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Tópico: Aladfar

  1. #11
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    O prólogo é um manual de RPG, diga-se de passagem, e daqueles bem fuleiras. Mas deu pra ambientar bem as coisas. Thomazml se aproveitou dos nomes da epopéia de Troia (Hector, Helena de Troia e Páris), sei lá qual foi sua intenção com isso, linkar as duas histórias?

    A história não me interessou muito, esses fatos já foram muito explorados e algumas passagens são evidentes demais. Temos que tomar cuidado para não escrevermos um manual do clichê.

    No capítulo I, achei o texto de abertura totalmente desnecessário, uma vez que o próprio capítulo descreve a cena igualzinho como fora ilutrada na abertura. Até aqui não tem muito o que dizer, tudo foi bem escrito e detalhado.

    O enredo não me agrada, mas vamos nessa.

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  2. #12
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    Bem, eu não consegui trabalhar como gostaria (leia: por muito sangue e personagens carismáticos morrendo). Sim, há uma referência a Tróia, e não, a referência não é ao saudoso Robert (apesar de eu ser um Conanmaníaco e ter mais de 100 gibis em casa). Bebe da mesma fonte que ele bebeu, a mitologia nórdica. Aesires e Vanires são as duas famílias de deuses nórdicos que primeiro se engalfinhavam e se matavam, mas depois se uniram e habitaram felizes o Vahalla. Hmm, acho que é branco mesmo, o cavalo, digo.
    Hm... acho que terminaram as referências...

    Agora, Pedro, quanto ao enredo, agora está nas mãos de Manteiga. E, eu queria por um texto "do mal" em cada início de capítulo riariairairiariairairia. E sim, cabe a nós fugir do clichê!

    AGORA É VOCÊ, MANTEIGA!
    Quer participar de uma alta aventura com essa turma do barulho? Quer escrever sobre Tibia, ser enganado por um monge pra lá de pestinha? Achas que tens o que é preciso para esma... digo, para entrar no Hall da fama? Passa lá na Biblioteca-imensa-cheia-de-coisa-e-mundialmente-conhecida!

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  3. #13
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    Procurei sair um pouco do clichê. Não sei se causei a impressão que queria. Não estava muito inspirado...

    Capítulo II

    O luar pálido banhava as planícies outrora cheias de vidas com a sua opulência lânguida. Os gramados amarelados e secos estavam em tons de branco fantasmagóricos, as árvores projetavam sombras hediondas e qualquer coisa que ousasse se mexer seria imediatamente denunciada pela claridade excessiva. Apesar disto, espessas nuvens arroxeadas cobriam os demais astros do céu, deixando apenas uma abertura para que a lua reinasse absoluta, como deveria fazer sempre. Os ventos que vinham do norte uivavam ao colidirem com as paredes cinzentas e altíssimas do Castelo de Zamoht, deixando aquela noite do mês chuvoso ainda mais assustadora. Dentro da gloriosa edificação que situava-se sobre um morro há alguns metros da cidade em si, o silêncio prevalecia. Todos pareciam estar dormindo. Pareciam.

    Na Torre Oeste, a mais alta e notável de todas elas, havia uma janela hexagonal que deixava clara a vista para o sul, em direção à cidade. A torre, construída em forma de cilindro e terminada em uma ponta abrupta vermelha, era considerada o símbolo máximo do reino de Zamoht. Isso se devia ao ocupante principal daquela torre. Este agora conversava com seu fiel amigo, que observava o mundo que dominava através da janela.
    - Suas ambições perturbam-me. – Disse o ser reptiliano oculto nas sombras do ambiente interno do último andar. Aparentava ser imenso, com garras afiadas e uma pele escamosa. A única coisa certa em suas feições eram dois pontos vermelhos faiscantes: os seus olhos. Ele falava com uma lentidão nefasta, pronunciando cada palavra com um sibilo cortante. Sua voz provocava arrepios. – Sempre soubemos que fazíamos o correto, caríssimo, mas creio que seu último movimento foi tenebroso demais. Temo que a derrocada dos Dyton não seja o suficiente para pagar pelo mórbido sacrifício que tivemos de fazer.
    - A queda dos traidores foi apenas o princípio, Aranak. A verdadeira batalha chegará quando expandirmos nossos domínios. – Hitreak falou sem encarar o outro. Seus olhos amarelados estavam fixados em um determinado ponto no horizonte, aparentemente invisível naquele momento. – Iremos subjugar as terras que vão além do oceano infinito, e depois ainda todas as que estiverem mais longe. Teremos todos os solos tocados pelos sóis sob o nosso domínio.
    - Falas com uma convicção tão indubitável que quase acredito que possa ser verdade. – O ser misterioso não piscava. – As terras que existem além do oceano, se é que existem de fato, são enigmáticas demais para termos qualquer certeza. Aqueles que as buscaram nunca tiveram êxito. Não sabemos o que pode-se achar lá.

    - Meu bom amigo... – Hitreak virou-se para encarar o interlocutor, esvoaçando o longo manto vermelho-sangue que usava. Sua armadura de prata tilintou quando moveu-se. – Há de convir que minhas razões são suficientes. Meu povo sofreu nas mãos daqueles de Dyton durante incontáveis gerações, desde que esta terra é organizada e comandada pelos homens! Nossa glória foi jogada ao chão, nosso nome foi motivo de piadas. Nosso comércio não bastou para eles, nossa guerra não lhes provocou o medo. Não havia outra saída. Cedo ou tarde seriam eles que bateriam em nossas portas com lanças e espadas nas mãos. Apenas adiantei o inevitável. A talvez tivéssemos falhado se não fosse assim.
    - Sim, sim... Tudo que disseste faz um certo sentido, caríssimo. – Aranak falava sem mover um músculo, parecendo uma estátua draconiana. Mal parecia respirar. – Vós humanos tendem ao erro. Era de se esperar que a cobiça fosse surgir um dia. Aliás, deveriam vós ter preparado-vos para esta possibilidade mais cedo. De qualquer forma, está correto quando diz que seria inevitável. O desejo de ampliar suas terras seria mais forte do que a própria razão, do que os valores cultuados pelos deuses. Mas sabes tu que iniciou um movimento perigoso nesse interessantíssimo jogo.
    - Tudo que fiz e faço é em nome de meu povo. – Ele virou-se mais uma vez, indicando a nem tão distante cidade de Zamoht. O que outrora fora uma vila sem poder era agora um suntuoso reino que espalhava-se pelo vale. Os campos de cereais eram notáveis, os pastos para o gado idem. A área urbana era a maior que já se vira em Aladfar. Quem via Zamoht não imaginava o sangue que fora derramado para deixá-la daquela forma. – Nós merecíamos essa terra. E merecemos mais. Nós somos a verdadeira essência dos homens. Os que nasceram aqui são os herdeiros do legado de Fänar, e não aqueles que pisaram em Dyton. Aqueles traíram nossa índole quando idolatraram outros deuses. Aqueles cuspiram em nossa fé quando ergueram suas bandeiras em nome de Woso.

    - Tomas cuidado com tuas palavras, Hitreak. – A voz de Aranak assumiu um caráter mais obscuro do que de costume. – Tudo que sais de tua boca voa pelos céus. E pode chegar aos ouvidos errados. As más mentes podem entender-te errado.
    - Que importância isso tem? O que realmente interessa-me é que meu povo crê no que digo. E meu povo irá apoiar-me até o fim, se tivermos um dia de chegar a um.
    - Tua ambição ainda será tua derrota. Como teu conselheiro, devo alertar-te disso. Começaste a cavar a tua cova quando, mais de uma década e meia atrás, mandaste aquele cavaleiro naquele cavalo atrás dos fugitivos de Dyton. E aprofundaste ainda mais teu descanso eterno quando não os mataste, mas sim os capturaste e deixaste como escravos.
    - O sangue deles não era digno o suficiente de manchar a espada do Cavaleiro Negro. De qualquer forma, consegui o que queria, não? Todos aqueles que sobreviveram ao Cerco de Dyton voltaram, e todos eles foram presos em nossos domínios. Muitos morreram desde então, mas os que ainda restam trabalham como podem para pagar a dívida que seus antepassados devem. Mas isto foi há muito tempo. Desde então, nunca mais ouvi nada do Cavaleiro. Deixe esta história morrer.

    Aranak emitiu um grunhido baixinho, um sinal de desolação.
    - Tu devias saber melhor do que ninguém, Hitreak... Que o Cavaleiro Negro sempre retorna para cobrar sua recompensa. E sabes tu que não é com o teu ouro que pagarás.
    O Grande Rei de Zamoht assentiu brevemente, encarando a cidade com mais força do que nunca. Era seu maior orgulho e ele sabia que todos os pecados que cometera seriam perdoados pelos verdadeiros deuses quando ele morresse, pois tudo o que fazia era em nome dos humanos fiéis. Foi arrancado de seu curto devaneio quando a pálida luz da rainha dos céus sumiu, mergulhando as terras de Aladfar no escuro. Hitreak ergueu os olhos para o alto, sentindo um longo calafrio dançar pela sua espinha quando seus olhos pousaram no disco lunar.

    Estava vermelho.
    Apreciem (ou não).
    Manteiga.
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  4. #14
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    Essa brincadeira tá parecendo batata-quente AHAUHAUHAUHUHAUHA dels...

    Por Woso, você conseguiu escapar da batata que o Thomazml deixou...
    Capítulo muito bem escrito, mas ainda não consegui entender o personagem Aranak. Ele é o que?

    Bom, o próximo é o (procura tópico com a lista) Jack Irgul!
    Vamos ver com se sai... (H)
    A batata tá passando de mão em mão muito rápido o_o

    ..:: Lorofous ::..


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  5. #15
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    Pois é, não é? xD

    Em meu imaginário eu sei bem o que Aranak é :rolleyes: Se alguém quiser falar dele, fale, e veremos se seguirá meu pensamento. Mas enfim, quis manter em segredo. Se alguém optar por usá-lo, basta ler sua descrição vaga e imaginar o que pode ser. Ou me pedir, se quiser u-u

    Manteiga.




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  6. #16
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    Wow, totalmente diferente do que eu esperava xD

    Ainda não teve sangue, mas há vários elementos novos na história...Gostei bastante do capítulo, amei o Hitreak. E gostei do "Cavaleiro Negro" (em minha mente, tinha imaginado algo totalmente diferente).

    Agora, a batata ta com o Jack!
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  7. #17
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    Olá, nobres escritores.

    Bom, o prólogo não me agradou; parece que foi tudo jogado sem o menor planejamento, de modo que o leitor sente-se perdido em meio à tantos nomes impronunciáveis e um enredo que não foi bem firmado. Pareceu que o autor quis abrir um leque maior de possibilidades para que fosse trabalhado, mas com uma execução que não me agradou.

    Reforço os nomes: porra, eu pelo menos não vejo graça nenhuma em criar nomes desse tipo; mas tudo bem, é medieval fantástico, então...

    Quanto ao primeiro capítulo, dou destaque para a bela continuação do Thomaz. Parece que ele pegou o fio no ar e continuou com maestria, sem deixar que o elo se rompesse. Acho que não conseguirei fazer o mesmo.

    A brincadeira com os nomes ficou engraçaduxa, e um salve para o autor que conseguiu colocar nomes bacanas (e pronunciáveis!). Porém, não sei se caiu bem; valeu mais por ser uma história informal e tal...

    O resto do capítulo decorreu bastante bem, embora você não tenha se aprofundado muito; parece ter deixado a dita "batata-quente" para o próximo.

    Achei a aparição do cavaleiro um pouco forçada, como se você tivesse que dar aquele tom de mistério ou um pouco de fantasia ao texto. Enfim, não me agradou.

    Só uma observação para todos: tomem cuidado com a inserção de personagens. Em dois capítulos, já tivemos montes e montes de personagens (e povos inteiros) mencionados, sem ter sido aprofundado qualquer coisa sobre.

    Quanto ao capítulo do Manteiga, correu bastante bem. Porém, você optou por criar mais personagens, embora já tenha sido desenvolvida uma personalidade: a do cavaleiro. Já sabemos (ou pensamos saber), por exemplo, que ele parece ser impiedoso e sanguinário, embora eu acredite ser um personagem interessante e que merece algum destaque.

    Quanto aos dois personagens descritos no capítulo, não me agradaram, embora tenham dado ao texto um novo rumo.

    Já tivemos também alguma menção ao destino dos fugitivos e do próprio contexto; o que foi bastante positivo. Pelo menos a conversa não foi tão inútil quanto pareceu (sim, a princípio achei bastante inútil, como se você quisesse apenas fugir do enredo em si, inserindo personagens adoidado).

    Parabéns pelas ótimas descrições, Manteiga. Você utiliza extremamente bem as palavras em cada cena e há uma preocupação bastante grande com a ambientação — coisa que eu acho bastante difícil fazer.

    Mas, enfim, o projeto está bastante interessante. Acredito que este choque de estilos e personalidades acentuar-se-á mais ainda até o desfecho final.

    Abraços.

  8. #18
    Avatar de Wu Cheng
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    Prólogo - Lorofous:

    Os nomes realmente são difíceis de guardar, e não aparecem tantas vezes para que a gente consiga lembrar deles.

    Mas o que acho que ficou inconsistente foi o narrador ser um Dyton e tratar as 3 vilas como "nós". Geralmente guerras tribais colocam os rivais em lados opostos, seria o "nós" contra "eles", o "bem" contra o "mal".

    Pareceu um resumo de uma história que deveria ser mais longa para se desenvolver melhor.

    A vingança evocada ganharia força se fosse subentendida também na narrativa, e não apenas uma afirmativa no final.

    O ponto positivo é que deixou um universo pronto para ser mais elaborado.

    Só uma observação: anarquia é a opção pelo autogoverno dos indivíduos. Você descreveu sociedades tribais, com chefes, não tem nada de anarquismo aí.


    Capítulo Um - Thomazml:

    Uma coisa que gostei neste capítulo é que ele agregou detalhes, como citações de livros, que dão a impressão no leitor de estar vendo uma pequena parcela de algo maior, no estilo da Terra Média de Tolkien.

    Uma guerra também abre espaço para infinitas histórias. Um autor pode passar capítulos (ou temporadas) inteiros descrevendo os pequenos heroísmos e dramas com um pano de fundo dramático garantido.

    George Lucas está fazendo isso atualmente com a sequência animada da Guerra dos Clones.

    Páris, Príamo, Hector, Helena??? Estes devem ser os que tinham nomes estranhos em Dyon.

    Uma coisa que reparei é que a morte mudou de sexo entre a profecia do livro negro de Aladfar e a aparição para a mãe do heroi (ele será o heroi, imagino).


    Capítulo II - Manteiga:

    Este capítulo tratou de apresentar as forças do mal e o terrível desafio que representam para o heroi. Com sucesso.

    Vilões sempre têm mais sutilezas a serem exploradas, como "fazer o mal querendo o bem", e o fiel amigo reptiliano também garantiu um interlocutor interessante.

    Fechar este capítulo da mesma maneira do anterior, com a lua vermelha surgindo no céu, foi uma boa forma de dar unidade às partes.

    Pra falar a verdade, até agora parece mais a fase de apresentação dos personagens do que a descrição do motivo principal da narrativa.

    Alguém terá coragem de abandonar as preliminares e ir direto ao cerne da história?

  9. #19
    Avatar de Ldm
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    Acho que chegou a minha vez. Mas primeiro, preciso fazer algumas considerações.

    Perdão pelo enredo; não vi outra forma de narrar este trecho. Enfim, antes de me criticarem pela minha fixação monstruosa pelo absurdo, levem em conta a época — realmente, não consigo imaginar Idade Média de outra forma.

    A primeira versão deste capítulo era totalmente diferente, mas acabei notando que há muitas pessoas inscritas; acabei criticando tanto a falta de enredo que acabou acontecendo comigo: apenas ilustrei e divaguei algumas situações.

    Os diálogos ficaram, de fato, inverossímeis. Peço perdão.

    Respeitem a pontuação.

    E, finalmente: sintam-se livres para descer o cacete.


    Capítulo III

    O Banquete




    — Mãe, o que aconteceu com Yyavana? Ela disse que contaria o conto do cavaleiro!

    — Ela já deve estar vindo, com um pé na terra e outro... devaneio, devaneio.

    — Você disse isso há um tempão e ela ainda não veio, ou a terra é movediça ou...

    — Deve estar vindo, deve estar vindo, relaxe, meu pequeno cavalheiro.

    — E se ela não vier?

    — Bom, aí eu posso te contar o conto do cavaleiro; acho que sou tão boa quanto ela, garoto zombeteiro!

    — Ah, que bom, então. Sabe que até prefiro você; justiceiro, justiceiro!

    Só nos restava uma coisa: encenar estes diálogos uma, duas, três, infinitas vezes; apenas para não perder o costume; o costume de ser humanos; ou de não sê-lo, no nosso caso.

    Estávamos naquele inferno há muito tempo; tempo suficiente para ver meu filho crescer e se tornar a peste que se tornou; ele parecia ter uma imunidade contra aquele ambiente — uma fonte de energia inesgotável.

    Parecia o mais saudável dentre todos os outros prisioneiros; conservava um aspecto até mesmo bonito; e embora pareça que ele era privado das torturas... Não, não era — embora fossem mais leves.

    Vivíamos em constante mudança: tantos quantos aqueles que iam também chegavam; na verdade, eu e Norlyar somos os únicos sobreviventes, dentre aqueles que acompanhavam-nos naquela terrível noite em que sobrevivemos.

    O lugar era pútrido, fedia a esterco; embora eu não sentisse mais nada, os recém-chegados vomitavam aos montes — apenas água, é verdade —, exalando até mesmo um perfume; perfume do vômito; perfume da liberdade...

    Aprendi, duramente, a não amar ninguém; o amor natural entre os humanos se rompeu como um elo que se partiu e jamais se ligará novamente; como um elo que separa o animal do homem. Maldito seja o cavaleiro que nos manteve vivos naquela noite em que a morte andava a cavalo; engano meu, por sinal: não era a desejada e esperada morte, bela, imaculada, simples — mesmo que dolorosa —, não, algo muito pior acabou sucedendo-a.

    Os guardas — embora não fossem guardas — visitavam-nos a cada quatro luas. E não eram guardas, realmente; eram apenas torturadores sedentos por prazer; sedentos por carne; sedentos por sofrimento — todos iguais, todos iguais... Uns mais iguais que os outros?, não havia discernimento, eram apenas homens.

    Eu dividia as tarefas em dois tipos: diversão e prazer — sim, coisas distintas. A diversão era realizada com homens, quando os mesmos eram recolhidos e levados aos mais diversos tipos de tortura: os mais leves eram destinados aos mais velhos — como era o caso da castração e ingestão do membro, seguida pelo empalamento e queima; já os mais pesados... Bem, não nos alonguemos neste aspecto. Normalmente não voltavam, embora já tivesse havido casos de homens retornarem vivos; eles eram, em sua maioria, homens dytonianos, embora convivessem com outros prisioneiros de guerras.

    Já o prazer era realizado com mulheres — e crianças. Éramos submetidas aos mais diversos tipos de selvageria, envolvendo inclusive a relação com mulheres já mortas; por sinal, era bastante comum matarem e aproveitarem o cadáver enquanto ainda estava quente.

    Nossas vidas se resumiam a isso.

    E, às vezes, algum evento especial acontecia; como hoje.

    Ouviu-se um crescente barulho de vozes; ninguém se mexeu; nunca se mexiam, na verdade. Eram mais rochas do que humanos.

    Chegaram em uns vinte guardas; número anormalmente alto.

    Um deles se pronunciou:

    — Viemos para a colheita.

    Como veterana, respondi-lhe:

    — Que colheita?, suspeita, suspeita...

    — Para a receita.

    — É perfeita, esta receita?

    — Sim.

    — Ótimo, do que precisas?

    — De tu, sujeita.

    — Sou malfeita.

    — E não somos todos?

    — De que mais precisam?

    — Dessas raparigas.

    — De todas?

    — De todas.

    — São apenas formigas teimosas, estas raparigas.

    — Obriga-as, então.

    — Obriga-as tu, é o teu trabalho.

    — E assim o farei.

    E assim o fez; conduziram-nos, todas, a uma espécie de copa; nada de despedidas, nada de emoção, nada de perguntas: apenas obedecer. Como um gesto involuntário, Norlyar acenou para mim; e, instantes depois, como se tivesse se arrependido, baixou a mão rapidamente.

    Era diferente do habitual ambiente escuro e fétido, onde suor, sangue e fluidos naturais misturam-se. E lá no canto, reluzente, estava a guilhotina.

    Logo em seguida, fomos despidas e lavadas; lavadas como se lavam os legumes antes da refeição; e de fato éramos.

    Uma a uma, minhas companheiras foram perdendo os membros: primeiro as pernas, seguidas pelos braços e por último, a cabeça. As partes eram jogadas em recipientes distintos, ainda ensangüentadas.

    Chegara a minha vez.

    E, embora minha mente fosse assentimental, meu corpo ainda era capaz de sentir dor. Foi então que cuspi todas as palavras carregadas de fúria:

    — Woso, amaldiçôo-te por toda a eternidade! Não és digna de minha fé; que teus pupilos queimem ante a minha fúria; que tua mente arda, como meu corpo arde agora; que minha linhagem estenda-se por eras inteiras, para que meu sacrifício não seja em vão; que o sangue derramado agora tinja todos estes guardas profanos; e que todos os seres viventes chorem sangue pela minha maldição!

    Finalmente, a lâmina desceu em direção aos meus longos cabelos e um barulho indistinto foi ouvido. O barulho da morte; e, no meu caso, o barulho da salvação.

    No salão reluzente, ouvia-se o som de conversas em tom moderado; os convidados, todos bem vestidos, bebericavam em taças de cristal puro que continham um líquido avermelhado com aparência viscosa.

    Um som sobrepôs-se a todos os outros: um titilar, chamando a atenção de todos os presentes. Reinou o silêncio por alguns instantes; foi quebrado somente quando o anfitrião pronunciou-se:

    — Boa noite a todos. O banquete será servido. Comam, bebam; selem esta aliança; que todos os presentes sintam-se honrados, assim como eu me sinto. Ofereço-lhes apenas os mais seletos tipos de carnes e as mais finas bebidas; e uma grande dose do meu afeto e hospitalidade. Peço que selem este pacto brindando e bebendo do vosso cálice.

    Os presentes respeitosamente brindaram e beberam.

    O jantar foi servido; há quem diga que se tratou do mais refinado banquete já visto por aquelas terras.
    Última edição por Ldm; 19-04-2010 às 17:28.

  10. #20
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    Capítulo sádico e que não acrescentou em nada ao enredo. .__.

    Parece que estão todos se prolongando em coisas que já foram ditas. Vamos lá... no capítulo do Emanoel a lua virou vermelha?

    O que era pra acontecer quando a lua ficou vermelha? Cavaleiro Negro chegando WEEEEEEE...

    Ok, o próximo é o Meltoh.
    Go, Meltoh go!

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    Última edição por Lorofous; 19-04-2010 às 15:37.


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