Bem amigos do tibiabr fórum, estamos aqui apresentando mais uma emocionante disputa roleplaying, a todos que ansiavam por esta disputa minhas sinceras desculpas, mas como todos sabem todos temos nossos compromissos, mas deixando isso de lado esta disputa será uma das melhores, já li parte dos textos de ambos e posso garantir que eles se dedicaram muito.
Spoiler: Texto 1A Revolta de Danndis.
A noite estava chegando e a chuva ainda não havia cessado. Orin Ăspei, como sempre, estava polindo seu cajado com um fino pano esverdeado. Đrock “O Vesgo”, sentado em outra raiz daquele enorme carvalho, não conseguia esconder seu descontentamento.
— Os mapas estão completamente molhados. Borrados, irreconhecíveis e prestes a rasgar. — Dizia Đrock desapontado.
— Falei para tomar cuidado, mas nem isso você consegue fazer! — Retrucou Orin. — Está escuro, chovendo e agora estamos sem mapas.
— Não é minha culpa! Faz três dias que essa maldita chuva não dá nenhuma trégua. Culpe aqueles seus deuses Orin. Eles é que não nos deixam em paz.
Orin era um dos últimos remanescentes do Clã dos Ăspei, um antigo grupo de druidas que vivia nas terras que os homens passaram a chamar de Edron. Sempre calado, na maioria das ocasiões, tinha a tradicional prudência dos druidas ao proferir suas palavras. Cresceu sob os cuidados de uma família adotiva, dentro dos muros da ainda jovem cidade. Porem, em seu coração, algo de estranho afligia sua alma conforme os anos passavam. Foi apenas no vigésimo oitavo aniversário que descobriu sobre suas origens. Mesmo não contando como, a descoberta mudara completamente sua forma de ver o mundo. Tudo tinha explicação a partir dali.
Na cidade de Edron, diziam que Đrock “O Vesgo”, era filho de ursos, tamanha era a força física dele. Comentavam que tinha sido amamentado com leite de troll quando era criança. Só assim para ficar tão burro! Piadas maldosas de edronianos insolentes. Đrock não era nada disso.
Na verdade, era filho de uma mulher e um anão. Herdou a estatura da mãe e a robustez do pai.
Em toda sua vida tivera um único verdadeiro amigo. E estava muito feliz por este ainda estar ao seu lado, sob aquela chuva, vislumbrando os relâmpagos naquele inicio de noite.
— Ouviu isso? — Disse Orin, parando imediatamente de polir seu cajado.
— Outro trovão, você ainda não se acostumou com eles? — Respondeu Đrock.
— Não, isso não foi um trovão. Veio do chão. A terra está tremendo, e cada vez mais. Era disso que eu estava falando Đrock, tem algo de errado aqui!
Como que enfeitiçado, Orin levantou-se e começou a dar passos apressados mata adentro. Đrock sem entender o porquê daquela reação, seguiu atrás dele. Por três horas vagaram em silêncio no meio da mata. O Vesgo não ousava iniciar um diálogo, ele confiava no instinto de seu amigo.
A água vinda dos céus cessou, mas nem isso foi motivo para que o silêncio fosse quebrado.
Por fim o druida Orin parou de caminhar. Já era hora, Đrock estava exausto.
— Acho que não precisamos mais daqueles mapas. — Disse ele. — A floresta tratará de nos guiar.
— Suspeitei que estivesse falando com as árvores. — Respondeu Đrock. — Por isso que não interrompi você. Mas se quiser continuar, vá. Eu estou quase desmaiando de fome e cansaço.
— Então seus problemas acabaram! — Disse Orin, com um enorme sorriso no rosto. — Além daquelas rochas existem macieiras e amoras selvagens, busque o suficiente para nós enquanto eu preparo nosso local de descanso.
Enquanto Đrock partia na direção dos tão desejados alimentos Orin ainda gritou:
— Não se esqueça de trazer os coelhos, precisamos de carne!
Đrock não acreditou ao encontrar as frutas exatamente onde o druida havia dito. Lindas amoras e maçãs suculentas. Comeu duas ali mesmo. Mas não havia entendido a parte que falava de coelhos. Encheu a mochila de frutas e decidiu voltar. Foi então que ouviu grunhidos vindos de um arbusto a sua esquerda. Aproximou-se e não acreditou no que avistou. Enrolados pelas patas, sem conseguir correr em liberdade, dois coelhos se debatiam em agonia.
Pegou sua pequena adaga, e fez aquilo que fora ordenado. Tratou de completar a ceia noturna com dois coelhos gordos.
Retornou ao encontro de Orin com um coelho em cada mão e a mochila cheia de frutas.
— Que truque é esse druida? Estou começando a ficar com medo de você.
— Acalme-se Đrock, a mãe terra nos dá tudo aquilo que precisamos. Basta ouvi-la e respeitá-la.
— Ouvidos aguçados estes seus Orin. Brincou Đrock remexendo a madeira da fogueira que, aliás, também não entendia como que pudesse existir algo seco o suficiente para pegar fogo depois daquela chuva.
Cearam e adormeceram sob o céu que começava a dissipar as nuvens. Enfim as coisas começavam a melhorar.
Ao acordar na manhã seguinte Đrock teve um imenso susto. Um urso enorme fitava os dois a poucos metros dali. O feroz animal tinha em seu olhar o desejo de expulsar aqueles intrusos dali.
Orin também acordou ao ouvir o amigo se remexer ao seu lado. Então avistou o animal que apavorara Đrock, que começava a desembainhar sua espada.
Orin segurou o braço do amigo, interrompendo seu movimento.
— Pare! Este é mais um sinal.
Sem muito entender Đrock se conteve enquanto o urso se inclinou sobre as duas patas traseiras e urrou ferozmente.
Orin sacou de sua bolsa presa ao seu cinto, um pequeno estilingue e duas pequenas esferas que exalavam cheiro mel.
Armou e apontou para o animal. Mais um urro foi dado. Enquanto o urso ainda estava com sua enorme boca aberta, Orin disparou a esfera untada com mel de vespas acertando suavemente sua boca.
O urso se reclinou novamente, saboreou o “presente” e mudou seu semblante para algo não tão hostil.
O druida disparou uma segunda vez enquanto se aproximava. O urso pareceu entender e abocanhou aquela saborosa esfera em pleno ar.
A terceira foi dada com a própria mão do druida destemido. Passou sua corda suavemente entre a mandíbula e o pescoço do urso, formou um nó trançado na nuca do animal e deixou as duas extremidades da corda livres. Sobre suas costas, dispôs as peles dos coelhos mortos na noite anterior e uma manta marrom que usava nas noites de frio. Ergueu a perna e montou sobre o urso. A fera estava domada, submissa e disponível para carregar Orin para onde ele desejasse.
— Já é hora de prosseguirmos! — Disse o druida desmontando de seu novo amigo. — Esse é Debíar, nosso meio de locomoção daqui para frente. Apronte as coisas, partimos em meia hora.
— Ai ai! — Resmungou Đrock. — Eu não subo nesse bicho nem que minha barba caia.
— E tem mais! Há dias que sigo você nessa jornada sem saber para onde vamos, o que vamos enfrentar. Motivo, razão ou circunstância disso tudo. — Falava Đrock com um ar de indignação. — Agora você aparece mais misterioso do que nunca. Prevendo coisas, domando bestas, falando de terra tremendo. Ou você me explica sobre o que eu devo escrever em meu diário, ou eu dou meia volta e deixo você seguir sozinho com seu amigo urso.
— Đrock, explicarei tudo o que quiser, pegue suas coisas, partiremos agora, conversaremos pelo caminho.
Seguindo o desejo de Orin seguiram sua caminhada por uma floresta não mais tão densa.
O urso Debíar seguia carregando o druida e as mochilas de suprimentos naturalmente, com passadas firmes no solo ainda úmido. Đrock seguiu a pé, logo atrás. Porem desta vez não seria uma caminhada silenciosa.
— Você se lembra bem de como eu fiquei quando eu descobri ser um dos únicos descendentes do Clã dos Ăspei. — Iniciou Orin olhando em direção ao amigo Đrock. — Por muitos e muitos dias fiquei recluso nas bibliotecas estudando a história de meus antepassados.
— Passei semanas nos porões e sótãos das casas mais antigas de Edron procurando por relíquias e vestígios deles.
Enquanto contornavam um pequeno monte rochoso Orin continuava falando. Uma de suas mãos segurava as rédeas, a outra empunhava seu cajado.
—Muitas coisas descobri. Segredos antigos, a necessidade de manter os elementos em harmonia, uma visão diferente sobre o nosso mundo.
— Mas algo nunca mais saiu da minha mente, desde aqueles dias. Uma profecia.
— Pare agora mesmo! — Gritou Đrock com um tom de voz de não credulidade — Quer dizer que tudo isso, toda essa caminhada, essa chuva, ursos prestes a me devorar, são por causa de mais uma profecia dos Ăspei.
Recostando-se sobre o tronco de um pinheiro Đrock continuou.
— Todos sabem. De Edron até Porto Esperança que os Ăspei nunca acertaram nenhuma de suas profecias. E olha que foram muitas! — Disse o meio-anão em meio a risadas.
— Primeiro foi profecia do retorno dos Sete Cruéis, depois a previsão de que os oceanos subiriam até encobrir toda Edron. Até quando previram o fim do mundo eles erraram. Já se passaram oito anos e ainda estamos vivos.
Orin não retrucava e Đrock continuava incrédulo com qualquer afirmação dos antigos Ăspei.
— Olha Orin, admiro muito você, mas ninguém, em sã consciência acreditaria em qualquer coisa que seus antepassados druidas disseram. Se eles eram tão bons assim em profecias por que não previram que seriam extintos?
— Chega! — Gritou Orin — Não vou deixar que digas mais nenhuma baboseira sobre meus antepassados. Eles não foram extintos, eu sou a prova disso.
— Se não queres ouvir o que digo dê meia volta, seguirei sozinho.
Cabisbaixo Đrock apenas balbuciou.
— Pois fale então...
— Uma relíquia eu encontrei, o primeiro artefato mágico produzido nas terras de Edron. — Disse o druida retirando um estranho equipamento de uma das mochilas.
— Esta é a primeira Esfera Elemental!
Era uma bola de aspecto cristalino, de uma tonalidade azul claro. Em seu interior, viam-se quatro esferas menores e dentro de cada uma delas uma espécie de força mágica parecia estar armazenada.
Uma tinha uma coloração muito avermelhada, parecia que uma chama de forte intensidade queimava dentro dela desde sua confecção.
A segunda esfera menor tinha em seu interior um tipo de energia, que bailava em seu interior como que quisesse sair daquele espaço.
A terceira era sólida, de um branco extremamente intenso. Tão branco quanto os picos nevados de Svargrond.
A última porem, não possuía a mesma vitalidade das outras, o marrom e o verde que estavam em seu interior não pareciam dignos de estar em tão belo artefato.
Orin Ăspei então explicou qual a finalidade da construção daquele objeto.
Fora feito nos primórdios da ilha de Edron para simbolizar o equilíbrio dos elementos. Fogo, gelo, energia e terra. Deveriam estar sempre em igual esplendor. Nunca ofuscando, nunca ofuscados.
E por muito assim foi, dentro daquela esfera, os quatro orbes menores reluziam em igual proporção, indicando que as forças estavam em igualdade.
Entretanto, nos tempos de Orin e Đrock, o orbe que representava a terra estava sumindo, fraco e sem vida.
— Em Edron, antes de partirmos, os homens falavam sobre terem avistado seres elementais nesta região! São eles que estamos procurando? Perguntou Đrock.
Orin apenas assentiu com a cabeça.
— Isso sim é uma loucura digna dos Ăspei! Você sabe do que aquelas bestas são capazes? — Retrucou Đrock, mais uma vez não acreditando no que acabara de ouvir.
— Meu amigo Đrock, você já percebeu a dias que o chão está tremendo!Os Elementais da Terra acordaram. Quando a terra é desafiada, maltratada ou ameaçada, eles surgem para tentar de uma maneira violenta e cruel reestabelecer a ordem.
— Dissestes muito bem Orin, cruel, violenta e extremamente fortes, é isso que eles são. — Falou Đrock preocupado enquanto olhava para os lados. — É contra esses seres que quer lutar?
Nesse momento, na face do druida Orin, um olhar de animação e um sorriso cativante surgiram, ele cutucou o urso Debíar e recomeçou a marchar em frente.
— Não vamos lutar contra eles. Nós dois vamos nos juntar a eles nessa luta!
Incrédulo pela enésima vez naqueles últimos dias, Đrock tentava ficar sempre o mais próximo possível de Orin e seu urso. Afinal, o medo era tamanho que preferia uma mordida de Debíar, à possibilidade de dar de cara com um Elemental.
Os tremores de terra começaram a ficar mais constantes. O local onde andavam já não tinha a mesma beleza das matas por onde passaram nos dias anteriores.
Fendas e crateras no solo pareciam cicatrizes na mãe-terra. Ossadas de animais mortos e árvores secas davam indícios de que aquele não seria um lugar amigável para se andar.
— Orin, eu mal estou conseguindo ficar de pé, está o chão está tremendo muito. Será que não cabe mais um no lombo de urso forte e bonito aí não?
— Groaaaar! — Rugiu Debíar, parecendo ter entendido a vontade do meio-anão Đrock.
Caminharam por outras duas horas envoltos naquele cenário de desolação e tremores incessantes.
Então, de repente uma enorme fenda se abriu sob seus pés. Era enorme, não houve como evitar, caíram os três.
Orin, Đrock e o urso Debíar foram engolidos pela abertura causada pelos tremores, despencaram cerca de dez metros até o dolorido choque com o chão. Por sorte estavam vivos, olharam para cima, sair daquele enorme buraco não era uma boa ideia, seria uma longa e dolorosa escalada, e qualquer novo tremor poderia soterrá-los. Estava completamente escuro lá embaixo.
Nenhuma tocha restara, apenas fraco brilho do cajado de Orin clareava alguns palmos a frente.
Eis que eles se recompuseram e prostraram-se de pé checando possíveis ferimentos e contusões.
Estavam bem embora o joelho de Đrock doesse, fazendo-o mancar a partir daquele momento.
Orin retirou novamente a Esfera Elemental de sua mochila, nesse momento o brilho dela se revelou por inteiro. Naquele local escuro, puderam apreciar todo esplendor dos elementos concentrados em seu interior.
Descobriram que estavam em um enorme salão subterrâneo, agora iluminado por completo pelas luzes da esfera.
Estalagmites brotavam do chão, e estalactites maiores ainda se destacavam no teto, parecendo espadas apontadas para eles.
Largos corredores pareciam interligar o salão a outros lugares. Do fundo de um deles um estrondo se ouviu.
— São eles Orin! — Disse Đrock brandindo sua espada — Lutar ou correr?
— Ainda não sei, veremos o que acontece. Prepare-se para qualquer coisa.
Outro estrondo. E mais um. Pareciam passos de algo realmente grande vindo na direção deles.
Então uma voz rouca e extremamente forte ecoou na imensa caverna — Aqueles que foram conduzidos chegaram!
A expressão de Đrock ao ver o ser que pronunciou as palavras adentrando o salão era de pavor e medo.
Um imenso ser feito de rochas e terra andava na direção deles. Plantas e musgos brotavam em seus braços e costas. Tinha um semblante assustador e seus quase cinco metros de altura confirmavam a impotência de Orin e Đrock e fazer frente a ele. O Elemental parecia ser parte da caverna, ser parte da mãe-terra.
— Eu vos saúdo, pequenos seres do plano material. O tempo corre contra minha raça, mas contra a sua também, por isso tentarei ser breve. Sou Danndis, suserano da terra, e falo-vos porque nem a união de nossas forças pode impedir uma desgraça de proporções inimagináveis. O deus Crunor nos disse que viriam e trariam a Esfera Elemental como guia, por isso ainda estão vivos.
— Danndis? Suserano da terra? — Era Đrock, gaguejando enquanto tentava entender.
— Sim, foi isso o que ele disse — Murmurou Orin Ăspei.
— Não poderei desperdiçar meu tempo perguntando vossos nomes, nem mesmo ouvindo suas prováveis perguntas. Vou pedir-lhes que me ouçam, sem interrupções, estando vocês cientes de que de sua compreensão e cooperação depende o futuro de seu mundo.
— Como sabem, seu mundo é regido por quatro elementos, que não podem ser aniquilados por ninguém com poder inferior a um deus. Entanto, os recentes acontecimentos que se encontram além do meu entendimento, e mais ainda do de vocês, perturbou o fino equilíbrio que mantinha a ordem. A terra está de tal forma fragilizada, o deus Crunor não recebe mais oferendas e a fertilidade está sendo sugada sem remorsos ou compensações. Eis porque coisas estranhas estão acontecendo com seu povo.
— E como impedimos tudo isso? — Perguntou o druida Orin— Como trazer o equilíbrio de volta?
— Uma pergunta óbvia, uma resposta complexa. O equilíbrio não pode ser restaurado facilmente. A menos que algum deus interferisse pessoalmente. A restauração realizada por nós Elementais da Terra é a única opção viável. Embora o preço a se pagar por isso seja alto. Mais do que eu suponho que vocês estejam dispostos a pagar, ainda que seja pouco comparado ao preço que todos nós pagaremos se nada for feito.
— Eu sou Orin Ăspei, sei exatamente o que deve ser feito. A Revolta já foi profetizada por meus antepassados e estamos aqui, ao seu lado para garantir que ela aconteça e o mundo sobreviva. Creio que o tempo não esteja a favor então apressemo-nos!
Atrás do Elemental Danndis outra dezena de elementais surgiu. Todos de menor estatura, porem tão fortes e imponentes quanto ele.
Đrock permanecia como mero espectador, impotente perante a cena. Pouco entendera sobre aquelas palavras pomposas trocadas entre seu amigo druida e o Elemental, porem sabia que algo além de sua imaginação estava para acontecer, um druida, um meio-anão meio-homem unido com um exército daquele porte não seria nada de pacífico. Porem não entendera nada sobre a tal revolta. O que seria? Pensava ele.
— Já é hora de iniciar A Revolta! — Disse Danndis olhando fixamente para os olhos dos dois pequeninos.
Estendeu as duas mãos afrente deles com as palmas voltadas para cima. Entenderam que nelas deveriam subir. Com Orin e sua montaria na mão direita e Đrock na esquerda, Danndis se ergueu e os elevou para fora da caverna em forma de salão. Voltaram à superfície pela mesma fenda por onde caíram.
Assim que pisaram novamente no solo gramado ao redor da fenda viram uma cena assustadoramente inimaginável. Um a um, Danndis e os demais elementais saltaram do fundo da caverna, emergindo daquele enorme buraco. Era tamanha força e tamanho peso daqueles seres que, ao tocarem o gramado e finalizarem o pulo para a superfície, tremores foram sentidos em todas as partes da ilha de Edron.
Souberam depois que a saída do Elementais daquela forma rachou as paredes mais frágeis da cidade e causou uma enorme onda no litoral norte da ilha.
Enquanto os Elementais da Terra saiam, Orin tirou as rédeas e o assento sobre as costas do urso Debíar.
— Vá! Esta luta não é sua. Sobreviva! — Disse o druida enquanto o urso corria em disparada afastando-se dali.
Danndis colocou Orin e Đrock em seus ombros e emitiu um enorme grito de angústia, como que chamando seu exército.
Iniciaram uma longa caminhada rumo ao sul. Marchavam na direção da cidade.
Um rastro de devastação ficava para trás conforme eles avançavam, árvores, rochas, rios, nada era obstáculo para aqueles imponentes seres.
— Orin, eu não entendendo nada do que está acontecendo! — Iniciou Đrock — Porque estamos levando estes seres gigantescos para Edron? E principalmente... até agora não entendi essa profecia dos Ăspei a qual você fala. O que ela diz afinal?
— Está começando a acreditar em profecias? — Sorriu Orin — Não se preocupe! A profecia da Revolta de Danndis, feita pelos meus antepassados, dizia que para restaurar a ordem e harmonia dos elementos, a cidade de Edron seria destruída pelos Elementais da Terra, nenhum muro resistiria a eles e que a ilha racharia ao meio, tamanha a força do combate. Foi isso que eles profetizaram!
— Quê? — Đrock com os olhos arregalados — Isso vai mesmo acontecer?
— Claro que vai! É para garantir que isso se cumpra que nós estamos aqui!
Spoiler: Texto 2A revolta da Terra.
Edron. Atualmente uma cidade tranqüila, sendo também a mais reforçada e protegida cidade de Tibia. Mas por anos, ela era ameaçada por muitos perigos, como uma tentativa de invasão dos gigantes, e os demônios, que mesmo nas profundezas, ameaçavam Edron.
Mezaros era um mago que recebeu sua promoção há duas semanas. Nesse tempo evoluiu muito, enquanto explorava Edron. Ele já foi capaz de eliminar vários dragões, gigantes e algumas criaturas estranhas que eram chamadas de guardiões dos elementos. O mago não possuía barba, tinha cabelos lisos e grisalhos e era magro, não possuía muita força física.
Ali estava ele, perto da saída de Edron, observando as torres da academia de magia moderna Noodles de Edron. Enquanto passava sua mão pelo pescoço, onde estava à marca dolorida da sua promoção, lembrava-se dos guardiões que encontrou em suas viagens. Primeiro, encontrou um da água, na Baia da Liberdade, enquanto navegava com o capitão para Meriana. Ele havia encontrado um ser que se levantava das águas. Depois, encontrou mais desses guardiões nas montanhas de Darama, eram feitos de energia, o vento os ajudava a manterem-se em pé. Com a força do fogo, os eliminou sem muitas dificuldades.
Após se lembrar direito de tudo, precisava de alguma dedução, pelo menos de seus amigos. Então, ele parou de passar sua mão na marca em seu pescoço, e seguiu caminho para fora da cidade. Longe da montanha de Wyverns, viu seus amigos, e andou mais rápido a direção deles. Enquanto se aproximava, a terra pegava fogo, até que elementares de fogo surgiram do chão, atacando gravemente o mago, que caiu no chão. Quando um de sues amigos viu o que acontecia, ele correu para a direção dos seres de fogo, atirando runas de avalanches. Após os seres de fogo serem dizimados, o druida foi até Mezaros, e começou a cura-lo. Depois o mago pode acessar suas forças mágicas e terminou de se curar.
– O que aconteceu aqui cara? – Perguntou o amigo de Mezaros, o druida Ivan.
– Não sei... Parecia ser mais daqueles elementares. – O respondeu, se levantando devagar.
Os outros três amigos de Mezaros, Hannay, Otygue e Josh se aproximaram do mago, o vendo com suas roupas queimadas.
– Vamos voltar a Edron. Não sei o que aconteceu aqui, mas pode acontecer de novo. – Disse Hannay, habitante de Zao e paladino promovido.
– Também acho! Vamos, eu te ajudo. – Disse Otygue, uma garota ainda não promovida, mas uma ótima maga.
O grupo caminhou não muito rápido até Edron, até que perto da cidade, sentiram um tremor, um pouco fraco, porém até perigoso. Ficaram parados no mesmo lugar, mas o tremor durou apenas alguns segundos. Depois que passou, o grupo trocou olhares, tentando deduzir o que havia acontecido ali. Edron não é um local de acontecer tremores assim.
O grupo ignorou, e seguiu caminho para a cidade.
Alguns minutos depois, o grupo estava na frente do deposito da cidade, conversando sobre assuntos simples. Mezaros estava com uma roupa nova, mas nem se importava muito com aquilo, era como se ele estivesse ainda com as roupas queimadas. Ele queria tocar no assunto dos elementares, mas esperou sua hora para abrir a boca para falar algo que seus amigos não iriam acreditar...
Josh observou o mago, viu que ele queria falar algo. Chamou a atenção de seus amigos, e virou-se para Mezaros.
– Então Mezaros, quer falar algo? – Disse Josh, olhando atentamente ao mago.
– Queria sim... É sobre aqueles seres de fogo. – Respondeu o amigo, lançando olhares preocupados aos seus amigos. – É que algo estranho está acontecendo, aquele não é o primeiro, já vi outros seres, primeiro de água e depois alguns enormes feitos de energia, como se fosse por magia. Já vira algo parecido?
– Puxa, claro que não! – Disse Hannay, olhando com um ar estranho ao mago.
– Vocês podem me achar louco, mas já vi um, mas não é igual ao que o Mezaros suplicou. – Disse Ivan. – Era um feito de terra, estava perto das montanhas de Wyvern... Eu fugi dele, afinal era um guardião de minha vocação. Ele não chegou a me perseguir.
O grupo começou a ficar pensativo, pensando numa ideia de onde essas criaturas estão surgindo. Hannay teve uma ideia.
– Já sei, podemos consultar o Spectulus. Ele faz varias loucuras mesmo...
– Não penso assim, Hannay. Ele é um cientista. – Disse Mezaros, tentando defender o velho cientista.
– Bom, vamos lá né? – Disse Josh, dando alguns passos à frente, mas o homem percebeu que seus amigos ainda estavam pra trás.
– Tipo, onde Spectulus está? Ele sempre viaja pelo mundo... – Disse Ivan.
– Ele está na academia de magia de Edron, na torre central. No mínimo deve estar conversando com o Wyrdin.
– Ou no maximo fazendo outra bugiganga, hehe. – Disse Josh tentando fazer graça.
– Chega de gracinha Josh, vamos logo. – Disse Mezaros com um tom serio.
O grupo seguiu caminho para fora das muralhas, depois chegaram a uma grande casa com um enorme jardim. Atrás dela estava a Academia de Magia moderna Noodles de Edron. Sete torres e o grupo nem sabia direito aonde ir. Mezaros conhecia o local, já que Edron era sua cidade natal. Fez um sinal para que o grupo o seguisse, e então eles subiram as escadas e passaram pelo caminho da primeira torre, depois a segunda, e chegando a frente da torre que possuía vários dormitórios, viraram para o sul, onde era a torre central. Lá, encontraram Wyrdin e Spectulus conversando, parecia serio. O grupo não hesitou em ir ali para saber de algo.
– A situação está complicada Wyrdin! É maior do que posso conter! – Disse Spectulus com uma aparência assustada para o bibliotecário.
– Você inventa varias coisas malucas e não pode conter isso? Isso é um absurdo!
– Ah... Com licença, do que estão falando? – Disse Mezaros, se intrometendo na conversa.
– É assunto sigiloso que não é da sua conta! – Disse Spectulus, respondendo Mezaros de forma mal educada.
– Spectulus! Isso é modo de tratá-los assim? – Disse Wyrdin para o inventor, já bem irritado.
– Ora, estão se metendo na conversa!
– E daí? Eles possuem o direito de saber!
– Espere, é sobre os elementares que estão aparecendo por Tibia? – Disse Mezaros.
- Exatamente! Como sabia disso? – Disse Spectulus, interessado no que o mago iria falar.
– Pois eu vi três desses elementares, e surgiram do nada... – Respondeu Mezaros.
– Incrível! Como resistiu?
– Simplesmente os derrotei. Mas agora, qual a opinião de vocês?
– Bom meu jovem, acho que há algo estranho acontecendo. Pois eles sempre estão nas profundezas e sempre são poucos. Suspeito do mago que vive naquela torre – Disse Wyrdin, apontando para uma torre de marfim depois do rio fora da cidade. – Lá vive o homem que antes trabalhava aqui, agora é um louco fazendo vários experimentos. Ele deve estar por trás de algo...
– Bom, vamos lá verificar se o achamos certo? – Disse Mezaros curioso para visitar a torre.
– Esperem! Não irão simplesmente encontra-lo! Venham comigo. – Disse Spectulus, ajeitando seu enorme chapéu e andando apressadamente para a escada que leva ao primeiro andar. O grupo seguiu o velho mago até o andar onde ele faz suas invenções e experimentos.
Chegando lá, o mago deixou seu chapéu acima de uma mesa, e foi à direção de um balcão perto de uma das janelas do local. Havia vários livros, ou abertos ou fechados. O vento estava um pouco forte, então as paginas dos livros iam se folheando com o vento. Spectulus fechou os livros, e em seguida pegou em uma estante ao lado, um livro chamado “As Revoltas”, e começou a ler atentamente. O grupo não ousou em interrompê-lo.
Após alguns minutos de leitura, o velho fechou o livro, passou a mão por seus cabelos brancos e com uma aparência um pouco assustada, começou a falar com os jovens.
– Agora vejo que Wyrdin tem razão, aquele mago maldito tem algo a ver com o que está acontecendo. Vão para a torre, e tomem muito cuidado, pois os servos dele vagam por lá todas as horas... – Disse Spectulus, colocando o livro de volta na estante.
– Tudo bem, iremos lá... – Mezaros foi interrompido. Um forte tremor começou em todas as torres da academia, balançando fortemente tudo. O tremor durou alguns segundos quando parou novamente.
– Também vejam o porquê esses tremores começaram! Pelos Deuses! – Disse Spectulus um pouco tenso, pegando seu chapéu e o colocando de volta em sua cabeça. – Vão de uma vez!
– Calma tudo bem! Vamos galera. – Disse Hannay, descendo as escadas acompanhado de seus amigos.
**
Fora da cidade, o grupo seguia o caminho para o sudeste da saída, passando perto da antiga vila perto de Edron. Iam à direção da torre do mago que antes era um aliado, agora era apenas alguém que ajudava o mal. Não enfrentaram nada mais que algumas aranhas e lobos.
Chegando à torre, foram parados por um servo do mago que era chamado de “Servo de Ouro”. Esse servo era chamado assim por além de possuir seu corpo estranho, varias partes de seu corpo são feitas de ouro. Ele não queria feri-los, apenas falar algo com eles.
– Não é permitido pessoas aqui. – Disse o servo, com uma voz muito grave.
– Ah é? Teu patrão é uma pessoa querido! – Disse Otygue, caçoando do monstro.
– Espere Otygue, ele pode nos ferir. Olha, queremos ver o seu mestre, um assunto importante. – Disse Ivan calmamente, tomando a frente de Mezaros.
– O mestre não está aqui agora. Vão embora.
– Que grosseria! Não podia nos convidar para dentro para esperar o seu mestre? – Disse Hannay.
– Não, além de meu mestre, outras pessoas não podem entrar aqui.
Josh não quis papo, sacou sua espada e atravessou com a espada o servo. Viu que ele ia reagir por não estar morto ainda, e então o guerreiro fez a magia de Fúria dos guerreiros, matando o servo.
– Não Josh! Ele não queria nos machucar! – Disse Mezaros, olhando com arrependimento para o servo morto.
– Mas queria nos irritar. Vamos entrar? – Retrucou para Mezaros, irritado.
Mais nenhuma palavra foi dita ali enquanto subiam à torre. Encontravam muitos servos comuns, feitos de ferro, e mais acima, outros feitos de ouro. A única tática do grupo era matar e avançar.
No ultimo andar da torre, encontraram dois servos mais poderosos; as partes mais fortes de seus corpos eram feitas de diamante. Os servos de diamante correram em direção ao grupo, que se preparou em posição de batalha. Otygue começava; lançava varias runas de morte em ambos os bichos, enquanto Mezaros lançava runas chamadas de “Grande bola de Fogo” que ao lançado no alvo explodem fortemente fazendo uma grande área ao seu redor pegar fogo. O mago guardou suas runas, e quando um dos servos chegava perto, Mezaros lança uma runa de paralisação, parando a criatura, enquanto Josh corre para o bicho paralisado e atravessa a sua espada na barriga do servo.
Poucos segundos depois o outro servo dá um soco poderoso que faz Josh largar sua espada e cair no chão. Antes de o servo o atingir novamente Ivan o paralisa invocando plantas para segurá-lo, enquanto Hannay, com sua Crossbow modificada, atira um dardo azul na direção da cabeça do bicho, que sente muita dor. Hannay finaliza com uma magia poderosa, “Exori Gran Con”, que arranca fora a cabeça do servo.
– Essa foi por pouco! – Disse Josh, rindo um pouco da situação.
Mezaros vai a direção do cavaleiro, e o pega pelo pescoço, o lançando a direção da parede enquanto ele joga uma runa de paralisação no cavaleiro.
– Mas o que é isso? – Disse Josh com um pouco de dificuldade.
– Não precisávamos matar todos esses servos! Você adora fazer gracinha toda hora e faz matanças desnecessárias! Você perde a noção do perigo nos locais todas as vezes! Qual é a sua? – Gritou Mezaros para o cavaleiro, bem próximo dele. Quando o mago ia falar novamente, um novo tremor ocorre, agora é na torre, onde tudo treme. O tremor dura dez segundos, e após o tremor acabar, uma entidade aparece perto da janela da sala onde o grupo estava: era o mago do mal.
– Invadiram minha torre, mataram meus servos. Vão pagar caro por isso. – Disse o mago, extremamente furioso. Varias explosões de energia frequentemente vinham na sala, uma atrás da outra, ferindo muito o grupo. Mezaros o fez parar retribuindo as explosões com uma de fogo, que combinado com a força da energia, destruiu varias coisas da sala, queimando as paredes e logo depois parte do teto da sala, e também atingindo fortemente o mago que cai no chão quase sem forças, enquanto a magia fere levemente o grupo. Nesse mesmo momento um tremor muito poderoso começou novamente tremendo vários locais de Edron.
Aos poucos o tremor diminuía no ultimo andar da torre do mago, e Mezaros se levantou e foi até uma janela onde dava para ver um vasto campo da ilha. Ele via uma imagem que jamais virá em sua vida.
Os tremores abriam rachaduras gigantes atrás da velha vila depois da saída de Edron, que tomavam uma forma esquisita, porém real; uma parte formava uma cabeça, outra parecia formar um braço, e as rachaduras terminaram o serviço tomando a forma de outro braço. Logo depois quatro pedras enormes voaram para o ar, uma atrás da outra, ficando no ar fazendo um quadrado. Um terremoto imensamente poderoso ocorria naquela área, quando um ser levantava-se da terra, primeiro levantando a cabeça já formada, depois os braços, até que ia se formando o resto do corpo enquanto levantava e mostrava sua verdadeira face. Aquilo era um titã da terra, tão grande que dava duas cidades de Thais empilhadas.
O resto do grupo foi para as janelas e viram o titã se levantando. Ficaram boquiabertos com tal tamanho da criatura de terra.
– Caramba, o que vamos fazer... – Disse Mezaros, com sua mão esquerda a passando pelos seus cabelos.
– Deve ser a revolta de Edron... Eu já vi algo parecido, meu avô já me contou isso! Mas não falou como esse bicho foi derrotado... – Disse Otygue, também com sua mão esquerda apertando sua trança loira que ia até perto de seu busto.
– Vamos para lá, há muitos guerreiros indo tentar enfrentar o bicho! Vou alertar a Edron sobre o bicho! – Disse Hannay, muito nervoso com a situação.
– Com um bicho desse tamanho, a ilha inteira já deve ter visto isso, tonto... – Retrucou Josh.
– Chega, vamos para lá e rápido! – Disse Mezaros, correndo para a escada acompanhado de seus amigos. Mas Ivan ficou para trás; estava observando o mago do mal deitado no chão praticamente morto. Mas o mago não estava morto, tanto que ele virou a cabeça para Ivan, e com suas forças restantes, falou algo para o druida.
– O monstro que você vê é o titã protetor da terra. Ele é a revolta do elemento terra, que é maior aqui, em Edron... Apenas você e o mago podem derrotá-lo, pois vocês dominam os elementos que destroem a terra.
– Huh... Como sabe disso?
– Você e os outros vieram para cá por um motivo, certo? Perguntar-me sobre algo destes tremores e os elementares? Está... Respondido. – Disse o mago, que logo depois virou um monte de cinzas, devido ao poder da magia épica de fogo de Mezaros. Uma lagrima desceu pelo rosto do druida, que a enxugou, e logo depois ele correu para a escada, para seguir seus amigos.
**
Na vila de pedra depois de Edron, havia vários aventureiros nos locais mais altos vendo a criatura, que continuava a se levantar, porém causava apenas fortes tremores somente perto do monstro. Fora da vila estavam Mezaros, Hannay, Otygue e Josh. Ivan estava os alcançando, quando vários elementares de terra semelhantes ao titã saiam da cratera que se abriu quando o monstro se levantou. O titã estava já totalmente de pé, e logo espalhava seus rastros de destruição. Ele lançava várias bolas de terra que eram destrutivas para todos os lados, enquanto fazia cipós se espalharem chegando à vila.
Algumas tropas de Edron iam para o local para tentar combater as criaturas, acompanhados dos aventureiros que as eliminava, mas ninguém conseguia desferir algum golpe no titã. Mezaros ia ser atingido por uma bola de terra, quando a bola foi simplesmente congelada. Era Ivan.
– Mezaros, venha comigo! Sei como derrotar esse bicho! – disse Ivan, pegando Mezaros pelo braço.
– Mas como? Não temos poder o suficiente!
– Temos sim, venha comigo! Utamo Vita! – Disse Ivan, puxando Mezaros enquanto corria com rapidez a direção do monstro.
Muitos elementares de terra tentavam deter a dupla, mas foi inútil, a combinação do poder de fogo com o de gelo os destruía facilmente. Mais perto do monstro gigantesco, tiveram que enfrentar elementares mais evoluídos, os Elementares de Terra Massivos. Era mais complicado, era necessário Ivan congelar com uma onda de gelo poderoso enquanto Mezaros completava com uma onda de fogo.
– Estamos perdendo força... Desvie dos bichos, custe o que custar! – Disse Mezaros, fazendo uma magia de velocidade, indo à direção do pé da criatura gigantesca. Ivan o acompanhou, cancelando seus ataques e correndo com todo seu fôlego para acompanhar Mezaros.
Em pouco tempo os dois já haviam chegado à cratera, então era hora de pularem. Mezaros foi primeiro, conseguindo com sucesso. Ivan também. Os dois escalavam o gigante pegando os cipós e algumas das áreas mais finas de terra do monstro. Os três restantes do grupo estavam derrotando todos os elementares junto de vários aventureiros e guerreiros de Edron quando viram os magos subindo o gigante.
– Droga, o que aquele mago abusado pensa que está fazendo? – Disse Josh com uma atitude arrogante.
– Não sei, eles ficaram loucos? Vamos atrás deles! – Disse Hannay, correndo para o monstro acompanhado de Otygue e Josh.
Os magos estavam chegando muito perto da região vital do monstro. Chegando lá, Ivan parou e gritou para Mezaros para parar.
– Porque diabos você parou? – Perguntou Mezaros.
– Aqui é o limite! Ta vendo aqueles blocos flutuantes ali? – Disse Ivan apontando para os blocos flutuantes de terra em volta do titã. – Temos as magias épicas dos magos, temos que utiliza-los para que esse monstro caia! Então as pedras virão para nosso alcance! Acredito que seja assim que mataremos esse gigante! Lembre-se, após eu usar minha magia use a sua! Quando os blocos virem a nosso alcance, atiraremos neles!
– Boa ideia. Não vai se machucar?
– Não, claro que não! Vamos lá!
Mezaros e Ivan concentraram suas forças melhor do que nunca, e quando estavam preparados suplicaram suas magias épicas.
– Exevo Gran Mas Frigo!
– Exevo Gran Mas Flam!
As magias poderosas congelaram com extrema agilidade o titã, depois queimaram o monstro, que se ajoelhou no chão. Quando os blocos de terra estavam perto dos dois, aproveitaram a chance. Ivan atacou as runas de Avalanche nos blocos da esquerda e da direita, e Mezaros completou atacando runas de Grande Bola de Fogo nos blocos, que com a combinação, desapareceram. O titã teve seu espírito destruído, e apenas sendo um simples corpo, caia no chão com Mezaros e Ivan segurados perto da região do coração. Os dois deram as mãos um ao outro, e fecharam os olhos. Nesse momento, o titã caiu no chão virando vários pedaços.
Seus amigos estavam observando que aconteceu. Hannay se ajoelhou no chão com os olhos arregalados, deixando lagrimas descer pelo seu rosto. Josh deixou sua espada no chão, e colocou suas mãos na cabeça com muita dor e tristeza. A jovem maga Otygue apenas pensou em correr para o local onde o gigante caiu. Muitos aventureiros se aproximaram, e as tropas sobreviventes de Edron também. O que se foi confirmado é que os corpos dos magos desapareceram.
– COMO É QUE É? – Disse um bêbado no bar da Baia da Liberdade. Tudo aquilo não passará de uma historia.
– É isso ai. Foi o que aconteceu realmente. – Disse Hannay, que estava no bar também. Mais para desabafar sobre o maior ocorrido de sua vida.
– Pff. Não acredito que uma coisa dessas aconteceu em Edron há 10 anos atrás. – Disse outro homem, também alterado.
– Só isso que tenho a dizer para vocês. – Disse Hannay, se levantando. – Ou chapa, bota na conta viu. Venho pagar amanhã. – Disse o paladino para o dono do bar.
– Certo! Até mais!
Hannay se despediu dos outros, que começaram a discutir do assunto. O paladino saiu do bar e andava até a favela da cidade, quando foi surpreendido por um tremor onde ele estava, era bem forte. Logo depois, muitas nuvens iam cobrindo o céu. Hannay olhou para cima, vendo as enormes nuvens que ficavam cada vez mais escuras.
– Então lutaremos de novo, velho amigo... – Disse enquanto um homem descia das nuvens com extrema rapidez para a direção de Hannay.
Ótimas histórias não é verdade, bom vocês podem ler com calma e votar no texto que mais gostaram, para os que descobrirem quem é o autor não revelar para não estragar a surpresa.
O prazo de votação é até dia 2 de agosto, até breve e que suas sombras sempre os acompanhem.
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