novo recém-nascido fosse homem, deveria ser sacrificado. Legola não teve coragem de contar que seu filho era menino e decidiu que Graubart deveria saber e cuidar dele.
Graubart não podia voltar com o bebê para Thais ou o Rei mataria seu filho com uma guerreira da cidade inimiga. Decidiu então que viveria com o Bebê no local. Mortimer apareceu e disse que nunca abandonaria seu amigo e que voltaria pra Thais, mas que Graubart ficasse que ele iria retornar. Após 1 semana, Mortimer voltou pra cabana de Graubart com 1 exército de trabalhadores e disse que convenceu o rei a criar um porto naquele local e uma base da Sociedade Exploradora que iria ser iniciada no Reinado e assim, o local poderia ser uma pequena vila onde o filho do seu grande amigo poderia crescer e treinar em um ambiente feliz e acolhedor.Spoiler: Texto 3Agitação em Northport
Hoje foi uma manhã difícil,eu acordei bem cedo para ir pescar no vilarejo dos pescadores chamado Northport, um porto que fica ao norte de uma floresta nas proximidades de Calin e Ab'Dendriel, a cidade dos elfos. Eu me chamo Groise, ando pelas terras desse mundo louco, cheio de criaturas perigosas, outras inofensivas, mas o pior dos seres malígnos são os homens, que muitas vezes por maldade roubam, estorquiam, matam, invocam demonios para matar seus semelhantes e mandam seus semelhantes para armadilhas, apenas pelo prazer de ver seu semelhante em más condições, por isso me dou melhor com a natureza e resolvi morar sozinho,durmo em qualquer lugar que achar , pela floresta mesmo,embaixo de uma árvore (ou dentro de uma),e ás vezes pelo northport, aonde costumo ir pelo menos 2 vezes por semana para pescar e refrescar a cabeça. Normalmente as pessoas não ficam perto de mim ou não deixam seus filhos se aproximarem de mim,pois ando em roupas rasgadas, carregando meu saco com minhas coisas por onde vou, sou o que alguns chamam de mendigo, outros de andarilho, outros ainda de vagabundo, eu me chamo de aventureiro independente.
Hoje mesmo estou indo para o porto do norte para pescar um pouco, hoje é sexta feira e gosto de pescar nas sextas, eu mesmo fiz minha vara de pescar,passo o tempo lá no sol,com meu chapéu que fiz com algumas palhas que encontrei,sou bom artesão, e fico lá,ás vezes se o sol está muito forte, me escondo embaixo de uma boa sombra e fico lá sentado pescando,ás vezes tirando uma pestana e prendo a linha no meu pé,entre dois dedos, seguro a vara com uma mão e o anzol com a isca no mar,worms são as coisas mais fáceis de achar pela floresta, ás vezes ganho algum dinheiro vendendo umas worms para pescadores preguiçosos que não buscam suas próprias worms. O pior de tudo la nos pescadores são os metidões que contam histórias,todos os pescadores lá são mentirosos e exagerados, contam cada história que só vocês ouvindo para acreditar que não é invenção minha,mas deles... E há pescadores que além de mentirosos e exagerados, se gabam de estórias que inventam, se sentindo mais homens e mais pescadores do que os outros presentes - sim isso mesmo meus caros, estórias nesse caso, não histórias,pois tudo não passa de mentiras e exageros, tenho nojo deles. Eu não sou assim, ainda bem, o que eu faço e acontece comigo é tudo a mais pura verdade...
Imaginem vocês, que certo dia eu estava lá, dormindo, e a linha quase arranca meus dedos dos pés fora, rasgou um pouco e sangrou um dos dedos, mas segurei firme a vara na mão, a linha já tinha saído dos meus dedos dos pés, e eu fiquei ali lutando pra segurar a vara que queria sair pra nadar no mar, devia ser um peixe muito grande,um baiacú talvez, uma piranha muito grande, eu jamais pensaria que fosse o que era, nunca pensaria que isso poderia acontecer. Sempre ouvi estórias ali em Northport, inclusive dos habitantes e mercadores sobre serpentes marinhas (os gringos chamavam-na de sea serpents e iam lá pra ver se viam algumas,inclusive um pirata capitão de um navio apareceu ali em Northport procurando por essas serpents marinhas, ele se apresentou com um nome esquisito e com dificuldade falava meu idioma,mas conseguimos nos entender, como era mesmo o nome dele...? Hum... capitão maba,naba.. Ah sim,claro Haba, capitão Haba, se vestia muito diferente do normal, segurando umas coisas esquisitas parecidas com dois facões nas mãos (o da mão direita era muito grande),o da esquerda parecia fazer parte do seu braço, vestia uma roupa de pirata,mas era sombrio,parecia ser fantama e me disse que procurava por uma serpente marinha azul gigante que fugiu de uma terra gelada ,um continente chamado Svargrond e ele acreditava que tinha vindo parar por esses lados, mas eu mesmo nunca vi uma,só ouvi falar dessas criaturas que já devoraram muitos ali em northport,mas não sei se é verdade, porém neste dia que minha vara estremeceu, me veio na memória essas estórias, os pescadores que estavam por ali se espantaram e começaram a chamar os outros pra me verem, e um bondoso pescador chamado Hoggle (ele vivia próximo à cidade de Thais,mas ás vezes visitava Northport para se distrair e pra minha sorte,neste dia estava ali), ele pegou um arpão e atirou na direção de onde se afundava a linha com o meu anzol, que se não fosse por isso, a linha se quebraria, ou talvez eu tivesse sido atirado ao mar, ele com seu arpão acertou algo lá embaixo que espirrou água pra cima e varias bolhas apareceram,logo uma mancha avermelhada na água surgiu e de repente a coisa deu um puxão no arpão com a forte corda que o prendia e minha vara sofreu um tranco tão forte que a linha se quebrou, eu segurei na corda junto com Hoggle e estávamos lutando contra o bicho, devia ser algum tipo de quara que tínhamos prendido, talvez um tubarão pequeno, não sei ao certo,ainda era um mistério, com certeza não seria uma serpente marinha não, não havia de ser, ela teria quebrado a corda e levado o arpão juntamente comigo e com meu amigo e nos devorado,mas felizmente não era e um outro pescador que apareceu naquele momento da nossa luta contra a misteriosa criatura marinha e largou suas coisas no chão e correu até nós e agarrou outra parte da corda e começou a fazer força, prendendo o pé num toco de madeira pra aguentar a força que prendia do outro lado da corda,aonde fincava o arpão. Esse pescador que apareceu eu já o tinha visto por aqui uma vez,ele não é muito de vir pra essas bandas, ele fica mais lá num lugar chamado Port Hope, ou esperança portuária, porto da esperança,algo assim... Ele tem a esperança aliás de achar um peixe raro, eu mesmo já tinha escutado ele falar que viu e quase conseguiu pegar o tal peixe, parece que ele aparecia numas águas sujas (blé,que nojo) de venore, o peixe ele chama de Shimmer Swimmer, ou "o nadador cintilante", "o nadador brilhante", pois o peixe pareceu -segundo Yawno- ser um peixe que foi mutado e brilhava, valia muitos moedas de ouro,pois ele era um ingrediente principal para se conseguir umas armas fantásticas e verdadeiramente mortais. Enquanto segurávamos a corda com toda a força e determinação, eu arrisquei perguntar sobre o tal peixe,ele com os olhos fechados e cerrando os dentes de tanta força que fazia pra segurar a corda só resmungou "não é hora pra isso!", eu gritei (por causa da força que fazia também e muitas vezes também fechando os olhos): - "mas você conseguiu pegar ou não o peixe? viu ele de novo?!", ele respondeu: - "não! nunca mais o vi,ele nunca mais apareceu, eu vim aqui hoje para ver se o encontrava,mas parece que encontrei outra coisa também fantástica,o que é isso que vocês pegaram?!", eu respondi feliz por ter ganhado atenção de alguém: - " ainda não sei, aliás,não sabemos, prendi minha linha da vara de pescar nele e se quebrou,sorte que antes disso o nosso bom Hoggle tinha já aparecido e lançado o arpão dele e me ajudou até agora,mas seja o que for,ele está ferido,veja a mancha vermelha de sangue ali naquela região aonde a corda afunda, ele está ferido e logo vai perder a força, logo vamos conseguir e dividirei a glória,dinheiro e carne desse monstro marinho,seja o que for, com vocês dois!". Ele não respondeu nada e também Hoggle permanecia sempre calado, só sabendo gritar "puxem!!! mais força!!! estamos quase conseguindo!!!" sempre isso,nada mais.
Eu ouvi dizer sobre Yawno, ele era um pescador preguiçoso que só vivia dormindo,tirando pestanas por ai´, vivia em nortporth procurando o tal peixe e contando histórias dele - como todo pescador, que tirando eu, são um bando de mentirosos e exagerados em tudo que contavam que viviam -, e ele não era diferente, mas aonde ele encostava ele cochilava, inclusive ali puxando a corda ele bocejou pelo menos três vezes.
Logo tinha uma grande multidão olhando a gente puxando a corda, mas distantes, com medo, as mulheres segurando suas crianças no colo tapavam-lhes os olhos, outras se assustaram e pegaram suas crianças pelo braço e puxaram-nas para irem para casa,com medo do que iria vir e roubar-lhes,matar ou devorar suas crianças e a si mesmas. Os homens estavam firmes,para parecerem mais másculos ás suas mulheres, porém dava para ver o medo estampados em seus rostos, nenhum deles se aproximava e menos de 5 metros de distância. De repente nos estampamos,eu mesmo larguei a corda na hora, tamanho foi o susto que tomei: uma criatura azul com escamas,nas costas indo até a cabeça e tendo chifres ,parecendo um dragão surgiu pulando da água, meus dois companheiros quase foram carregados quando a criatura pulou saltando da água (igual os golfinhos fazem) e gritando,um grito estridente, ensurdecedor, que os presentes ali taparam os ouvidos, eu ouvi dizer algumas coisas diversas,como "o que é isso? que bicho é esse?" , e alguns pedindo ajuda a deuses,alguem gritou "que Fardos nos proteja", eu mesmo não creio em Fardos,pois acho que ele não é bom com nós humanos,mas acredito que ele é poderoso sim e nos criou, pelo menos foi o que ouvi desde criança,mas não faço culto á ele, mas nessa hora até eu soltei uma frase baixinha, mais ou menos pensando em "voz alta" : "pelo amor de Fardos..." , meus companheiros estavam sendo carregados ,acorda ia levando, Hoggle pela primeira vez falou assim que olhou pra tras e viu eu caído e que eu tinha largado da corda: - "Vamos homem, mecha-se pega a droga dessa corda!!! Não seja mole,ajude-nos! VAMOSSSS!!!!!! PEGA A CORDA!!!", eu como se estivesse despertando de um sono profundo, peguei a corda rapidamente e começamos a puxar juntos, do meio da multidão apareceu um bravo cavaleiro, ele fazia segurança por diversos locais e muitas vezes aparecia aqui, as mulheres eram apaixonadas por ele e todas queriam se casar com ele,ele usava uma armadura do tipo dos guardas dos reis, o capacete dele cobria-lhe o rosto, ele sempre deixava um bigode preto,igual a cor dos seus cabelos negros, andava com uma espada azul cintilante nas mãos, já ouvi dizer que essa espada era quase tão poderosa quanto à Excalibur, mas o nome dela é Shiny Blade, e ele largou no chão seu escudo que tinha duas iniciais "N.K.", de fato ele pertencia à ordem dos Cavaleiros dos Pesadelos,ou "Nightmare Knights", já ouvi dizer que ele foi servo e aprendeu com um tal "Rei Pescador", já serviu ao "Rei Artur" na ordem dos "Cavaleiros da Távola Redonda" e ele foi um dos três,junto com Gorn e Galahad a descobrirem o mistério e aonde estava o Santo Graal, - disseram que ele se chama "Perceval", alguns o chamam de "Perceval, o Galês" e falaram que ele era filho de um rei que foi morto em batalha e traição, - ele largou então o seu escudo negro com listas vermelha e amarela e as iniciais "N.K." no chão e se juntou á nós, puxando a corda, aos poucos o movimento foi ficando mais intenso da nossa parte e da outra parte da corda,lá na água foi enfraquecendo,a criatura parecia estar enfim perdendo as forças finalmente, fomos puxando e uma sombra pôde ser vista já na superfície da água, afinal, depois do susto do salto que ela deu,ela mergulhou novamente nas águas e agora ela começava a surgir, já fraca e desorientada, íamos puxando pro alto do porto e apareceu as costas dela com as escamas e um par de pequenos chifres,iguais tem um bezerro noviço, fomos puxando mais e a criatura estava muito fraca se mechia agora lutando contra a própria morte que já parecia inevitável, o Cavaleiro Perceval então falou para segurarmos firme e foi até a ponta do porto e tirou sua espada azul cintilante, a Shiny Blade da bainha e com um só golpe no meio da testa da besta azul que ja sangrava um pouco devido ao arpão que estava preso na sua lombar, desferiu o golpe com tanta força que a fera parou de se mecher e mais sangue com algo negro começou a sair da testa dela e então puxamos a fera para a superfície,na madeira do porto e Perceval tratou já de cortar a cabeça do monstro, para garantir que este não mais nos prejudicaria. Perceval falou que já tinha visto igual,mas esse bicho devia ser filhote das Serpents Marinhas que tanto eu ouvi falar,pois as Serpentes Marinhas eram três vezes maiores e mais fortes que aquele filhote.
A multidão começou a nos aplaudir e dar urras de viva, eu em particular pela primeira vez me senti importante e um herói, se aproximaram e nos abraçaram, outros com facas ja começaram a cortar o bicho, pegando a sua carne, cortamos em vários pedaços o filhote de serpent marinha e dividimos a todos,mas naquela mesma noite, ali mesmo em Northport fizemos uma grande festa, acendemos uma grande fogueira e assamos na fogueira mesmo os pedaços da jovem serpente marinha bem temperada, nessa noite eu tive, pelo menos uma vez, uma família (e que família,bem grande), cada pescador ali contando sua estória, ao redor do calor da fogueira e comida gostosa, demos muita risada, bebemos cerveja e rum, outros tinham vinho e nos trouxeram seus vinhos e bebemos tudo, eu acordei de manhã, sozinho, o sol estava aparecendo no horizonte de Northport, não havia ninguém por perto de mim, apenas um outro pescador ao longe,uns 10 metros ali dormindo embaixo de uma árvore, eu percebi que estava com minha vara na mão,a linha estava presa entre dois dedos do meu pé e o mar de Northport estava tranquilo, devo ter cochilado durante uma hora desde que cheguei hoje mesmo e esse sonho da serpent marinha e que eu tive família por um tempo pareceu tão real... é o que esse vilarejo faz conosco, nos deixa feliz pelo menos por alguns poucos intantes,mas infelizmente... não passou de um sonho, E QUE SONHO!
Peguei então minhas coisas ,recolhi minha vara,linha,anzol e isca intocável e peguei caminho de ir embora,vou andando pela floresta até outra cidade que eu encontrar, em busca de um dia melhor, sorte que uma senhora de uma casa aqui de Northport me deu algo para comer embrulhado num pano branco e me recomendou á Fardos! E nossa,que surpesa tenho quando com fome tirei do pano branco para comer e o que tem dentro é um pedaço de carne diferente, nunca vi antes essa carne,mas parece muito com a carne da jovem serpente marinha que vi e comi no meu sonho... será que não foi apenas sonho? Viverei sempre com essa dúvida, mas independente de ter sido sonho ou realidade, eu vivi!
Boa sorte a todos, e que os melhores textos vençam!
Publicidade:
Jogue Tibia sem mensalidades!
Taleon Online - Otserv apoiado pelo TibiaBR.
https://taleon.online







Curtir: 



Responder com Citação













